Bad Day escrita por Road-sama


Capítulo 2
Especial - Tricks of Love


Notas iniciais do capítulo

Boom, resolvi fazer a continuação, um especial na verdade... Hot! Espero que gostem, postei como uma one avulsa, mas achei melhor coloca-la aqui como continuação. Faz mais sentido xDD
Boa leitura! Espero que não decepcione! XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330553/chapter/2

Parte 2  - Especial 
        Tricks of Love!

Esperou, olhou, bufou irritado, olhou de novo... e nada. Nenhum sinal de Naruto, nem mesmo uma ligação ou mensagem. Estava parecendo um idiota, parado no meio da calçada, encostado no poste. Até que não se aguentou e foi embora, havia esperado exatos quarenta e cinco minutos, e Naruto sabia... Sasuke odiava atrasos!

...

Segurou o celular em mãos, sentindo uma enorme vontade de estraçalha-lo. Quanto mais se precisasse de algo, menos se tinha. Sem rede, sem sinal, ou qualquer merda que achasse conveniente, incomunicável. Frustrado não poderia lhe descrever no momento, então sentou na rua de cascalho e chorou, mais por raiva do que por qualquer outro sentimento. Tinha certeza que Sasuke não o perdoaria pelo atraso, muito menos que falaria com ele. Qualquer explicação seria inútil, por isso odiou seu pai por te-lo feito ir até um lugarzinho esquecido por deus, no meio do mato, para entregar uns documentos para um senhor que nem sabia quem era.

E no meio do caminho, ficou sem gasolina.

“Vamos logo, funcione!”

Apertava as teclas com força, como se fosse funcionar por isso. De tanto tentar, desistiu. Encontrava-se no meio do caminho dos dois lugares, meio caminho para a cidade, meio caminho para o inferno do interior.

“Droga! Droga! Droga! O que eu faço?”

Limpou as lágrimas com raiva, levantando em seguida para retornar ao carro. Deu a partida três vezes, e nas três tentativas o carro engasgou. Fez que foi funcionar, mas acabou não funcionando. E o sangue de Naruto fervendo... A cada partida, fervia mais um pouco;

“Eu vou matar meu pai!”

Apertou fortemente o volante. Havia ultrapassado todos os limites de sua raiva, sem carro, sem sinal, sem pessoas por perto, no escuro... Completamente sozinho; A única coisa que o estava perturbando mais do que qualquer coisa, não estava lá. O estava esperando na cidade, no restaurante italiano, provavelmente de terno, com as sobrancelhas franzidas, o olhar irritado... Ah! Ele deveria estar magnífico. E justo agora, logo agora, quando as coisas estavam voltando a ser como eram antes, acontece essa cagada! Maldito pai!

...

“O que aconteceu?”

Encarou o irmão sentado no sofá, seu sorriso debochado o irritava mais ainda. Queria ter ido para qualquer outro lugar, mas não tinha para onde ir então voltou para casa.

“Nada!”

“Iih! Naruto te deu o cano.”

“Cala a boca, Itachi!”

“Deve ter ido se encontrar com uma dessas mulheres da vida, com peitões, cabelos sedosos, olhar sel...”

“Eu disse, cala a boca!”

Jogou a pasta que carregava ferozmente em seu irmão, logo em seguida pulando em cima e agarrando sua gravata. Não sabia o motivo para a sua irritação, quer dizer, o atraso de Naruto era um bom motivo, afinal ele nunca faltava ou quando acontecia algo avisava. E o fato de Itachi dizer qualquer coisa sobre onde ele estava, e com quem, o irritava mais ainda. Porque depois de tanto tempo, ainda não tivera a coragem para se declarar. Ainda não o tinha de certeza, Naruto não era dele.

“Irmãozinho idiota!”

E da mesma forma como agarrou a gravata de seu irmão, foi jogado para longe pelo mesmo. Sabia que perdia quando o quesito era força, mas esperava que toda aquela raiva o fizesse um pouco mais forte.

“Não amarrote minha roupa, vou sair daqui a pouco.”

Sasuke se ajeitou no chão, mantendo contato com seu irmão.

