Até Que A Morte Os Separe escrita por LEvans


Capítulo 4
Capítulo 4 - Conversas constrangedoras e lingeries


Notas iniciais do capítulo

Oiee. Desculpem a demora, mas eu estava atolada estudando ( e ainda estou) para a escola. Enfim, espero que gostem do ca =)
Capítulo dedicado a Suuny (ou Rox) por ter feito a segunda recomendação da fic! =D



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Quando Lily chegou em casa naquela mesma noite, ouviu risos vindos da cozinha. Caminhou até o sofá onde largou sua bolsa, antes de ir para a cozinha, de onde vinha o barulho.



Marlene e Dorcas ajudavam Sarah com a louça. As bruxas faziam pratos, copos e talheres levitarem até seus lugarem no armário, enquanto a mãe da ruiva os lavava. Diante da cena, Lily lembrou-se de quando ela mesma fazia aquilo. Sarah sempre a recriminava, por causa de Petúnia, mas ela sabia que a mãe gostava da magia. Levou um tempinho para que a loura se acostumasse com o fato de que uma de suas filhas fosse uma bruxa.





–Lily! Onde você estava? -Exclamou Sarah, ao ver a filha encostada na parede. - Você demorou muito, querida. Se quiser, posso esquentar o jantar para você..





–Não precisa, mãe. Estava com James.





–Ah! Eu disse! -Falou Doras, como se acabasse de ganhar uma aposta. Com a varinha, ela mandou o último prato para dentro do armário, fechando-o logo em seguida. A loura tinha sido arrastada até ali por Marlene.





–Viemos acertas umas coisinhas com você, Lily. - No momento em que Lene disse aquilo, a ruiva soube de que aquelas 'coisinhas', na verdade, significavam os marotos. Perguntou-se o que Sirius havia aprontado daquela vez.





–Bem, então suponho que você já tenha jantado. -Sarah secou as mãos em um pano, antes de virar-se para as amigas da filha. -Meninas, já que vão passar a noite aqui hoje, porque não vão logo se acomodando? Eu quero conversar com a Lily..





Dorcas e Marlene trocaram um olhar, mas deram de ombros, concordando. Lily olhava a mãe, lembrando-se de que, quando era criança, ela costumava dizer aquelas mesmas palavras antes de brigar com a filha mais nova por algo que ela tinha feito de errado. Ela viu as amigas passarem por ela, em direção as escadas, por onde subiram e caminharam em direção ao quarto de Lily.





–Aconteceu alguma coisa?-Perguntou a ruiva, apreensiva.





–Não, não.. Digo, eu não sei, minha filha. Quem tem que responder isso é você.





Lily franziu a testa. Sarah parecia constrangida e... nervosa? Ela arrastou uma das cadeiras da mesa onde faziam suas refeições, e sentou-se, fazendo sinal para que Lily se senta-se também.





–Bem, filha.. Você sabe. Seu casamento está chegando e...





–Mãe! Papai já deu esse discurso. -Alertou-a Lily.





–Não, não.. Esse é diferente! E acho até que eu já devia ter conversado isso com você antes, mas você passava tanto tempo naquela escola e... -Sarah suspirou, fazendo uma pausa. A ruiva a olhava ansiosa. -Bem, Lily.. Até que ponto.. você e James foram?





–QUE?





–Ora, vamos.. Não torne isso difícil. Apenas quero saber até onde você e James foram.. sabe, no relacionamento. Seu casamento está chegando, e acho que você sabe muito bem o que acontece na lua-de-mel e..





Lily arregalava os olhos a cada palavra que a mãe pronunciava.





–Mãe, por Deus, eu já cresci! Não é como se eu não soubesse nada sobre.. bem, sobre sexo.





–Oh, então você sabe?





–É claro que sei, ou a senhora acha que eu ainda penso que uma cegonha me deixou na porta de casa? Francamente mãe..





–Sim, é claro que sei que você não pensa mais assim.. Mas, filha, você sabe isso na prática?





–MÃE! -Lily sentiu suas bochechas esquentares. Ela tinha certeza de que deveria estar tão vermelha quanto seus cabelos.





Sarah levantou-se de sua cadeira, e passou uma das mãos por seus cabelos louros, tão constrangida quanto a filha.





