Whenever, Wherever escrita por OppaMattStyle


Capítulo 3
Prisioneiros de Azkaban


Notas iniciais do capítulo

Que tal este capítulo? Deixem-me saber!



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 Os professores acordaram na grama úmida com cheiro forte de sangue e morte. Horácio ergueu a cabeça e quase infartou ao ver um dos lugares mais temidos por todos cercado por um lago e quase invisível na forte névoa – eles já estavam próximos a Azkaban.

- Minhas roupas... - gemeu Lockhart desiludido ao ver o quanto estava sujo.

Minerva levantou-se irritada.

- Idiota! Fomos trazidos até aqui por demônios, estamos a poucos metros de Azkaban, perdemos nosso emprego e estamos com a nossa cara fatiada no Profeta Diário, e você reclama das suas roupas? - esbravejou Minerva.

- Minerva tem razão – disse Hagrid arrancando a roupa. Minerva arregalou os olhos.

- Apoio o movimento – disse o professor Snape tirando a longa capa preta e ficando apenas com a roupa íntima. Pomona fez o mesmo.

- Tudo bem, de quem foi a praga? - perguntou Lupin.

- Flitwick, pelo menos com meus peitos não há nada de errado, há? - perguntou Pomona tocando os próprios seios – meus peitos são de Cristo!

A professora Umbridge ainda observava Snape.

- Fede a morcego e cheira pó de fênix! - disparou ela.

- Santo Deus... - disse Minerva perdida.

Ouviu-se um estrondo e uma professora caiu no local. Minerva e Lupin ajudaram-na a se levantar. Era a quatro-olhos da Sibila, que observou todos ali reunidos.

- Sibila, você está bem? - perguntou Flitwick. Os olhos de Sibila se estreitaram.

- Cuecão de couro! - ela apontou pasma pra Hagrid – isso traz azar...

- Ela está bem, Filius – respondeu Minerva ao ouvir a resposta da colega. Estava começando a acreditar na tal profecia. Algo cheirava muito mal nisso tudo e ela odiava sentir-se humilhada.

- Os dementóides... - gemeu Sibila depois disso. Horácio assentiu sem entender o que ela disse até que...

- AÍ VÃO ELES! - Hagrid gritou ao ver os dementadores se aproximando. Os professores desataram a correr em direção ao lago para fugir dos dementadores.

Eles não esperavam que dementadores lá de cima também descessem. Eles entraram no lago com dificuldade, mas Hagrid, Pomona e Snape por estarem mais leves dispararam, principalmente o último que queria que todos fossem pra zona da fuinha e do buraco fundo.

- Vou rir pra sempre do dementóides – disse Minerva pegando na mão de Sibila e ajudando-a a correr.

- Está muito geladaaaa! - gemeu Umbridge mais atrás parando com as pernas no lago.

- É isso ou a morte! - retrucou Horácio parando. Umbridge pensou.

- AH, VENHA LOGO! - disse Horácio puxando a professora atarracada.

Eles nem puderam fugir e foram pegos pelos dementadores e levados para uma espécie de porão. Azkaban era horrível e cheirava muito mal. Dentro do presídio não tinha entrada de luz o que causaria problemas a todos.

- Tirem as mãos de mim! - Lupin tentou se debater, mas um dos dementadores aproximaram-se de seu rosto e gritou, um urro de raiva que exibia o mau hálito de um ser que nunca havia conhecido uma escova de dente.

Os dementadores jogaram todos no porão e saíram pela porta que foi trancada. No porão a única coisa que havia era um alçapão.

- Talvez seja nossa esperança – disse Umbridge, Horácio e Snape aproximaram-se para ajudá-la a abrir.

- Um alçapão no meio de uma cela com vários presos, não acha que isso cheira mal, Professora Umbridge? - perguntou o professor Snape em tom seco como se ele fosse muito superior na inteligência em relação à mulher atarracada ao seu lado – o que era a mais pura verdade.

- Sem pessimismo agora, Severo! - exclamou Umbridge desatando a fazer força. Com as varinhas confiscadas, eles muito pouco fariam. Horácio deu de ombros e passou a ajudar.

