Hey, Posso Lhes Contar Uma História? escrita por Uma tal de Raiane


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Leiam a Notas Finais.



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Lá estava eu em um avião com destino a Porto Alegre. Digamos que essa é uma viagem esperada desde meus 14 anos. O porquê? Bom, por onde começar?...

Certo dia eu entrei em um site chamado Nyah, que é onde pessoas postam histórias sobre tal gênero e coisas assim, não vou ficar falando sobre o Nyah, até porque vocês o conhecem.

Bom, logo que entrei lá postei uma história sobre a saga Percy Jackson e os Olimpianos. Depois disso recebi uma msg privada de uma garota que queria me adicionar no MSN (naquela época o MSN ainda era popular) E eu disse que podia e tal. Ela me adicionou e na foto de perfil era a menina mais linda que eu já tinha visto.

Começamos a conversar, papo vai, papo vem e ela gostava das mesmas coisas que eu. Continuamos conversando por muito tempo, e eu me apaixonei por ela. Eu apaixonada por uma garota?! Quem diria hein? A questão é que ela é o tipo de menina perfeitinha, com as qualidades que eu nunca vi em ninguém.

Eu não tinha coragem de contar pra ela que estava apaixonada por ela, mas em um dia aí eu disse “Eu te amo” e ela respondeu “ eu te amo” não preciso nem dizer que foi um dos dias mais felizes da minha vida?

A única coisa que nos separava era que ela morava no Rio Grande do Sul e eu no interior de São Paulo. Por isso estou eu aqui dentro deste avião lhes contando essa história.

Ouvi uma das aeromoças dizer que em 10 minutos pousaríamos. Meu coração começou a bater mais rápido, comecei a soar frio. Depois de tantos anos eu finalmente irei encontra o amor de minha vida, poderei tocá-la, abraçá-la, beijá-la e fazer todas as coisas que eu sempre quis!

Fui descendo as escadas do avião vagarosamente, eu estava tão nervosa que meus passos teimavam a serem lentos. Antes de passar pela porta do aeroporto respirei fundo umas três vezes. Entrei olhando pra todo lado pra ver se a encontrava.

Encontrei, ela estava com um sorriso lindo, me olhando com uma plaquinha escrito “Aqui Sabidinha” (ela costuma me chamar assim) Sorri, é ela é perfeita. Perfeita pra mim.

Não consegui me segurar, deixei minhas malas no chão e corri em sua direção, ela também veio ao meu encontro com os braços abertos. Assim que nossos corpos se chocaram ela me rodopiou no ar, enquanto soltava uma gargalhada. Há era tão ouvir aquilo.

Nos soltamos, a olhei. Ela estava com os cabelos bagunçados. Do jeito que eu sempre amei. Estava com um sorrisinho que deixava sua covinha no queixo ainda mais bonita. Sorri e a abracei novamente. A sensação de ter seus braços em volta da minha cintura era incrível, como se eu tivesse a certeza de que tudo ficaria bem só porque estou sendo protegida por eles.

– Como foi à viagem Sabidinha? – ela me perguntou enquanto pegava a minha mão e me conduzia para fora do aeroporto.

– Foi demorada. – respondi. Eu ainda não conseguia falar direito devido a mão dela entrelaçada na minha.

– Foram apenas 2 horas – ela disse rindo.

– É, mas pra mim pareceram horas.

– É eu te entendo – ela disse me olhando.

Sorri e ela correspondeu. Depois disso ficamos em silêncio até chegar ao taxi.

– Pra onde vamos mesmo? – perguntei.

– Sabidinha, lembra que eu disse que tenho um apartamento? – concordei – então vamos pra lá.

Ficamos em silêncio de novo. Ela só quebro o silêncio depois de abrir a porta do apartamento e dizer “Seja bem vinda”

Entrei, olhei para os lados e a primeira coisa que vi foi um sofá. Me joguei nele. Ela me olhou rindo e disse.

– Acho que não preciso dizer a frase “sinta-se a vontade”

Não respondi apenas a olhei tentando gravar na memória cada detalhe de seu rosto.

Ela acabou deitando-se no sofá ao meu lado. Eu me levantei e ela me olhou com a sobrancelha erguida, apenas sorri e fui a sua direção e me deitei do lado dela, meio apertado aquele sofá, mas nesta ocasião era bom ele ser assim. Faria com que nossos corpos ficassem colados. Ela me abraçou, a gente ficou na famosa posição ‘conxinha’. Sua mão acariciava minha barriga por baixo da blusa. Eu podia senti sua respiração no meu pescoço e fica levemente arrepiada

– Lembra o quanto a gente queria ficar assim? – eu perguntei rindo.

– Lembro, mas isso ta sendo melhor do que eu imaginava.

Eu me virei e a olhei, meus olhos se fixaram em seus lábios e quando percebi eu já estava com os lábios colados nos dela. Foi um beijo calmo. Não teve nem contato entre as línguas.

Não falamos nada, ficamos ali por um tempo até ela me perguntar se eu estava com fome, se eu queria alguma coisa. Acabei por querer tomar um banho.

Subimos para seu quarto, assim que entrei e visualizei a cama de casal, senti minhas bochechas corarem. E assim que ela percebeu pra onde meu olhar estava direcionado, ela também corou.

– Err... O banheiro é ali – ela me indicou uma porta.

– ok.

Ela saiu e me deixou sozinha. Entrei no banho com mil pensamentos.

Eu queria o corpo dela sob o meu. Queria senti-la. Seu toque. Seus lábios. Queria tudo que ansiei por todos esses anos.

Fiquei por mais um tempo tomando banho, e saí enrolada na toalha. E ela estava ali. De frente para a porta do banheiro sentada me olhando.

Corei, corei, corei. A minha sorte era que a luz estava apagada, só a luz do banheiro iluminava o quarto.

Quando nossos olhos se cruzaram. Mais mil pensamentos passaram pela minha cabeça. Tantas vezes pensei nesse momento. Fiz tantos planos para isso. Eu tinha que fazer alguma coisa.

Fui em sua direção, devagar, com um pouco vergonha coloquei uma perna de cada lado da sua cintura (eu ainda estava segurando a toalha u.u) e fiquei sentada no seu colo.

Coloquei minhas mãos em seu pescoço e sussurrei em seu ouvido, enquanto movimentava minha cintura sob ela.

– Lembra-se de quantas vezes conversamos sobre essa posição?

Ela me olhou com um sorriso malicioso.

– Como poderia esquecer Sabidinha?


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Notas finais do capítulo

Isso não aconteceu ainda. Mas vai acontecer. Eu conheci minha garota em fevereiro de 2012. E espero que quando a gente se encontra, seja bem melhor que tudo isso que escrevi.