Espiral escrita por Nyah_kira


Capítulo 12
Porque o Destino Sempre Tem Que Ser Tão Metido?


Notas iniciais do capítulo

Não me matem pela demora, xingar pode!
Desculpa, não foi problema fazendo o capitulo é porque eu acabei me atolando com o curso que eu to fazendo... Me perdoeeeeeeeeem, pelo menos não briguem muito...



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Porque o Destino sempre tem que ser tão metido? Me deixa em paz, que talvez eu te sigo.

            Talvez ser uma pequena Indigente não fosse tão legal assim. Pela primeira vez que estávamos na estrada, tudo tinha sido entediante. A noite estava completamente escura. Eu não queria estar sobre a moto e sim olhando apenas para o céu. Não fazia nem oito dias. Ou fazia? Me perguntei tentando olhar para o relógio. Não dava para ver nada. Olhando novamente para o céu sentindo o vento no meu rosto, e a velocidade em que estávamos, eu me senti calma.

            Não necessariamente feliz, ou necessariamente segura. Mas calma. Só eu mesmo para me acalmar com a velocidade, os cabelos ao vento e nenhuma luz. Depois de alguns segundo estávamos perto de entrar em uma cidade. Acho que seria umas das cidades do interior do Ceara. Eu não conseguia ver o que estava na placa, mas não importava. Eles sempre passavam primeiro no interior, pois sempre viam poucas pessoas.

            Não que o interior não tivesse mulheres bonitas. Mas eles não saiam de casa em casa procurando com na cidade. Eles simplesmente montavam o lugarzinho deles, e deixava as que quisessem vir. Nunca nenhuma garota do interior tinha sido escolhida. Pelo menos que eu saiba não. Eu tinha pesquisado muitas coisas sobre eles.

            Os vampiros passaram a ser uma prioridade, eu sempre sabiam muitas coisas sobre os transmorfos, mas os vampiros e lobisomens e sabia de forma esporádica. Apenas um pouco que eu via nos noticiários, e depois na internet. Muito pouco.

            Tinha tirado algumas noites apenas aprendendo sobre eles. Caio e Jorge me ajudaram sobre isso, Jorge tinha uma queda por pesquisas árduas na internet e sabia vários sites confiáveis, ele tirava conclusões e colocava em plausíveis trabalhos, ele trouxe tudo o que conseguiu coletar em um incrível trabalho de quase cinquenta paginas encadernado.

            Eu me perguntava como ele conseguia aquele tipo de coisas. Ele tinha conseguido até teoria da criação dos vampiros. Caio como era um verdadeiro fofoqueiro, conseguiu todas as atualidades sobre Lucius, Aurora, sobre os vampiros que ela tinha como anciãos.

            Michael, Denyel, Kihra, Raiuko, Tuminos e Laika. Todos os conselheiros que ela tinha pegue. Michael tinha sido o homem mais rico do Brasil antes que eles dominassem o mundo, ele se tornou o chefe financeiro de Aurora. Denyel era um alquimista que tinha sido escolhido para iniciar as pesquisas sobre bombas nucleares, se tornou o chefe das grande ciências e armamentos Vampíricos. Kihra era a cientista Brasileira mais renomada, ela estava nos estados unidos cuidando de um projeto na NASA. E foi trazida de volta, para que ela visse os avanços em projetos que aumentariam a potencia do Brasil.

            Raiuko tinha sido um monge, um estudioso da natureza encontrado na Amazônia, Ele se tornou o chefe das áreas naturais do Brasil. Tuminos era um candidato a politica que tinha sido atual, ele escolhido pelo seu modo de falar manso e cativante se tornou o presidente do Brasil. Mesmo isso não servindo de nada. Laika era uma mulher sabia que tinha sido encontrada no começo da guerra. Não tinha motivo logico para ser uma anciã, mas ela mandava em qualquer outro lugar como os anciões.

            Os guardas que faziam a segurança de Aurora e seu Filho eram os irmãos Batista. Lia Rashum Batista, e Sethimos Batista. Transmorfos poderosos. Lia era a única mulher descoberta transmorfa e talvez por esse fato tenha se mostrado a melhor. Ganhando assim a graça de Aurora e se tornando a sua guarda-costas pessoal.

