CAP 6

De que vale um nome, se o que chamamos rosa, sob outra designação teria igual perfume?

Willian Shakespeare

POV Jacob

Idiota, era isso que eu era um completo de um babaca com ela mesmo havia dito, como era possível alguém mexer tanto comigo, nunca fui de me importar com que achavam de mim, mas ouvi de sua boca que eu era intragável fez com que todo meu corpo passasse a pesar uma tonelada, o ar de uma hora pra outra ficou escasso, se fosse outra pessoa eu teria rebatido e ate mesmo brigado, mas ela não, ela tinha o poder de me quebrar com algumas palavras e foi o que ela fez, evitei seu olhar por todo o tempo em que estivemos perto, podia o sentir em mim, mas ignorei.

Após o jantar chamei Seth para uma conversa e consegui desabafar, de inicio ele ficou calado absorvendo tudo, ate que eu não agüentei e o pedi que falasse algo e teria sido melhor para mim que ele continuasse quieto, suas palavras bateram ainda mais forte em mim, me desarmando completamente. Mas eu tinha que concordar com ele, eu só fui um completo idiota com ela, pois estava com raiva por vê-la nos braços de Embry e não nos meus como deveria ser.

_Droga garota você vai acabar com minha vida – xinguei batendo a mão no volante, desde que sai após nossa conversa eu estava estranho, o sonho que havia tido martelava em minha cabeça, era algo novo mas que teve o poder de me destruir e foi vendo seu rosto preocupado que tomei a decisão de viajar eu precisava pensar longe dela e não queria que ela pegasse ainda mais raiva de mim, na verdade eu não poderia suportar. Sabia que Leah estaria bem por isso quando acordei já a avisei, de inicio ela protestou e ate mesmo chorou pedindo que eu ficasse, mas eu não podia precisava pensar, disse a ela que estaria em casa ate o próximo fim de semana e que ela ficaria na casa de Tia Sue, liguei pra Seth e contei sobre o que havia acontecido e disse que ficaria o restante da semana na casa de campo, lá era tranqüilo e eu teria liberdade para poder pensar sem ter que me preocupar com ninguém.

Assim que cheguei na casa de campo estacionei e sorri saindo do carro vendo Luke meu pastor alemão vir em minha direção, já no pique todo.

_EI garotão sentiu saudade – me sentei ao lado do carro enquanto ele brincava animado – também estava menino – acariciei seus pelos e me levantei indo para a porta – Vem vamos comer algo estou morto de fome – o chamei e destranquei a porta.

****

_Que merda Seth não posso nem mais ficar sozinho – atendi o telefone nervoso quase a vigésima ligação daquele idiota.

_Desculpe senhor “estou mal” – falou cínico.

_O que quer? – abri mais uma latinha de cerveja e solve mais um gole.

_Jake já fazem quase uma semana que você esta ai, droga Leah esta preocupada assim como todo mundo – falou nervoso.

_Sei que Leah esta bem, então não me preocupo quanto aos outros mandem ir cuidar da vida deles – responde e me sentei na bancada da cozinha.

_Ela não esta bem Jake – falou após ter ficado um tempo em silencio, todo meu corpo estremeceu, me fazendo dar um pulo do balcão rapidamente.

_O que ela tem Seth? – perguntei nervoso.

_Eu não sei cara, mas Li esta preocupada ela não queria dizer, mas eu a pressionei e ela confessou que a Rê não dorme há dias e que quando o faz acorda em meio a gritos e muito choro, ela acorda bem desesperada pelo que Li falou, faz três dias que elas não vão na faculdade, Li esta achando que ela terá que voltar pra casa – meu corpo parecia ter sido soldado ao chão, meu coração batia descompassado assim como minha respiração.

