The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 4
Caught


Notas iniciais do capítulo

Mais um pra vcs, pessoas!



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Tentei não entrar em pânico, mas a velocidade com que se aproximavam me assustava. Me encolhi ainda mais atrás do arbusto, parecendo uma criança assustada, que era o que eu provavelmente era ali agora.

Uma parte deles passou por mim, correndo na direção oposta a que eu ia. Não acho que eles estivessem indo para alguma cidade. Continuei observando-os, agora os últimos passavam pelo arbusto.

Assim que eles passaram e se distanciaram um pouco eu relaxei e soltei a respiração. Alguma coisa agarrou meu pé e eu fiquei pendurada de cabeça para baixo.

O Urgal se virou e chamou os outros, no que deduzi ser sua própria língua. Ele segurava meu tornozelo com tanta força que eu achei que algum osso quebraria em questão de segundos.

Depois de algum tempo conversando entre si o grupo começou a correr novamente. O que me segurava se preparou pra correr também, mas eu comecei a me contorcer, tentando me soltar.

Vi sua mão aberta vindo na minha direção, mas não cheguei a ver aonde ele me acertou.

Ergui um pouco a cabeça, que estava bem dolorida. Já era noite, eu estava no meio de uma floresta e via luzes ao longe, mas não conseguia distinguir mais nada.

Tentei me mover, mas me vi amarrada. Só então percebi que estava amarrada em uma árvore, com os pés pouco acima do chão. Mexi a ponta dos dedos dos pés, tentando senti-los novamente.

Eu estava com a garganta seca e com fome, perdida e capturada. Respirei fundo, recitando um verso que minha mãe me ensinara para me acalmar.

Apesar de dizer que temos muita esperança,

Se estou perdida, é apenas por pouco tempo.

Não era um verso muito animador, mas me animava. Tentei pensar em respostas: Por que os Urgals me pegaram? E por que não me mataram ainda? Aonde eu estava?

Ouvi alguém de passos pesados se aproximar, imaginei qual seria meu fim. O Urgal que me pegou, reconheci pelo chifre quebrado, carregava um pedaço de pedra lisa com um tigela rude por cima.

Ele parou não muito perto de mim, como se temesse que eu fosse me assustar. Depois de ver que eu não importava com sua presença, ou ao menos não fosse desmaiar de medo, ele chegou mais perto.

– Aonde estamos? – Ele me olhou surpreso, talvez por eu me dirigir a ele.

– Espinha, perto de um vilarejo humano. – Tive um pouco de dificuldade pra entender sua voz rouca e grave, mas quando entendi me animei um pouco.

– Por que me pegou?

Ele não respondeu. Ao invés disso, me deu água e um mingau, que eu terminei em poucas colheradas. Realmente não entendia por que ele me pegou, mas não perguntei de novo.

Assim que acabei ele me soltou da árvore. Parei olhando pra ele, tentando entender porque ele fez aquilo. Achei minhas botas jogadas ali perto.

Ele não me esperou, e eu também só o segui porque tinha esperança de recuperar minhas coisas, e perguntar sobre meu cavalo. Ele me levou até uma tenda,no acampamento deles, os outros Urgals não se importavam com minha presença.

Não vi nada lá dentro, só um catre e um pouco de terra revirada. Ele não ia mais me deixar amarrada numa árvore, ia me prender numa tenda.

Por mais que me esforçasse não conseguia ver nenhum motivo claro para terem me capturado, ou não terem me matado ainda. Pensei o que teria sob a terra revirada, mas me deitei no catre e olhei o alto da tenda. Dormindo um sono leve.

Acordei quando ficou muito escuro. Eu não tinha medo, mas me assustei com a mudança repentina. Me levantei e espiei entre as abas da entrada da tenda, o Urgal que me vigiava não estava lá.

Sai devagar e caminhei até a fogueira apagada. Alguns deles vigiavam o perímetro, mas nenhum pareceu me notar. Uma tenda maior, na ponta do acampamento me chamou a atenção.

Como sabia que tinha alguém lá dentro, voltei para a tenda onde eu estava. Se eu tivesse que apostar em algum lugar pra procurar duas espadas e uma mochila, o lugar era aquele.


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Notas finais do capítulo

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