- Sibila...? - chamou Minerva quando a colega passou a cambalear. A professora olhou para os lados e tirou uma garrafa enorme do bolso (como ela escondia aquilo ali?).

- Alguém quer álcool? - perguntou ela bebendo a garrafa inteira em um gole só e atraindo olhares assustados – Glup! - ela arrotou depois na cara de Lockhart que fez uma careta.

- Acho que meu rosto murchou... - gemeu ele.

- Está cheio de rugas – brincou Minerva em tom sério e ele se jogou no chão. Ela trocou um olhar cansado com Pomona e Flitwick.

- Não podemos ficar aqui. Estou certo que algo aconteceu com Dumbledore e precisamos ajudá-lo – disse Lupin. A professora Minerva balançou a cabeça em tom cético.

- Concordo com você, professor Lupin... Mas a verdade é que não há maneiras de...

A porta se abriu repentinamente e Snape jogou sua capa sobre o alçapão para que o cobrisse. Ninguém mais, ninguém menos que Hermione Granger entrou. Lockhart ergueu-se do chão.

- Nojentinha... - disse ele, mas quando ele ia avançar pra cima dela, um dementador moveu-se rápido e deu-lhe um tapa que com certeza arrancou carne.

- Dementóides... - brincou Minerva olhando diretamente nos olhos de Hermione.

- Como tem sido a estadia? - perguntou Hermione – já descobriram quem é o traidor entre vocês?

- Traidor? - todos perguntaram tensos. Hermione sorriu.

- É claro... Vocês são tão tolos... Nem parecem professores. Muitos de vocês ainda estão sob o efeito da droga. Vai passar.

- O que você está dizendo, menina? - cortou-a Minerva com rispidez. Hermione riu e os dementadores ao lado dela também. Bem, Minerva não sabia que os dementadores riam.

- Um de vocês em uma noite estava sob o comando da maldição Imperius, o impressionante é que ele nem resistiu à maldição: Deixou-se levar como se fosse um pássaro livre... - Hermione falava em tom maléfico – aí ele só entrou no quarto de cada um de vocês e os abduziu, fazendo com que estivessem sob efeito de uma droga que fazem vocês brigar uns com os outros... – Hermione falava do plano com um prazer que chegava a ser cínico. Minerva estava horrorizada. Aquela não era a Hermione. Flitwick e Sibila arrotaram juntos e começaram a rir como bobalhões: Drogados.

- Notem que ela usou o pronome “ele”. É um homem! - atacou Sibila.

- Usei “ele” porque é um pronome universal, sua anta – respondeu Hermione impaciente.

E então Minerva entendeu.


 

Minerva não conseguia dormir àquela noite. Ela estava com uma puta insônia e isso era sério já que ela tinha que dar aula no dia seguinte. Tirou a máscara com cuidado de seu rosto e deparou-se com uma sombra dando as costas a ela. Ela levantou-se, sacou a varinha e correu atrás.

- QUEM ÉS? - Minerva correu atrás da pessoa até a porta de seu dormitório, mas ela já tinha se ido pelos corredores. Minerva acendeu sua varinha e correu para localizar Filch.

- Filch! Ah, aí está você seu imprestável! Há alunos fora da cama a essa hora e você nem viu! Invadiram meu dormitório!

O zelador guinchou de raiva e os professores Lupin e Snape aparecerem, de lados opostos do corredor.

- Ah, eu sabia que tinha dedo seu! - disse Snape apontando pra Lupin que não entendeu – você invadiu meu dormitório! Eu acordei com um gosto amargo na boca e vi alguém saindo dele!

- Desculpe-me professor Snape, mas você está sendo infantil. - retrucou Lupin enquanto Minerva e Filch ainda tentavam absorver a informação – alguém entrou no meu quarto também e eu não sei quem foi, mas com certeza foi coisa de algum engraçadinho...

- Não se esconda atrás dos alunos, eu vi que era um adulto!

- Acalme-se, Snape! - Minerva o repreendeu – pare de acusar Lupin sem provas! Você tem certeza de que era um adulto...?

- Absoluta, Minerva.

Filch parecia decepcionado. Não era agora que ele poderia matar um aluno.

- Bem... - disse Minerva um pouco assustada tirando o chapéu e aproximando-o do peito – nesse caso... Devemos contactar o professor Dumbledore de imediato...