“Vai sair para onde?”

“Com Madara, numa social da empresa dele. Odeio essas coisas.”

Escutou o irmão murmurar a ultima parte com um suspiro, desejando lhe boa sorte caminhou até o quarto, e desabou na cama. Por mais que não quisesse transparecer, estava preocupado com Naruto, por não ter dado noticias e nem ter dito aonde ia. Foi assim que adormeceu meio ansioso, meu angustiado, segurando em mãos o celular prateado;

...

O barulho alto, seguido por três vezes, o assustou. Havia cochilado por dez minutos, e quando deu de cara com um homem jovem, de cabelos negros, se assustou. Tinha se esquecido completamente da situação, que estava no meio do nada, sem nada. Então a solução apareceu ali, na sua frente. Sussurrou um graças a deus e abriu a porta do carro, descendo em seguida.

“O que aconteceu?”

“Fiquei sem gasolina, e estou sem sinal.”

Analisou o homem a sua frente, lhe lembrava de Sasuke. O jeito meio marrento, os olhos escuros... Tentou concentrar-se em algo que não fosse Sasuke por alguns minutos, mas estava difícil, nem sabia como começaria a se desculpar com ele.

“Entendo. É a pior situação, ficar sem gasolina aqui.”

Os dois riram da situação, realmente não era uma das melhores coisas.

“Se quiser te dou uma carona até a cidade, e amanhã de manhã você manda o guincho vim buscar seu carro.”

“Acho que é a melhor opção no momento.”

Naruto suspirou pesado, pegou a chave dentro do carro mais algumas coisas necessárias para o dia seguinte e o trancou. Depois de horas de espera, finalmente conseguiu encontrar uma bendita alma naquele lugarzinho.

“Valeu mesmo cara, salvou minha pele.”

“Não tem de que. Raramente vejo pessoas por aqui, então não me importo.”

“Que bom.”

Os dois entraram no carro, e logo partiram em direção a cidade. A viagem não durou muito, mas entre um silencio e outro, Naruto descobriu que o nome do seu benfeitor era Sai, morava com seu avô ali perto, ia para a cidade uma vez por semana para entregar suas pinturas numa galeria perto de sua casa, e que quando pintava escutava Heavy metal, para entrar no clima. Na entrada da cidade, Sai pediu orientações para onde seguir. Entre direitas e esquerdas, chegaram ao apartamento de Naruto.

“Obrigado mesmo pela carona.”

“Não esquente. Na próxima vez que eu vier à cidade, te faço uma visita. Quem sabe você me ofereça um jantar, como pagamento por hoje.”

“Claro!”

Naruto sorriu, antes de entrar em casa trocaram telefones. Ficou realmente feliz por ter encontrado um cara gentil, e que o salvou de passar uma noite, sozinho, no meio do nada; Correu para dentro de casa, jogando sapatos num canto, casaco em outro, e logo tratou de ligar para Sasuke... Sabia que ele estaria irado, mas não tinha como prever que ficaria sem gasolina, ou que aquele sítio era quase em outro estado, porém esperou até que uma voz arrastada atendeu ao telefone.

“Oi, Sasuke!”

“Naruto!”

“Desculpa cara, se eu te contar você nem vai acreditar no que aconteceu.”

“Comece.”

“Meu pai, me mandou levar umas papeladas lá onde Judas perdeu as meias, e no meio do caminho fiquei sem gasolina... E como se não bastasse, não tinha sinal! Esperei umas duas horas, até que alguém chegasse. Aí finalmente apareceu o Sai, e ganhei uma carona até em casa. Ele é pintor, e uma vez por semana vem para a cidade trazer seus quadros.”

“Hm...”

“E... Você está muito ou bastante zangado?”

“Estou com sono, vou dormir. Tchau.”

E o telefone foi desligado, da mesma forma que atendido.

“É... Ele está bastante zangado.”

...

“Sasuke, vou ao mercado. Quer alguma coisa?”

“Não!”

