Ajuda-me a Viver escrita por Vitoria Bastos


Capítulo 5
Laços de amor - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas gostosas, desculpa a demora rsrs
Vocês viram a nossa capa como está lindona? Obrigada Lyssah Cullen
Lá embaixo conversamos ...
Sem mais delongas, vamos ler!



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POV. Alice

Acordei com a música irritante do despertador tocando alto. Ainda sonolenta, levantei-me e olhei o relógio que estava em cima do criado mudo ao lado da cama. Era quase o horário de visitas no hospital e hoje eu finalmente conseguiria ver a Bellinha acordada.

Desde o dia do acidente tenho ido ao hospital visitar minha amiga, mas os médicos a colocaram em coma induzido e ela só acordou ontem. Eu teria ido ver a Bella se não tivesse visto a cobra da mãe dela entrando no hospital.

Renée e eu não nos damos muito bem, nunca concordei com a forma forçada que ela colocou a dança na vida da Bella. Minha amiga nunca teve uma vida normal, uma infância de verdade por causa da obcessão de Renée com o balé. E com isso Bella perdeu todo o prazer da vida, querendo sempre ser a melhor bailarina e isso a consumiu por completo.

Ás vezes penso que Bella está do jeito que está por minha causa. Sim, por minha causa. Por quê eu não voei na cara daquela mãe dela quando a Bella contou que foi pedida em casamento pelo Mike, por quê eu não dei os conselhos necessários para guiar a minha amiga naquele momento de sua vida.

Quando Bella contou o pedido de Mike para mim, tinha certeza de que ela aceitaria se casar por que os dois se amavam. Mas Renée acabou descobrindo e colocou todas as ideias erradas sobre casamento na cabeça da Bella e falou que a carreira de uma bailarina morre assim que ela se casa. Isso foi o suficiente para fazer a Bella desistir de se casar.

Não podia deixar de comparar o relacionamento do Mike e da Bella com o meu e do Jasper. Namoramos há 3 anos e vamos nos casar logo, estamos só esperando o nosso apartamento ficar pronto. Sempre consegui conciliar a minha vida pessoal com a profissional perfeitamente. Apesar de estudar na mesma escola de balé que a Bella, consegui ter uma vida fora da dança e estou no segundo semestre da minha faculdade de moda.

Terminei de tomar um café rápido e fui me vestir. Resolvi levar algumas coisas para a Bella, por que podia jurar que a mãe dela nem deve ter lembrado deste detalhe. Peguei meu carro e antes de ir para o hospital, resolvi parar em uma floricultura. Aquele quarto de hospital já tinha um clima deprimente e se eu conhecesse a Bella tanto quanto pensava, ela não devia estar em um bom estado. Talvez algumas flores melhorassem o ambiente.

Cheguei no hospital e quando entrei no quarto a Bellinha ainda estava dormindo. Ela era linda dormindo, tão inocente. Arrumei as flores, espalhando–as pelo quarto. Assim que terminei de guardar o resto das coisas, sentei em uma poltrona para esperar a Bella acordar e acabei adormecendo.

Quando voltei a abrir os olhos, os mais lindos olhos chocolates que existiam estavam me encarando.

– Bellinha. – disse dando um pulo da poltrona. – Oh minha amiga, eu sinto muito por tudo. – falei a abraçando e chorando.

– Eu também sinto Alice. Oh, como eu sinto.

– Fiquei em estado de choque quando recebi um telefonema, dizendo do seu acidente. – eu fui a primeira a saber do acidente. Quando encontraram a Bella, viram a última chamada no seu celular, que era para mim.

– Ah Alice, porque você não veio antes? Já sofri tanto sozinha aqui e a minha mãe inventou de fazer uma visita. – Bella falou fazendo uma careta de raiva.

– Oh minha querida, eu vim sim. Você sabe que dia é hoje? – provavelmente ela devia estar achando que o acidente foi ontem – Hoje é dia 10 de fevereiro. O seu acidente foi dia 2.

– 10 de fevereiro Alice? E porque eu só acordei agora? – perguntou sem entender nada.

– Te colocaram em coma induzido Bella. Seus machucados foram graves e se você ficasse acordada sentiria muita dor. – falei alisando os seus cabelos.

– Eu não sabia... Alice?

– Que foi meu amor?

– Você chegou a ver o Mike... vivo? – Bella perguntou com uma carinha de cortar o coração.

– Não Bellinha, ele morreu no local do acidente. A batida foi fatal, o caminhão bateu do lado onde ele estava.

O acidente havia sido horrível. Até no enterro, que foi há cinco dias, não puderam abrir o caixão, mas é claro que eu não ia falar isso para ela.

– Alice. – falou chorando – Como isso pode acontecer? Ele disse que queria casar, que queria filhos Alice, e eu disse que não. Sem dó, nem piedade.

– Eu sei, não adianta você ficar pensando nisso. Pare de se torturar Bella. Você recebeu uma nova chance, viva.

– Mas a minha mãe disse... – Ao ouvir Bella citar a mãe, a interrompi antes que pudesse terminar.

– O que foi que aquela cobra falou? Desculpa Bellinha, eu sei que ela é sua mãe, mas ela é uma cobra. – De repente uma vontade enorme de saber o que Renée disse para a Bella me atingiu – O que foi que Renée disse Isabella ? – Nem percebi que a chamei de Isabella e eu só a chamava assim quando estava irritada.

