A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 93
Pessoas surtadas


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.
Estou de volta minha gente, desculpa a demora mas eu realmente não fazia ideia de como continuar, começar ou terminar esse capítulo, desculpa realmente a demora.
Bom, espero que gostem e agradeço a todas que comentaram, só não escrevo os nomes porque está um pouco tarde e eu tenho que dormir, e também as que recomendaram, vocês me deram um animo a mais para continuar e escrever esse capítulo.
Espero que gostem e boa leitura.



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P. D. V. Carol

– Não acredito que você está namorando e não me conto. – Esse era o meu pai falando, depois de uma semana que passo o dia primeiro, e alguns dias que eu contei para minha família que estava namorando o Six.

– Pai, nós já conversamos sobre isso. – Falei para ele, nós estávamos todos sentados no jardim aproveitando um dia gostoso.

– Eu sei que sim, mas ainda não engoli que a minha menininha está namorando. – Falou meu pai me olhando. – E ainda por cima com o Sirius, um dos melhores amigos, achava que ele era mais dessente. – Falou a ultima parte baixinho, ele era um pouco ciumento.

– Para com isso Henrique, o Sirius é um bom menino, e como você disse, eles já eram amigos antes de começarem a namorar, ele não quer o mal dela, e nem vai fazer nada contra ela. – Falou minha mãe, ela já sabia dês do natal, e agora me ajudava com os dois homens ciumentos da família.

– Não acredito que minha irmã está se pegando com uma pessoa. – Falou Leandro e fez cara de nojo, acho que não gostou de saber que agora estou trocando salivas com outra pessoa (palavras dele).

– Para de ser chato, quando você começou a namorar a Sophia eu não fiquei fazendo seninha, e eu era mais nova, muito mais nova do que você agora. – Falei, revirando os olhos, e meus pais começaram a rir. – E você está noivo, quer comparar?

– É totalmente diferente, Caroline. – Retrucou meu irmão.

– O que?

– O que o que? – Falo tentando não olhar para mim.

– O que é diferente? – Perguntei.

– Eu não sei, só sei que é diferente. – Falou e eu fiquei o olhando. – Eu era mais velho que você quando comecei a namorar.

– Temos a mesma idade de quando você começou a namorar. – Falei para ele, eu lembro como se fosse ontem quando descobri que ele e a Sophia estavam namorando.

– Não importa, para mim você ainda é nova para namorar. – Falou Leandro e eu bufei, já era a quarta vez que nós estávamos nessa conversa. – Não bufa, para mim você sempre vai ser a minha irmãzinha que ninguém merece. – Falou e eu sorri para ele, e nós abraçamos.

– Está certo, está certo, eu concordo com o Leandro. – Falou meu pai para mim. – Eu só não quero que você se machuque.

– Não se preocupe pai, eu não vou. – Falei para ele e o abracei. – Vou falar para o Sirius que vocês não estão mais bravos com ele.

– Quem disse isso? Nós estamos muito bravos com ele ter te trazido para o lado negro da força tão nova. – Falou Leandro para mim, e nós começamos a rir.

– Para de ser chato. – Falei para ele. – Não quero nem ver quando a sua filha começar a namorar.

– Quando eu tiver filha, ela não vai namorar. – Falou Leandro.

– Quero só ver, já estou até imaginando, ela vai namorar escondido por algum tempo, e você só vai descobrir na formatura dela em Hogwarts, quando o namorado chegar e lhe apresentar formalmente como namorado da sua filinha querida. – Falei e ele fez careta imaginando.

– Agora quem está sendo chata é você, não joga macumba em mim antes mesmo de eu me casar. – Falou me olhando, e todos nós rimos de novo.

Acho que agora está tudo resolvido, posso deixar o Sirius mais tranquilo falando que meu pai e Leandro não vão pular no seu pescoço na próxima vez que o virem, mas que talvez o ameacem um pouco, por eu ser a casula da família, ou talvez não, eu não sei o que eles podem fazer, minha família é muito imprevisível.

25 de janeiro...

Já avia se passado uma semana que voltamos para Hogwarts, e um mês que eu e o Six estávamos namorando, mas eu ainda não contei para ninguém que estamos namorando, por simples motivos: nem eu e muito menos o Six sabíamos como contar, e todas as vezes que estávamos todos juntos eram nas aulas e no café, almoço e jantar, e eu não contaria para eles no meio de Hogwarts inteira, não queria que ninguém além dos meus amigos soubesse.

– Carol, terra chamando Carol. – Escutei o Six falar, nós estávamos “namorando” na frente do lago, sim namorando entre aspas, pois não ficávamos nos beijando nem muito abraçados porque estamos no meio de Hogwarts e tem gente aqui também.