Estava irritado há uma semana, desde o dia que marcaram para jantar e Naruto não apareceu. Estava tão irritado, mas tão irritado, que fazia tudo irritado. Tomava banho irritado, almoçava irritado, fazia comida irritado, trabalhava irritado, dormia irritado; Tudo irritado; Queria sair, beber alguma coisa, festejar, ou qualquer merda que o tirasse da desgraça. Por que sempre ele? Porque sempre Sasuke tinha que sofrer assim?

Foi pensando nisso que saiu de casa. Sem rumo, sem direção, apenas pegou o carro e foi. Entrou em ruas que nunca havia passado, entre bairros estranhos, e até mesmo descobriu onde era o Museu. E curioso foi visitar, pela primeira vez, o Museu de Artes Revich Santé. Passou entre várias pinturas conhecidas, outras nem tanto; Algumas mais abstratas outras que não faziam o menor sentido; E assim sentiu-se calmo; Talvez por aquelas obras representarem, por algum momento, como ele se sentiu por semanas.

Ao final do corredor, pode escutar o ecoar de risadas. E dentre uma delas, reconheceu a de Naruto. Por um momento seu coração pareceu sair pela boca, e todos aqueles mantras que repetia em sua mente pareciam inúteis, mas respirou fundo, e se virou para cumprimentar seu amigo.

“Sasuke!”

Sem reações, sem palavras. Ficou perplexo por ver que Naruto estava ali, na sua frente, junto com uma cópia sua mal feita. A única pergunta que passa pela sua cabeça era: Quem era aquele?; De certo modo ficou na defensiva. Aquele cara estava entrando em terreno muito perigoso, não sabia suas intenções com Naruto, mas de uma coisa tinha certeza, não queria mostrar apenas suas telas...

“O que você está fazendo aqui? Não trabalha hoje?”

“Quem é ele, Naruto?”

“Ah! Esse é o Sai, o que me deu a carona aquele dia! E Sai, esse é Sasuke, meu melhor amigo.”

Por um momento notou que o rapaz a sua frente lhe estendia a mão, mas preferiu ignorar virando o rosto. Ora essa, quem ele achava que era para lhe estender a mão? Sasuke Uchiha não apertava a mão de ninguém!

“Hum.”

“Qual é, Sasuke. Você não é tão rabugento!”

“Não precisa se preocupar, Naruto...”

“Sai! Preciso! Sasuke o cumprimente corretamente.”

“O que? Por quê?”

“Estou te pedindo.”

E com uma bufada, Sasuke saudou corretamente Sai. Sentiu como se estivesse compactuando com o inimigo... Mas nada disso! Estava apenas sendo... Perspicaz.

...

Havia se passado apenas quinze minutos que estavam juntos, e já parecia um tsunami com direito a furacões. Ter Sasuke e Sai juntos, num mesmo ambiente pode ter sido a pior coisa que lhe aconteceu. Talvez por Sasuke não ser muito social, acabava por ser mau entendido pelas pessoas. Não gostava disso; Afinal ele era tão gentil e engraçado.

“Já vou indo. Esse lugar não está me fazendo bem!”

“Mas já, Sasu?”

“Sim.”

“Até mais, prazer em conhecê-lo.”

Apenas ignorou o fato de Sasuke ter virado o rosto para Sai novamente. Aquilo o estava irritando; Passou aquela semana sem contato com Sasuke, queria perguntar como estava, o que tinha feito aquela semana, o emprego. Tudo! Quando encontrou Itachi dois dias atrás em uma social da empresa, quase engasgou com o copo de bebida que entornava. Pensou que era Sasuke ali, vestido tão majestosamente, porem desanimou-se completamente quando notou que não.

“Ah Naruto, o que acha de ir jantar comigo hoje? Já que voltarei só amanhã para o interior.”

“Hum, pode ser sim.”

“Hey, Naruto. Não está esquecendo-se de nada, não?”

“Hãm? Do que Sasuke?”

Coçou a nuca nervosamente, e encarou o amigo. Quando Sasuke pegava para lhe torrar a paciência, fazia de tudo para conseguir. O moreno a sua frente sabia que não gostava muito de adivinhações, em plena quarta-feira tinha que brincar com os joguinhos dele. Quarta-feira; Quarta... Feira;

“Ah, droga! Quase esqueci. Sabe o que é Sai, é que todas as quartas eu e o Sasuke saímos para beber.”