            Sethimos ficou como guarda-costas pessoal de Lucius, que ninguém tinha visto de verdade. Juntamente com ele, ninguém conhecia o rosto deles. Apenas Aurora tinha o rosto para as câmeras. Eles sempre mantinham em segredo o mestiço até a idade certa para o Cruore.

            A noite tinha passado correndo, eu mal conseguia acreditar quando via o sol se erguendo lentamente clareando toda a estrada. Nós estávamos em uma cidade pequena no interior? Não. Tínhamos voltado para um dos centros do estado. Scott parou para que nós descansássemos.

            - Onde estamos? – Perguntei tentando parecer calma.

            - Nós vamos nos encontrar com o Pai. Ele quer você por perto. – Falou de forma esquisita, ele não devia entender o que papai queria com aquilo. Assenti com a cabeça voltando para a moto, não teríamos nenhuma parada até chegar neles.

            Mas algumas horas de viagem e ninguém parecia notar. Todos continuavam sua vida, como se aquilo não ofendesse ninguém. Eu via algumas garotas calmamente andando sobre a rua, todas aparentavam ter a mesma idade que eu. E eu não conseguia entender porque meus pais estavam tão preocupados comigo.

            Elas andavam como se nada as pudesse atingir, como se nada quisesse as atingir. Escolhendo roupas em vitrines. Mães e filhas escolhendo roupas para alguma festa na escola. Por segundos me senti mal por estar em toda aquela confusão. Eu não era tão bonita assim para que eles temessem tanto eu ser escolhida.

            Descemos da moto para esperar meus pais, fiquei sentada e de repente quis saber o quanto bonita eu era. Levantei-me indo em direção ao banheiro. Um cara parecia me encarar, mas aquilo não significava nada. Entrei no banheiro e parei na frente do espelho.

            Eu tinha os cabelos pretos lisos até o queixo e ondulados nas pontas, caindo por sobre meus seios. Os olhos eram castanhos escuros, de tamanho normal, a boca era carnuda e avermelhada, as bochechas eram normais, algumas espinhas da idade, o nariz era pequeno e alinhado, meu rosto era magro, eu tinha uma testa pequena por onde os cabelos pareciam dominar. Eu tinha quase um metro e sessenta e cinco. E tinha quase quarenta e cinco quilos.

            Eu era baixa e magra, sem nenhum atrativo exagerado que me fizesse entrar para o Cruore. Nada demais. Uma menina normal. Olhando as fotos das garotas que concorriam eu quase me sentia feia.

            - Com problemas de alto estima? – Perguntou uma garota meio emo saindo do banheiro.

            - É quase isso... – Falei voltando os olhos para ela, ela parecia legal, com a franja cobrindo um olho e o outro muito destacado devido ao lápis preto e delineador da mesma cor.

            - Não vejo porque você é tão linda.

            - Linda? – Perguntei incrédula. Ela abriu um sorriso e me virou para o espelho.

            - Sim. Você tem olhos de menina inocente, uma boca de garota selvagem que faria qualquer homem perder o controle. Seus cabelos são bem cuidados e naturais, e bom o jeito que você olha e logo depois sorri é capaz de dominar qualquer um. – Falou se aproximando de forma perigosa. Eu podia jurar que aquela garota estava dando em cima de mim. Então contei logo.

            - Obrigado. Mas não consigo ver o que está vendo. Então acho que não vou perder meu tempo. – Falei de forma calma, virando para sair. Ela pareceu notar meu medo e disse.

            - Lembre-se, rosto calmo e resplandecente, sentimentos sobre o controle, e mente trabalhando vorazmente. – Me virei para entender o que ela queria dizer, mas ela apenas estava com um sorriso olhando para mim.

            - Porque falou isso? – Perguntei um pouco desconfiada, ela parecia saber de algo.

            - Porque eu sou uma sensitiva, e bom essa foi a frase que eu sei que precisará. – Falou e saiu, eu ainda não tinha entendido o sentido real da frase, mas ela era boa.