_Eu volto hoje Seth – falei e desliguei já correndo ate meu quarto comecei a juntar minhas coisas e fui tomar um banho eu havia bebido um pouco então precisaria esperar um tempo ate poder dirigir, demorei o máximo que pude no banho e depois de me trocar levei as coisas para o carro, voltei e ajeitei a pequena bagunça da casa, olhe o relógio e vi que já haviam se passado uma hora e meia então resolve ir embora, me despedi de Luke brincando um pouco com ele e sai rápido com o carro, dirigi nervoso, eu havia estado fora por quase uma semana e somente agora que Seth me avisava que ela não estava bem, droga não podia ser por mim, ela praticamente me garantiu que não me suportava então por que diabos ela estava mal?

Estacionei na garagem de casa e peguei minhas coisas, ouvi a voz de Liane e de Leah na cozinha e suspirei.

_Tem alguém em casa – falei trancando a porta e ouvi o gritinho de Leah e logo após fui atingido por seu corpo se chocando contra o meu – Ei minha gatinha que saudade – falei a pegando no colo e a abracei apertado.

_Ei Jake pensei que não voltava mais – olhei para Liane e sorri sem graça.

_Não posso deixar minha gata pra trás sabe como é – brinquei e baguncei o cabelo de Leah que reclamou fazendo bico, dei um beijo na testa de Liane e antes que pudesse dizer algo meus olhos encontraram com os delas, ela estava ali parada apoiada na soleira da cozinha com olheiras fundas e parecia estar bem mais magra.

_Oi – me cumprimentou fracamente.

_Oi – responde ainda em choque Seth não havia exagerado ela realmente estava mal, mas droga ela estava pior do que eu, eu pelo menos conseguia empurrar algo pro estomago ela pelo jeito não.

_Jake quem sabe agora você não me ajuda a convencer essa cabeça dura de que ela precisa comer – olhei pra Li e forcei um sorriso assentindo.

_O que você tem? – perguntei me aproximando e coloquei minha mão em sua testa – droga Li você não viu que ela esta com febre – falei nervoso ao sentir sua temperatura.

_Nessie você disse que a febre tinha baixado – Liane falou nervosa e Nessie abaixou a cabeça com os olhos marejados.

_Li faz uma sopa pra ela eu vou colocá-la em meu quarto e lhe dar um remédio, se a febre não baixar vamos ao hospital – falei decidido vendo que ela iria protestar – venha Renesmee – estendi a mão a ela e meio tremula colocou sua mão sobre a minha, passei minha mão por sua cintura e a senti estremecer, eu mesmo não estava bem com nosso contato, minha vontade era lhe tomar em meus braços e lhe beijar sem não precisar parar, eu precisava sentir seu gosto novamente contra minha boca, mas primeiro precisava cuidar-lhe.

A guiei ate meu quarto e a fiz sentar na cama, fui ao banheiro e peguei um comprimido para a febre e um copo d’água, voltei ao quarto e lhe entreguei ela o bebeu e me entregou o copo o coloquei na mesinha, eu não devia me sentir assim tão afetado em sua presença.

A fiz se deitar um pouco, peguei uma roupa e voltei ao banheiro eu precisava de um banho, melhor precisava ficar um pouco sozinho, não era possível ela estar assim por mim.

_Droga – xinguei nervoso, demorei um pouco mais que o costume e quando sai sorri a vendo dormir.

_Não tive coragem de acordá-la – olhei para o lado meio assustado e Liane sorriu, ela segurava um prato com a sopa.

_Tudo bem pode a deixar ai, eu durmo no quarto de hospede – falei e saímos do quarto.

_Não sei se será uma boa ideia Jake – ela falou temerosa.

_Por que? – perguntei fingindo não saber de nada, ela suspirou e começou a me contar sobre os pesadelos de Renesmee e como ela acordava no meio da madrugada pedindo que não a deixasse, senti todo meu corpo se retesar.

_Eu não sei Jake, mas acho que é saudade de casa – Li falou e eu assenti ainda sem poder dizer nada – Posso dormir aqui com ela pra caso dela acordar assim – falou e eu neguei.

_Faça assim leve Leah para dormir na sua casa, o remédio que eu dei a ela é bem forte acho que ela dormira bem essa noite eu fico de vigia e a socorro qualquer coisa – falei e ela me olho apreensiva – Li se ela não dorme e é você quem a acode toda vez com certeza você também não tem dormido então aproveita hoje ok? – dei uma piscadinha e ela sorriu fraco assentindo.

