The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 37
Old Acquaintances


Notas iniciais do capítulo

Então, gente linda :3 Voltei, com um pouco de demora...Eu sei que sempre falo que não vou demorar tanto, mas organizar as ideias pra escrever tanta fic custa...e prefiro demorar um pouquinho do que postar qualquer lixo aqui e ficar por isso mesmo :) Por isso, obrigada pra quem ainda lê, mesmo com os atrasos .q Bjs



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Os próximos dias foram ao mesmo tempo pacatos e muito movimentados. Com toda a agitação para que Nasuada assumisse oficialmente a posição do pai, assuntos políticos dos quais eu evitava ao máximo qualquer contato, eu não tinha nenhuma obrigação.

E pela primeira vez em anos, eu decidi ir explorar os túneis. Aqueles que eu não sabiam aonde iam dar, se suportariam até que eu os atravessasse. Fui desafiar a morte, por assim dizer.Ela não podia levar Ajihad embora? Vejamos se me levaria também.

“Você precisa se acalmar” Elrohir falou, compartilhando minha perda. Ajihad sabia sobre Elrohir. Até mesmo aquilo, eu confiara a ele.

“É assim que me acalmo. Andando.” Falei, entrando num túnel com apenas uma das lanternas anãs na entrada. Peguei-a, carregando-a comigo túnel a dentro.

Por vários momentos, eu pude sentir o turbilhão silencioso de sentimentos de Elrohir fundindo-se aos meus. O túnel era imenso, e parecia cada vez mais úmido e...claro. Imaginei se estava num túnel ascendente. Mas não parecia a luz do sol. Ou da lua.

Deixei a lanterna no chão, seguindo adiante. Elrohir, apesar de não aprovar muito a ideia, não tentou me impedir, apenas me alarmou.

“Você não sabe o que há lá na frente. Ao menos, fique preparada.” Com aquele aviso, desembainhei uma das espadas e continuei meu caminho.

O túnel desembocava no meio de uma caverna. Dali vinha a claridade. Todo tipo fungo crescia nas paredes. Alguns deles emitiam uma luz azulada, outros um brilho arroxeado e um até com um tom alaranjado. Segui o que minha mãe costumava me dizer e não encostei em nenhum. Podiam ser venenosos. Provavelmente eram.

Uma pequenina figura escura se destacava do outro lado da caverna, onde outro túnel parecia começar. Usei minha luzinha para tentar identificar que tipo de ser era aquele, mas encontrei uma mente muito particular.

Uma mente que eu já conhecera antes.

– Solembum? – Ele podia muito bem me ouvir pelos meus pensamentos, mas o choque foi tanto que me expressei verbalmente.

“Olá, Silbena. Quanto tempo.” O tom de desinteresse dele continuava o mesmo, desde sempre. Ainda surpresa, me aproximei, tomando cuidado com aqueles cogumelos.

“O que faz aqui?” Perguntei, parando de frente para ele. O menino-gato ficou de pé, se espreguiçando antes de sair andando, pelo outro túnel. Segui atrás dele.

Fomos parar em outra caverna, um pouco menos e com menos cogumelos. Quase nenhum na verdade. Ali, a luz vinha de uma vela, posicionada sobre o canto de uma mesinha. E atrás da mesinha, estava Angela.

– Angela? O que fazem aqui? – Perguntei, para Solembum também.

– Meio tarde, não? Já até lutamos juntas. – Ela riu, daquele jeito maluco dela. – Chegamos antes dois Urgals.

Depois dela ter dito aquilo, uma imagem meio nublada de uma mulher morena lutando e um garoto esquisito me alcançaram.

“Aquela é sua forma humana?” Era um garoto magricela, com presas e garras, e parte do peito com pelos.

“Sim.” Ele era bem direto. Voltei a encarar a bruxa, feliz por vê-la ali.

– Mas então, querida? Vejo que parte da minha previsão já está se realizando, não?

– Podemos dizer que sim. Quer dizer, já sou líder, por assim dizer. E fiz uma grande descoberta. – Solembum emitiu um grunhido que me parecia uma risada. – E acho que tenho bastante tempo de vida, mesmo com todas as batalhas.

– E quanto ao seu amor? – Ela disse, sorrindo.

