The Paths Of A Rain Woman escrita por Ling


Capítulo 19
Permeating Danger


Notas iniciais do capítulo

Hum... olá...

Alguém sentiu falta da fic?

Bem... sem entrar em grandes detalhes, de segunda à sexta tenho tarefas tanto de manhã quanto à tarde (algumas meio inúteis; mas... é a vida).

Então tem sido meio difícil atualizar fics. Quando não se tem muito tempo, vive cansada (nem tanto), e aquela vozinha que diz "sua escrita não presta" ataca, fica meio difícil encontrar motivação para atualizar.

De qualquer forma, espero que gostem.

Boa leitura.



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Em clara hesitação, a menina varreu a platéia rapidamente com o olhar, tirando de seu público a coragem para, cautelosamente, caminhar pelo frágil e estreito corredor suspenso até alcançar o pedestal central — onde reuniu forças para lutar contra o anseio inquietante de olhar para baixo.

Juvia engoliu em seco, observando silenciosamente três figuras, uma à uma, emergirem por detrás do tecido tingindo num vermelho frustrado — que ondulava mais cada vez que um membro de sua banda resolvia se manifestar.

Quando a última delas terminou de se posicionar em seu próprio pedestal, os holofotes finalmente se pronunciaram. Juvia sentiu a luminosidade de vários deles invadindo seu campo de visão, mas se forçou a manter os olhos abertos. E então, com uma breve troca de olhares, o show finalmente teve início.

— Sejam bem-vindos! —Rayne, a mais carismática de seu grupo, teve a ousadia de abordar a platéia, um sorriso repentinamente se bordando em seus lábios — Esse é o primeiro show oficial da escola, esperamos que gostem!

Quando estava prestes a dar o sinal de iniciação, Juvia puxou abruptamente seu próprio microfone e se forçou a completá-la:

— Somos Iced Resort! — ela gritou, soando mais com uma fã enlouquecida que, de fato, um membro da banda. — E a primeira música se chama "Resolute"! Aproveitem!

Falhou ao tentar soar como a colega, mas ficou satisfeita por, ao menos no fim, conseguir restabelecer a atmosfera anteriormente presente — aquela agitação amistosa que tanto público quanto banda pareciam compartilhar.

Respirou profundamente e obedeceu ao sinal de Rayne, dessa vez sem objeções.

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Saori batia o pé apressadamente contra o piso oco, impaciente demais para prestar atenção no que Weisy e Aron discutiam a seu lado.

Quando o objeto triangular voltou a piscar, a menina animou-se.

­— É agora?! — agarrou possessivamente o comunicador a aproximou-o de seu rosto, como se buscasse pela confirmação que nunca viria.

— Não, esse é o primeiro aviso. O show acabou de começar — o ruivo recostado na parede apontou para a estrela em sua mão, que piscava tão intensamente quanto o triângulo da loira.

A pequena soltou um bufo irritado e voltou a jogar o corpo contra a parede desbotada.

— Como é lerda...

Na coluna em frente a ela, Weisy mirava seu comunicador oval com olhos arregalados, ocasionalmente usando-o como bola e lançando-o para cima, assim como certo rebelde fazia com o que chamara de estrelinha ninja.

Quanta maturidade.

Saori revirou os olhos. Aos poucos esparramou-se mais e mais na parede, temporariamente concordando em fechá-los — apesar de tudo, negando veemente sua necessidade por uma boa noite de sono.

Minutos depois seu comunicador vibrou novamente, dessa vez numa inconfundível tonalidade avermelhada que projetava a estranha runa pela qual tanto esperara.

Pôs se de pé num solavanco e retirou dois detonadores dos bolso.

— Levantem os traseiros preguiçosos, a hora é agora!

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Juvia sentia o instrumento vibrar sob seus dedos. A cada novo roçar as cordas tremiam mais, e, por um momento, teve medo de que se soltassem e fosse deixada, perante tanta gente, de mãos atadas e boca entreaberta.

Recolheu novamente o ar e se preparou para um refrão sem intervalos.