Rosto calmo e resplandecente... Sentimentos sobre o Controle! E mente trabalhando Vorazmente. – Garota emo que conheci no Banheiro.”

            Cheguei onde Scott estava sentado, havia algumas garotas perto indo e olhando na direção dele, apenas para atrair sua atenção, ele não notaria o que as garotas estavam fazendo, e isso da parte dele me fez muito melhor, eu não queria vê-lo flertando com garotas enquanto eu tinha que estar por perto.

            As garotas se calaram quando eu me aproximei dele. Elas pareciam avaliar o que eu era. Sentei na frente dele ele me mostrou a comida com um sorriso. E perguntou calmamente.

            - Porque está tão branca? – Eu respondi ainda em transe.

            - Porque uma garota estava dando em cima de mim e me deu um conselho. – Falei e ele começou a rir, e eu o acompanhei, minhas palavras eram desconexas e ele parecia entender.

            - Se você ta fazendo até as mulheres se apaixonarem ainda bem que não tem idade para ir ao Cruore. – Falou de forma calma. Ele tinha realmente adotado essa realidade.

            - Claro Sebastian. Sebastian. – Eu estava brincando com o Nome que Jackson tinha dado a Scott. – Sebastian, Sebastian, Sebastian.

            - Entendi... Susan Nacimento. Entendi. – Falou levantando as mãos em rendição. Eu já tina ouvido um filme que tinha esse nome. Mas decidi não me aprofundar. Eles tinham que tirar o nome de algum lugar.

            Meus pais pareceram pouco tempo depois, e após minutos de abraços, estávamos novamente prontos para viajar. Tia Camila ia dirigindo a moto com Scott e eu estava no carro com meus pais. Não parecia muito legal, mas eu pelo menos estava com a família. Minha tia conversava com Scott, enquanto meus pais continuavam calados, eles não conseguiriam ficar falando por tanto tempo.

             Passamos quase dois dias no carro, minha mãe dormia enquanto meu pai dirigia, e depois eles trocavam de turno, eu sempre podia ficar descansada, mas eu estava sem consegui dormir. Esse dois dias passou quase correndo, quando chegou a manhã do terceiro, uma coisa que não deu para fugir aconteceu.

            - Por favor, encoste... – Falou calmamente um homem que se aproximou do carro em uma moto. Não tínhamos nem ideia de que esse homem estivesse perto. Scott parecia parado uns cem metros à frente. Ele estava sem celular provavelmente, pois senão teria ligado.

            Meus sentidos diziam que a partir dali tudo seria diferente. Meu coração pareceu se apertar, mas estava aceitando o presente. Como a garota tinha dito, rosto calmo e resplandecente, sentimentos sobre o controle e mente trabalhando vorazmente.

            - Carteiras por favor. Eu quero também a identidade de todos. – Falou a mulher com o cabelo preso, ela até parecia ser legal, olhou a carteira do meu pai de policial e não tinha mais a cara tão fechada, ela pegou as identidades falsas e disse.

            - Desçam do carro. Uma pergunta querido policial, porque tem uma garota no seu carro que não é da sua família? A carteira diz quinze mas eu não acho que ela tenha essa idade não é? – Perguntou um pouco seria. Ele conseguiria dizer alguma coisa que a fizesse acreditar, mas de repente surge um transmorfo com os olhos amarelados.

            - A garota tem dezesseis. – Não tinha sido uma pergunta, mas uma afirmação, a policial parecia um pouco desconfortável por estar lidando com esse tipo de pessoa. Eu apenas o olhei dentro dos olhos. Ele desviou o olhar e disse.

            - Você sabe o que deve fazer. – Ela falou com os pais, os levou em testemunho, eles estavam prestes a contar uma historia, mas eu os interceptei.

            - Olha, nós estamos aqui, porque eles vão fazer uma viajem de férias, eu e meu irmão estamos fugindo de tudo isso, decidimos que não seria bom eu ir. E eles me viram cansada e perguntaram se não queriam que me levassem, enquanto a irmã dela ia na moto com meu irmão. Concordamos, fazia algumas noites em que eu não dormia. Eles não têm culpa. – A mulher se consolidou com o nosso estado, Scott tinha os olhos cheios de agua, mamãe e papai também, eles não queriam me deixar ir.

