O Destino Sempre Vence! Porque Não me Escutam?

            - Eu sonhei de novo com ela. – Falei cansada daquela brincadeira de fugir, por mais estranho que eu achasse isso parecia uma previsão do futuro. Meus sonhos nunca falhavam.

            - O que? – Perguntou minha irmã ignorando todas as caretas que Lucas tenha feito.

            - Sonhei que ela estava de pé, com uma espada. Uma espada de vampiro nas mãos. Ela tinha muito sangue, e ela estava toda suja e parecia não se importar. Ela estava com a espada para cima, e vários homens e mulheres ao seu redor. Eles gritavam sempre a mesma frase. – Falei de modo sombrio, lembrar-me do sonho me levava a uma realidade diferente.

            - Que frase? – Perguntou ainda tentando imaginar a cena. Eu olhei dentro dos olhos dela, como se ela pudesse olhar pelos meus olhos.

            - Imperatriz!

            - Imperatriz? Isso não significa nada. – Falou Lucas, ele sabia que poderiam ser varias coisas, mas preferia se omitir.

            - Qual é o único método hoje em dia de se tornar uma imperatriz? – Perguntei o obvio, eles me encararam e quem respondeu foi Camila.

            - Se tornando uma vampira. – Falou de forma triste e quase muda.

            - Isso não vai acontecer! – Falou Lucas com o tom serio, ele não via como isso poderia ser vantajoso, ele apenas não entendia.

            Tudo acontecia por que deveria acontecer. E sim, o destino existe, quanto mais tentamos nos afastar dele, mas ele nos dá uma surra e nos mostra que domina tudo ao seu redor. Quem acredita no destino vence a primeira etapa para conseguir ser feliz.

Quem luta contra o destino.

Morre lentamente.

Quem aceita o destino.

Vive com um sorriso.

Quem o conhece

Torna-se Senhor de qualquer coisa.

            - Você não se lembra das palavras dele? - Eu não queria fazê-lo, mas lembra-lo das palavras de Maximilius era a única alternativa. Maximilius H. Croon seria o único que faria Lucas mudar de ideia, mas nem ele conseguia tirar a ideia que tinha se formado na cabeça de Lucas.

            - Talvés ele tenha inventado isso sem proposito nenhum. – Falou de forma seca, as palavras o tinham atingido, e isso ele nunca poderia negar. Camila olhou para mim de forma reprovadora.

            - Talvez? Ele é um mestre. E você querendo ou não, agora está fazendo tudo ficar mais próximo.

            - Como assim Caroline? – Camila perguntou virando se bruscamente para mim.   

            - Antes eu estava apenas sonhando com ela suja. Depois que ele decidiu que ela não iria para o Cruore, comecei a sonhar com ela suja com uma espada na mão. Agora que começamos a chegar perto do refugio, estão a chamando de Imperatriz. Você sabe que não pode lutar contra o destino. – Falei de forma acusadora, nenhuma pessoa lutava contra o destino e vivia.

            - O destino pode mudar. – Falou de forma sombria. Ele sabia que o destino sempre pedia o seu preço para deixar alguém em paz. E o preço era a morte.

            - Você sabe qual é o preço. – Falei simplesmente. Eu não queria mais discutir, mas ele tinha que saber a verdade.

            - Parem vocês dois. Sabem que não é assim. O destino não dá todas as cartas. – Falou Camila para mim, depois se virando para falar com Lucas. – Você sabe que está fazendo o destino mostrar suas forças.

            Depois das palavras de Camila tudo se silenciou, ainda tinha o sonho presente em mim. Eu sabia que ela estaria suja, com uma espada nas mãos e sendo aclamada como Imperatriz. Eu só não estendia o porquê. Não conseguia ver mais nada sobre isso. Nenhum outro rosto. Eu não sonhava com Josh, Scott, Jackson, nem com mais ninguém. Meus sonhos às vezes se resumiam a pessoas que eu não conhecia.

            Passagens embaçadas do futuro. Algumas brumas que o destino me dava apenas para instigar meu coração. Deve ser por isso que eu tinha preparado a bolsa da Suzanna, eu não saberia dizer se fiz certo. Mas o destino estava me provando e eu precisava mostrar o quanto poderia ser valiosa.

            A bolsa faria de Suzanna não mais uma, mas a melhor. A única capaz de entender e fazer tudo o que desejaríamos. Eu precisava visitar uma igreja. Eu precisava orar. Falar com Deus tinha se tornado um habito que eu não conseguia me livrar. Eu precisava contar para ele tudo o que estava acontecendo. Pedir a sua ajuda e perguntar a sua opinião. Ele sempre se manifestava.

            Encontrar uma igreja nos dias de hoje era um milagre. Todas as igrejas tinham sido fechadas desde o inicio do controle vampírico. Desde 2014 nenhuma igreja mais tinha sido aberta. Vários pastores e padre lutaram contra esse tipo de ordem. Mas vários foram feitos de comida, ou exemplo se preferir. Foi quando os Lycans ascenderam e lutaram para destruir os vampiros.

            Muitas pessoas falam sobre Lycans, mas ninguém conta a verdade. Foram eles que lutaram para que a igreja não fosse dizimada, deixando assim o mundo sem Deus. Os vampiros retiraram qualquer religião, a única religião que quiseram implantar foi à imortalidade e os benefícios de obedecer aos vampiros.

            Estabeleceram regras que diminuíam a tecnologia desenvolvida nos países possibilitando assim que a humanidade encontrasse um modo de destrui-los. Grande idiotice, depois os centro de controle. O único que liderou os Lobisomens contra os vampiros foi Maximilius, ele simplesmente guerreou e todas as lutas que ele estava eram simplesmente perfeitas.

            Mas de uma maneira quase esquisita, Maximilius desapareceu. E ninguém mais soube sobre ele. Com o líder desaparecido, os lycans foram quase extintos. Os vampiros acham que conseguiram exterminar a raça, mesmo que alguns nasçam com o mesmo código genético.

            Eles agora se limitam apenas a educar e controlar os descendentes de lobisomens, os transformos que diga se por sinal, é uma raça maravilhosa, mas com um déficit de procriação. Limitando-se a gerar um novo transmorfo apenas por encontro de sua alma gemia. Os Imboás. O governo que eles sobre o controle, decidiu que deixaria que eles tivessem preferencia por sobre seus amore.

            Aurora vendo a deficiência de um transmorfo quando ameaçado o seu Imboá, permitiu que a população de Imboás crescesse. Era como uma arma contra os transmorfos. Que aceitaram trabalhar cegamente para os vampiros, para que nada acontecesse aos seus amores.