The Paths Of A Rain Woman escrita por Ling


Capítulo 11
A Hero or a Deliquent ?


Notas iniciais do capítulo

Minha ultima atualização faz mais de um mês (-.-)
Me sinto além de enrolada, preguiçosa.

Durante esse mês estive bem enrolada, mas como agora estou de férias é provável (eu espero do fundo do meu coração) que os capítulos saiam mais rápidos.

A situação oscilava entre falta de tempo, cansaço e falta de motivação... e preguiça, é claro.


Bem... esse capítulo não é la grande coisa, mas...

Eu não fiquei esse mÊs sem fazer nada.

Eu pensei. (-.-)

E agora já tenho praticamente toda a parte "dramática e emocionante" da fic planejada, e vou tentar fazer com que não demore muito para chegarmos logo nessa parte.

Bem... não sei se alguém ainda está acompanhando,mas...

Ai vai.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330602/chapter/11

Não era sua intenção estar nesse lugar, muito menos nessa situação.

Também não era de sua vontade retornar ao lugar do qual acabara de fugir, e lhe agradava ainda menos a idéia de permanecer sentada, por minutos dolorosamente lentos, ao lado daquele que a arrastara para toda essa confusão.

Confusão da qual até hoje não possuía idéia do que poderia ser.

Mas não havia o que ser feito, certo?

Que escolha poderia ter?

Ou o tumultuado e barulhento recinto, cheio de colegas de classe que imediatamente reconhecera como" bárbaros", ou então, os corredores terrivelmente mal iluminados da macabra guilda da qual não era capaz de lembrar o nome.

Um opção pior que a outra...

Respirou fundo e tentou bloquear o ímpeto que teve de escolher a segunda opção. Por mais tentadora que a oferta lhe fosse, não poderia se render a ela, afinal, todos os outros estavam lá, sendo torturados em salas diferentes, mas não fugindo à obrigação.

Por que com Juvia seria diferente?

Porque ele está lá.

Balançou a cabeça, na esperança de afastar os pensamentos que a incentivavam a se trancar no banheiro e permanecer lá até que fosse hora do intervalo.

Fugir não adiantaria de nada agora.

Assentiu no meio de seu monólogo interno, e num ato de coragem, empurrou a porta ridiculamente pesada, e avaliou cuidadosamente o corredor semi-deserto, tentando encontrar o caminho pelo que viera em seu momento de desespero.

Finalmente estabelecendo as direções e mentalmente traçando um percurso, caminhou até o fim do corredor à sua esquerda, passando diretamente por um estudante de madeixas grisalhas e cabeça baixa.

Continuou a caminhar, com a estranha sensação de ser observada. Quando virou parte do pescoço e tentou localizá-lo pelo canto de seu olho, sentiu o corpo congelar.

Ele não estava mais lá.

Se virou abruptamente e varreu os arredores com o olhar, até parar num ponto específico.

Lá estava ele, recostado no peitoril da janela, o olhar ainda baixo e o perturbador sorriso sinistro já presente. Quando abriu os olhos, Juvia teve certeza.

Estava de frente a pessoa a qual tentara a qualquer custo evitar.

Viu-se refletida naquele olhar escarlate, que a cada segundo parecia mais próximo a si. Seus pés sorrateiramente se arrastaram para trás, aumentando a velocidade conforme a distância diminuía, mas no fim foi inútil.

– Ora, ora, o que temos aqui... - sussurrou melodicamente próximo a seu ouvido, e mesmo sem poder vê-lo, a maga teve certeza que estava sorrindo.

Ao sentir as mãos lascivas subirem por seu antebraço, recuou inúmeros passos, puxando o braço repentinamente, e provocando o aumento do sorriso do albino.

– Corajosa, sim? - deleitou-se numa branda gargalhada, tão seca e falsa como soaram suas próximas palavras. - Que tal nos divertirmos um pouco? Essa escola não é tão chata quanto parece, posso te mostrar... se quiser, é claro. - sugeriu com forçada gentileza.