–Veja só, Lily.. Você começou a namorar James faz um tempo, e vocês viviam juntos na escola, e agora, estão prestes a se casar.. E sei que não devia me meter nisso mas eu pensei que, sendo sua mãe, eu deveria saber se vocês já, alguma vez, dormiram juntos...





Ela fez uma pausa para respirar, e olhou novamente para a filha, que continuava sentada no mesmo lugar.





–Você é a minha filha mais nova, Lily. Eu nem acredito que você está prestes a sair dessa casa..





–Mãe.. Hum, agora você está dando o mesmo discurso que o papai..





–Certo.. Mas, bem.. Depois do seu casamento, você e James vão para algum lugar.. sozinhos.. E eu, hum, pensei que, talvez você tivesse alguma dúvida...





Lily olhou para o seu anel de noivado que ganhara de James. Uma coruja piou ao lado de fora, na noite fria daquele dia.





–A senhora não precisa se preocupar com isso, mãe. Eu.. eu acho que já sei de tudo..





Sarah a olhou por alguns segundos, tentando entender as palavras da filha.





–Oh... Claro. -A mãe da ruiva se esticou para fechar a janela em cima da pia. Lily sabia que algo ainda a incomodava. -Então você e James já transaram?





Lily sentiu suas bochechas ficarem novamente vermelhas, esquentando em uma velocidade mais rápida do que o normal. Dirigiu os olhos verdes, que estavam um pouco arregalados, para Sarah.





–Mãe! Por Deus, eu e James nunca...-A ruiva deu um suspiro. - Bem, eu sou virgem. Achei melhor resolver isso depois do casamento, considerando a rapidez com que tudo aconteceu.





Sarah virou-se para a filha, caminhando até ela e lhe dando um abraço. Lily teve que se levantar para a mãe não ficar em uma posição desagradável. Sentiu-se como se tivesse 11 anos de idade, quando, alguns dias antes de embarcar no Expresso de Hogwarts, Petúnia implicava com ela, xingando-a. Lily se sentia consideravelmente mal por aquilo, e sempre corria para os braços da mãe.





–Não, Lily.. James levou mais de 6 anos pra conquistar você.. Não foi tudo rápido. E o fato de ele ter te pedido em casamento é uma prova de que ele realmente te ama. E, ele te respeita muito, querida. Tenho certeza que a sua noite, depois do casamento, será maravilhosa.





Lily desencostou o rosto do ombro esquerdo da mãe, a sorriu para a mesma. Estando tão perto, ela poderia ver alguns traços de si mesma em Sarah por mais que fosse mais parecida com Richard.





–E, você sabe que pode conversar comigo sobre isso, não é, Lily?





–Sei...





–E se você tiver alguma dúvida..





Lily revirou os olhos.





–Mãe!





–Tudo bem...





Lily deixou um beijo na bochecha esquerda de Sarah antes de sair da cozinha, indo em direção as escadas.






XXXXXXXX







Assim que Marlene e Dorcas ouviram os passos de Lily vindos do corredor onde ficava o quarto da mesma, desfizeram o feitiço e correram para a cama da ruiva, sentando-se na mesma e fingindo fazer qualquer coisa, menos o que estavam fazendo.






Viram a amiga adentrar no quarto e fechar a porta atrás de si, com o rosto um pouco corado. Lily olhou para as amigas desconfiada e suspirou logo depois.





–Eu sei que vocês estavam escutando.





Marlene e Dorcas trocaram olhares, antes de relaxarem os ombros.





–Ah, Lily... A culpa é sua de ter amigas tão curiosas. -Falou Dorcas, encostando-se no espelho da cama de Lily.





–Além do mais, foi bem engraçado. - Completou Marlene.





Lily as olhou com os olhos arregalados e apoiou as mãos na cintura.





–Engraçado? Mérlin, isso foi constrangedor!





Dorcas e Marlene riram, antes de puxarem a amiga para a cama, onde Lily largou-se e apoiou a cabeça no colo de Dorcas, e colocou os pés em cima do de Lene.





–Então... Você e James nunca...?





–É claro que não, Lene. Pensei que soubesse disso.





–Bem, eu apenas desconfiava.





–Estamos falando de James e Lily.. E não de você e do Sirius, Marlene. -Disse Dorcas, e Lily soltou uma risadinha.





–Não me fale desse... Desse cachorro.