            - Vai dar tudo certo. – Falei para Scott o abraçando, ele me abraçou forte deixando as lagrimas caírem. Ele não parecia relativamente triste, mas preocupado.

            - Espero. – Minha tia saiu de perto de nós e me entregou a minha bolsa, da mesma forma que ela tinha feito anteriormente.

            - O destino sabe o que faz querida. Ele sempre sabe. – Falou me abraçando, aquelas palavras de conforto acertaram o peito da policial que estava segurando as lagrimas. Minha mãe me abraçou e disse.

            - Sempre á um Deus por nós! – Aquelas palavras embora não muito utilizadas eram o que eu precisava, eu precisava de um milagre. Meu pai me abraçou e olhou dentro dos meus olhos.

            - Lembre-se das palavras de Shakespeare que eu citei no carro garota. Tudo vai ficar bem, vamos torcer que você não passe. – Falou me abraçando novamente.  Ele não tinha citado nenhuma palavra no carro, mas eu sabia que frase ele estava falando.

“Em tempos de paz convém ao homem serenidade e humildade; Mas quando estoura a guerra deve agir como um tigre! – William Shakespeare”.

            Eles se despediram de forma chorosa, a policial chorava, mas nada disse. O transmorfo só olhava tudo de forma calma. Ele tinha o tamanho de um urso, com os ombros largos e rosto duro. Ele tinha aquele cheiro de perigo que faz com que todos eles sejam atraentes, mas com os olhos sombrios pareciam sem vida. Como se nunca tivesse encontrado motivos para ser feliz.

            Eles me levaram para o aeroporto, as garotas já tinha sido escolhidas e por força do acaso, eu não tinha conseguido fugir do Cruore, eles olharam para mim de alto a baixo, eu não estava arrumada como a maioria das garotas parecia estar, mas ele respiraram e perguntaram quase de forma assustada.

            - De onde essa garota é? – Perguntou ao transmorfo ao meu lado.

            - Ela estava saindo da cidade, suponho que seja daqui mesmo. Ela não quer participar do Cruore. – falou de forma divertida, ele tinha percebido que o meu cheiro estava afetando o raciocínio dos vampiros.

            - Eu nunca senti um cheiro tão maravilhoso. – Falou o vampiro menos aos outros dois. Uma mulher chegou atraída pelo meu cheiro, ela estava com os olhos fechados se abrindo lentamente. O vampiro a observaram e ela silenciou todos.

            - O que é você? – Perguntou um pouco seria olhando dentro dos meus olhos. Minha mãe tinha dito uma vez uma frase para irritar papai que fez a mesma idiota pergunta. – Uma sombra que circula o mundo de noite a procura de almas cruéis que possam me alimentar.

            - Onde você... Onde ouviu essa frase? – falou se aproximando de mim e respirando o meu cheiro. Todos os vampiros se endureceram e o transmorfo não parecia mais tão alegre.

            - É o que eu sou... – Falei abrindo um sorriso debochado, quando se está na guerra deve se agir como um tigre. Ela chegou mais perto de mim, para ouvir minha pulsação, mas eu não entendia o que falava, então não tinha como ela falar algo. Seu cheiro penetrou minhas narinas como um doce perfume que poderia me fazer desmaiar a qualquer momento.

            - Você não tem nem noção das palavras que falou. – Dizendo isso ela fez um aceno de cabeça que os vampiros entenderam e depois de alguns segundos eu estava dentro no avião, com um bando de garotas lindas que falavam sobre moda.

            Sentando na cadeira do avião olhei para a janela. Minha bolsa era a única coisa que me lembrava a minha antiga vida. Sem nada que pudesse mudar. Abri a bolsa notando uma carta logo na entrada. Aquilo se devia ao fato que minha tia tinha medo de não conseguir se despedir. Abri a carta lentamente e apenas tinha poucas palavras.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim...
Se vocês ficaram com raiva pela demora e não quiserem deixar comentarios eu vou entender, mas vou ficar muito abalada e começar a chorar, então não façam isso...



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