A menina negou com a cabeça e manteve a postura e expressão contidas, mesmo quando seus olhos voltaram a mirá-la.

–Não, obrigada. - disse de forma rígida, sem se preocupar em criar a falsa máscara de gentileza que o rapaz parecia sempre usar. Virou as costas e voltou a caminhar em passos rápidos, apenas rezando para chegar logo à sala de aula.

Mas já deveria saber que tal coisa não aconteceria.

As mesmas mãos de antes lhe agarraram possessivamente os braços e sentiu-se empurrada contra a parede. Quando se virou, não se surpreendeu ao ver aquele rosto familiar, e se preparou para uma iminente fuga.

Para seu azar, seu opressor foi mais rápido, bloqueando a saída com o braço, e posicionando o outro paralelamente à outra lateral de seu corpo, deixando claro que não seria tão fácil regressar.

Entrou em pânico quando percebeu que seu rosto se aproximava, e as imagens de Gray lhe vieram à tona. Sentiu seus músculos enrijecerem, e decidiu por um golpe eficaz contra o garoto.

Baixou a cabeça, e com um forte impulso somado a força que sinceramente não soube de onde veio,chutou-o, naquele lugar inapropriado - algo que sem qualquer sombra de dúvida o renderia grande dor.

Ao ver seu corpo desabar impotentemente, se preparou novamente para correr, mas dessa vez sentiu um forte pressão por baixo do couro de sua bota; uma pressão que logo desapareceu, substituído pelo baque de um pé entrado em contato com o rosto de alguém.

– Parece que cheguei bem na hora, huh? - provocou o ruivo que aparentemente a salvara do que a garota agora nomeava como "pervertido do corredor".

–Ora, ora... não se deve atrapalhar quando duas pessoas estão se divertindo, sabia? - ironizou o albino, ainda no chão, uma não tão fina linha escarlate escorrendo pela lateral do olho inchado.

– Eu não acho que ele estava se divertindo... - cuspiu, e virou o rosto por um breve instante. Tempo o suficiente para a pervertido levantar e tentar outra investida.

No entanto, antes que pudesse colocar em ação seu" plano b", de acertá-lo com uma cabeçada, um punho bem trabalhado entrou em contato com a face pálida, que no mesmo instante voltou ao chão.

–Desgraçado... - grunhiu o rapaz semi nocauteado, apertando os punhos. - Vai me pagar...

O ruivo apontou com o queixo para o lado oposto do corredor, a Juvia o seguiu sem pensar muito, andando em silêncio a seu lado, até o homem se virar com uma careta desajeitada.

–Você está bem... certo?

A maga assentiu, e ambos voltaram a caminhar.

Foi quando algo em sua mente estalou.

–Eh... onde vamos?

O jovem deu de ombros ainda de costas, e levou os braços musculosos para detrás da cabeça.

–Como eu vou saber?

Juvia aumentou a velocidade dos passos, até alcançar seu lado.

– E a aula?

Os cantos de seus lábios se curvaram no que pareceu um sorriso, enquanto uma expressão travessa tomou conta de seu olhar.

–Vamos matá-la. - disse casualmente.

–Mas...

Parou abruptamente e se virou, suas feições refletindo a mesma teatralidade de um contador de histórias, até sua expressão voltar à original.

–Não é uma boa idéia voltar à sala... minha professora é uma megera, então nem vou tentar.

Juvia franziu o cenho, tentando recordar o nome de sua instrutora.

–Professora... - grunhiu, ainda tentando se lembrar - Cissy! - exclamou, orgulhosa por seus resultados.

Quando se voltou para o ruivo de nome ainda desconhecido, esse ostentava uma carranca miserável.

–Desista. Essa é a pior de todas... cheguei atrasado em uma aula dela e... - coçou a cabeça, e de repente o teto lhe parecia uma obra-prima.

– E o que?

Deu de ombros e sorriu de forma marota.

