Marcas Do Passado escrita por Nyah


Capítulo 11
Um Terceiro na História


Notas iniciais do capítulo

Yo, minna,
Dessa vez eu não demorei tanto para lançar o capítulo (palmas pra mim EEEEEEEEEH).
Então, eu fiquei, literalmente, o dia inteiro de hoje para montar este capítulo. Aproveitem que ele acabou de sair do forno, ops, eu quis dizer do rascunho, para lerem.
Garanto a vocês: este capítulo está bastante incrementado.
Boa leitura para vocês,
~Nyah!



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Já passava da meia noite quando Analu resolvera parar de escrever. Fechou o diário, levantou-se e se esticou; era hora de dormir. Teria que acordar cedo e ir para a escola e... Encontrar com ele. Abriu a porta do quarto com o máximo de silêncio possível com medo de que alguém acordasse e foi tomar um banho.

Ao voltar ao quarto, caiu na cama e... Não dormiu. Queria, porém não conseguiu fazê-lo. Ah, como pensava nele. Quando foi que ele passara a ocupar sua cabeça, afetando seus dias e, agora, suas noites? Como podia amar uma pessoa assim, da noite para o dia?

Na manhã seguinte, acordou contra a própria vontade e se obrigou a levantar. Tomou um banho e desceu para tomar o café junto da família.

– Analu... – sua mãe chamou-lhe

– Sim?!

– Temos uma boa notícia para te dar. – falou com entusiasmo.

– Ah, é? – a morena não compartilhava nem um pouco do entusiasmo da mãe – Me conte.

– Que carinha é essa, minha filha? Não está se sentindo bem? Se quiser ficar em casa, pode.

– Eu adoraria... – um alívio lhe percorreu o corpo – Mas, me diga: que notícia tem para me dar?

– O Yuki voltará para a escola. Ontem à tarde eu fui com seu irmão no seu colégio para fazer a matrícula.

Analu ficara feliz, mas não tinha forças para demonstrá-lo. Seu estado de espírito não estava o dos melhores. Precisava faltar a escola. Ficar longe do Kouichi, mesmo que apenas por um dia, era melhor do que ter de suportar suas perguntas. Sim, porque ele faria perguntas ao vê-la com aquela cara.

– Mamãe, está tudo bem mesmo em eu faltar à escola hoje?

– Tudo sim, minha filha, tudo sim. – disse, tirando a mesa.

– Ok. Então, eu voltarei para meu quarto.

– Fique melhor, minha querida. Fique melhor.

__________________________________________

Enquanto abria a porta do quarto, Analu é chamada por seu irmão:

– Analu, já está pronta?

– Eu não vou à escola, Yuki. – respondeu séria.

– Ah, mas por quê? – o rapaz parecia desapontado. – Logo hoje, que eu voltarei para a escola, você resolve não ir? Poxa!

Oh, Deus! Ele iria usar de chantagem emocional? Não! Ela não se deixaria levar.

– Yuki, não adianta fazer chantagem, que eu não cairei. – o fitou séria.

– Não é chantagem. – Yuki abriu um largo sorriso.

– E, sim. Apelar emocionalmente não deixa de ser uma chantagem. – contrapôs – E, Yuki, não é que eu não queira ir para a escola. Não gosto de faltar às aulas. É só que não estou me sentindo bem disposta. E, aliás, foi a mamãe que sugeriu que eu faltasse.

Yuki pareceu surpreso com a revelação de sua irmã mais velha. Suas lembranças de sua mãe eram que esta era uma mulher responsável, graciosa, mandona e amável. Nunca deixara que nenhum de seus filhos faltasse a escola apenas por indisposição. Normalmente, ela dava um sermão, dizendo que os filhos deveriam dormir mais cedo para não acordarem exaustos na manhã seguinte.

– Estranho... – balbuciou o moreno depois de um tempo – Não me lembro de a mamãe deixar a gente faltar por exaustão.

– Não estou exausta, Yuki. – Analu revirou os olhos – Estou indisposta.

– Exausta, indisposta, dá tudo na mesma, de qualquer modo.

– Yuki! É claro que há diferença. Eu estar exausta é o mesmo que eu estar cansada, e, eu estar indisposta significa que não estou me sentindo bem. Entendeu? – a moça estava ficando com enxaqueca por estar discutindo com o irmão mais novo – Agora, se me der licença, estou realmente mal, e minha indisposição está aumentando. – antes que o irmão protestasse, Analu completou: - Vou voltar a dormir. Tenha um bom dia e aproveite seu primeiro dia na escola. E, ah, não dê atenção a Ana e às suas amigas, elas são insuportáveis.

E entrou no quarto. Vendo que não a conversa tinha acabado, Yuki desceu a escada e foi tomar café. Chegando à cozinha, o rapaz perguntou à mãe:

– Mamãe, estou preocupado com a Analu.

