Apesar De Tudo, Sempre Foi Você escrita por Raquel Rocha


Capítulo 19
Namora Comigo ?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeey dudes ! Gostaram do capítulo anterior ? Foi pesado nér ? Cheio de desabafo , verdades que a Mandie jogou na cara do Gab , etc . Mas bem que ele mereceu nér? Ok , aqui vai mais um cap p vocês . Espero que gostem . Um beijo ;*



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A partir do momento em que saí daquele colégio foi como se um peso equivalente a, no mínimo, uma tonelada tivesse sido tirado dos meus ombros.

Eu simplesmente me senti leve. Muito leve.

Saí de lá sem rumo algum, saí sem saber pra onde ir, sem qualquer ideia de onde me refugiar. Então lembrei de alguém que sempre me deu bons conselhos e que foi, e ainda é, uma das pessoas que eu mais amei na vida.

Segui até uma floricultura e comprei suas flores favoritas, lírios. Ao sair de lá, segui até o cemitério e quando cheguei segui até o túmulo que tinha o nome Akane Nishimura gravado na lápide, com os números do ano de nascimento e do falecimento, 1934-2012 logo abaixo do nome.

Me sentei ao lado do túmulo sem me importar se ali havia algo sujo ou não.

– Oi, vó. Tem bastante tempo que não venho aqui, não é? Sinto sua falta, a senhora não sabe como. Queria muito que estivesse aqui agora, ao meu lado, pra me aconselhar, me abraçar, me chamar de pequena Nishi, como a senhora sempre fazia. É tão difícil vó. A senhora não sabe como eu queria voltar no tempo, para a época em que eu perguntava à senhora qual nome eu daria para as minhas bonequinhas novas e você sempre dizia um nome em japonês que eu colocava. Minhas amiguinhas da escola até achavam estranho que o nome das minhas "filhas" sempre fossem estranhos para elas. Enfim, vim te ver porque precisava da senhora comigo, da sua presença, da senhora perto de mim. - eu dizia chorando

– Ela está minha filha. - ouvi a voz do meu avô logo atrás de mim.

Havia muito tempo que eu não o via. Entao tinha esquecido que ele vinha todos os dias a essa hora da manhã trazer flores novas para minha avó.

Ele se sente muito sozinho desde a morte dela. la morreu de um ataque do coração. Ela tinha um problema cardiovascular e não podia se estressar, mas um dia ela saiu com minha tia e um homem as abordou para assaltá-las. Por esse motivo minha avó ficou muito nervosa e teve um ataque fulminante. Morreu nos braços da minha tia, sem a chance nem de chegar ao hospital, pois acabou morrendo 10 minutos depois que chamaram a ambulância.

– Oi vô. - eu me levantei e fui até ele, logo o abraçando.

– Também sinto falta dela, meu anjo. - ele disse ao sentir minhas lágrimas em seus ombros.

Porém, ele não sabia que o motivo do meu choro não era apenas a faltam que eu sentia da minha avó, mas sim, em grande parte, a minha vida amorosa.

– Eu sei, vovô. Ela faz muita falta. Muita mesmo. Precisava tanto dela aqui comigo, agora.

– Mas ela está sempre com você, Mandie. Sempre. Não esqueça disso. Se você a ama, ela sempre estará com você aqui. - ele me afastou dele e apontou para o lado esquerdo do meu peito.

– Espero que sim, vovô. Havia me esquecido que o senhor vinha aqui todos os dias trazer flores.

– Ainda faço isso. Todo santo dia. Me sinto só sem ela. Sei que ela está comigo sempre, mas me sinto melhor vindo aqui sempre.

– Entendo. - ele se afastou de mim e colocou suas flores ao lado das minhas.

– Eu sempre fico um bom tempo aqui conversando apenas com seu túmulo, mas hoje ficarei menos tempo por conta de uma vontade que me veio à cabeça agora. Vamos até a minha casa, Mandie? Há muito tempo que não conversamos. - ele propôs

– Vou sim, vô. - eu comfirmei

– Ótimo. Na hora do almoço eu aproveito e lhe levo à um restaurante. Pode ser?

– Claro. Vamos?

– Vamos sim.

(...)

Chaguei em casa e parecia que haviam marcado uma conferência na minha sala de estar. Lá estavam meus pais, Lurdinha, Amy, Lucas, Lua, os pais dela, os pais do Lucas, Gabriel, os pais do Gabriel, o Caio e os pais dele também.

– Minha filha! Aonde você estava? - minha mãe veio até mim praticamente correndo e me abraçou.

Correspondi ao abraço sem entender nada e respondi:

– Estava na casa do vovô Katsuo. Por que pergunta? E por que tem tanta gente reunida aqui?

– E você ainda pergunta, Amanda? Quer nos matar do coração? - meu pai se pronunciou levantando-se e vindo até mim.

– Ligaram da sua escola, Mandie. Disseram que você havia vindo para casa alegando mal estar e saiu mais cedo por conta disso. Como, depois de meia hora, você não havia chegado em casa, liguei para seus pais e eles vieram. Depois eles chamaram a Luana, o Gab e o Lucas pois são de sua turma e deviam saber de algo e junto vieram os pais deles e o Caio, porque ficaram sabendo e ficaram preocupados. - explicou Lurdinha.

– O que aconteceu com você, minha filha? - perguntou minha mãe

– Gabriel disse que eles discutiram. - disse tio Jorge, pai do Gabriel.

– Então foi culpa sua, não é Gabriel? Tinha que ser também né. Sempre você. - disse Caio, exaltado, mas acho que só eu e Gabriel percebemos, porque conhecíamos o tom de voz dele quando ficava com raiva, mas tentava se controlar.