– Desculpe, estava pensando, o que estava dizendo? – Perguntei para ele.

– Não estava dizendo nada, mas no que você estava pensando? – Perguntou para mim.

– Nada de mais. – Falei dando de ombro e sorrindo.

– Vamos entrar, já vai escurecer. – Falou e fomos até a passagem de mãos dadas, já que não tinha tanta gente assim agora no jardim. – Agora você pode me falar o que estava pensando. – Comentou e eu o olhei sem entender. – Carol, eu te conheço, sei que estavam pensando em alguma coisa importante.

– Está certo, eu estava pensando que já faz um mês que estamos namorando e nem contamos aos nossos amigos. – Falei para ele suspirando.

– Não contou porque não quis. – Comentou Sirius.

– Então por que você não contou? – Perguntei.

– Por que você não queria. – Respondeu me olhando.

– Eu só não quero que alguma pessoa escute e espalhe para Hogwarts inteira. – Falei para ele.

– E por que você não quer isso? – Me perguntou.

– Por que eu não quero mais gente se metendo na minha vida, eu já tenho muitas pessoas. E quando eu quiser contar para todo mundo que estamos namorando, então eu mesmo faço isso, não preciso de gente fazendo isso por mim.

– E é por essas e outras que eu não falei nada, eu prefiro esperar você decidir.

– Eu sei, é só que...

– Você não achou o momento certo. – Me cortou, eu era tão previsível assim?

– Está mais para falta de tempo do que para momento certo, mas é isso sim. – Falei sorrindo. – Mas de hoje não passa, hoje é sexta-feira, vou dar um jeito de juntar todo mundo, e ai contamos.

– Combinado. – Falou Six, parando no meio da escada me virando para ele e me abraçando pela cintura. – Mas não se estressa, uma hora a gente conta.

– Não vou. – Falei sorrindo e nos beijando.

Assim que chegamos à sala comunal, vi os Marotos mais o Frank conversando no sofá, e tinha mais algumas pessoas pela sala comunal, acho que agora era o momento certo, só faltava as meninas, que provavelmente estavam no quarto.

– Pega os meninos e vão para o quarto de vocês, vou com as meninas até lá. – Falei para o Six, que concordou com a cabeça. – Oi gente, onde estão as meninas?

– No dormitório. – Respondeu-me Frank.

– Obrigada, até mais. – Falei e subi para o quarto, encontrado cada menina sentada na sua cama, conversando.

– Onde você estava? – Perguntou Lily assim que entrei.

– Por ai. – Respondi dando de ombro e sentei na minha cama.

– Por ai? – Perguntou Lene desconfiada.

– Sim. – Respondi, eu tenho que leva-las para o dormitório dos meninos. – Vamos para o dormitório dos meninos?

– Para que? – Perguntou Dorcas.

– Conversar, eu gosto quando estão todos reunidos. – Respondi dando de ombros.

– Nós estávamos até agora juntos. – Falou Lily, é incrível que quando eu não estou junto, eles ficam conversando durante horas.

– Mas eu não estava junto. – Falei.

– Não estava porque não quis. – Falou Dorcas.

– Vai, por favor. – Falei carinha de cachorro.

– Está bem, vamos conversar um pouco com os meninos. – Falou Alice.

Nós saímos do nosso quarto e fomos em direção ao quarto os meninos, encontrando cada um sentados nas suas camas conversando. Eu fui sentar com o Six, como de costume, a Alice sentou com o Frank, a Dorcas com o Remo, a Lene com o Pedro e a Lily com o Jay. Então todos ficaram em silencio, e as meninas ficaram me olhando.

– Vamos conversar sobre o que? – Perguntou Dorcas.

Eu e o Six trocamos olhares, nenhuns de nós sabiam como contar que estávamos namorando há um mês e não contamos para eles.

– Está bem, eu tenho uma coisa para falar. – Falei quebrando o silencio e todos me olharam. – Na verdade foi mais para isso que eu trouxe vocês aqui.

– Conta logo, Carol, está me assustando. – Falou Alice me olhando.

– Calma, não é nada serio. Ou talvez seja, ai depende de vocês. – Falei sem saber como começar.

– Conta logo Carol. – Falou Remo.

– Está bem, é que... – Comecei a falar e olhando para o Six, e ele concordou com a cabeça falando para continuar. – Eu e o Six estamos namorando. – Falei rápido.

– Eu ouvi isso direito? – Perguntou Jay me olhando e olhando o Six, e nós estávamos corados e sorrindo de lado. – Você e o Poodle estão namorando?