Nesse momento alguém caiu das escadas. Era Sibila, tendo vários tremeliques e jogando bolas de cristais para todos os cantos. Ela gritou que tinha atingido vários alunos, entre eles Harry Potter e desmaiou.

- Sibila? Sibila?! - chamou Minerva agoniada enquanto Lupin tentava ajudá-la, mas então a professora percebeu que ela queria dizer algo e lembrou-se das palavras de Dumbledore. Minerva ergueu Sibila no colo.

- Filch, Snape e Lupin, parece que há alunos nos corredores e eles se deram conta de que algo está errado! Evacuem os corredores! Agora! Vou falar com Dumbledore – disse Minerva com atitude e os outros obedeceram, Snape com um pouco de relutância. Sibila era meio pesada e soluçava demais. Em um dos corredores as duas bruxas encontraram Ronald Weasley e Harry Potter que parecia abalado no chão.

- O que fazem alunos da Grifinória no corredor a essa hora? - disse Minerva brava, mas com pressa.

- A Sibila... Ela acertou a cabeça de Harry! Com uma...

- Já sei, já sei, ela jogou uma bola de cristal! Mas por que estão nos corredores?

- A Hermione, professora, ela sumiu! - explicou Harry. Os lábios de Minerva ficaram brancos.

- Apenas vá para a ala hospitalar, Potter – disse Minerva afastando-se com Sibila nos braços.

- Mas a ala hospitalar está lot-

- Sr. Weasley, você ainda vai pegar muita fila na padaria, agora vá. E a propósito, a Sibila está bem e eu não preciso de ajuda – disse Minerva ainda mais preocupada e caminhando até a sala de Dumbledore. Ela abriu as portas com rapidez e o professor Dumbledore deixou cair um pedaço de bolo.

- Diabo, Minerva! ”

A professora McGongall afastou os pensamentos da cabeça. Tudo fazia sentido agora. Hogwarts estava em apuros e aquela não era a verdadeira Hermione. Precisavam fazer algo e Lupin e Minerva eram os únicos sóbrios dali, que se entreolharam e então se entenderam.

- É uma pena que você tenha acabado em Azkaban, Minerva... - disse Hermione aproximando-se de da bruxa, que sorriu.

- AGORA! - gritou Lupin. Minhas unhas cravaram no pescoço de impostora e minhas mãos apertaram-no. No exato momento Lupin tirou a varinha de Hermione e quebrou o braço de um dos dementadores que tentaram avançar.

- Que nojo! Ahhhhh! - gemeram Pomona e Umbridge quando o braço morto caiu perto delas esguichando um líquido preto.

- Que unhas feias! - exclamou Lockhart.

- EXPECTO PATRONUUUUUUM! - gritou Lupin e um lobo feroz saiu da ponta de sua varinha. O feitiço logo encheu o porão e os dementadores definharam. Eles esperavam não estar soltando nenhum prisioneiro.

Minerva apertou mais um pouco o pescoço da impostora e esta definhou, para a surpresa e impaciência de Minerva. Hogwarts corria perigo e Dumbledore também.

- Mais dementadores! - gritou Horácio escondendo-se atrás de Hagrid. O último levantou-se.

- NINGUÉM VAI FAZER MAL A DUMBLEDORE! - disse Hagrid pegando dementadores em suas mãos gordas e grandes e espremendo-os, apertando-os e socando-os.

- NÃO, HAGRID, VOCÊ NÃO VAI RESISTIR!

Nesse momento o alçapão que Umbridge e Snape voltavam a tentar abrir abriu-se. Uma força brusca passou a puxar todos para o buraco, como um tornado ou um buraco negro. Snape e Umbridge por estarem perto do alçapão foram facilmente sugados e provavelmente nada naquela cela resistiria.

- NÃÃÃO! - gritaram Horácio, Lockhart, Pomona e Flitwick quando foram sugados. Minerva puxou Hagrid e empurrou-o e então os dois e Lupin foram sugados e fecharam o alçapão, que os levou para o meio do nada.


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Notas finais do capítulo

Leitores, estou aceitando sugestões para a continuação da história, certo? Não deixem de comentar, até logo!



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