Busca De Um Amor escrita por Milena Buril, Andressa Picciano


Capítulo 7
O boato se espalha




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Quando você está prestes a sair de um lugar onde sua vida é garantida, para ir em direção à morte, a sensação não é uma das melhores.

Antes do jantar, treinei um pouco de luta com o chalé de Hefesto, e perdi somente para os garotos que tinham o dobro da minha altura.

Fui direto tomar banho e colocar vestes limpas, e segui ao Pavilhão de Refeitório. Me servi como ja me acostumara, e entrei na fila para fazer a oferenda.

Sentei-me ao lado de Percy. Ficávamos sozinhos na mesa, mas pelo menos, tínhamos como conversar. Notei que a maioria dos olhares se voltavam contra mim, e os murmurios iam ficando mais fluentes.

– O que está acontecendo? - perguntei.

Percy me olhou atentamente, e em seguida por todo o Pavilhão.

– Luiza não perdeu a chance de espalhar a todos o que aconteceu - ele disse - Conhece boatos, nunca terminam do jeito que começaram, e garanto que a versão espalhada é a dela.

Meu estômago se revirou, e eu não conseguia mais olhar para a comida. Não me arrependi em nenhum momento do que eu fiz, afinal, foi merecido.

– Então todos acham que eu tenho problemas... - falei com um tom de sarcasmo. - Que vou sair por ai batendo em todo mundo que quiser falar comigo.

– Mais ou menos isso - ele falou, e só depois perceber que eu havia sido irônica - Ah, mas não se preocupe! Em pouco tempo isso acaba. Amanhã mesmo eles podem esquecer.

Não vão, pensei De qualquer forma, não estarei aqui.

Apenas sorri. Quando começaram a se retirar, decidi que o melhor seria ir junto. Me adentrei em meio a multidão, tentando não ser notada. A última coisa que queria, era todos apontando para mim ou até mesmo se afastando.
De repente, me puxaram pelo rabo de cavalo que eu havia feito. Era nessas horas que eu odiava meu cabelo. Ele parava na cintura e era consideravelmente bonito, mas ultimamente só me atrapalhava. Todas as vezes que eu lutava, ele decidia grudar em meu rosto. Essa, foi uma das vezes, que desejei não tê-lo.

Fui levada até um canto, e consegui ver que era uma menina, alta e forte. Qual era o problema das pessoas em simplesmente me chamar?

Ela parou e olhou para mim. Já havia visto ela antes...

– Clarisse - ela disse como se soubesse o que eu pensava - E você... é a famosa Alice.

Hesitei em concordar, só pelo "famosa".

– Estão falando tanto assim sobre mim? - eu disse tentando não rir, que era o efeito que me dava quando ficava nervosa.

– Ah estão! - ela limitou em sorrir - E garanto que meu chalé adorou a história!

– E qual é seu chalé? - perguntei, um tanto curiosa.

– Ares - respondeu. Logicamente eles devem gostar de brigas, então eu dei uma história divertida à eles - Eu gostei de você! O jeito que ameaçou Luiza com sua espada...

– Eu o quê? - interrompi. Não me lembrava de nem se quer ter tocado em meu bracelete esses últimos dias.

– É o que estão dizendo por aí - Clarisse deu de ombros - De qualquer forma, você é uma das minhas.

Ela sorriu e se retirou. Restava apenas algumas pessoas no refeitório, e Annabeth vinha em minha direção.

– Venha - ela disse - A fogueira fará você esquecer de tudo isso.

Então Annabeth também sabia. Apenas concordei e a segui.

A fogueira estava rodeada de campistas. Os filhos de Apolo tocavam, enquanto os outros cantavam.

Todos reunidos, na proteção fornecida pelo acampamento.

Guardei cada sorriso e rosto que vi. Em caso de tristeza, aquilo me alegraria.



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Notas finais do capítulo

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