– Desde quando? – Perguntou Lily tão abismada quando os outros, eu só não sei por que, até antes das férias eles eram nossos cupidos.

– Dês do natal. – Respondeu Six.

– Há um mês? – Perguntaram todos.

– Sim. – Respondemos juntos.

– Espera, isso quer dizer... – Começou Jay.

– Que vocês já estavam namorando quando você e a Lily foram para a casa do Jay. – Completou Remo, e eu concordei com a cabeça.

– E você nem me contou Caroline Caldin. – Falou brava Lily.

– Desculpa. – Falei com uma careta.

– E você Sirius? Você está morando na minha casa e não me falou nada. – Falou Jay.

– Eu queria contar, mas eu não sabia como. – Respondeu Six.

– Não é bem verdade, eu que pedi para não contar. – Falei para o Jay.

– Por quê? – Perguntou Jay nos olhando.

– Por que eu não sabia como contar. – Falei sorrindo de lado para ele.

– Além de resolvermos contar quando todos estivessem aqui. – Falou Six.

– Por quê? – Perguntou Lene.

– É mais fácil contar para todo mundo de uma vez do que ficar repetindo para cada um que encontrar. – Respondi.

– Mas é serio isso? Vocês realmente estão namorando? – Perguntou Alice sorrindo.

– Sim. – Respondi sorrindo, só a Alice para me salvar.

– Está bem, tirando o fato de vocês terem demorado um mês para nos contar que estavam namorando, estou feliz por vocês. – Falou Jay sorrindo, e todos concordaram, é por isso que amo os meus amigos.

– Finalmente. – Gritou Lene e todos, sim todos, pularam em cima de mim e do Sirius, como essas pessoas surtam, meu Merlin.

– Mas e ai? Como foi o pedido? – Perguntou Dorcas sorrindo, essa dai gosta de todos os detalhes.

– Foi assim, eu cheguei a casa dela,... – Começou Six, mas antes dele continuar eu o cortei e tampei a sua boca.

– Foi um pedido normal. – Falei.

– Meu normal é diferente que o seu. – Falou Dorcas sorrindo, e era verdade, para mim uma simples palavra já valia, para a Dorcas tinha que fazer uma “sena”.

– O meu normal. – Reforcei sorrindo, e todos acabaram rindo.

Ficamos conversando mais um pouco, e eu finalmente estava me sentindo mais leve por finalmente ter contado, eu odeio ficar escondendo coisas dos meus amigos.

Menos de uma semana depois...

Era uma quinta feira, o dia em que tínhamos menos aulas, então eu, os meninos e as meninas ficamos no final da tarde no jardim, que era onde estávamos agora, mas só eu e o Six, já que o resto do pessoal tinha ido embora, acho que eles queriam nos deixar sozinhos. Mesmo depois de todo esse tempo, eles ainda bancam os cupidos.

Eu e o Six estávamos abraçados encostados na nossa árvore, conversando e olhando o lago, que estava bonito com o sol batendo na sua superfície. Eu estava praticamente deitada em cima do Six, enquanto o mesmo segurava cada uma das minhas mãos me abraçando, e nós conversávamos e riamos, coisa normal.

– Você realmente achou que nós não descobriríamos? – Escutei a voz de Hugo, e quando olhei para o lado vi o Hugo e a Pat me olhando abraçada com o Six com os braços cruzados.

– Por que você não nos contou? – Perguntou Pat para mim.

– Porque eu achei melhor não contar. – Respondi, eu particularmente não sei por que não contei, eu só não contei.

– E você Sirius, achei que fosse mais legal. – Falou Pat olhando para o Six parecendo chateada.

– Ei, quem deveria falar isso para vocês é a Carol, ela é a prima. – Falou Six, nem para me ajudar esse imprestável.

– Chato, nem me ajuda. – Falei para o Six dando uma cotovelada nele fraquinha, o que fez todos rirem.

– Mas e ai? Está tudo certo com vocês? – Perguntou Hugo sentando no meu lado enquanto Pat sentava no lado do Six.

– Está sim. – Respondi sorrindo, enquanto sentava direito e eu e o Six traçávamos as nossas mãos.

– Eu sabia que vocês se gostavam. – Falou Pat sorrindo para mim e Six.

– Como assim? – Perguntei tão confusa quanto o Six.

– Ora, o seu aniversário de 14 anos, eu falei que achava os seus amigos bonitos, principalmente o Sirius, e você ficou com o olhar meio estranho. – Comentou sorrindo, não acredito que ela ainda lembra disso.

– Ah então foi isso que ela falou pra você. – Falou Six me olhando sorrindo divertido, e eu sorri para ele como se tivesse sido pega em alguma coisa ruim.