Lily olhou sugestivamente para Dorcas. Marlene e Sirius eram tão transparente quanto ao relacionamento de ambos que era difícil não sabe quando os dois brigavam ou não. Talvez fosse pelo fato de que os dois não ligavam para a opinião alheia.





–O que ele fez dessa vez? -Perguntou Dorcas.





Marlene enrolou um fio de cabelo em volta de seus dedos, não encarando as amigas.





–Ele não fez nada, na verdade.





Vendo que Lily e nem Dorcas estavam satisfeitas com sua respostas, suspirou, e contou o estranho momento em que leu o conteúdo da carta que haviam mandado para Sirius, e em como havia se sentido. Não queria demonstrar o incomodo que sentiu ao lembrar-se dos coraçõezinhos ao redor do pergaminho perfumado.





–Eu sei, isso é bem estranho se comparado logo a mim, não é? - Falou Marlene, assim que contou o acontecido para as amigas.





–Pensando bem, Lene, não é nada estranho.





–Como não, Dorcas? Eu nunca me importei com o que essas... com o que essas vacas dizem para o Sirius. Nem mesmo em Hogwarts!





Lily sentou-se na cama, ficando de frente para a amiga.





–Lene, isso não é estranho. Isso é ciúme.





A morena arregalou os olhos e se levantou da cama, começando andar de um lado para o outro pelo quarto da ruiva.





–Você está delirando.





–Não, não estou! Você está com ciúmes do Sirius! Qual o problema nisso? Vocês estão juntos, isso é normal!





–Não, não é! -Exclamou Lene, Lily revirou os olhos.





–Eu não estou te entendo, Lene. Sentir ciúme todo mundo sente. -Falou Dorcas, com indiferença.





–Não, não! Sentir ciúmes de Sirius significa que.. que eu possa estar apaixonada por ele, Lily! E eu não posso estar.. NÃO POSSO!





Por um momento, as três ficaram em silêncio. A cabeça de Dorcas parecia estar uma completa confusão. O casal complicado, geralmente, costumava ser ela e Remus, mas parecia que Lene e Sirius haviam acabado de ultrapassa-los.





Mas Lily parecia ter entendido melhor a amiga. A ruiva abaixou a cabeça, como se estivesse pensando no que falar.





–Pensei que você já estivesse apaixonada por ele...





–Lily, James ama você. E Dorcas, Remus pode ser um pouco idiota as vezes, mas todos também sabem que ele é louco por você.. Mas e Sirius? Digo, ele nunca falou nada! Nunca me pediu em namoro e nunca disse o que realmente sente por mim.





–Talvez ele não saiba... -Mas Merlene não deixou com que Dorcas continuasse.





–...Quando me relacionei com Sirius, eu sabia o que estava fazendo. E resolvi me divertir com ele... Me apaixonar por Sirius está fora dos meus planos. Não posso me apaixonar por uma pessoa que eu não sei se me quer muito mais do que... uma diversão.





Lily suspirou, e levantou da cama.





–Lene, acho que você está exagerando... Sirius deixou de sair com outras garotas quando você e ele começaram a.. começaram a sair juntos, e ele nunca havia feito isso com nenhuma outra. Dorcas tem razão.. Sirius é louco por você, mas talvez ele não saiba.





Marlene riu, como se a ideia de Lily fosse completamente absurda. Realmente, pensar que Sirius- logo ele que era o maior pegador de Hogwarts- pudesse estar apaixonado por ela era quase como acreditar que Lily fosse largar James para se casar com Snape.





–Não posso me apaixonar por ele, Lily.





–E o que você pretende fazer, Lene? -Perguntou Dorcas.





–Não sei, talvez me afastar...





–E você espera que ele não note nada?





Marlene suspirou e voltou a se sentar na cama, apoiando suas costas na parede onde o móvel era encostado.





–Não quero mais falar sobre isso, por favor.





Lily revirou os olhos e entrou no banheiro para se trocar. Ela sabia que Sirius não era de demonstrar o que sentia, mas tinha certeza que ele sentia algo por Marlene. Ela só teria que descobrir... Não que ela fosse se meter no relacionamento dos amigos, mas Lily se sentia incomodada quando algum deles brigavam. Céus, ela ainda era virgem mas a sensação que tinha era que era mãe de vários crianças.





Quando a ruiva saiu do chuveiro e colocou sua camisola, ouviu alguns barulhos vindos de seu quarto, como se Lene e Dorcas estivessem mexendo em algo que ela escondia...