_Tudo bem, mas qualquer coisa é só me ligar que venho correndo – assenti e seguimos ate a cozinha mandei Leah ajeitar suas coisas e depois de umas meia hora as duas saíram, fiquei na sala vendo televisão evitando subir no quarto, eu queria vê-la dormir, mas tinha medo de acordá-la.

Levantei assustado com um grito e subi correndo ate meu quarto e a vi se debater na cama enquanto chorava.

_Shii Nessie meu anjo acorde, por favor – pedi a pegando em meus braços, ela abriu os olhos e quando se encontraram aos meus me abraçou forte como se sua vida dependesse disso – Eu estou aqui pequena – falei acariciando seus cabelos.

_Você disse ... que não me deixaria – sussurrou contra meu peito me fazendo piscar atônito – você prometeu e não cumpriu e eles começaram, vieram forte eu não consegue espantar eles, eles estavam muito mais fortes – ela começou a dizer nervosa – Você prometeu, você prometeu – as palavras vinham carregadas de dor.

_Desculpe pequena – pedi sem conseguir pensar em mais nada pra dizer eu ainda sentia suas palavras bailarem por meus pensamentos.

_Eu te pedi desculpa àquela hora e você não as aceitou depois veio ate mim, chorando e prometeu novamente e depois me deixou você sempre me deixa, sempre, sempre – ela começou a murmurar e colocou a mão ao lado da cabeça.

_Você esta bem? – perguntei nervoso – Renesmee olhe pra mim – mandei e ela levantou a cabeça devagar e me fitou – eu não vou mais lhe deixar, esta bem? Eu só precisei ficar um tempo fora, eu estou apavorado, fui um completo idiota com você e eu pensei que me afastando seria melhor, esta tudo muito rápido, em um momento eu sonho com você e do nada te encontro, eu esperei mesmo que sem saber por este encontro por quase 9 anos e mesmo assim eu achava que você era apenas coisa da minha imaginação – desabafei e coloquei minha cabeça no vão de seu pescoço.

_Eu também esperei Jacob e eu não estou só assustada estou perdida, é muito pra mim eu acho que não consigo mais ficar aqui – assim que as palavras saíram de sua boca a olhei em choque.

_Você esta dizendo que vai embora? – perguntei levantando meu rosto e mirando seus olhos.

_Eu não vou conseguir ficar – murmurou – eu estou apavorada demais, eu preciso da minha família, preciso do colo dos meus pais – falou enquanto me olhava, vi em seus olhos o que eu menos precisava ver naquele momento. Certeza.

_Por favor, Nessie não me deixe aqui – supliquei lhe segurando o rosto, às lagrimas desciam por meu rosto sem controle – eu te perdi tantas vezes em meus sonhos e eu não vou suportar que me deixe quando posso tê-la aqui ao meu lado de verdade. Eu não sei lhe explicar como, mas sei que necessito tê-la aqui ao meu lado – falei e colei minha testa a sua enquanto nossas lagrimas desciam juntas.

_Eu... – antes que ela pudesse completar a frase juntei meus lábios aos seus e comecei a lhe beijar, senti seus lábios entreabertos devido o choque e aprofundei o beijo, colei seu corpo ainda mais contra o meu, seu gosto era único.

_Agora sou eu que lhe peço, imploro o que você quiser não me deixe – disse contra seus lábios – eu lhe prometo não vou mais me afastar juro que não lhe deixo, mas, por favor, não me mate assim – supliquei e mirei seus olhos mesmo com a visão turva.

_Tudo bem – suspirou – Eu não sei como, mas eu não posso lhe deixar – falou juntando seus lábios aos meus novamente. Nos separei lentamente e passei minha mão por seu rosto a vendo fechar os olhos lentamente enquanto um sorriso tímido me era presenteado.

_Venha deite-se esta cansada e você precisa se recuperar – falei e ela sorri assentindo a ajeitei melhor na cama e me levantei.

_Aonde você vai? – perguntou se sentando na cama novamente com o olhar assustado.