– Eu não queria contar, seu ego iria aumentar muito. – Comentei o olhando.

– Você não queria contar por que você concordou comigo. – Falou Pat, odeio quando ela faz isso.

– Patricia. – Falei brava, o Six não precisava saber disso, e todos acabaram rindo.

– Adorei saber disso. – Comentou Six e me deu um selinho.

– Eca. Não fica se esfregando com a minha prima na minha frente. – Falaram Hugo e Pat com cara de nojo.

– Se não querem ver, dão o fora, por que está no horário de namorarmos. – Comentei sorrindo, e o Six riu.

– Não implica com os seus primos. – Falou Six, e eu o olhei indignada, falou o cara que brigou com o irmão só porque o mesmo não quis sair de casa com ele.

– Que bom que você acha isso, Sirius, pois... – Falou Hugo levantando e sentando entre mim e o Six. – Eu não vou deixar vocês dois mais perto que isso quando eu estiver junto.

– Está bem, a sua visita de primo protetor acabou, agora pode vasar. – Falou Six derrubando o Hugo de costas e pulando para o meu lado me abraçando pela cintura.

– Gostei disso. – Falou Pat rindo vendo a cara do Hugo levantando, ela adorava implicar com ele. – Vou te visitar mais vezes Sirius, assim posso ver o Hugo no chão mais vezes. – Comentou Pat e todos nós, menos o Hugo, rimos, principalmente da cara dele.

– Vocês são tão engraçados, estou morrendo de rir. – Falou Hugo mal-humorado, o que fez a Pat cair no chão de tanto rir e todos rimos mais, até o Hugo.

– O papo está bom, mas acho melhor nós irmos andando. – Falou Hugo levantando do chão.

– Agora que estava ficando bom? Estava adorando rir de você. – Falou Pat olhando para o Hugo sorrindo divertida.

– Você é tão engraçada. – Falou Hugo e bagunçou o cabelo da Pat, ela odeia quando bagunçam seu cabelo.

– Hugo seu chato. – Falou Pat quando ele bagunçou.

– Tchau Carol, tchau Sirius, até outro dia. – Falou Hugo e saiu correndo.

– Volta aqui. – Gritou Pat levantando. – Tchau gente. – Falou nos olhando e saiu correndo atrás do Hugo gritando que iria se vingar.

– Eles nunca mudam. – Falei rindo e o Six me acompanhou.

– Pelos menos não te chamam de chata. – Falou Six sorrindo e eu ri.

Quando paramos de rir, ele me beijou, e mais uma vez me perdi em pensamentos.

P. D. V. Patricia

– Eu vou te matar Hugo, volta aqui. – Gritei ainda correndo atrás do Hugo, e ele ria.

– Você nunca vai me pegar Pat. – Gritou de volta.

– Não se esqueça de que somos da mesma casa, Huguito, e eu sei o seu quarto. – Falei.

– Ferou. – Escutei Hugo falar e eu ri com isso quando eu queria, eu era bem maligna.

Assim que acabamos de passar pela ponte, viramos para entrar na escola, mas assim que virei o corredor da porta, bati em alguém e quase cai, mas a pessoa me segurou pela cintura. Quando olhei vi dois olhos azuis como o céu me olhando, com um cabelo preto bonito caindo pelo canto do rosto.

– Você está bem? – Escutei ele perguntar, então parei de olhar aqueles olhos chamativos.

– Estou sim. – Respondi e voltei a ficar em pé sem a ajuda de alguém. – Obrigada por me ajudar.

– Não foi nada. – Respondeu sorrindo, e ele tinha os dentes brancos, me lembrava muito uma pessoa, que eu não lembro.

– E desculpa ter esbarrado em você. – Completei.

– Não se preocupe. – Falou, ele era simpático.

Fiquei olhando para ele, agora que estava lembrando, já o tinha visto algumas vezes andando por ai e na biblioteca, e ele é da sonserina, mas nunca me pareceu um chato arrogante como os que eu conheci da sonserina, ele parecia legal, calmo, e eu sempre o via com um livro.

– Alias, prazer, eu sou Patricia Davies. – Falei sorrindo, já que já tinha se passado um tempo com nós dois em silencio.

– O prazer é meu, sou Régulo Black. – Falou e apertamos as mãos.

– Você é irmão do Sirius? – Perguntei, agora que finalmente consegui ver que ele era muito parecido com o Sirius.

– Você conhece o meu irmão? – Perguntou achando estranho.

– Conheço sim, ele... – Comecei a falar, mas uma voz me cortou.

– Pat. – Me chamou Hugo, ele estava me procurando.