–EI! O que vocês estão fazendo mexendo na minha gaveta? Ah, o que vocês estão fazendo com as minhas calcinhas? Dorcas, esse sutiã é o meu preferido! Larga ele! -Exclamou Lily, voando para cimas das amigas.





Marlene e Dorcas haviam espalhado algumas peças íntimas de Lily pela cama, como se estivessem em busca de algo. Logo a ruiva, que não gostava de nada bagunçado - por mais que seu guarda-roupa não fosse impecável.





–Qual é, Lily? Estávamos a penas confirmando uma coisinha... -Disse Marlene, em cima da cama, segurando um dos sutiãs da ruiva, enquanto a mesma recolhia algumas peças de cima de seu colchão.





–Você espera vestir isso na sua lua-de-mel, Lily? -Perguntou Dorcas, ao mesmo tempo em que levantava uma das calcinhas de Lily nas mãos.





–Vocês não tem o direito de mexer nas minhas coisas, e logo nas minhas calcinhas e nos meus sutiãs!





–Lily, somos suas amigas, e como suspeitávamos, você está necessitando de lingeries novas! James merece algo especial...





Enquanto guarda suas peças de volta sem sua gaveta, Lily não pôde deixar de pensar que as amigas tinham razão. Se preocupara tanto com o vestido de noiva que se esquecera no que vestiria por baixo dele.





–Bem, eu ia comprar alguma coisa...





–Mas, como somos suas amigas, vamos amanhã, com você, até uma loja trouxa que eu adoro! Estou até com pena do James! -Marlene deu palminhas, e seus olhos brilhavam, como se acabasse de ter a ideia mais perfeita de todas.





Lily corou, é claro.





O que Marlene e Dorcas estavam esperando, afinal? Que Lily vestisse alguma lingerie sexy e bem ousada e desfilasse com ela na frente de James? Céus, ela ficava vermelha só de pensar na cena!





–Ah, e já está tudo certo para a sua despedida de solteiro! Já falei com as garotas. -Completou Lene.





–Oh, Mérlin... -Suspirou Lily.





A ruiva duvidada seriamente se poderia existir amigas mais loucas que as dela...






XXXXXXX







–O que houve? -Remus perguntou, assim que adentrou em uma das salas da Ordem da Fênix¹, e se deparou com um Sirius emburrado, lendo um exemplo do Profeta Diário onde, na primeira folha, havia a notícia de mais um ataque de Comensais Da Morte.






Sirius levantou os olhos por cima do jornal, e viu o amigo, levantando as sobrancelhas. Perguntou-se se o seu mau humor era tão aparente ou se Remus o conhecia tão bem quanto James para notar isso.





Ele suspirou e jogou o jornal do outro lado da mesa, onde o amigo havia se sentado. Já era de manhã, mas Remus não se lembrava de quando Sirius havia acordado tão cedo desde em que estiveram em Hogwarts. Olheiras rodeavam os olhos claros do moreno e Remus franziu o cenho, pois tentou se lembrar se havia alguma missão marcada para o amigo que ele não soubesse.





–Voldemort mexeu o traseiro outra vez. -Disse Sirius, relaxando na cadeira em que estava e pegando em um dos bolsos de sua calça, uma varinha de alcaçuz. Dumbledore sempre as trazia para a sede, e mesmo não sabendo o motivo, Sirius não se importava nem um pouco de pegá-las.





–Dumbledore deu-lhe uma missão? -Perguntou Remus, com os olhos correndo pelas manchetes do Profeta Diário.





–Na verdade, não.





–Então o que está fazendo aqui tão cedo?





Sirius passou uma das mão por seus cabelos negros.





–Que? Só você pode vir aqui para passar o tempo? -Alfinetou.





Remus² riu e dobrou o jornal, colocando-o de lado.





–Brigou com a Lene, então. Imagino qual deve ser motivo dessa vez.





–Não briguei com ela, Aluado, que saco! -Sirius suspirou e abocanhou mais uma varinha de alcaçuz. -Ela apenas saiu da minha casa, sem mais nem menos, enquanto eu estava no banho. E depois elas ainda vem dizer que nós que somos os cachorros.





–Não que você não seja. -Disse Remus, para logo depois receber meia varinha de alcaçuz na testa. -Qual é, Almofadinhas, você deve ter falado algo que não deveria, e não seria a primeira vez.