– Renée disse antes o Mike do que eu. E ela só sabia falar da dança. Queria arranjar outro médico e disse que eu ia estar pronta até o dia da apresentação.

– Isso não é novidade para mim – falei sem nenhuma emoção – A sua mãe, querida, perdeu totalmente o amor a vida quando parou de dançar e quer que você continue os passos dela... Mas você não tem que ouvi-la – puxei seu rosto – Por favor, Bellinha, não ouça o que sua mãe diz...

– Renée não disse nada do que eu já não saiba, que eu sou egoísta, um verdadeiro monstro.

– Isabella Marie Swan, olhe para mim. – coitada da minha amiga, em um momento difícil como esse e ela não pode contar com o apoio da mãe – Você não é a culpada pelo acidente. Você não é culpada de nada, pare com isso, pare de drama menina, você está viva e isso é o que importa. Você acha que você recebeu uma nova chance, para ficar assim, chorando? Se martirizando? –ela precisava ouvir isso, precisava de um puxão de orelha.

– Não Alice, você está certa. Eu preciso dar a volta por cima e fazer diferente.

– Sim. E não só por você, mas sim pelo Mike, dê orgulho a ele. – quando eu falei o nome dele, ela começou a chorar e me arrependi imediatamente de ter mencionado o nome dele.

– Eu já disse que eu te amo? – Bella me falava isso todos os dias.

– Não, hoje não. – sorri e lhe dei outro abraço – Vou estar aqui, sempre que você precisar, mesmo que seja para puxar sua orelha. – falou e nós rimos juntas.

– Uau, a arrogante Isabella Swan riu – falei dando uma risada e acabei reparando no visual da minha amiga – Ai amiga, não é porque você está debilitada nessa cama que precisa usar esse roupão brega e ficar com essa cara de morta. – falei rindo, mas a palavra morta não era a mais adequada para o momento – Ai, Bellinha, desculpa.

– Tudo bem Alice. Bom, você está linda hoje, viu? – com isso eu era obrigada a concordar com a Bella. Apesar de estar simples, eu estava linda.

– Obrigada, Bellinha! Trouxe algumas roupas levinhas para você e vou arrumar seu cabelo...

Bella fez uma careta.

– Ah não Alice! Eu quebrei três costelas, minha perna está doendo, não vou levantar não.

– Calma Bella, não precisa levantar, eu vou dar um jeito...

1 hora depois...

– Alice você é maluca. Para que maquiagem no hospital? E esse vestido?

– Bellinha, para de drama. A maquiagem está bem fraquinha e a roupa bem simples.

– Que seja a última vez que você brinca de me produzir. Esse esforço todo me deixou cansada – agora eu fiquei com pena dela... Bella devia está sentindo dor.

– Está bem, está bem. Mas olha para você, está toda gatinha com essa roupa. Valeu a pena ou não? – minha amiga estava simples porque sua beleza era natural.

– Valeu Alice. Obrigada. – agradeceu me dando um beijo – Alice, vou tentar ser uma pessoa melhor, vou fazer diferente.

– Sim minha amiga, você precisa fazer isso. – falei sorrindo – Primeiramente você tem que se perdoar a si mesma e só assim você irá encontrar a salvação.

– Eu te amo minha amiga, amo mesmo. – ela falou chorando novamente.

– Você tem que entender que eu sempre vou estar aqui, aconteça o que acontecer. Eu te amo muito mais.

Nos abraçamos e ficamos conversando por algum tempo. Eu estava lembrando a Bella do nosso tempo de criança, quando éramos inocentes, sem preocupações. Graças a Deus consegui fazê-la rir um pouco.

– Agora eu vou chamar a enfermeira para te dar um analgésico... – falei pensando que talvez Bella estivesse sentindo dor.

Minutos depois a enfermeira chegou e Bella acabou adormecendo nos meus braços. Fiquei observando ela dormir, tentando imaginar tudo o que ainda estava por vir.

– Oh minha Bellinha, no final tudo vai dar certo. Mas até chegar lá, você vai sofrer um pouco e a vida vai te ensinar a ser forte. Nem que seja da pior forma possível...

Dei um beijo na sua testa e a deixei dormir em paz.

''... Alguém que sabe quando você está perdido e assustado

Lá, nos altos e nos baixos

Alguém que você pode contar, alguém que se preocupa

Do seu lado aonde quer que você vá...''


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Notas finais do capítulo

Esse cap. foi importante para vocês descobrirem quem é a Alice, e entenderem a relação dela com a Belinha ( como diz a Alice rsrs)
Então, a leitora Neriah M, me propós para postar mais capitulos, então eu tive uma ideia melhor.
Se no capitulo tiver mais que 15 comentários, eu posto mais um capitulo antes do dia previsto, ou seja, antes da segunda ou quarta.
Então, façam a sua parte: divulguem, comentem, favoritem ... Assim eu terei o meu trabalho divulgado, e em troca mais capitulos, ok?
Então, se esse capitulo tiver mais de 15, posto antes da segunda... e assim faremos com os outros.
Gostaram?
Beijoos e não esqueçam dos comentários, Please!