– Acho que você precisa ir. – Me falou Régulo, agora que iriamos começar a conversar, o Hugo só me atrapalha viu.

– Acho que sim. – Falei para ele. – A gente...

– Se vê por ai. – Completou Régulo.

– Então tá, até outro dia. – Falei e fomos nos distanciando, ele em direção ao jardim e eu andando pelo corredor.

– Pat, onde você estava? Quem era aquele menino com quem você estava conversando? – Perguntou Hugo assim que cheguei ao meio do corredor.

– Ele era irmão do Sirius, Régulo, esbarrei nele no corredor. – Respondi.

– Irmão do Sirius? Será que ele estava indo ver a Carol e o Sirius? – Perguntou Hugo.

– Não sei, acho que não, parecia que só estava passeando. – Respondi dando de ombro. – Mas será que ele sabe que a Carol e o Sirius estão namorando?

– Acho que não, nem a gente sabia. – Respondeu Hugo.

– Bom, também não importa, não é assunto nosso. Mas o assunto nosso é que eu vou te matar. – Falei e ele saiu correndo, nós estávamos rindo, era só para brincar.

P. D. V. Carol

Mais uma vez eu e o Six estávamos sozinhos, no silencio da tarde no jardim, e já que não tinha ninguém a não ser a gente, não estávamos muito preocupados em aparecer alguém e nos ver juntos. Se vocês não entenderam, nós estávamos na maior pegação, também não é para tanto, só estávamos nos beijando.

– Eu nunca imaginei que um dia eu veria uma sena como essa. – Falou uma voz atrás de mim e do Six, e quando vimos era o Régulo.

– Por quê? – Perguntei sorrindo enquanto ele sentava no meu lado, já o Six nem olhava direito para ele.

– Não é muito legal ver o seu irmão aos beijos com alguém. – Me respondeu.

– Eu sei como é, desculpa ter te traumatizado. – Falei para ele, e nós dois rimos, e o Six só deu um sorriso de lado olhando o lago, se ele não falar com o irmão eu vou bater nele.

Ficamos em silencio, eu estava pensando o que fazer para o Six falar com o Régulo, eu sei que eles ainda gostam um do outro, mas ambos são cabeças durar para falar isso e pedir desculpa por uma discórdia. Eu até entendo eles, não culpo nenhum dos dois por terem brigado antes das aulas começarem, mas isso não pode continuar assim para sempre.

Então eu cutuquei o Six, o fazendo olhar para mim.

– Fala com o seu irmão. – Falei bem baixo, provavelmente não saiu nenhum som.

– Não vou falar com ele. – Me respondeu Six tão baixo que tive que fazer leitura labial.

– Ele é seu irmão. – Falei baixo ainda.

– Ele não pensou nisso quando brigamos. – Retrucou Six.

– Nem você pelo que me lembre. – Falei e ele virou o rosto, o menino cabeça dura, é mais que eu. – Fala com ele Sirius, por mais que vocês estejam brigados agora, isso não pode continuar a vida inteira. – Falei no sei ouvido, mas ele não me olhou, não sei se isso é bom ou ruim.

Ficamos mais um tempo sem dizermos nada um para o outro, e eu ficava olhando de Sirius para Régulo e visse versa, mas uma coisa me chamou atenção, na verdade duas, o Six estava muito pensativo, o que poderia ser bom, e o Régulo estava tão pensativo quando o Six, mas estava com um sorriso meio estranho, o mesmo sorriso que o Six dá quando vê alguma coisa que gosta.

– Régulo... – Resolvi chama-lo, fiquei interessada no que ele poderia estar pensando. – Régulo... – Chamei de novo e ele me olhou.

– Oi, o que estava dizendo? – Perguntou para mim, o que me fez sorrir.

– Nada, é que você ficou quieto e com um sorriso que fiquei curiosa para saber no que estava pensando. – Respondi.

– Eu estava normal. – Falou Régulo.

– Não estava, você estava com um sorriso de quem viu alguma coisa e gostou. – Falou Six sorrindo maroto, para isso o menino serve. – Estava pensando em quem?

– Em ninguém. – Respondeu dando de ombro, e eu e o Six o olhamos sem acreditar, e ele bufou. – Está bem, é que eu esbarrei com uma menina hoje, e ela me chamou a atenção.

– E quem é essa menina? – Perguntei, eu sou muito curiosa, podem me processar.

– Ela se chama Patricia Davies, e é muito simpática, não conheci ninguém igual a ela tirando você Carol. – Falou sorrindo, ele REALMENTE disse Patricia Davies?