“Não tem problema, ele pode vir junto.”

“Boa ideia! O que acha Sas...?”

“Não!”

“Êw!? Mas vai ser legal!”

“Não quero.”

“Por favor, Sasuke...”

“Quer saber, faça o que quiser. Eu marquei de jantar com a Karin hoje, até mais Naruto.”

E vendo seu amigo lhe dar as costas, ficou em êxtase, parado ali, olhando a parede branca. Nem notando quando o moreno ao seu lado lhe chamava quase que desesperadamente, muito menos quando saiu caminhando ao seu lado e entrou em algumas sessões do artista ao seu lado. Apenas uma coisa rodava, cutucava, e massacrava em sua mente: Quem era Karin?

...

Quase destruiu a porta quando passou por ela e a puxou com força, escutou seu irmão lhe gritar raivosamente, mas fez como sempre e apenas ignorou. Sua cabeça rodava, seu peito martelava, suas mãos tremiam; Não sabia o motivo, não entendia a razão, só entendia uma coisa: Não gostou nadinha de ter visto Naruto junto com aquele ser extraterrestre;

“Posso saber o motivo para estar tão rebelde ultimamente? Voltou para a adolescência?”

“Cala a boca.”

“Se quiser conversar, sabe o que faz?”

“Hum?”

“Contrate uma prostituta!”

Não demorou muito para que Sasuke jogasse uma almofada na direção de seu irmão, gritando uma vai à merda. Ajeitou-se dengosamente na cama, passando os nomes de sua lista de contato sem gosto algum. Definitivamente não queria sair com a Karin, ou com qualquer pessoa que não fosse Naruto;

“Vou sair de novo. Madara está depressivo ultimamente, isso é um saco.”

“Acho engraçado que você reclama, reclama, reclama, mas sempre vai correndo que nem um cachorrinho atrás dele.”

O sorriso sarcástico de Sasuke, quase murchou ao ver a cara amedrontadora que seu irmão fazia. Já sabia algum tempo da relação entre aqueles dois, mas preferiu ignorar como sempre. Um dia qualquer, numa noite qualquer, chegou à casa um pouco tarde e acabou vendo o que não deveria ver: os dois dormindo juntos abraçadinhos no sofá... E... Pelados; Resolveu guardar consigo esse segredo, do que dizer a Itachi que sabia que ele era... Gay;

“E você? O que você faz mesmo com o Naruto? Tem crise de ciúmes ridícula, bebe que nem um mendigo, e ainda fica atazanando a minha vida. Pelo menos estou fazendo algo!”

“Hey! Eu não sou gay, não!”

“É o que então?! Uma bicha colorida? Ah Sasuke, faz favor.”

“Pelo menos eu não fico me agarrando com um cara dentro de casa que nem você!”

Os dois estavam irados. Conheciam as fraquezas um do outro, e por conhecer acabaram por se exaltar. Nem perceberam o momento em que começaram a gritar, se socar, e se ofenderem com palavras de baixo calão.

“Me solta, Itachi.”

“Não. Você acha que é o bonzão, mas também é uma bicha louca!”

“Quem aqui que é?”

“Você! Chega a ser patético, me dá nojo toda a sua ceninha e pose para dizer que é hetero, quando na verdade está apaixonado por um homem!”

“Eu não estou apaixonado pelo Naruto!”

Foi a única coisa que conseguiu gritar. Tentou dizer mais para si mesmo do que para seu irmão; Não queria ter esses sentimentos, eram degradantes. O fazia sentir, fazer, falar, coisas que nunca passou pela sua mente atônita. Estava confuso; E muito; Ficando mais ainda quando seu irmão o largou, rindo descontroladamente.

“Não está? Mesmo? Porque então que todas as suas ações mostram o contrario?”

“Naruto é meu amigo...”

“Idiota. Se gosta dele, pelo menos corra atrás. Vai perdê-lo Sasuke.”

Antes mesmo de qualquer reação, de qualquer retrucada, Itachi saiu da casa. Odiava ver seu irmão daquele jeito, pelo fato de no passado ele ter sido assim também. Um covarde;

...

