Nós duas partimos em silêncio, este que as vezes só era quebrado pelo meu choro. Em um certo ponto, Rebeca me disse :

- Volte para o papai. Vocês se amam !

- Não Rebeca . Eu não vou voltar, você não me entende. Ele brigou comigo por nada. Simples assim . Ele estragou quinze anos de relacionamento por causa de um morto !

- Se são quinze anos mãe, você não devia deixar ele ser estragado assim, afinal, vocês tem uma história .

Após o meu olhar frio e penetrante, ela se calou .

Dias depois, eu já estava indo a festas de jovens com Rebeca, minha dor de cotovelo estava passando . E sim, eu encontrei um rapaz, que como Rebeca mesmo disse " Era um gato ! ", seu nome era Fabrízzio, um mortal moreno, de olhos verdes, um metro e oiternta e cinco, braços fortes, ombros largos e sinônimo de perfeição .

E eu fui para a cama com ele .

Todas as vezes que eu saia com ele, quando eu voltava,  tinha recados de Bill, pela boca da querida Rebeca, que ia sempre na casa dele, fazer o que eu não sei , mas ela me mandava eu voltar pra casa dele, e dizia que  ele me amava, porém meu ego falou mais alto, e eu disse a ela pra dizer a ele esquecer que eu existia . Ele porém, não me ouviu, e seguiu Rebeca, ( isso é o que ela diz, duvido que ela não tenha passado o meu endereço para ele, e que eles tenham armado algo contra mim , mas continuando . . . ) . . . Ele invadiu meu quarto, e me disse assim :

- Eu te amo muito, eu não posso te perder. Volta pra mim, eu estou sofrendo !

Eu demorei para responder, mas por fim, essa foi a minha resposta :

- Eu volto, mas você me perdoa ?

- Por que querida ?

- Por que eu sai com um rapaz nesse tempo .

- Eu não ligo, nosso amor é maior e mais forte que isso . Nossa casa está vazia sem vocês duas Evy,. E nós iremos voltar hoje mesmo .

Quando Rebeca ia pegar nossas malas para guardar nossas roupas ( é . . . eu tive que comprar roupas novas após o atentado que eu produzi contra os meus pertences ) .Bill não quis deixar, e mandou ela jogar fora, ou dar embora, alegando que compraria novas para gente  .

Quando entrei em seu carro, seu perfume me enjoou . Eu sentei ao seu lado no banco do passageiro e fui tendo náuseas durante quase meia hora .  Pois nós havíamos  nos mudado para uma cidade do interior que era à uma hora de onde ele morava .

Então Bill, percebendo meu desespero parou o carro, e assim que eu desci, eu vomitei . Blérgh !

Bill começou a chorar e a resmungar :

- Evy, você descobriu que eu não posso te dar um filho, e arrumou um mortal que poderia lhe fazer isso né ?

- Do que você está falando ? Você mesmo disse que eu não poderia ter filhos pois meu útero estava congelado .

- Eu só disse isso por que eu não queria te perder ! - Ele estava envergonhado, e eu nervosa .

- Idiota, eu vou voltar para onde eu estava, lá era melhor do que ouvir essas besteiras .

- Não faz isso comigo . Evelyne, eu te amo ! Dessa vez iremos nos casar !

- E você pensa que irá me comprar com casamento ?

Rebeca que até aquele momento estava calada, começou a chorar, e saiu do carro, meio tonta e dizendo :

- Mãe, me ajuda ?

Eu cheguei perto dela e como uma mãe faria, me abaixei junto dela, enxuguei suas lágrimas e disse :

- Mãe, durante todo o tempo que eu estou com o Tomás, eu venho transando sem camisinha . . . Será ?

- Filha, nós temos que esperar . Não pense muito nisso não ta ? Eu também não sei se eu estou grávida  .Pode ser só um mal estar passageiro .

- Tá bom mamãe !

Por dentro eu estava delirando . Ser mãe, era um sonho e pela décima quarta vez eu me imaginei como mãe. Mãe de um filho meu e não dous outros . Fiquei feliz com a ideia .

- Queria poder te dar um filho ! - Agora, Bill já estava mais calmo . O que eu diria a ele ? Eu apenas suspirei, e disse um hã desanimado . Foi a única coisa que me ocorreu naquele momento, não tive escolha .

Mais decidido, Bill sorriu e me beijou, dizendo :

- Se você estiver mesmo grávida, eu quero ser o pai dessa criança !

Isso seria errado, mas seria melhor do que ela não ter um pai .