– Você disse Patricia Davies? – Perguntei e ele concordou com a cabeça, e eu e o Six começamos a rir, esse mundo é tão pequeno, e o Régulo ficou nos olhando sem entender nada. – A Patricia é minha prima. – Esclareci, e ele ficou surpreso.

– Bem que senti uma semelhança. – Falou e nos começamos a rir.

– Então você está gostando da Pat? – Perguntou Six, para esses assuntos ele serve, caramba.

– Não estou gostando dela, só falei que ela me chamou a atenção. – Retrucou Régulo.

– Qual é! Eu conheço esse olhar e esse sorriso. – Falou Six sorrindo maroto, e o Régulo revirou os olhos, então ele deu um sorriso maligno e falou:

– Igual o seu sorriso quando ficava falando da Carol nas férias? – Eu devo ter ficado da cor do cabelo da Lily, e o Six não deve ter ficado muito diferente, pois o Régulo começou a gargalhar.

– Como você é chato Régulo. – Falou Six sorrindo de lado pela risada do Régulo, assim como eu.

– Igual a você. – Retrucou sorrindo para o Six.

– Matando dois coelhos com um tiro, sacanagem me colocar no meio. – Falei e todos acabamos rindo.

– O papo está bom, mas acho melhor eu já ir, acho que vocês estavam no momento intimidade que eu não quero ver de novo. – Falou Régulo e se levantou. – Até outro dia.

– Até. – Falei sorrindo, e o Six só sorriu de lado para ele, que sorriu de volta e saiu andando.

– Vai pedir desculpas pela briga. – Falei para o Six vendo o Régulo se afastar.

– Por que eu tenho que pedir desculpas? – Perguntou me olhando.

– Vai. – Simplesmente disse, pois o meu olhar já explicou o que eu achava.

– Está bem. – Falou levantando e saiu correndo atrás do Régulo. – Régulo.

– Sirius? O que foi? – Perguntou Régulo virando para o Six, acho que nem ele esperava por isso.

– Eu só... Eu só queria te pedir desculpas. – Falou Six meio enrolado, ele não gostava de ser “rebaixado” tanto a ter que pedir desculpas por uma coisa que ele acha que está certo.

– Desculpas? – Perguntou Régulo.

– Sim, pela briga que tivemos quando sai de casa, foi meio sem necessidade. – Falou Six, e eu reparei que ele estava falando a verdade, ele realmente queria voltar a falar com o Régulo, eu sei disso, conheço o Sirius.

– Foi mesmo. – Falou Régulo e ficaram em silencio. – E desculpa não fazer nada para te ajudar.

– Não tem problema. – Falou Six e os dois sorriram um para o outro.

– Acho melhor eu ir indo. – Falou Régulo e eles apertaram as mãos, já era um começo para irmãos que nem se falavam a menos de 10 minutos. – Me promete uma coisa? Cuida da Carol.

– Acho mais fácil ela cuidar de mim. – Falou Six, e eu ri baixinho, ele que cuidava de mim. – Mas eu cuido sim. E você se cuida.

– Pode deixar, e você também. – Falou Régulo e saiu andando.

O Six ficou observando o irmão se afastar aos poucos, e depois de um tempo ele voltou a se sentar no meu lado, e parecia um pouco mais relaxado, acho que ele tirou um peso das costas. Então eu me virei para ele e dei um grande selinho nele.

– Te adoro. – Falei depois do selinho.

– Por que exatamente isso? – Perguntou me olhando sem entender.

– Nada. – Falei dando de ombros, mas sorrindo, e ele me olhou como se não acreditasse. – Eu só fiquei feliz por você ter me escutado e ter ido falar com o Régulo.

– Obrigada por ter insistido, eu precisava falar aquilo. – Falou Six me olhando.

– Eu sei, por isso insisti. – Falei sorrindo para ele.

– Acho que eu não poderia ter escolhido pessoa melhor para ser amigo e gostar. – Falou me dando um grande beijo na bochecha.

– Eu digo o mesmo. – Falei e o Six continuou a me dar beijos, até chegar ao pescoço, o que me causou arrepio. – Sai, eu sinto cocegas. – Falei afastando dele.

– Cocegas, sei. – Falou sorrindo maroto e me beijou.

Algumas horas depois...

Já avia se passado 3 horas desde que saímos do jardim, já tínhamos jantado e estava eu e os meninos sentados na frente da lareira conversando. Okey, Okey, os meninos estavam falando para eu e o Six nos separarmos, pois tinha gente na Sala Comunal, todas as vezes que eu e o Six ficávamos mais perto um do outro, como segurando a mão; o que eu não posso reclamar, eu não quero pessoas espalhando que eu e o Six possivelmente estamos namorando, mas depois de um tempo vai irritando.