_Vou dormir no quarto de Leah – responde parado próximo a porta, a vi morder os lábios hesitante e a encarei mais a fundo vendo a duvida em seus olhos – O que foi? – perguntei meio confuso.

_Eu bem – respirou fundo e abaixou a cabeça – você pode ficar aqui pelo menos ate eu dormir? – soltou rápido fazendo-me prender a respiração, devagar a vi me olhar nervosa e um sorriso brotou de meus lábios quando vi sua face corada.

Encaminhei-me ate a cama sem dizer nada e me sentei ao seu lado, minha cama por ser grande era bem confortável, encostei-me à cabeceira da cama ao seu lado e ela deitou de frente pra mim, passei a mão em seu cabelo e ela fechou os olhos, encostei a cabeça no encosto da cama e fiquei a olhando minha vontade era pega-la em meus braços e poder fazê-la dormir e acredito que não era só a mim que estava com essa vontade, ela se mexia algumas vezes, me deitei ao seu lado e ela me encarou sem graça.

_Não consigo dormir – falou me fazendo prender o riso.

_Posso resolver isso – falei e ela me olhou assustada, com certeza pensando outras coisas, sorri e passei meus braços em sua cintura e a puxei ate que ficasse colada ao meu corpo, senti um tremor por todo meu corpo quando seu cheiro me inebriou ainda mais e sorri quando ela soltou um grito meio abafado pelo susto, eu podia sentir seu coração bater forte contra meu peito – Acho que assim você dormira bem – falei convencido mas tentando ao máximo esconder minha vontade de lhe ter de todas as formas que me eram possíveis.

_Você é convencido demais – murmurou, mas se ajeitou melhor em meus braços, ela parecia um bebê novinho buscando segurança.

_Eu sei disse – falei depositando um beijo em seus cabelos e a vi sorrir de lado, após alguns minutos senti sua respiração calma e sorri ela havia dormido relativamente rápido, sua face mantinha um sorriso simples mas ainda lindo, comecei a retirar meus braços a sua volta e a vi fechar o cenho e colar o corpo ainda mais ao meu, seus pequenos braços me puxaram ainda mais para si e olhei seu rosto novamente temendo que ela tivesse acordado, mas constando que não tentei sair novamente, eu precisava ficar um pouco longe e tê-la assim em meus braços não me ajudava em nada.

_Você prometeu não me deixar – a ouvi sussurrar e parei, ela ainda dormia, mas tentava me prender ainda mais a ela, suspirei rendido e me ajeitei melhor a prendendo a mim.

_Eu estou aqui minha pequena e não vou sair – sussurrei beijando seus cabelos e vi sua face ficar calma novamente, sorri rendido, ela me tinha em suas mãos e eu não saberia mais lhe deixar sair de minha vida, que Deus me ajudasse quando ela tivesse que voltar para casa, eu seria capaz de largar tudo por aqui e segui-la se ela pedisse.

****

Abri os olhos ainda meio confuso e senti algo sobre meu peito, sorri ao vê-la ainda aninhada em meus braços com um sorriso que seria capaz de desarmar qualquer homem sobre a face da terra.

Fiquei admirando-a e pouco depois a vi abri os olhos devagar se acostumando com a claridade, seu corpo em relação ao meu era pequeno e o encaixe era perfeito ao meu, quando a vi me fitar não pude conter o sorriso que se fez ainda mais presente.

_Desculpe não queria ter dormido em cima de você, deve estar com o corpo todo dolorido – falou rápido e tentou se afastar, a impedi prendendo ainda mais contra mim.

_Bom dia para você também – falei irônico e ela sorri sem graça – e não se preocupe com o modo em que dormir, pois posso lhe garantir que não durmo bem assim faz muito tempo – responde sem querer lhe esconder nada, afinal uma noite sem os sonhos e acordar com ela em meus braços era tudo o que eu mais desejava poder ter em meus dias.