“Sério, me desculpe mesmo Sai.”

“Eu entendo, compromisso é compromisso no final das contas.”

“É.”

“Marcamos para algum dia da semana que vem que não seja na quarta.”

“Isso. Combinado.”

“Quer uma carona?”

“Mesmo?”

“Sim.”

“Obrigado!”

Saíram do pátio de estacionamento do museu, notando como realmente estava escuro. Durante o percurso Naruto instruía Sai para chegar à casa de Sasuke, naquele momento a única coisa que o preocupava não era homem, e sim uma mulher. Karin.

“Alguma coisa te preocupa?”

“Não, quer dizer, sei lá, acho que sim.”

“Imagino, desde que o seu amigo saiu do museu você ficou meio aéreo.”

“Fiquei?”

“Uhum. Ele é bastante importante para você, não é?”

Apenas meneou com a cabeça, e deixou um de seus belos sorrisos escaparem. Sasuke era muito importante para Naruto, faria qualquer coisa por ele. Claro que o moreno não era fácil, mas sabia ser outra pessoa quando estavam apenas os dois. Por isso desejava no fundo de seu coração, por ele ser diferente quando estavam a sós, que tivesse uma chance. Pequena que fosse não importava, mas que servisse para carregar alguma esperança.

“É essa casa branca no final da quadra.”

Informou, sentindo-se como um adolescente do segundo ano. O coração palpitava, as mãos suavam, a voz queria tremer, o corpo desabar. Respirou fundo três vezes, antes de abrir a porta do carro.

“Obrigado mesmo pela carona, semana que vem te pago uma janta.”

“Tranquilo, eu te ligo avisando.”

“Certo, tchau.”

“Tchau.”

Esperou Sai virar a esquina, e caminhou até a porta. Bateu quatro vezes com os nós dos dedos, a demora para a porta se abrir já o estava fazendo suar frio. Talvez fosse tarde demais, e Sasuke tivesse ido se encontrar com a Karin, ou ele realmente não queria abrir a porta. Pensava seriamente em usar a chave reserva que tinha, mas não estava com ela. Nem sabia por que estava tão nervosamente nervoso, muito menos o porquê de ter ficado batendo tão irritantemente na porta, porém entendia uma coisa... Queria vê-lo;

A voz abafada que gritava irritada um “já vai”, parecia explodir a porta a sua frente. Nesse momento sentiu medo, mas logo se recuperou quando a porta foi aberta. O que durou uma sensação de felicidade de apenas dois segundos, pois logo a mesma se fechou.

“Oe! Sasuke abra a porta.”

“Vai embora.”

“Não, primeiro abra a porta. Por favor!”

“Naruto vai embora! Estou saindo daqui dez minutos.”

“De pijama?”

Viu apenas de relance Sasuke vestido de pijama, mas viu. O moreno deveria estar a mais de horas na cama, dormindo. Sem nenhuma intenção de sair; Se conheciam, e por se conhecerem compreendiam cada vírgula e cada ponto da personalidade do outro.

“Merda! Apenas me deixe aqui hoje e volte para casa.”

“Farei plantão na frente da sua casa.”

“Cai fora.”

“Sasuke, por favor. Abra a porta!”

Vendo a porta se abrir lentamente, sorriu; Estava escuro, sem luzes ligadas dentro de casa, por isso não conseguiu notar os olhos avermelhados que Sasuke possuía. O alívio que o inundou ao ver o moreno a sua frente foi... Extasiante.

“O que você quer?”

“Calma, hoje é quarta. Na quarta saímos para beber, não?”

“Falei que estava cancelado hoje, porque você ainda insis...”

“Queria te ver.”

Eufórico o descreveria no momento. O sentimento de poder fazer tudo estava corroendo sua mente, e talvez, só talvez, pudesse fazer uma burrada, e das grandes, naquela noite.

“Você... O que?”

“Não vai me convidar para entrar?”

Sasuke cedeu um pouco na entrada, dando espaço para o loiro sorridente a sua frente passar. Acomodaram-se no sofá, com o local já iluminado, e como uma onda fraca o local ficou silencioso. O ar tenso parecia palpável, se não o fosse invisível.