– Pela milésima vez, James, eu já entendi. – Falou Six um pouco mais bravo que o normal.

– Eu só estou querendo ajudar, Poodle. – Falou Jay, mas um terço daquilo era só para nos encher o saco.

– E agradeço muito por essa ajuda, mas já deu. – Falei e levantei.

– Aonde você vai? – Perguntou Remo.

– Vou sentar no sofá, minha bunda está dormente. – Falei fazendo os meninos rirem, o que não era muito mentira.

Passaram-se uns 15 minutos mais ou menos, com os meninos rindo e brincando um com o outro, e eu rindo deles, até uma corja entrar pela janela e pousar no meu colo. Ela era toda marrom com os olhos pretos e tinha uma carta no bico. Peguei a carta e ela saiu voando, a carta estava endereçada a mim, em uma caligrafia muito bonita por sinal. Abri-a e comecei a ler:

Caldin,

Não sei como conseguiu enfeitiçar o Sirius para ele ficar com você, mas eu sei que não deve ter sido muito difícil, vendo como ele é bobo e muitas outras coisas piores que acho melhor não escrever.

Na verdade eu só vim aqui escrever para você que esse seu plano com meu filho não vai durar muito, eu vou fazê-lo acabar rapidinho, se prepare porque eu vou te desmascarar.

E como eu sei que você vai correndo contar para o Sirius o que eu escrevi, tenho um recado para ele também, estou totalmente desgostosa, decepcionada e muito mais coisas que eu não consigo descrever em um pergaminho, mas eu sei que terá consequências.

Espero que vocês tenham um lindo romance passageiro que faça a amizade de vocês acabarem e que o Sirius volte para casa, de onde ele nunca deveria ter saído.

Walburga Black

Eu fiquei olhando aquilo extasiada, não sabia o que fazer, não acreditava que Walburga Black me escreveu uma carta só para isso, eu não acreditava que ela me odiava tanto ao ponto de não querer a felicidade do filho.

– Carol, você está bem? – Escutei o Remo falar me trazendo de volta a realidade.

– Estou sim, só estava pensando. – Respondi mexendo na carta para guarda-la.

– Que carta é essa? – Perguntou Jay.

– Não é nada. – Falei colocando a carta no envelope.

– Essa letra é da minha mãe. – Falou Six e logo ele tirou-a da minha mão sem me deixar fazer nada.

Ele e os meninos leram a carta e a cada frase que o Six lia a cara dele ficava mais fechada e ele mais bravo. E no final de tudo, quando todos acabaram de ler, ele amassou a carta e jogou na lareira.

– Odeio a minha mãe. – Falou vendo a carta queimar e eu e os meninos ficamos olhando; é por isso que eu não queria que ele visse. – Você não iria me mostrar, não é? – Perguntou para mim.

– Não, não queria que você ficasse assim. – Respondi o olhando, e ele deu um suspiro sentando no meu lado e me abraçando.

– Ela não vai conseguir separar a gente. – Completou no meu ouvido e eu sorri.

– Espero que não. – Falei ainda no abraço.

– O que ela quis dizer com que ela vai desmascarar você, Carol? – Perguntou Pedro.

– Eu não sei. – Respondi.

– Você usou uma poção do amor no Sirius? – Perguntou Jay brincando.

– Claro, coloco um pingo de poção todo dia no seu suco. – Respondi irônica e todos riram.

– Ficava esperto com o que tomava Sirius. – Comentou Jay rindo.

– Eu já estou nisso, se eu fosse vocês eu tomava mais cuidado. – Falou Six sorrindo maroto.

– Imagina todos vocês comigo para sempre. – Falei fingindo imaginar.

– Ei. – Falou Six me olhando indignado, e todos começamos a rir.

– Nós sempre vamos estar com você Carol, não igual ao Sirius, mais vamos estar no seu lado. – Falou Remo.

– Assim espero. – Falei sorrindo.

– Quem será que contou para a sua mãe que vocês estavam namorando? – Perguntou o Pedro, ele não precisava fazer essa pergunta.

Eu e o Six trocamos olhares, só tinha uma pessoa que poderia ter contado, Régulo, mas eu sei que ele não faria isso, não de proposito. Eu acho que ele mandou uma carta para o pai contando como foi o dia, como de costume, e deixou escapar para pela carta que nós estávamos namorando, o senhor Black sempre apoiou nossa amizade, e imagino que a senhora Black tenha lido e surtou mandando a carta.

– Não acredito nisso. – Falou Six, acho que ele pensou na mesma pessoa, mas imaginou outra coisa.