_Bom dia – disse sorrindo, seus olhos miraram para meus lábios e logo em seguida seu rosto estava corado, sorri e levantei seu rosto e juntei nossos lábios – Ei acabei de acordar – resmungou me separando de seus lábios, ri e lhe fiz me olhar novamente e voltei a juntar meus lábios aos seus novamente, dessa vez aprofundei o beijo e a senti rendida, suas mãos foram para meus cabelos me fazendo arrepiar todo, passei uma de minhas mãos por sua cintura a sentindo estremecer e nosso beijo se tornar um pouco mais afoito, ouvi um gemido baixo sair de sua boca e me freei, droga eu estava parecendo um menininho sem controle dos hormônios – Desculpe – murmurou envergonhada.

_Ei nada de pedir desculpas eu é quem devo me desculpar – falei dando um beijo em sua testa – Bem vamos levantar, vou fazer nosso café – falei antes que lhe agarrasse e por Deus eu não conseguiria mais me frear.

_Vamos sim – falou se sentando, a olhei de frente e sorri como era possível a ter conhecido por tão pouco tempo, pelo menos considerados ao fato de que eu somente a via em sonhos e já me sentir tão dependente de alguém? Bem esta seria mais uma de muitas das perguntas sem respostas que martelavam em minha mente.

_Pode ficar a vontade, tem escova nova na gaveta do meio no banheiro e se quiser fique a vontade para tomar banho se preferir – falei já próximo a porta ela assentiu e levantou seguindo ate o banheiro.

Desci rápido ate a cozinha respirando fundo, passei pela sala e desliguei a TV, na pressa de ir ate ela após acordar havia esquecido a mesma ligada, fui ate a cozinha e separei as coisas para preparar nosso café, eu precisava saber mais dela e utilizaria desse nosso momento para conhecê-la, era tudo estranho, mas ao mesmo tempo era revigorante a ter por perto. Estava terminando de ajeitar a bancada da cozinha para tomarmos café, quando senti sua aproximação, olhei para a porta e prendi a respiração, ela estava com os cabelos presos, vestida com uma blusa regata rosa bebe que se moldava ao seu corpo perfeitamente assim como as calças jeans, ontem não havia reparado bem seu modo de vestir, mas ela estava com um casaco por cima e eu não tive tempo de reparar suas roupas quando mirei seus olhos, pareceria bobo, mas não consegue deixar de notar ainda mais o quanto era linda e extremamente perfeita, o pensamento de que ela pudesse ter sido tocada por outro veio acompanhado com uma raiva totalmente forte e quando me vi tinha as mãos em punho tentando sem muito sucesso espantar as imagens de outro a tocando.

Inferno eu estava virando bipolar!

_Jacob você esta bem? – olhei para ela que agora estava parada a minha frente com a expressão preocupada.

_Estou – responde forçando um sorriso – sente-se as panquecas vão sair logo – falei me virando para o fogão novamente, puxei rapidamente o ar rapidamente e me concentrei em manter minhas mãos na comida antes que fossem para em sua cintura a trazendo o máximo que eu pudesse para perto de meu corpo. Terminei as panquecas em silencio e as coloquei na bancada sobre o olhar atento de Renesmee.

_Estão cheirando tanto – falou e eu sorri.

_Obrigado – disse e ela riu, servi as panquecas em seu prato – Suco ou café?

_Suco – enchi seu copo logo após servi ao meu – obrigado.

_Por nada – a vi levar um pedaço da panqueca a boca e logo após fechar os olhos apreciando o gosto – e então aprovado? – perguntei em tom de brincadeira.

_Ual esta sim – falou e bebeu um pouco do suco – que vovó Esme não me ouça dizer, mas suas panquecas são as melhores que já comi – falou e eu sorri.

_Como é sua família? – perguntei de repente e ela me olhou confusa para logo em seguida sorrir largo.