Soshite sore wa mada okotte iru,

Kawa no yō ni,

Hātodoroppu no yōna.

O ritmo suave quase fez com que se esquecesse da elevação do tom a seguir.

Seus dedos se adaptaram com facilidade e, dessa vez, seu tom ressoou em pura ousadia.

Subete no ato,

wareware wa kyōyū-goto ni tatchi,

don'na chīsana egao...

Anata wa mada watashi ni kotaete imasen.

Quando a frase terminou, fechou seus olhos — suas pálpebras colidindo com força e se mantendo seladas durante os próximos instantes da melodia.

Imaginou-se sob o lúdico palco negro em formato de meia-lua, plantada sob a plataforma oval cujas laterais se constituíam de espelhos — grande feitio, considerado as luzes fluorescentes que flutuavam desenfreadamente em todas as direções.

Em sua imaginação teve a confiança para apresentar a entrada e, apesar de contradizer o real desenrolar de fatos, sorria e acenava para seus fãs, com um carisma que nem mesmo sabia de onde vinha.

Quando voltou à realidade, percebeu o comunicador a piscar — sua luz escarlate se perdendo em meio a tantas outras — e, discretamente, levou a mão ao cinto enquanto vocais ainda não eram necessárias.

O sinal estava lá.

A inconfundível marca de lanças inflamadas bifurcando o vazio, emoldurada por mais de quatro elementos — todos em vermelho — parecia encará-la, como se aguardasse não tão pacientemente por seus próximos atos.

Mentalmente se desculpou com suas três colegas.

E então a guitarra se fez presente, completamente fora de ritmo, sem qualquer encaixe com o resto da canção, tão intensa e descompassada como jamais se ouvira.

Aquilo foi o suficiente para encobrir a série de pequenas explosões que se sucederam.

Pelo menos, temporariamente.

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— Está pronto?

Pela milésima vez, a voz de Liz desviou sua atenção da caixa de fusíveis em que vinha trabalhando tão arduamente para ter acesso. Rin optou por ignorá-la, e com uma careta impaciente voltou-se ao emaranhado de fios.

A menina revirou os olhos.

— Sabe, preciso dar o sinal. — retrucou — Não significa que esteja interessada nesse monte de fios, é só ... minha obrigação.

O garoto suspirou, silenciosamente concordando.

— Cadê o Yano? ­— olhou ao redor na tentativa de encontrá-lo; mas não viu mais que duas pessoas a seu lado.

— No corredor — bocejou — Quis ficar de guarda.

Rin assentiu sem se virar, movendo os braços numa dança violenta enquanto novos fios se uniam ao ninho colorido enredado em seu antebraço.

Moderou sua voz antes de prosseguir.

— E... hum... a Sa... os outros? — o coitado gaguejou, atrapalhando-se momentaneamente com os fios.

— A Saori, você quer dizer? — a menina engatinhou para perto dele, provocando-o arbitrariamente, leves indícios de maldade permeando sua voz.

Ao ignorá-la, cometeu um grave erro.

— Como diria a Juvia: um casal anão... — concluiu vagamente, usando a mão para cobrir a boca — romântico, não?

Rin grunhiu, dando bruscos puxões na fiadura pendente.

Chutou a parede e deslizou na direção oposta, anunciando:

— Tá pronto! Agora só vou conectar os fios e transmitir a energia pras bombas; cerca de cinco minutos.

Klein cambaleou ao despertar, freneticamente declarando ser inocente e apalpando o vazio com as mãos — em sinais que deixavam suas intenções claras; mas que ambos optaram por ignorar.

Devolvendo os óculos ao ponto de origem, o prodígio encarou seus companheiros e declarou em relativa modéstia:

— Pode passar o primeiro sinal. Estaremos prontos em breve.


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Notas finais do capítulo

Sim... aquela coisa de "está chato" e "ainda não chegou na parte boa da fic" estão em alta.

Seria bom se soubesse o que estão achando.

Se puder contribuir com opiniões, críticas ou sugestões, fique à vontade para postar ou não. (adoro reviews *-*).

Espero, sinceramente, que estejam gostando.

Até a próxima o/