The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 3
My First Problem


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, lindas do meu coração, mais um capítulo pra vcs me deixarem reviews :D
Aproveitem!



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Cavalguei por um bom tempo até que o meu cansaço e o de Thunderbolt me fez parar. Eu seguia pela margem do rio Toark, uma grande cordilheira se estendendo não muito longe. Tinha apenas ouvido estórias daquele lugar, a Espinha.

Parei próxima a um lago que se formava ali e comi um pequeno pedaço de queijo e tomei um gole d’água. Me escondia na sombra das árvores ali perto, evitando qualquer pessoa ou empecilho.

Eu estava em uma parte bem isolada, escondida pela natureza. Provavelmente, por isso não tinha ninguém por lá, a não ser os esquilos e os coelhos, nas árvores e tocas.

Eu carregava um mapa comigo, pra traçar uma rota. No início, meu maior problema seria como me desviar de Urû’baen, era uma área de risco.

Eu tinha três opções. Eu poderia ir para o sul, para Dras-Leona, e de lá seguir até Surda ou pelo Hadarac mesmo. Eu poderia ir para o norte, para Gil’ead e cruzar o deserto. Ou poderia atravessar as campinas que me separavam de Urû’baen e me desviar do castelo, mas era o mais difícil de todos.

Estava em dúvida entre Gil’ead e Dras-Leona. Se eu passasse por Dras Leona teria que passar em Surda, e seria mais fácil encontrar os Varden. Mas eu já tinha andado pelas terras próximas a Du Weldenvarden, seria mais rápido.

Decidi ir por Dras-Leona. Eu sei que demoraria mais, mas eu preferia ter a certeza de saber para onde estava indo, ou ter ao menos uma noção maior.

Passei as próximas duas semanas em uma cavalgada rápida e monótona, seguindo o rio Toark até a extremidade do lago, de onde eu mudaria minha rota para o sul.

Não tinha notícias da minha mãe, nem de ninguém da tripulação. Estava fugindo de uma ameaça que eu preferia achar que não existia. Sozinha, em um lugar que eu só conhecia por descrição dos outros. E, eu assumo, com medo.

No início da terceira semana, quando eu já ansiava o momento em que chegaria em alguma cidade, eu cheguei ao fim do lago Woadark. Já era fim de tarde quando desmontei de Thunderbolt e o deixei pastar um pouco.

Comi um pouco de queijo e tomei água. Não era muito, mas eu já não sentia mais tanta fome quanto sentia há três semanas. Comi sentada em uma área seca da borda do lago.

Eu sabia que a longa clareira que me separava de Urû’ baen poderia ser vista se eu andasse mais uma ou duas horas. Um calafrio subiu por minha espinha.

Lavei os braços e o rosto no lago. Por um momento encarei meu reflexo na claridade quase extinta. Meu rosto já estava mais cansado e fundo. Se eu não soubesse que era eu mesma, diria que já era uma mulher crescida, e doente.

Queria muito falar, ou ao menos ver, minha mãe. Ela ainda deveria estar em Teirm, mas provavelmente se preparando para partir. Era estranho pensar em minha mãe embarcando sem mim.

Me ocorreu uma ideia. Arriscada demais, perigosa demais. Me afastei do lago, ainda observando sua superfície. Esperei por um momento até que ele ficasse liso e intocado.

Há muito tempo, um dos marujos da tripulação do The Sender, o navio da minha mãe, me ensinou uma ou outra coisa sobre magia. Falou sobre a morte inevitável para aqueles que tentam fazer um encanto maior que sua habilidade.

Não sei bem se eu era capaz de fazer magia ou não, mas queria tentar. O problema é que eu só conhecia uma palavra ou outra da Língua Antiga, que era a língua dos encantos, e não sabia como liberar a energia necessária.

Me sentei de novo, desapontada por não pensar no problema óbvio que me impedia de fazer magia. A noite chegou com um ar frio, que fez eu me cobrir com a capa e acender uma fogueira com muito custo.

Dormi um sono leve e perturbado. Acordei com o som de galhos se partindo sob o peso de Thunderbolt. O sol ainda não tinha nascido, mas não demoraria muito. Tomei mais água e comi pouco.

Montei Thunderbolt e o coloquei num galope rápido, para sul. Depois de alguns dias de cavalgada consegui deslumbrar o que eu imaginei ser o lago Leona. Fiquei surpresa com meu avanço.

Me distanciei da margem do rio, me escondendo de possíveis guardas ou comerciantes. Teria um pouco de dificuldade para entrar em Dras-Leona, mas estava extasiada com meu avanço.

Novamente, só parei quando o cansaço de Thunderbolt me forçou a deixa-lo descansar. Parei em uma clareira, mas fiquei atrás de um arbusto. A água estava quase acabando, então tomei um gole de vinho, relutante.

Enquanto sentia meu corpo esquentar e observava Thunderbolt pastando pensei de novo em minha mãe. Talvez eu conseguisse encontrar alguém que pudesse me ensinar magia algum dia.

Me encolhi atrás do arbusto quando ouvi o som de um cascalho ser chutado. Me virei para ver o que fizera o barulho, e vi um grupo de algum ser se aproximando.

Só depois que se aproximaram mais consegui reconhecer a raça. Urgals.


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Notas finais do capítulo

Reviews?



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