The Other Reality escrita por Bieberlicious


Capítulo 16
Big Decision


Notas iniciais do capítulo

Oii princesas tudo bem? Só tenho 2 leitoras :c podem partilhar a fic por favor amores? eu agradecia muito :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/330093/chapter/16

A enfermeira já tinha saído há alguns segundos e nós só estávamos a olhar um para o outro á espera que alguém começasse a falar.

–Carrie?

–O quê? – perguntei espantada pelo nome que ele me chamou.

–Hum… Carrie, eu…

–Estás a chamar-me Carrie?

–Sim… Porquê? Não é o teu nome…?

–Não… - suspirei – Carrie era o nome da minha mãe.

–Oh. Desculpa, a sério… É que como tens um colar com esse nome, pensei que…

–Pois, pensaste mal. – disse rudemente.

A sua expressão facial mudou rapidamente, ele parecia triste… Oh não, outra vez não.

–Pois. – ele disse visivelmente abatido pelas minhas palavras.

“Definitivamente, eu, Lilian Collins só faço merda…”

–Desculpa, eu… - suspirei, como se estivesse a ganhar coragem ou a acalmar-me para falar com ele – A minha mãe é um assunto muito difícil para mim, ainda e muito recente. Desculpa, eu não queria falar assim contigo. Desculpa.

–Calma. – vi um pequeno sorriso formar-se na sua face perfeita – Ok. Não faz mal… Então, como te chamas?

–Lilian…

–Lilian… Que nome lindo. – corei levemente - Tal como tu. – ele disse mostrando o seu sorriso perfeito. Assim que ele disse isso senti as minhas bochechas aquecerem tanto que se ele tocasse nelas era capaz de se queimar.

–Obrigada… E tu? Como te chamas?

Ouvi uma leve gargalhada sair da sua boca.

“Devo estar tão corada! Que vergonha!”

–Sou o John, John Anderson, mas todos me tratam por John. – sorriu.

–Olha… John, eu estive a pensar no que disseste e… Eu estou mesmo a precisar de um sítio para ficar, visto que, não posso ficar com o meu pai e a minha mãe… pronto, tu sabes. Preciso que me ajudes, por favor. Se não quiseres eu vou compreender porque eu tratei-te muito mal e tu… - enquanto eu ia falando o John sorria, mas desta vez não era um sorriso simples, era um sorriso, tipo… ENORME!

–Shh… - ele disse aproximando-se de mim e segurando nas minhas mãos, ele tinha as mãos quentinhas… Calei-me. – Eu vim aqui para te dizer que me ia embora, já que tinhas dito que não precisavas da minha ajuda e porque a minha mãe não pára de ligar e está preocupadíssima comigo… Tiveste sorte que eu decidi despedir-me de ti primeiro, eu já estava na porta do hospital quando decidi voltar atrás, porque era tipo uma falta de educação eu deixar-te aqui sozinha sem tu saberes e além disso, a partir do momento que eu saísse por aquela porta, provavelmente nunca mais me verias.

–Ias deixar-me… Ias abandonar-me aqui? Sozinha?

–Não! Quer dizer… Sim, mas… Tu disseste que não precisavas da minha ajuda e eu fiquei um pouco magoado, então… - ele encolheu os ombros.

Tenho que admitir, aquele seu modo atrapalhado foi fofinho! Coitado, ele não sabia o que dizer!

–Bem… Ainda bem que te vieste despedir John. – sorri.

–Ainda bem mesmo.

Bateram á porta.

–Pode entrar. – eu disse.

A porta abriu-se e um médico entrou no quarto.

“Espero que traga boas notícias, já estou farta de estar aqui dentro, deitada nesta cama sem fazer nada.” Pensei.

–Boa noite menina Isabella, - olhei para o John com a sobrancelha arqueada e ele estava com a carinha que as criancinhas fazem quando fazem alguma asneira. So sweet! Sorri ligeiramente – sou o doutor Hugo, sou eu que a tenho acompanhado desde que aqui chegou. O seu caso foi muito complicado, mas agora, felizmente, está tudo bem. – acenei – Pensámos que quando acordasse não se lembraria de muita coisa, principalmente do que aconteceu antes do acidente, mas pelos vistos está tudo normal. Estou certo, não estou?

–Sim.

–Ainda bem. Agora vamos ao mais importante. Como é que se sente Isabella?

–Bem… Acho eu. – respondi receosa.

–Sente dores de cabeça? – o médico perguntou.

–Mais ou menos. – o médico acenou e começou a escrever na sua plaquinha.

–Dores no corpo?

–Não. – continuou a escrever.

–Bem, as dores de cabeça são normais nesta altura, hei-de receitar-lhe uns comprimidos para que elas não sejam muito fortes e para que passem depressa. Acho que poderá ter alta hoje…

–A sério? – eu não conseguia ver, obviamente, mas acho que os meus olhos estavam a brilhar de tanta ansiedade para deixar este sítio com cheiro a soro e a doença.