“Como passou a semana?”

“Normal, e a sua?”

“Chata. Meu pai resolveu me irritar mais umas duas vezes.”

“Hum...”

“Fez algo interessante?”

“Não e você?”

E persistiram por mais meia hora em uma dialogo fútil sobre emprego, saídas noturnas, e mais uma rodada de emprego. Como se fossem colegas de faculdade, como se realmente não se conhecessem há mais de duas décadas. Qual era o problema? Porque era tão difícil esmagar o sentimento de orgulho e finalmente se confessar a pessoa que ama? Por quê?

“Quem é Karin, Sasuke?”

“Karin? Uma moça aí.”

“Está saindo com ela?”

“Não... E você? Saindo com alguém?”

Alguma coisa dentro de si gritava “Não diga que inventou sobre essa tal de Karin, não diga.”, e apenas seguiu seus instintos. Não contaria jamais, que apenas disse aquilo para tentar lhe causar ciúmes;

“Pff. Com você e com o Sai conta?”

“Sai...”

“Qual é o teu problema com ele afinal?”

“Nenhum.”

“Peraí, tem que ter algum problema para ter agido daquele jeito.”

“Vai defendê-lo é?”

“Não to dizendo isso, quero saber porq...”

“Você quer saber a verdade? Vou te falar a verdade!”

A explosão de Sasuke o surpreendeu. Queria irrita-lo para começar a se soltar, mas não para gritar com ele. Bom, Sasuke já havia passado da cota de irritação. Ver que o loiro a sua frente se importava mais com um cara que encontrou umas duas vezes, do que com ele que o conhecia há mais de vinte anos o deixava irritado... Muito irritado;

“Eu estava com ciúmes de você e daquela lombriga saltitante, tá? Satisfeito?”

“E isso quer dizer...?”

“Caralho Naruto, está certo que eu sou lerdo, mas você ganha heim?”

“O que?!?”

“Estou apaixonado por você! Entendeu? Eu, Sasuke Uchiha, estou apaixonado por você!”

Sem respostas, sem mais palavras. Eram necessárias somente essas palavras para que Naruto puxasse o moreno pela nuca e finalmente, após anos de espero, beijasse seus lábios carnudos. Com tanta gula, com tanto desespero, com tanto amor. Mesmo surpreendido, Sasuke se agarrou firmemente na camisa do loiro e deixou que aquele momento continuasse. Também queria, por deus, como queria. A suavidade da língua do loiro, a voracidade dele, o fazia tremer dos pés a cabeça, e se viu pensando em como aquilo era bom, mas sabia que só era bom porque quem estava beijando era Naruto; O gosto que percorria sua boca, o calor que preenchia sua língua, o fazia querer mais.

“Naruto, acho melhor...”

“Shhh. Cala a boca.”

“Mas...”

“Eu disse cala a boca!”

“Só que...”

“O que foi Sasuke?”

“Estou confuso.”

“Confuso com o que?”

“Com isso!”

“...?”

Não sabia o que dizer, não sabia como argumentar. Havia se confessado para Naruto, mas o mesmo não havia dito nada. Concordava? Sentia o mesmo? Que merda ia fazer? Por um momento queria sair correndo dali, sua mente gritava com todas as forças para não cair nas profundezas daquele azul, mas quando percebeu seus lábios já haviam sido capturados de novo, e seus jogados sobre o sofá.

“Naruto, por favor!”

“Está bem, diga.”

“Eu... O que você sente por mim?”

“Não está claro isso ainda?” Naruto apenas observou Sasuke balançar negativamente a cabeça. “Okey... Eu, Naruto Uzumaki, amo você mais do que qualquer coisa! Desde o colegial.”

Sem cerimônias, sem pudor, o moreno afobado apenas enlaçou suas pernas na cintura de Naruto e o puxou para um longo beijo. Línguas se enroscavam, dentes se batiam, o calor descia pelo corpo e roçava no outro. Estavam excitados. Queriam mais, muito mais. As roupas por algum momento não souberam mais para que serviam, estavam apenas no caminho, logo foram jogadas em um canto bem longe de seus corpos.  Mãos trêmulas explorando território, lábios carnudos roçando em mamilos tão rosados, dedos atrevidos pressionando uma entrada que lhe daria prazer.

