The Secret Weapon escrita por Pacheca


Capítulo 1
Before It Begins


Notas iniciais do capítulo

Recomendo lerem os 4 primeiros parágrafos ouvindo "Wish You Were Here" do Pink Floyd.
Aos que não conseguirem, aqui está o link : http://www.youtube.com/watch?v=DPL_SV3n7IU
Eu sei que não tem nada a ver com a história, mas eu escrevi escutando e curti o resultado :D
Reviews e boa leitura :)



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A brisa atingiu meus cabelos novamente. Uma mecha mais escura cobriu meus olhos por um breve momento. Olhei o para baixo, o convés movimentado.

Como de costume, me equilibrei no mastro e respirei fundo. Dei um salto e senti a água me apertar por um momento. O sol iluminava as águas claras e eu poderia dizer que estava dentro de um cálice de cristal.

– Silbena, volte para o navio. – Emergi e passei a mão nos cabelos, alisando os para trás. – Ande logo, não conhecemos a área aqui.

Um dos homens esticou um remo na minha direção e me ajudou a voltar para o navio. Não me importei com a água, logo estaria seca. A capitã, que também era minha mãe, me olhou preocupada antes de voltar a dar ordens a seus homens.

– Silbena, eu quero falar com você, na minha cabine. – Fui para a cabine, ela ainda falava alguma coisa com um dos homens, Wayn. Logo ela me seguiria.

Entrei, a água salgada pingando no tapete. Comecei a olhar em volta, só para me distrair enquanto esperava. A tapeçaria atrás da mesa mostrava uma guerra onde uma pessoa montava um dragão, a época dos Cavaleiros.

Andei até um antigo baú, que ficava no canto atrás da mesa. Geralmente ele ficava trancado, mas dessa vez ele estava aberto. Não que eu devesse, mas fui até lá e comecei a vasculhar o baú.

Puxei um grande embrulho lá de dentro. Tirei as tiras de pano com muito cuidado, já imaginando o que veria. Logo vi uma lâmina, mas não era só uma espada, eram duas.

Uma tinha a lâmina verde, com um punho de apenas uma mão e uma esmeralda no botão. A outra era vermelha, o punho também de uma mão, e um rubi no botão. Eram belas armas, mas também me pareciam perfeitas para combate.

Embrulhei as espadas novamente e as coloquei delicadamente no chão. Peguei uma caixa dentro do baú, com várias joias dentro, o tesouro da minha mãe.

Depois de olhar anéis e colares de ametistas, diamantes e pérolas, brincos e braceletes de ouro com safiras e ágatas e outras preciosidades eu esbarrei em um cordão diferente. Ouro, sem dúvida, mas com uma marca diferente. Eu sabia que era a marca do Império, mesmo passando apenas pequenas temporadas em Teirm ou Kuasta.

Por que minha mãe tinha tal artefato? Pelo meu conhecimento das viagens de minha mãe, ela nunca tinha se aventurado nas terras do Império, apenas na grande expansão além de Du Weldenvarden.

Não precisaria esperar muito mais para ouvir as respostas, assim que pensei nessa questão ela entrou na cabine. Olhou o cordão e o embrulho no chão antes de falar qualquer coisa.

– Imaginei várias vezes em que momento esse dia chegaria, em que eu teria que te dar respostas. – Ela suspirou. – Abominei cada um desses pensamentos, mas enfim esse dia chegou.

– Aonde conseguiu isso? – Mostrei as espadas e o cordão.

– O cordão é seu, mas retendo explicar mais daqui a pouco. Quanto as espadas, eu as consegui de um velho parvo em uma das temporadas em terra firme.

– São belas, e poderosas.

– Não mais do que o esperado, eram de Cavaleiros. – Olhei um momento o embrulho no chão. Queria perguntar de quais Cavaleiros, mas decidi que não faria diferença. – Aliás, é o que lhe dou como herança. Agora.

Ela estava me dando as espadas de presente, por assim dizer. Aquela seria minha herança. Olhei o cordão novamente, antes que a alegria da nova posse me dominasse.

– Por que eu teria qualquer coisa do Império?

– Galbatorix, é mais louco do que podemos pensar, meu bem. Há poucos anos ele decidiu que queria ter um herdeiro, para que pudesse dividir seu conhecimento.

– Mas ele é imortal, não? Não precisa se preocupar com sucessão do trono ou nada assim.

– Quem sabe o que move a mente daquele homem. De qualquer maneira, ele teve um herdeiro, mas era UMA herdeira. Não me pergunte quem era a mãe, eu não sei.

– Aonde isso vai chegar, mãe?

– Vamos, Silbena. Já é mais do que hora de perceber que não dividimos laços de sangue.

– Eu...? – Minha voz sumiu, me deixando sem palavras e com a garganta apertada. Claro que eu entendera a história, a minha conexão com ela, mas eu a abominava.

– Eu te encontrei em uma das minhas viagens logo no início do deserto Hadarac, ainda perto de Urû’baen. Minha melhor teoria foi que ele te atirou no rio Ramr, mas esqueceu de tomar o cordão de volta.

– Por que a senhora está me contando isso?

– Primeiro, porque quero que saiba que ainda será filha da capitã Delrio, sempre. Segundo, porque preciso te pedir um favor. – Esperei ela continuar.

– Galbatorix está agindo de novo. Suavemente, é verdade, mas está. Atracaremos em poucos dias, e quando o fizermos passaremos uma temporada em Teirm.

– Tudo bem.

– Não quero que fique. Você vai partir, sozinha mas em segurança, para encontrar os Varden.

– Sozinha?

– Sim.

– Eu morreria antes de atravessar o deserto Hadarac, se é que eu chegaria ao deserto. E eu nem sei aonde os Varden estão.

– Mas eu sei. E tenho certeza de que você é mais forte e sábia do que pensa.

– Eu não tenho condições e não vou partir assim.

– Eu te pedi como favor, Silbena, mas posso te mandar fazer isso. Preferiria que não, mas vou obrigá-la se continuar a se negar.

– Mãe...

– Prometa que vai fazer o que te digo. – Assenti depois de um momento. – Prometa,Silbena.

– Eu vou, prometo.

Ela pareceu satisfeita e aliviada assim que eu prometi. Não sei quais eram os planos da minha mãe, mas não perguntei. Apenas sai da cabine carregando o cordão e as espadas ainda guardadas comigo.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews, lembrem que é minha primeira fic e eu estou me baseando apenas na minha lembrança do livro, ok? Sejam razoáveis, mas não deixem de dar sua opinião :>



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