–Sim, está tudo bem consigo, por isso não vejo o porquê de a mantermos aqui, sem fazer nada. Mas tem que me prometer uma coisa Isabella.

–Diga.

–Vai ter que tomar os comprimidos a horas, e descansar muito. Nada de esforços. Pode ser?

–Huum… Ok. Vou tentar. – eu disse.

–Não é para tentar, é para fazer mesmo Isabella, você ainda não está 100% bem e se acontecer alguma coisa pode vir parar aqui, outra vez. É isso que quer? – ele disse sorrindo.

–Deus me livre… - disse baixo, mas não tão baixo, visto que eles começaram a rir-se.

“Ups!”

–Não se preocupe doutor, eu farei com que ela tome os comprimidos sempre a horas e vou certificar-me de que ela descansa muito e não faz esforços. Não tem nada com o que se preocupar. – desta vez foi o John que falou. Olhei para ele a sorrir. – Eu cuidarei dela. – agora ele também olhou para mim e sorriu.

–Ótimo! Bem, pode preparar-se para sair Isabella. John, pode acompanhar-me? Quero dar-lhe a receita dos remédios da sua irmã.

–Claro! – o John deu-me um beijo na testa e saiu.

“Fofo, né? Eu sei!”

Como não tinha nada para arrumar, levantei-me da cama, fui para a casa de banho, penteei o meu cabelo e fiquei á espera do John.

###

Bateram á porta.

–Entre!

É o John. Ele entrou no quarto e veio até mim.

–Já estás pronta?

–Sim, não tenho nada para arrumar por isso… Já. - encolhi os ombros.

–Não imaginas o quão farto estou de estar aqui enfiado a comer comida do hospital, só saía para ir tomar banho e ás vezes para dormir.

–Oww, que fofinho. Ficaste aqui comigo este tempo todo. – sorri e abracei-o – Obrigada John! Obrigada por teres ficado comigo. Obrigada por não me teres deixado sozinha. – quando me afastei dei-lhe um beijo na bochecha e acho que ele corou um pouco. Sorri.

–De nada, foi um prazer ter ficado aqui contigo e será um prazer cuidar de ti. – sorriu e também me deu um beijo na bochecha.

Eu fiz de tudo para não corar, mas acho que foi impossível, baixei a cabeça para que o meu cabelo escondesse as minhas bochechas, outra missão falhada. O John levantou a minha cara pelo queixo e acariciou a minha face, o que só me fez corar ainda mais. Ele deu uma gargalhada leve.

“Oh God, por que é que eu sou assim?”

–Então, vamos embora?

–Sim, mas há um sítio onde precisamos de passar primeiro… Não te importas?

–Claro que não. – sorriu – Vamos?

–Vamos.

###

Estávamos a ouvir música de uma rádio qualquer enquanto íamos até ao nosso destino.

–Lilian…?

–Sim John…

–Olha… Eu não vivo aqui, - ele olhou para mim quando parou num semáforo – se tu quiseres mesmo ficar comigo, vais ter de viajar porque eu não posso mesmo ficar aqui. Eu estou aqui de férias, era suposto voltar para casa na manhã a seguir ao teu acidente… Estava com mais dois amigos, mas eles foram logo no dia certo, agora estou aqui sozinho. – quando o sinal ficou verde ele parou de olhar para mim e voltou a prestar atenção á estrada e às instruções da mulher do GPS.

Absorvi a informação que tinha acabado de receber em silêncio.

–Não vais dizer nada? – perguntou ele, claramente desconfortável com o meu silêncio.

–Tens mesmo de ir? – perguntei. Estava um pouco desapontada porque eu queria ficar com ele e não sei se estava pronta para mudar.

Viver num novo país, …

– Bem, eu estou a fazer a faculdade lá, já tenho vida lá e além disso, a minha família quase toda está lá, preocupada e… á minha espera.

Suspirei.

–Onde é que vives John?

–Inglaterra, Londres.

Inglaterra… Sempre foi um dos meus destinos de sonho.

–Tu… Tu não… - suspirou – Lilian, tu não queres ir?

Ele tem família, eu não. Ele tem amigos, eu não. Ele está a estudar, eu também, mas se eu desaparecer, ninguém se vai preocupar. O que eu tenho a perder se for para a Inglaterra com o John? Nada. Absolutamente nada. Mas…

–John… Eu… - suspirei – Eu adorava ir contigo, mas… Eu não tenho dinheiro para ir e viver lá.

Virei-me para ver a sua reação e lá estava ele… Sempre lindo e com aquele sorriso perfeito que derrete o coração de qualquer rapariga.

–Isso não é problema, linda. Eu vou responsabilizar-me por tudo o que tu precisares.

… Uma nova vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Este foi o MAIOR capítulo da fic até agora, gostaram? :)
COMENTEM!!! PARTILHEM!!!
Falem comigo aqui: http://ask.fm/SimoneGonga