Parado a meio de um grande campo encontrava-se Naraku. Muito ao fundo, erguiam-se belas árvores. Tudo estava calmo e sereno. A figura de Naraku era umas vezes mais nítidas e outras tão transparentes que quase parecia desaparecer. As folhas das árvores caíam, voltavam a nascer, caíam e novamente nasciam. O tempo parecia correr acelerado e quando finalmente as folhas permaneceram quietas, a ondular ao vento nos ramos das árvores, Saya percebeu que muitos anos se tinham passado. E com o passar dos anos, duas raparigas (moças) tinham surgido a seu lado. Uma tinha gravado nos olhos o saber de muitos e longos anos passados a caminhar pelos estranhos caminhos da vida e do Mundo. A outra era jovem, talvez mais ou menos da sua idade, e por entre o olhar rebelde e decidido entrevia-se uma sabedoria que amadurecia lentamente com o passar do tempo. De certo modo, pareciam reflexos seus. Era como se fossem o seu futuro. Mas como o podiam ser? Ela não podia envelhecer para depois rejuvenescer!

A rapariga (moça) mais velha avançou para ela e deram as mãos. Enquanto avançavam para a terceira rapariga, Saya viu que a figura de Naraku se tornava cada vez mas nítida e ao mesmo tempo deformada. A rapariga uniu a mão à mão livre de Saya e instintivamente ela olhou para Naraku. Uma ligeira expressão trocista bailava-lhe no rosto e então, subitamente, desapareceu.