O Jogo Dos Deuses: A Profecia. escrita por Uma semideusa Skatista


Capítulo 1
Capítulo 1 - P.O.V Derek Grayer




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Eu devo lhe dizer uma coisa: tente não ser vingativo. Isso pode lhe fazer mal. Mas do que estou falando? Bem, eu tento ser cavalheiro na maioria dos casos e eu me dou mal, muito mal. Na última vez, eu tentei ajudar uma menina do Internato onde eu estudo e que nem sem quem é direito, da mão de uns valentões mais velhos do que ela (eu acho) e quase me dou mal. Na verdade, eles me bateram, mas eu ainda prometi vingança.

 O problema é que, quando eles me deixaram ali, em pé e em frente à garota que estava caída no chão, eles correram na direção da sala deles. Peguei minha mochila do chão e ajeitei no meu ombro, e logo ergui minha mão para ajuda-la, mas ela se levantou sozinha.

- O-obrigada - disse ela. Ela estava encolhida, olhando para o chão, tímida. Sua mochila na verdade é um fichário marrom e estava no ombro dela, enquanto as mãos estavam dentro do bolso da calça jeans. - Eu... Eu tenho que agradecer mesmo.

- Não tem de quê - eu disse, fazendo-lhe sorrir e amenizar a timidez.

- Mas eles te bateram... Minha culpa.

- Não foi sua culpa. Eles é que são idiotas mesmo - afirmei. - Eles terão o que esperam.

- Não faça nada à eles. Mesmo sendo... Um pouco idiota, mas por favor... - ela se calou. Eu não estava acreditando, ela acabara de ser humilhada por uns garotos e não quer que eu me vingue. É pior do que eu imaginei. Mas tudo bem. Apenas assenti e um outro sorriso brotou nela. - Sou Catarina Shër - ela se apresentou.

- Perai - eu me lembrava dela de algum lugar, não que eu já a vi, mas a família dela... -, você é filha de Thomas e Melissa Shër? - ela assentiu, timidamente. - Nossa! Minha mãe é tão fã deles. Embora eles terem sido casados... Quantos anos você têm?

- Eu? Faço Quinze hoje.

- Parabéns - afirmei, ela continuava a sorrir. - Eles são casados há treze anos. Você nasceu fora do casamento? Eu sei, é uma pergunta indelicada... Mas...

- Não têm problema - ela me cortou. - Ele é meu padrasto. Minha mãe disse que meu pai havia sumido, após um acidente de... Carro. E tudo bem, não é um assunto tão delicado. Eu já superei isso.

 Eu sorri levemente.

- Eu não me apresentei... Derek Grayer - eu disse.

- Você têm... Hã, pais separados, certo? Ouvi alguém dizer.

- Na verdade, não. Meu pai sumiu quando eu ainda era um bebê, agora minha mãe me protege tanto que chega a ser chato - ela riu e eu também. Ela não parecia ser tão mimada com o fato de seus pais serem atores ricos e muito conhecidos mudialmente. O sinal tocou e rapidamente todos entraram no colégio, deixando eu e Catarina fora em menos de um minuto.

- Vamos - ela disse, me puxando para dentro. - Se atrasarmos mais um minutos, advertência na hora! - e entramos na nossa sala. Todos nos olhavam, inclusive a professora. Elea não era exatamente na faixa etária para ser uma professora, mas tinha talvez uns vinte e três anos. Seria a mais nova professora que eu já tive.

 Ele tem olhos cinzentos e cabelo louro-dourado, o que a deixava bonita e intimidadora ao mesmo tempo.Vestia um casaco de moletom e uma calça jeans, sem contar o colar de coruja. Ela abriu um leve sorriso, o que parecia de Catarina, doce e intimidador, embora Cat (o novo apelido) seja tímida. Sentei ao lado dela.

- Bom dia, alunos! - ela disse, feliz. Olhei para o meu lado esquerdo e vi Cat, olhando fixamente para a professora que escrevia algo no quadro. O cabelo de Cat é castanho-claro e os olhos da mesma cor. O cabelo estava para trás da orelha, revelando os brincos dourados dela. Voltei a olhar para a professora, que parecia tão... Tão... Familiar. Eu já tinha visto-a quando eu era menor, talvez uns cinco ou seis anos. Ela conversava com a minha mãe.