– Não jogue a culpa em cima de mim, Caio. - Gabriel se pronunciou

– Como não fazer isso se a culpa é sua mesmo?

– Parem vocês dois. Gabriel, a culpa é sua mesmo e você sabe disso por tudo o que te falei hoje. E Caio, obrigada por querer me defender, mas sei fazer isso. - cortei a briga dos dois antes que tomasse um rumo mais sério. Conheço o temperamento deles.

– Mas por que demorou tanto a vir para casa se saiu do colégio às 9:00hrs? - perguntou Lua

– Eu fui ao cemitério levar flores para minha avó Akane e lá encontrei meu avô. Ele me chamou para a casa dele e depois fomos almoçar, então ele me trouxe para casa agora.

– E por que deixou o telefone deligado? - perguntou meu pai.

– Não queria falar com ninguém. Fui com meu avô porque havia tempo que não falava com ele. Só por isso, senão eu recusaria o convite. Precisava de um tempo sozinha, e ainda preciso.

– Bom, ja que você ja voltou e está bem, nós vamos embora. Só não nos assuste assim de novo, mocinha. Temos você como se fosse da família. - disse tia Regiane, mãe da Lua.

– Faço minhas as palavras da Regiane. - disse o pai do Lucas, Luciano.

– Também. - disse o tio Jorge e tio Fábio, pais do Gabriel e do Caio, respectivamente, juntos.

Todos me deram um abraço se despedindo e se foram.

Pedi pra Lua ficar e quando Caio veio falar comigo antes de ir me deu um beijo na bochecha e sussurrou em meu ouvido:

– Depois quero falar com você. Tudo bem?

– Claro. Amanhã.

E ele foi.

Eu e Luana fomos para o meu quarto e eu a pedi que me esperasse tomar um banho para depois conversarmos.

Depois do meu banho, me vesti, penteei meus cabelos, coloquei um chinelo e fui falar com a Lua.

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– Pode abrindo esse bico e me diz o que aconteceu. - impôs Lua, para que eu contasse.

– Então, durante o intervalo, depois que todo mundo me largou (...)

Contei tudo a ela e depois completei:

– Foi como tirar um peso das minhas costas.

– Sinceramente, tenho orgulho de você. Se fosse comigo, depois da discussão eu não conseguiria nem olhar na cara dele como você fez agora a pouco sem deixar alguma lágrima cair.

– Realmente, foi duro. Muito duro. Mas tenho que aguentar, afinal, ainda não o esqueci. E mesmo que eu quisesse, não conseguiria ficar muito tempo sem ele como fiquei quando ele foi embora.

(...)

Ontem a Lua foi embora no fim da tarde e o resto do dia foi só sermão por conta do meu "sumiço".

Fiquei super curiosa por conta do que o Caio disse. O que será que ele quer falar comigo?

Acho que descubro isso no intervalo que é daqui a 5 minutos, graças à Deus, não aguento mais ouvir o professor de literatura.

Resolvi mandar uma mensagem pro Caio:

"Tô curiosa. O que quer falar comigo?

– Mandie"

"No intervalo te falo. Espera mais dois minutinhos.

– Caio"

"Ainda bem que falta pouco. Quero saber o que você tem p me falar

– Mandie"

"Me encontra no pé da escada. O sinal vai bater agora. Daqui a pouco a gente se fala

– Caio"

"Jaér. Até daqui a pouco.

– Mandie"

Assim que recebi um relatório de entrega dizendo que ele recebeu a mensagem o sinal soou e todos se levantaram, saindo logo em seguida.

Saí e fui descer as escadas quando logo avistei Caio me esperando.

Fui de encontro a ele e sem me falar nada me guiou até o elevador apertou o botão do primeiro andar.

O elevador chegou lá embaixo rapidamente.

Seguimos até a parte de trás do colégio, onde havia um jardinzinho, uns banquinhos e uma fonte desativada. Quase ninguém ia lá. E quando ia era ou para se pegar sem serem filmados ou para fumar algum tipo de substância. Hoje, por incrível que pareça, não tinha ninguém.

– Vai falar agora? - perguntei

– Bom dia pra você também, dona Amanda.

– Ah, é. Bom dia. Havia me esquecido que não tinha te visto hoje.

– Cheguei tarde. Acordei atrasado.

– Entendi. Mas agora fala. O que você queria me falar?

– Não vou fazer muitos rodeios, Mandie. Então queria te perguntar uma coisa.

– O que? - o cortei

– Se você me deixasse terminar eu perguntaria. - ele levantou o cenho

– Ah, ta. Desculpa. - fiz sinal de que ia ficar calada e ele riu

– Então, Amanda Mendes Nishimura.. - o cortei de novo

– Amanda de Souza Mendes Nishimura - o corrigi . Esqueci de mencionar que agora tenho o nome da minha mãe biológica no meu sobrenome? É, acho que sim. Enfim..

– Me deixa terminar, Mandie? - fiz que sim e ele riu. - Promete que não vai mais interromper? - fiz que sim com a cabeça. - Está bem. - ele pegou uma mão minha com uma dele e com a outra ele pegou algo no bolso que ele não me deixou ver. - Amanda de Souza Mendes Nishimura - ele deu ênfase no "de Souza" e eu ri - namora comigo? - logo depois de fazer essa pergunta que me pegou de surpresa, ele me amostrou uma caixinha preta, logo a abrindo me deixando ver duas alianças que pareciam ser de prata, o que me deu a impressão de que eram para selar o compromisso.

– Nossa, você me pegou de surpresa. Eu não esperava isso.

– Mas, e então, você aceita?


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