– Ora, por quê? – sua mãe estava lavando a louça – Ela está apenas indisposta. Sua irmã estuda muito, e, como ninguém é de ferro, isso a está sobrecarregando.

– Mas ontem ela estava chorando. – Yuki deixou escapar.

– Chorando?! A sua irmã estava chorando? – a senhora ficou atônita. Quando fora a última vez que sua menina chorara escondido?

– Ops! – só então Yuki percebeu o quanto falara de mais apenas com essa palavra. – Ah, esqueça o que eu falei.

– Yuki – a matriarca da família lançou-se um olhar intimidador –, você me contará direito essa escola de a Analu ter chorando ontem.

– S-Sim... – o rapaz gelou.

Depois de contar sobre o choro de sua irmã, Yuki ficou aliviado por não ter precisado falar o motivo do drama vivido pela mesma. Despediu-se da mãe e correu para a escola.

_______________________________________________

Na escola, Yuki foi bem recebido por todos. Assistiu às primeiras aulas com certo entusiasmo, mas, conforme o tempo foi se prolongando, o rapaz se viu entediado. Estava feliz por finalmente ter voltado a estudar, mas, ao mesmo tempo, preocupado. Preocupado com sua irmã, preocupado com o Kouichi, enfim, preocupado com a situação entre eles.

Havia dito a ela que se lembrava do amigo, o que não era de total verdade nem total mentira: lembra-se do nome, do rosto, mas não da personalidade. Durante o intervalo para o almoço, procurou por todos os lados pelo rapaz, mas nada de encontrá-lo. Quando, por fim, havia desistido de sua procura, o encontrou subindo as escadas. Yuki iria atrás de Kouichi se o sinal não batesse. Tudo bem, essa conversa poderia esperar. Por ora, ele retornaria à sala de aula.

O resto do dia transcorreu bem e, ao ver do moreno, passou um pouco devagar demais. Talvez fosse porque ele estivesse ansioso por falar com o amigo de sua irmã. E, no meio de sua distração, o sinal toca. Yuki guarda seu material e abre a porta, revelando um corredor lotado.

Olhou de relance para o local movimentado e avistou Kouichi subindo as escadas. Caminhou até as escadas e seguiu o rapaz. Ao término da subida, deparou-se com um terraço. Nunca fora ao terraço de uma escola. Sempre ficava com os amigos praticando esportes invés de sossegar num canto.

Encontrou o adolescente parado, fitando o horizonte. Calmamente, seguiu em sua direção. Se sua irmã não reagia, ele mesmo o faria:

– Kouichi! – chamou-o.

O rapaz assustou-se, e, ao se virar, não fora capaz de reconhecer o irmão de sua amiga.

– Desculpe-me, mas... – ele estava atônito -... te conheço?

– Não se lembra de mim? – pôs as mãos nos bolsos da calça.

– Desculpe-me... – baixou o olhar – Mas eu realmente não me lembro.

– Então, deixe que eu me reapresente – lançou-lhe um sorriso –: Eu me chamo Yuki.

Kouichi arregalou os olhos. Ele era Yuki? Yuki, o irmão mais novo de Analu? Mas ele não tinha saído do hospital há pouco tempo? Era certo que ele voltasse para uma vida assim, agitada, depois de tanto tempo em coma? Mais importante: como não o reconhecera antes? Yuki e Analu sempre foram muito parecidos, e, mesmo agora, tempos sem vê-lo, pôde notar os traços físicos idênticos.

– Desculpe-me, Yuki, eu realmente não o reconheci. – lamentou-se.

– Não há problema, Kouichi. – o moreno ainda esboçava aquele sorriso radiante.

– Como se sente? Está se sentindo sufocado com o corre-corre aqui do colégio?

– Ah, eu estou bem. – falou – Mas eu não vim te falar sobre mim, mas sim da minha irmã.

– Agora que você mencionou, eu não a vi hoje. Há algum problema com ela?

– Sim. – foi direto – O problema dela é você. – disse, apontando um dedo na direção do rapaz a sua frente.

– E-Eu? – o rapaz pareceu desconcertado – Por que eu?

– Bom, vamos conversar sobre isso. Mas, primeiro, tente se acalmar.

Yuki esperou até que Kouichi se acalmasse para começar a falar.


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Notas finais do capítulo

E então, minna, como será que o Kouichi reagirá quando souber que a Analu-chan assistiu àquela cena com a tal garota? Mais ainda: qual será a reação da nossa querida heroína ao saber da intromissão do Yuki-kun?
Bom, isso e outras surpresas vocês só saberão nos próximos capítulos.
Já estou pensando num possível final para a fic, portanto, fiquem atentos aos lançamentos de capítulos.
Um grande beijo e abraço e até a próxima,
~Nyah!



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