 Depois de dois tempos só de Mitologia Grega, o sinal tocou e fomos dispensados. Esperei Cat se ajeitar e saímos juntos da sala até o refeitório. Ela estava quieta, como se pensasse em algo.

- Tudo bem... Catarina? - ela me olhou de um jeito que dizia: que apelido é esse? Mas deu ombros e fez que sim com a cabeça.

- Você viu? - ela perguntou, me deixando confuso.

- O quê?

- O jeito que a professora nos olhou... Parecia que... Ela nos conhecia de algum jeito - ela respondeu. Sacudiu a cabeça como se negasse. - Deixa para lá, eu sou muito idiota mesmo.

- Os garotos que te humilharam é que são idiotas - afirmei. Ela deu um leve sorriso. - Eu vi. Sabe que eu acho que a conheço? - perguntei.

- WestVille é bem pequeno, todos se conhecem - ela afirmou, me fazendo pensar que sou idiota ou burro... Ou algo do tipo. WestVille tinha aparecido do nada no mapa quando alguém decidiu fundar uma nova cidade, o que foi bem esquisito da parte do presidente ou prefeito... Nem lembro, eu tinha o quê? Uns dois anos, talvez. WestVille fica perto de Long Island, bem perto mesmo, são vizinhos. - Acho que eu fui muito rude em responder assim - ela comentou, delicadamente.

- Não foi - disse. - Você têm razão. A cidade é bem pequena e, bem, de um jeito eu devo conhece-la.

 Ela deu um leve sorriso, aliviada por não ter sido rude. Nós ficamos em silêncio até cruzarmos a porta do refeitório e olharmos todos os alunos.

- Eu... Sento sozinha - ela disse, tentando não parecer incômoda.

- Tem certeza? - perguntei, mas ela fez que sim com a cabeça de outro jeito, como se não tivesse certeza. Antes que eu pudesse falar algo com ela, a mesma se foi, indo se sentar no canto do refeitório... sozinha. Eu a olhei por alguns minutos, mas ela não olhava para trás, então eu fui me sentar em uma outra mesa. Deixei minha mochila em cima da mesa e me apoiei nela e fiquei olhando as outras mesas ao meu redor.

 Para minha fraca sorte, a diretora se aproximou com sua “ajudante” - uma garota do último ano que por todavia era sua filha e também é chata - e ficou me olhando. Me ajeitei na cadeira e olhei para ela.

- Sr. Grayer, por que não está lanchando? - ela perguntou. Eu queria poder dizer: não estou com fome. Mas não daria certo, porque você mesmo com fome, neste lugar você é obrigado a comer. Olhei para a mesa no canto, ao longe, Cat comendo, como se fosse obrigada. Voltei a olhar para a diretora. - Eu fiz uma pergunta, sr. Grayer!

- Eu já estava indo - me levantei e peguei minha mochila, por precaução. Porque você não quer ver os pirralhos do sexto ano colocar animais como ratos ou comidas nojentas no seu material. Um dias desses eu já peguei um dos garotos com a mão na massa. Pedi um hambúrguer e um refrigerante à mulher da cantina e voltei para a mesa de onde eu estava. Mesmo eu lanchando, a filha “ajudante” da diretora não parava de me lançar olhares que diziam: estou de olho em você, sr. Grayer.

- Posso me sentar aqui? - alguém perguntou, não muito contente. Olhei na direção da voz masculina e havia um garoto ali da mesma sala que eu. Posso afirmar que eu o conheço muito bem, apesar de nunca ter arranjado confusão comigo, ele sempre aprontava com os garotos de outras séries ou da mesma sala que ele. O cabelo preto bagunçado que refletia a mesma cor dos olhos, pretos e a mesma cor de roupa: preta. Em vez de estar usando o uniforme, ele usava uma camiseta social preta e uma jaqueta jeans junto com uma calça jeans. E nunca dispensava aqueles anéis masculinos de caveira. O que era bem hilário.

 Eu queria dizer não, mas claro que não seria uma boa ideia. Ele nunca tirava aproveito, apenas no uniforme, mas ainda sim não parecia uma boa companhia.