– Não sei nem de quem se trata. – Elwë, Sano, Murtagh. Todos me vieram a cabeça de uma só vez.- E ainda não entendo muito bem o que suas palavras possam significar.

– Não me surpreende. – Ela deu de ombros, agora séria. – É bem óbvio a forma como se sente próxima daqueles três. Bem, agora dois.

Eu podia esperar que Solembum soubesse o que eu pensava, mas não esperava aquilo de Angela. E ela nem mesmo parecia ter tentado.

– Como os conheceu?

– Achei Sano numa viagem para recrutar um grupo para os Varden. Elwë me ajudou a chegar aqui. E Murtagh...é difícil de explicar. Eu já o conhecia, mas é como se eu o tivesse conhecido duas vezes.

– Uma vez em Uru’baen, certo? Ouvi essa história, e sinto muito. – Ela explicou logo.

– Bom, é. Angela, o que faz aqui embaixo?

– Gostei desse lugar. Muitos fungos, calma e tranquilidade e mais importante, quase não tive trabalho para trazê-los para cá. – Ela apontava tudo que estava na caverna, sua tenda, seus móveis.

– Ah, tudo bem. – Duvido que tenha sido fácil transportar aquilo, mas não comentei. – Bem, é melhor eu ir andando. Foi um prazer revê-la.

– Não será a única vez. Agora vá. – Solembum tinha se deitado de novo. Não o incomodei e deixei a pequena caverna.

“Quem eram?” Elrohir perguntou assim que peguei a lanterna anã de novo.

“Amigos que fiz em Teirm. Angela leu meu futuro uma vez.”

“Bem, parecem uma companhia útil.” Ele disse, mais tranquilo. Guardei minha espada e voltei para a rede principal de túneis.

Não cheguei ao meu quarto. Nasuada me chamou antes, me fazendo ir até a sala que antes fora de seu pai. Os guardas me deixaram entrar, me cumprimentando com a cabeça.

– Silbena. Obrigada por vir. – Ela se sentou. Me parecia bem cansada. – Bem, te chamei para discutir algumas questões. Sei que por todo este tempo tem evitado contato com a política, mas...

– Posso opinar, se é isso que quer.

– Seria ótimo. – Ela sorriu. – Bem, primeiro gostaria de lhe pedir que viesse me dar apoio quando receber minha liderança. Por favor.

– Posso fazer isso. Preciso fazer alguma coisa?

– Apenas lhes assegure que você deposita sua confiança em mim. Muitos deles, mesmo os que não são da sua divisão tem muita consideração pelos seus atos.

– Muito bem. Os outros assuntos.

– Bem, o segundo ainda não está decidido. Até porque, não posso decidir-me sozinha. Quero deixar a montanha, Silbena. Ir com os Varden até Surda.

– Bom, deve ser uma decisão complicada. Vai ser difícil alcançar Surda. Me convence que o apoio deles será essencial na batalha por vir. Ainda assim, vai ser complicado deixar esse lugar assim. Uma viagem cansativa.

– Mas você concorda com minha decisão?

– Eu vejo a importância do movimento. Apenas isso. – Concordei. – Mais alguma coisa?

– Ah, sim. Um homem deseja te ver. Ele permitiu nossos homens vasculharem sua mente, mas não encontraram nada. Nem mesmo seu nome.

– Ele não é perigoso?

– Não, é uma aliado potencial. – Ela disse, suspirando. – Pode ir. O mandei para o campo de treinamentos, para que esperasse lá.

– Obrigada, Nasuada. Com licença. – Deixei a sala, caminhando com passos rápidos.

Fui até o lugar que ela acabara de me dizer, com a cabeça cheia das perguntas de Elrohir.

“Não sei quem é, Elrohir. Calma.” Entrei no campo, olhando direto para o homem sinuoso num canto.

Eu reconhecia aquela feição, o cabelo comprido agora puxado para trás e a barba feita recentemente. Mesmo com todos os anos passados, ele ainda me parecia bem jovem.

– Olá, querida. – Ele deu um sorriso fraco. – Bem, já nos conhecemos antes, mas...

– Aidan. – O nome me veio num lampejo. Ele concordou, ainda sorrindo. – Foi você quem me fez esquecê-los.


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Notas finais do capítulo

E ainda teremos mais surpresas adiante :3 Até mais



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