Sirius suspirou.





–E ela não poderia ao menos ter dito? Droga, não é como se eu fosse bom em Adivinhação.





–Você pode estar se precipitando. Não deveria estar com tanta raiva sem nem ao menos saber o motivo, colega.





Sirius se apoiou na mesa, com as duas mãos apoiadas na mesma, e se aproximou do amigo, cerrando os olhos.





–Quando Dorcas resolver te deixar no meio da noite, justo no dia e na hora em que você mais estiver necessitado, e seu amiguinho estiver em uma situação crítica não querendo voltar pro tamanho normal, juro que você vai ficar pior que eu, a não ser que você seja acostumada com relações solitárias com a sua mão. -Sirius soltou tudo isso, mas Remus não se alterou, nem mesmo arregalou os olhos. Apenas olhou para baixo, rindo.





–Espero, então, que você tenha lavado bem as mãos.





–Ah, vai se foder, Remus!





Sirius se levantou da mesa, arrastando a cadeira atrás de si, e caminhou até a porta, saindo pela mesma. Mas não demorou nem dois segundos para voltar a abri-la.





–Quadribol amanhã na casa do Pontas. -Disse e Remus assentiu, ainda rindo da cara do amigo.






XXXXXX







Lily queria ser uma toupeira. De fato, nunca havia sentindo tanta inveja de um animal, porque, naquele momento, ela queria poder cavar um buraco, e assim, entrar nele e não voltar nunca mais. Não, nunca mais não, até porque ela ainda queria casar-se com James. Mas, naquele momento, ser uma toupeira talvez teria lhe ajudado, considerando a situação em que estava.






–Lily? -Perguntou Marlene, do outro lado do provador.





–Só um minuto!





A ruiva abotoo o sutiã da que acha ser a vigésima lingerie que experimentava. O tecido era vermelho, e havia algumas rendas descendo por sua barriga. Até ali, tudo bem. Mas com que Lily estava se preocupando era com a parte de baixo. Havia uma meia calça que terminava no meio de suas coxas que se prendia a calcinha. Ah, a calcinha! Aquilo realmente era uma calcinha? Lily estava se sentindo desconfortável, pois podia sentir o tecido da peça entrando por seu traseiro, muito mais do que estava acostumada.





Já era a décima lingerie que a ruiva vestia. A vendedora só deixou com que ela - por insistências das amigas - experimentasse as peças se fossem levar todas que vestissem.





Respirando fundo, Lily abriu a cortina, dando de cara com Dorcas e Lene, que seguravam mais algumas peças de lingeries nas mãos. As duas a olharam dos pés a cabeça.





–Uou... Estou começando a ficar com pena do James... -Disse Marlene, com um sorrisinho nos lábios.





–Não vou vestir isso na minha lua-de-mel, nem que você jogue a maldição imperius sobre mim! -Exclamou Lily. -Olha só essa calcinha! Se é que podemos chamá-la de uma...





Dorcas largou as peças que tinha em mãos e deu uma voltinha ao redor da amiga.





–Hum... Lily, você nunca esteve tão.. sexy. Mas não parece você. Quer dizer, é claro que você está linda, mas não acho essa lingerieapropriada logo para a sua primeira noite. -Declarou Dorcas.





–Nem eu! Como eu ia me sentir confortável com isso por de baixo do meu vestido?





–Tuuudo bem, Lily. Dorcas tem razão. Mas vamos levar essa, porque tenho certeza de que James irá gostar. Agora, vamos ver... -A morena começou a mexer no meio de muitas peças que haviam levado para o provador, e estendeu uma lingerie branca para a ruiva, mas a peça, diferente da que estava no corpo de Lily, era bem mais simples. -Acho que essa ficará linda em você também.





Lily voltou para de trás da cortina, e retirou a lingerie vermelha de seu corpo e logo depois colocou a branca. Ela sentiu-se mais confortável, e nunca apreciou tanto o próprio corpo.





O sutiã era sem alças, e tinha algumas rendas pelo bojo. A peça não ficava muito apertado, apenas o suficiente para mante os seios de Lily com um pouco mais de volume. Já a calcinha era fina e confortável. A renda branca fazia com que a peça parecesse delicada. Era como se Lily nem estivesse vestindo nada, por mais que a peça tampasse mais coisas do que a anterior.