- Edward Lewis - eu pronunciei seu nome, fazendo ele me olhar ainda mais com olhar de desprezo, o que foi demais. - Por que você não se senta na mesa da sua irmã? - eu apontei para a mesa onde a “ajudante” estava. Edward é filho da diretora e meio-irmão dela. Ele não têm pai, já que o mesmo morreu quando ele era um bebê ainda (pelo menos é o que os boatos dizem). Ele é o mais novo, um fruto fora do casamento da diretora com um professor de matemática, mas ninguém sabe quem é o pai dele, nem o nome, só a diretora.

- Eu não devo explicações - ele respondeu, mal-humorado.

- Nossa! Alguém já começou o dia com o pé esquerdo - comentei, fazendo ele cerrar um dos punhos, enquanto o outro segurava a bandeja.

- Por... Por... Por favor - ele gaguejou, como se fosse uma palavra difícil de falar. - Não quero que minha mãe saiba que eu não... Que eu não tenho amigos - ele disse, num tom baixo.

- Senta e me responde: por quê? - ele se sentou, não tocou na comida antes de responder, parecia tentar não olhar nos meus olhos.

- Ela quer que eu seja popular, só porque sou filho dela. É por isso que minha irmã é bem chata e uma imbecil - ele disse, olhando para a “ajudante” na mesa conversando com as amigas. Ela é diferente dele na aparência com os olhos azuis e o cabelo louro e no jeito, ele não era tão metido quanto ela. - Eu não gosto de ser popular e ter que aguentar garotas nojentas e garotos idiotas.

 Eu o olhei com a cara de: e ainda pede para sentar na mesma mesa que eu? Ele deu ombros e começou a comer, mas logo parou.

- Eu não tenho escolhas - ele murmurou. - Você sabe o que é conviver sem um pai e com uma irmã idiota que fica perturbando você até que morra? - ele perguntou. O pior é que eu sabia o que era conviver sem um pai, mas a parte da irmã idiota não, já que sou filho único.

- Sobre o pai sim... Ele sumiu quando eu era um bebê - afirmei. - Mas isso não é importante. Agora, sou filho único e queria ter uma irmã mais nova para proteger.

- Proteger? - ele repetiu, incrédulo. - Eu sentei numa mesa de maluco - ele ajeitou a mochila, fazendo um movimento para ir embora. Mas tinha algo nele também familiar. Agora eu sou tão... amigável? - Droga, não posso sair - ele voltou a se sentar e colocou a mochila dele em cima do colo. - Megan Hubson, lá na porta. Ela gosta de mim, só que você sabe... Pelo menos, eu acho - ele murmurou. - Eu não estou afim de namorar com alguém, ainda!

- O.k, eu sei disso - afirmei. Olhei para a porta onde estava a tal de Megan, na série anterior à minha. Ela não é feia, isso eu posso afirmar. Muito mais linda que a irmã de Edward. Ela têm olhos castanhos (eu a vejo sempre no corredor) e cabelo ruivo natural. Olhei para a mesa do canto do refeitório e vi Cat mexendo em seu celular e olhei para algumas mesas do lado esquerdo dela, os valentões do último ano, indo na direção dela.

- O que foi? - Edward me perguntou, ainda não respondi. Eu peguei minha mochila e ajeitei no meu ombro, Edward fez a mesma coisa, mas não sabia o porquê. Em menos de trinta segundos, um dos gigantes tomou de Cat seu celular e começou a vasculhar ele. Cat logo se levantou, mas estava preocupada.

 Não esperei nem um minuto e corri na direção dela, me desviando das pessoas. Sem perceber, Edward estava correndo atrás de mim.

- Ei, ei - chamei a atenção do valentão com o celular dela. Mas mesmo assim Cat não pareceu aliviada e sim tímida. Como se não precisasse que eu a defendesse. Mas eu não sabia o porquê. Eu parei perto deles e Edward logo atrás de mim, parou também e ficou olhando a situação e estundando-a. - Devolve para ela, agora e vê se vai roubar celulares de pessoas do seu tamanho - eu repreendi, só que não foi o suficiente. Eu só vi o rosto de Cat vermelho.


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