“Hey, o que você pensa que esta fazendo?”

“Indo te preparar?”

“Não, não, não. Eu vou fazer... isso... em você.”

“Ah, qual é Sasuke!”

“NÃO! Você não vai me... penetrar.”

“Sasuke, não estrague o momento. Depois você faz em mim, ta bom?”

“Naruto!”

“Para de ser medroso, não estrague o momento!”

Entre gemidos baixos e mais altos, Sasuke esqueceu-se completamente. A luxúria em seu olhar o tornava totalmente incapaz de negar qualquer coisa ao loiro a sua frente, porque Naruto era bom. Aquilo era bom;

“Eu te amo, Sasuke.”

Selou seus lábios novamente, antes de tomar o membro rijo entre sua boca. Sugou, lambeu a glande, desceu até sentir o membro em sua garganta, e o repetiu novamente por mais vezes. Aquilo deixava qualquer homem louco, principalmente Sasuke, em sua entrada já se encontrava dois dedos que faziam movimentos de vai e vem, se alargando, se remexendo, se abrindo. Estava enlouquecendo de tanto prazer, e queria poder fazer algo para o loiro sedutor a sua frente. Pensando nisso o empurrou, deitando em cima de si, agarrando seu membro latejante que parecia querer estourar a qualquer momento. E ignorando os avisos de protesto do seu amado, abocanhou-o. Logo a sala foi preenchida de gemidos, sala esta que testemunhou muitos outros atos impuros, e que escondiam nas pequenas rachaduras de seu teto muitos segredos que jamais revelaria.

“Sasuke, eu vou...”

“Vai o que?”

“Você está de sacanagem né?”

Sorrindo travesso, Naruto agarrou a cintura do moreno e o preencheu por dentro gentilmente, o penetrando cada vez com mais força, cada vez com mais desejo. Estava feliz por aquilo estar acontecendo, queria isso mais do que qualquer coisa em sua vida, e agora, finalmente, conseguiu! Seu membro latejava de tanto prazer, o coração parecia um cavalo indomado de tanto que batia, a mente desligava, a respiração pirava, os corpos se tornavam um só. E no ápice do momento, entre gemidos, beijos, estalos, batidas, e amor, os dois gozaram. Restando apenas dois corpos suados, que se abraçavam amorosamente. Entre um piscar e outro, perceberam que não havia mais volta. Finalmente, finalmente, estavam juntos;

“Eu também te amo, Naruto!”

“Eu sei.”

...

“Opa!”

Encarou perplexo os dois corpos abraçados no sofá, a sala completamente desorganizada, as roupas espalhadas pelo chão. Realmente poderia chantagear seu irmãozinho tolo com aquilo... E sorrindo alcançou uma almofada no chão, jogando-a em cima da cadeira ao lado do sofá.

“Muito interessante isso!”

Apenas pegou sua pasta e trocou de roupa, logo saindo de casa, deixando o casal recém-formado em seu ninho de amor. Não queria acorda-los, por isso apenas deixou assim. Sasuke merecia ser feliz, merecia ser amado. Finalmente conseguiu ver alguma demonstração de carinho vinda de seu irmão, e se alguém quisesse destruir essa felicidade deles... Apenas... Faria a limpeza ele mesmo, mandando quem quer que fosse visitar o diabo. 

“Acho que você caiu na própria armadilha, hãm? irmãozinho tolo!”

Sua risada assustou algumas pessoas que passava na rua, mas não se importou, estava feliz. Seu sorriso aumentou mais ainda quando notou que recebia uma ligação, ligação essa de seu amado Madara. E ao mesmo tempo, em uma casinha branca confortável, um casal de pombinhos acabava de acordar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?? Espero que tenham gostado do lemon ><
Aguardo comentários u-u Não doi, é só alguns minutinhos, e deixa o autor SUPER FELIZ *3*
beijo beijo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bad Day" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.