–Ah, Lily, essa é perfeita! -Disse Lene, assim que a ruiva abriu de volta a cortina.





–Você acha?





–O mais importante: Você está confortável? Não está apertado ou frouxo..





–Não, Doe.. estou completamente confortável. Acho que.. Acho que é essa. -Declarou Lily, imensamente satisfeita.





Voltou para dentro do provador e começou a vestir suas roupas.





–Será que Lily vai se importar se eu ficar com essa? Ah, como eu amo moda trouxa.. -A ruiva ouviu Marlene dizer. Abotoou sua calça jeans e passou sua blusa por sua cabeça, ajeitando seus cabelos rubros logo depois. -E você Dorcas? Não vai levar nenhuma?





–Ah... -Lily abriu a cortina e viu a cara de envergonhada da amiga.





–Você deveria levar alguma peça, Doe. -Disse a ruiva, saindo do provador com a lingerie em mãos. -Ou você espera mesmo que eu vá usar todas essas peças? Por Mérlin!





–Não é necessário.





–Ah, vamos lá. Não é só porque você e o lobinho são feitos tartarugas que você não deve levar nada. Não compramos lingeries para agradá-los, e sim para nos sentirmos bem como nós mesmas. Até porque, na hora, eles só querem é nos ver sem!





–Marlene, por Deus, pare de falar sobre sexo como se fosse algo mais normal do mundo! -Exclamou Dorcas.





–E não é?





Por fim, todas saíram com peças novas de langeries. Naquela manhã, Lily lembrou-se de que aquele era o último dia de prova de seu vestido, e Dorcas e Marlene ficaram muitos felizes em fazer companhia para a amiga já que também tinham que provar seus vestidos de dama de honra. Quando sairam da loja de lingeries, procuraram por alguma ruazinha deserta e aparataram para perto do ateliê da costureira, que as receberam com um sorrisinho no rosto.





–Oh, entrem, entrem! O vestido já está pronto, Srta. Evans.





Lily foi puxada direto para vestir-se. De fato, os ajustes haviam ficado perfeitos. O bordado já estava terminado, e o tecido havia ficado justo o suficiente para Lily respirar. Se, naquele momento a ruiva já estava emocionada por olhar-se no espelho, imaginou como seria no dia do seu casamento.





–Ah, Lily... Você está tão linda... -Disse Dorcas, com os olhos brilhando. Lily sorriu para a amiga.





–Imagine no dia do casamento.. -Murmurou Lene, ajeitando seu vestido na frente do espelho.





–Vocês também estão lindas.





–Mas o foco da noite vai ser você, Lily. Você vai estar deslumbrante, tenho certeza!





Lily voltou-se a olhar-se no espelho. Realmente, o seu vestido era o vestido mais lindo de noiva que já vira, que tinha até medo de se mexer e causar algum dano no tecido branco. Uma ansiedade subiu por seu corpo. Queria logo que o dia chegasse, queria logo encontrar com James no altar e dizer 'sim'. Mas ela sabia que aqueles últimas dias que ainda restavam até o casamento passariam lentos. Permitiu-se demorar um pouco mais olhando cada detalhe do vestido, sorrindo para cada elogio que as amigas lhe fazia.





As agulhadas que Lily levara da costureira haviam valido a pena, afinal...






XXXXXX







1- O Largo Grimmauld só passou a ser a sede da Ordem quando Voldemort retornou ao poder pela segunda vez. Não achei nenhum indício ou o nome do lugar - se é que tinha um - que servia de sede para a Ordem da Fênix original.






2- Remus e Sirius prestavam serviços apenas para a Ordem. O primeiro não trabalha por ser lobisomem e, assim, recebia ajuda de James, que tinha dinheiro o suficiente (tanto antes quanto depois da morte dos pais) para sustentar-se e ainda ajudar os amigos.

 

 




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Notas finais do capítulo

O cap siau menor que os outros, mas espero que tenham gostado.Não pretendo demorar muito, a não ser que não me mandem reviews U-U.
Apesar do pouco tempo, não abandonarei minhas histórias! E, como disse a Suuny: Até Que A Morte Me Separe Dessa Fic! HAHA
Review e recomendações seeeempre são bem vindas!!
Vou esperar por elas, hein U-U.
Mil beijos e até o próximoo!!
=*
Giks xxx



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