– Pode não se o que você está pensando. – Falei para ele antes dele surtar.

– Quem mais poderia ser Carol? – Perguntou bravo.

– Não estou falando que não foi ele, pode até ter sido, mas eu sei que ele simplesmente não mandaria uma carta falando que estávamos namorando, e você sabe disso também. – Falei o olhando e ele suspirou, eu tinha ração nessa parte.

– De quem vocês estão falando? – Perguntou Jay.

– Do meu irmãozinho, de quem mais seria? – Perguntou Six virando o rosto.

– Nós o encontramos no jardim e contamos que estamos namorando. – Falei para eles.

– Agora entendi. – Falou Remo. – Vocês acham que o Régulo pode ter mandado a carta para sai mãe?

– Não. – Falei.

– Sim. – Falou Six ao mesmo tempo em que eu.

– Pelo menos não diretamente. – Falei vendo de vai ter uma pequena discussão.

– Eu não acreditaria tanto nisso. – Falou Sirius.

– Sirius, por que ração ele falaria para sua mãe que estamos namorando? Ele é seu irmão e sabe que nada que ela falar vai mudar isso. – Falei olhando, e ele suspirou. – Você sabe que ele não faria isso.

– É eu sei. – Falou Six com uma careta, eu sorri e os meninos riram, e eu dei um beijo na sua bochecha. – Só na bochecha? – Perguntou me olhando, eu ri e dei um selinho nele.

– Eca! Melação na minha frente não. – Falaram todos os meninos no selinho.

Eu comecei a rir, o Six me acompanhou e me abraçou beijando meu cabelo, e os meninos começaram a rir também. Depois disso ficamos conversando mais um tempo sobre coisas banais, e logo subimos por já ser um pouco tarde. Assim que cheguei, tomei um banho relaxante e deitei para dormir, assim como as outras meninas.

Acabei sonhando com a senhora Black falando que eu estava usando o Six, que eu era malvada e iria acabar com a vida de todos. Para a minha surpresa eu sorri maligna e concordei, falando que eu estava usando todo mundo para um plano futuro, que entraria muitas pessoas e assuntos que provavelmente eles não gostariam, e vendo a cara de espanto de todos comecei uma risada maligna que me fez acordar de susto.

Sentei na cama e peguei a pedra que tinha atirado no espelho Rorret do prof. Acilio, ela me acalma quando tenho sonhos assim, ela me mostra a realidade. Assim que me acalmei e esqueci-me do sonho, voltei a deitar na cama e dormi segurando a pedra. Odeio quando algo acontece e não consigo dormir.

P. D. V. Sirius

Não acredito que minha mãe fez isso, ela não tinha o direito de mandar uma carta daquelas para a Carol, nem ficar falando com quem eu devo namorar eu não, a vida é minha, mesmo que eu ainda morasse naquela casa e nossas vidas de filho e mãe não fossem tão briguentas. Eu fiquei um bom tempo pensando nisso, tanto tempo que os meninos já dormiram e eu estou aqui deitado na cama olhando o teto.

Sabe o que eu vou fazer, vou escrever uma carta para ela, estou nem ai se ela vai gostar ou não, mas eu não vou conseguir dormir sabendo que de algum jeito descobriu do meu namoro com a Carol e vai infernizar a vida da Carol se eu não fizer nada, ou pelo menos tentar fazer alguma coisa.

Peguei um pergaminho e escrevi tudo o que pensava, falei que ela não mandava na minha vida e que se eu descobrisse de mais alguma carta dela ameaçando a Carol eu iria tornar a vida dela um inferno, e que a Carol não tinha me mostrado a carta, mas eu vi e li, e que eu não vou voltar para aquela casa nunca, e ainda falei que eu vou descobrir como ela descobriu do meu namoro.

Peguei a coruja do James emprestada, não sei se ele vai gostar, mas amanhã explico para ele se ela não tiver voltado, e mandei a carta para a minha mãe, espero que ela leia a carta com atenção e que realmente considere o que escrevi nela, porque é realmente verdade. Eu vou destruir quem contou para a minha mãe que eu e a Carol estamos namorando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acham que aconteceu para a senhora Black descobrir sobre o namoro? O que vai acontecer? O Six vai descobrir quem foi? Será que foi o Régulo? Quero saber o que vocês acham realmente.
O que acharam a Pat com o Régulo? Acham que vai rolar alguma coisa? Deve ou não acontecer alguma coisa entre eles? Falem sobre isso também.
Espero vocês nos comentários, ou até o próximo capítulo para quem não comenta.
Beijos, beijos e beijocas.
*Malfeito feito.
*Nox.



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