–Digamos que acabei na diretoria depois de uma pequena discussão... mas como fugi de lá também, atualmente estou sendo procurado, então é bom tomar cuidado com os monitores do corredor.

–Juvia é grata por tê-la ajudado. - murmurou um pouco sem jeito perante a indiferença do rapaz.

Subitamente o fugitivo parou em suas trilhas e olhou-a, até uma expressão zombeteira varrer toda a indiferença anterior.

–Ah, então seu nome é Juvia, e você fala na terceira pessoa... - disse lentamente, quase como se ponderasse algo. Então sua expressão regrediu ao tédio, e a mulher de chuva quase deu um salto quando sentiu suas mãos apertando-lhe as bochechas - Eh... - chacoalhou um pouco mais seu rosto.

A mulher da chuva o encarou sem expressão.

O que esse delinquente pensa que está fazendo com a Juvia?! Só o Gray-sama tem o direito de tocá-la desse jeito!

Quando estava prestes a recuar, o garoto dobrou ligeiramente os joelhos até seus olhos ficarem na exata linha de seus belos olhos azul nublado.

E antes que Juvia pudesse concluir o pensamento que lhe diria como reagir, o rapaz sorriu de forma zombeteira e deu um leve peteleco em sua testa.

– Fofa - disse casualmente e voltou a caminhar.

–Eh?! - soltou no calor do impulso, recuando momentaneamente para trás, olhando-o horrorizada, e surpreendentemente recebendo uma leve risada como resposta.

Mesmo que ele estivesse de costas, Juvia ainda pôde ver seus ombros sendo encolhidos,antes de voltar à pose relaxada que exibia.

– Você é tão fácil de provocar... chega a ser divertido - comentou, aproximando-se da borda do corredor.

– A Juvia só... - tentou argumentar, mas teve sua sentença cortada pelo rapaz.

– Acho que vou te provocar mais, tenho certeza que vai render um bom passatempo. - disse, reduzindo a velocidade.

A boca de Juvia se abriu e fechou ao ver o sinal de silêncio que o ruivo fazia com a mão. Agachou-se ao lado dele na curva da parede, e tentou enxergar o motivo de tal comoção.

Uma pesada porta de mogno - em estado consideravelmente melhor que as já vistas até agora - se abriu, revelando duas figuras apressadas fazendo seu caminho ao corredor oposto ao que se escondiam; em seguida dele saiu um homem rechonchudo trajando um terno surrado. - um homem com graves problemas de calvície.

– Vamos invadir? - perguntou, traçando com os olhos o caminho pelo qual a figura seguia.

– O que?! - murmurou exasperada. Que tipo de pessoa teria a brilhante idéia de invadir a direitoria?!

O jovem mirou-a de forma séria, e a menina poderia dizer que algo o incomodava.

– Tem algumas coisas que euro ver lá dentro. Você vem?

– Bem... - Susssurrou, na tentativa de ganhar algum tempo para refletir.

A julgar pelo lugar onde estavam era altamente provável que houvesse algo importante escondido naqueles arquivos.

E se realmente houvesse, era seu deve investigar.

– Juvia está indo com você.

O ruivo sorriu e ambos caminharam em silêncio até a porta, que milagrosamente estava aberta.

–Ele não devia trancá-la?

Seu companheiro deu de ombros.

–Aquele gordo tem preguiça até viver, trancar a porta já é demais pro velho. - falou com uma carranca zombeteira, e antes de abrir a porta virou-se novamente.

– Juvia, minha cara pupila, seja bem vinda ao mundo do crime.

E nesse momento a maga soube que estava inegavelmente encrencada.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando...

O próximo capítulo trará algumas informações que... bem, anda não são parte do foco principal, mas vão ser bem importantes mais para frente.

Comentários são sempre bem vindos.
Caso tenham algo a dizer, uma idéia, ou qualquer coisa do tipo (tudo o que sempre digo em todo fim de capítulo), bem... é só dizer ^^

Até a próxima o/