_Bem, mamãe me teve quando ainda namorava papai no colegial, tenho dois irmãos menores Antonny e Pietro que são meus tesouros, mamãe é minha melhor amiga, papai, bem ele é meu herói sempre ali de braços abertos para mim, não que mamãe não fosse, mas ele era diferente eu os amo igualmente, só que com papai eu sou mais apegada entende? – perguntou e eu assenti – papai é irmão de tio Emm e tia Alice, ele é o do meio Tio Emm é mais velho, mas parece uma eterna criança, nunca vi alguém mais bobo do que ele, Tia Alice é uma figura, mamãe é Irma mais nova de Tia Rosálie e tio Jazz, Tio Emm é casado com Tia Rose e Tio Jazz com Tia Alice– falou rindo e eu sorri o amor por sua família era quase palpável através de suas palavras – tenho duas primas Milena e Allysson, Milly é filha de tia Rose e a Lys da Tia Alice, tenho meus avos paternos, vovó Esme e vovô Carlisle, meus avos maternos eram Charlie e Renné, morreram quando eu tinha 14 anos – falou com a voz triste.

_Sinto muito – murmurei e fiz um leve carinho em sua mão que repousava sobre a mesa.

_Foi após esse acidente que meus sonhos começaram a ficarem freqüentes, antes era apenas em algumas raras vezes – disse baixo e eu a olhei meio sem rumo, eu tinha apenas 15 anos quando perdi meus pais no acidente e foi logo após isso que meus sonhos também se fixaram.

_Antes de perder meus pais, eu já sonhava com você, mas nunca havia passado de algumas vezes, assim como você e após o acidente em que eu os perdi os sonhos também começaram e passaram a ser todas as noites – falei e ela me olhou.

_O que você acha que acontece com a gente? – perguntou temerosa.

_Eu não sei Nessie, Deus sabe como eu gostaria de poder lhe responder – falei angustiado.

_“Nada nessa vida é o que parece, minha pequena princesa”  - a olhei confuso – essa era a frase que vovó Renné me dizia quando eu sonhava – explicou e eu assenti eu tinha a impressão já ter ouvido essa frase – talvez essa viajem fosse o que eu, o melhor nos estávamos destinados a fazer – falou.

_Realmente nada é o que parece, nunca achei que você fosse real, mas aqui esta você, ao alcance de minhas mãos – falei e ela riu baixinho, era estranho nas pequenas conversas que mantínhamos hora estávamos com medo e logo após sorriamos, estava começando a acreditar que estava ficando bipolar, balancei a cabeça e ri.

_O que foi? – perguntou curiosa.

_Alguns pensamentos bobos – falei e ouvi o telefone tocar – Já volto – falei e fui ate a sala – Alo.

_Ei Jake, bom dia – sorri reconhecendo a voz de Li.

_Bom dia Li – responde e voltei a cozinha, Renesmee me olhou e eu sorri.

_E ai Jake como foi à noite? A Nessie teve mais dos pesadelos? – perguntou preocupada.

_Foi tranqüilo – responde – estamos tomando café – falei deixando claro que conversaríamos sobre isso depois.

_Ah ela esta ai, desculpe, vou levar Leah mais tarde tudo bem? – perguntou e eu sorri sabendo que teria mais tempo com Nessie apenas.

_Ok sem problemas, se ela quiser ir à tia Sue pode deixá-la lá – falei e ouvi sua risada.

_Seu safado – falou ainda rindo.

_Ei respeito mocinha – brinquei.

_Jake, por favor, não seja um idiota com ela ok? – pediu com a voz preocupada – Nessie é minha amiga.

_Quando foi que você me viu fazer isso Li? – perguntei um pouco ofendido e vi Nessie olhar mais atentamente.

_Não quis dizer isso Jake, só não quero os ver sofrer, eu já a tenho como uma irmã e você idiota também é meu irmão – falou e eu ri.

_Também te amo Li – falei brincalhão – agora vá acordar Leah, que eu sei que você ainda esta deixando dormir e de comida saudável a ela – brinquei e logo após ouvir seus resmungos desliguei.

_Vocês todos são muito unidos – falou e eu assenti, eu aproveitaria o dia para levar Nessie pra conhecer alguns de meus lugares preferidos e aproveitaria para lhe conhecer ainda mais, era fascinante a ouvir dizer de sua família e ate mesmo as coisas mais simples me faziam sentir como um idiota sorrindo bobo para ela, só esperava de verdade que ela aceitasse.