The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 79
After Fight


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, um capítulo curtinho depois de um tempo sumida. Espero que gostem. Vou tentar aparecer mais, essa semana eu finalmente acabo meu TCC e formo (nem eu acredito ainda).
Obrigada.



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Joguei-me no chão para desviar do martelo e aproveitei para cortar o calcanhar de um homem que estava dando trabalho. Roran passou correndo por mim, movendo a cabeça como pedido de desculpas. Não que tivéssemos muito tempo para isso.

Belatona estava dando mais trabalho do que o planejado. Eragon montava Saphira, enquanto Elrohir estava ansioso para aparecer. Eu adiei o momento pela falta da habilidade e pelo medo. Lutar em cima de Elrohir seria algo bem diferente do que todas as outras batalhas. Saí correndo de perto do muro, atacando quem tentava me impedir.

“Finalmente, estava esperando morrer?”

“Depois você reclama, vamos”

Subi com velocidade na sela e ele sequer esperou eu me ajustar para saltar no ar, batendo as asas para ganhar altitude. E rugindo, claro. Meu dragão adorava se exibir.

Aquela batalha com certeza estava sendo a mais difícil de todas até ali. Uma grande vantagem em ter um dragão diferente é que as pessoas demoram muito tentando entender se ele realmente é um dragão. Aquilo nos dava tempo para atacar com mais frequência. O problema é que não demorou para eles perceberem que sim, Elrohir também cuspia fogo.

Um conjunto de homens tentou atacar Elrohir com uma arma enorme, parecendo uma flor, mas ele voltou a voar antes que eles tivessem a chance. Eu sentia uma outra presença entre nós, mas não sabia se era Glaedr. Não conferi.

Aquilo se repetiu por muito tempo, até o comandante ser dominado. Eragon e Arya cuidaram disso. Ótimo. Elrohir voltou a posar na cidade, agora claramente cansado. Desci da sela, conferindo rapidamente se ele estava ferido. Felizmente não. Saphira não tivera tanta sorte, mas ela sobreviveria.

“O que era aquilo?”

“Era conhecida na sua língua como Orquídea.” Glaedr finalmente se fez presente com a voz de trovão. “Os elfos a criaram para nos combater”

As primeiras ordens eram simples. Um grupo iria entrar na cidade e procurar qualquer inimigo que tivesse se escondido, enquanto os outros cuidariam das perdas e dos feridos. Preferi ficar com os feridos.

— Roran. – Fui na sua direção depois de ver alguns dos homens preocupados com ele. – O que houve?

— Um muro caiu. Não me machuquei. Fico feliz que tenha fugido do martelo. – Ele comentou rapidamente, ao que dei de ombros.

— Precisa treinar muito mais se quer me tirar de cena com aquilo. – Ele deu uma risadinha, concordando. Sorri, olhando os estragos ao redor.

Foi uma batalha árdua, e dava para ver pelos feridos. Eram muitos. Belatona seria mais difícil, sabíamos daquilo, mas não era pra ter sido tão mais difícil.

 

Elrohir voou sem aviso para fora da cidade. Vi que ele ia até o lago Leona. Era a melhor opção de água naquele momento para abastecer um dragão. Avisei para ter cuidado, mas ele não respondeu.

Voltei ao meu serviço, sentindo a exaustão dominar meu corpo. Batalhas sempre exigiam muito de nós, em todos os aspectos. Acabei de verificar o meu batalhão e fui ter com Orun. Ele também parecia cansado, um grande corte no braço e uns pedaços da barba queimadas.

— Algum relato de urgência? – Perguntei, olhando nossos homens se reunirem novamente. Alguns dos enviados para verificarem a cidade começavam a retornar, sem muito para contar.

— Encontraram dois encolhidos igual bichinhos numa cabana, mas tentaram resistir, não tivemos muita escolha. – Ele deu de ombros, avaliando a própria barba.

— Vai precisar cortar os queimados para crescer de novo. – Comentei, vendo sua preocupação. Ele suspirou, ajeitando os fios. Um dos queimados tinha sido um pouco mais alto, um palmo abaixo do rosto.

— Vou pensar nisso depois. Você se feriu? – Ele desviou o assunto, ainda claramente chateado por sua barba. A mão que continuava correndo pelos fios grossos o denunciava. Neguei com a cabeça.

— Roran jogou o martelo na minha direção, mas eu desviei. E depois passei a maior parte do tempo em cima de Elrohir.

— Como se sente, lutando como a Cavaleira que é? – Ele perguntou, finalmente soltando a barba e pondo as mãos na cintura.

— É diferente do que eu tenho costume, mas dá um certo orgulho. Aquela armadura dele ficou muito boa. – Confirmei, finalmente me deixando dar um sorriso pleno e honesto. Ele sorriu também.

A tomada de Belatona tinha sido exaustiva, o que me preocupava. O próximo passo essencial era Dras-Leona, que seria ainda pior. Tínhamos cada vez desafios maiores que os anteriores e menos tempo para nos prepararmos.

Senti Elrohir retornar do lago e disse para ele não se afastar muito da cidade. Como ele não era mais um segredo, o melhor a se fazer era mantê-lo sempre sob vigilância. Não que eu achasse que ele não conseguiria salvar a própria pele.

Era puramente preocupação. Eu sempre ouvira que quando um dragão morre, seu Cavaleiro pode não suportar a dor. Aliás, aprendemos que Galbatorix só virou essa pessoa detestável depois de enlouquecer pela perda do seu dragão.

“Você pensa demais de vez em quando” A voz de Glaedr retumbou na minha mente sem aviso, me desnorteando um pouco.

“Isso é um problema?”

“Pode ser. A vida não foi feita pra ser pensada sempre.”

Bem lá no fundo, eu entendia o que ele tinha dito, mas não fazia sentido naquele momento. Estávamos em guerra. Tudo tinha que ser pensado, tínhamos que estar passos a frente do inimigo. Não era hora de se distrair.

Finalmente me recolhi depois de conferir uma última vez meus homens. Descanso não era bem uma distração, era um mal necessário.


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Notas finais do capítulo

Até mais ver!



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