Narradora Avulsa:

Depois de mais alguns poucos minutos já quase não havia mais luz, e Roberta já estava desesperada. Depois de muito ter corrido, ela parou e se sentou em uma árvore, mas se desesperou mais ainda ao ouvir os lobos uivando. Olhou pra um lado, e pro outro, correu, correu, correu, até não aguentar mais.

Ouviu os uivos mais perto... Mais perto... e Pois-se a chorar.

Uma rajada de vento penetrou em suas roupas molhadas, flocos de neve começaram a cair, e Roberta pôde ouvir os lobos se afastando. Suspirou pesadamente, e se levantou. Olhou para cima, e viu a linda lua refletindo o brilho das estrelas. Começou a andar, mesmo sabendo que seria quase impossível encontrar o chalé.

"Uivos e uma correria, a floresta parecia não ter fim, as árvores só aumentavam, tanto no tamanho quanto na quantidade, a lua ainda brilhava no céu, mas onde estariam as estrelas que antes haviam ali? O barulho de uivos estava frequente, mas ainda não estava perto o suficiente.

Neve, frio. A neve agora caia com mais intensidade, o vento vinha em minha direção penetrando em minha roupa ainda molhada. Eu estava congelando, mas isso não iria me fazer parar. Continuei andando. Vi uma luz e uma coisa estranha. Uma pessoa? Não, aquilo definitivamente não era uma pessoa. Corri, corri, corri, até estar longe o suficiente, mas talvez não... Talvez eu estivesse errada. Só me lembro de tropeçar, e depois de rolar pelo chão, ter apagado totalmente!"

Diego Narrando:

Eu já estava cansado de andar, já tinha ouvido uivos, caído e rolado pelo chão. Já estava molhado, com frio e com fome. Por que eu não conseguia voltar? Por que eu não conseguia ir embora e esquecer que ela existe? Por que? Por que tantas perguntas? Por que nenhuma resposta? Porque eu não a encontrava? Olhei para cima, observei a lua e as estrelas, e automaticamente me lembrei dela. Ela que estava fazendo minha cabeça, e isso já era fato. Eu só tinha que admitir pra mim mesmo, era essa a verdade, e a verdade, é que eu não queria. Não queria ir em bora e esquecer, não queria ir em bora sem ela!

Continuei andando. Ouvi passos. Olhei para os lados... Nada, com certeza era minha cabeça tentando me pregar uma peça. Andei mais, e pude ver uma luz, logo após ouvi uma pessoa correndo. Aquilo definitivamente não era minha cabeça. Andei, e continuei andando, mas a luz sumiu, como se não tivesse sido nada, apenas minha cabeça. Olhei para o chão, haviam pegadas, e os passos eu sabia que não haviam sido minha cabeça. Segui as pegadas, seja lá o que, ou melhor, quem, tivesse sido, não poderia ter ido muito longe. Corri, para conseguir encontrar a pessoa antes que as pegadas sumissem, mas já era tarde. Não havia mais nada, eu estava no meio do nada.

Abaixei minha cabeça, eu não só havia fracassado, mas agora eu estava no meio do nada, sem saber o que fazer. Com certeza eu seria comido pelos lobos. Suspirei derrotado. Ia continuar andando, mas uma coisa me parou, ou melhor, um barulho... Mais especificamente um gemido. Olhei para uma pequena ladeira que havia ali, coberta de neve, e identifiquei marcas... Comecei a descer e vi alguém, não alguém qualquer, era... Ela.

Cheguei mais perto, e seus olhos estavam fechados. A sacudi, mas ela não mostrou nenhuma reação, não a mim, mas ao frio... Ela tremia, encolhida. Cheguei mais perto, e a peguei no colo. Suspirei. Pra onde iria agora? O que faria? Comecei a subir a pequena ladeira, olhei para cima, a neve ainda estava fraca... Bom, ainda estava fraca o suficiente para não ter coberto as pegadas. Comecei a andar, seguindo as pegadas.

[...]

Narradora Avulsa:

Diego estava andando já fazia 20 minutos. A neve agora estava ficando forte, e Roberta ainda não havia acordado. Ele havia andado por horas até encontrar Roberta, quanto tempo levaria para chegar no chalé, isto é, se ele conseguisse encontrar o chalé. Diego andava, já desanimado, olhava para os lados, para cima e até para baixo. Onde estaria? Se perguntava a cada segundo. Olhou em volta, reconheceu o lugar, sabia onde estava. Seguiu então a pequena trilha que estava um pouco coberta pela neve. Olhou para garota em seus braços, ela estava molhada, encolhida, e tremia. Não adiantava, teriam que esperar até chegarem ao chalé para se aquecerem.

Depois de andar por mais 5 minutos, Diego finalmente achou o chalé. Foi até a porta, e a abriu. A primeira coisa que fez foi subir as escadas. Colocou Roberta em cima da cama, e a chacoalhou, chamando por seu nome, mas ela apenas se encolhia mais, e continuava a tremer. Por que não acordava? Estava frio, e ela congelaria se continuasse naquele estado. Aproximou sua mão próximo ao seu nariz, e percebeu a respiração de Roberta fraca, e falha. Diego colocou fogo na lareira, o quarto frio agora estava quente, cobriu Roberta, mas de nada adiantava. Olhou pela janela, a nevasca já havia começado, e estava muito forte.

Colocou novamente a mão sobre o rosto de Roberta, mas ela quase não respirava, e isso era visível. Suspirou derrotado. Sabia o que fazer, havia feito um curso de sobrevivência. Começou tirando a roupa da garota, e a olhou, já havia memorizado tudo quando a espiou pela porta enquanto ela se trocava. Cada curva, cada traço... Por que tão perfeita? Ele se perguntava. Ele a trocou, colocando uma roupa quente nela. Depois de terminar entrou no banheiro, e tomou um longo banho. Se vestiu, e saiu do banheiro.

Sentou-se na beirada da cama, e passou a mão pela seu rosto, e pelos seus cabelos. Deu um beijo um sua testa, lhe chamando carinhosamente de "pequena". Roberta o puxou, e o abraçou, e ali estavam eles. Diego sabia que Roberta estava um pouco inconsciente, e que provavelmente, de manhã, quando eles acordassem, haveria outra briga, mas não se importou. A puxou, a abraçando contra seu peito. Sentiu sua respiração leve, e calma. Estava aquecida, e bem. Isso era tudo que importava para ele.

E em meio a pensamentos, ele dormiu... Ali, ao lado dela.

Continua...

AVISO IMPORTANTE:

Hey cupcakes.

Bom, eu quero falar que não é apenas os estudos, mas vocês não comentarem me desmotiva a postar, e é também por esta razão que estou demorando para postar.

Eu fiz um esforço muito grande para postar um cap. desse tamanho para vocês, então vai ser simples: O próximo cap, só com 6 comentários.

Desculpem a grosseria, mas é a verdade! Não vai custar nada vocês tirarem, sei lá, 30 segundos da vida de vocês para postar um coração ( ♥ ) nos comentários.

Leitores fantasmas... Please! Apareçam.

Então está avisado. Próximo cap. apenas com 6 COMENTÁRIOS.