A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 89
Rabies outbreak


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.
Oi minhas queridas leitoras, como vão? Como prometido eu consegui postar mais um capítulo antes que minhas provas começassem, que é amanhã, então me desejem sorte, por favor.
Queria agradecer as minhas queridas leitoras Alicia Halliwell Cullen Black, Mrs Horan, Analua, fernandagabrielly00080, Isadora Palhano, Leitora fantasma, Bya Molinari e La Black pelos maravilhosos comentários, vocês me ajudaram bastante em escrever esse capítulo.
Espero que vocês gostem do capítulo e não fiquem triste pelo que vai acontecer, mas nesses últimos dias eu estou meio carente e depressiva, então ficou um pouco monótono o capítulo, mas eu espero que goste e podem ficar esperando que o próximo capítulo vai acontecer muitas coisas.
Comentem, eu preciso dos seus comentários para me alegrar, eles me fazem feliz, então comentem de novo, please.
Espero que gostem e boa leitura.



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P. D. V. Carol

Hoje era dia 30 de outubro, e eu precisava dar uma escapada de Hogwarts para ir até Hogsmeade para comprar um presente para o Hugo, eu tinha esquecido completamente disso na semana passada, quando fomos para Hogsmeade, e amanhã é aniversário do Hugo e Halloween, precisava ir agora mesmo para Hogsmeade, e sem ninguém perceber.

Então quando acabou a ultima aula, sendo que hoje era uma quarta-feira e quinta e sexta-feira não teriam aula por causa do Halloween, e ninguém iria perceber a minha falta pelo simples fato de estarem fazendo outras coisas, eu resolvi ir correndo para o dormitório dos meninos para pegar a capa do Jay, sendo que o mapa estava comigo, e corri para a passagem da mulher de um olho só, tinha que voltar antes do jantar, e não, eu não falei nada para os meninos.

Segui pela passagem até o porão da Dedosdemel, e antes de sai me cobri com a capa, assim que sai do porão segui para a porta de saída e me escondi atrás de uma estante de doces para tirar a capa, ficaria estranho a porta abrir e fechar sozinha, sendo que não tinha ninguém lá dentro, e o balconista estava olhando um jornal.

Peguei alguns doces e segui para o caixa, onde o moço ainda estava olhando o jornal.

– Com licença. – Falei e o moço deu um pulo.

– Que susto menina, de onde você veio? – Perguntou.

– Pela porta, por onde mais? – Respondi sorrindo, com uma voz de menina quieta e alegremente.

– Eu não te ouvi entrar. – Falou me olhando questionador.

– O senhor estava lendo o jornal, não queria atrapalha-lo, estava tão concentrado que fiz o menor barulho possível. – Falei sorrindo para ele.

– Está bem, mas da próxima vez faça algum barulho, por favor. – Falou sorrindo e pegou os meus doces, logo falando o total que tinha que pagar. – Você é de Hogwarts não é? Já te vi aqui algumas vezes. Mas o que faz aqui há essa hora?

– Amanhã é aniversário do meu primo, e eu preciso comprar alguma coisa para ele. – Respondi.

– Entendi. Boa sorte com a sua procura então. – Falou sorrindo e me deu os doces depois que paguei.

– Obrigada. – Agradeci e sai da loja, essa foi por pouco.

Andei pelas ruas de Hogsmeade, mas não achei nada, então fui até a livraria, e acabei encontrando o Isaac lá.

– Carol, o que faz aqui? – Perguntou sorrindo vindo me abraçar.

– Tenho que comprar um presente para o Hugo. – Falei sorrindo, ele conheceu o Hugo, mas o mesmo era bem criança.

– Sim, e como ele está? Já entrou em Hogwarts? – Perguntou.

– Sim, está no segundo ano dele lá. – Respondi sorrindo. – Me ajuda a achar um livro para ele?

– Claro, ele tem o mesmo gosto de sempre? – Perguntou olhando em volta.

– Sim, o mesmo gosto estranho da prima. – Respondi rindo e ele me acompanhou.

Quando o Isaac foi embora, o Hugo estava com cinco anos provavelmente, e ele não sabia ler direito, só lia aqueles livros de história infantil, mas sempre que me via lendo um livro, me pedia para ler em voz alta para ele, e sempre que eu parava de ler, ele falava que estava gostando e me pedia para continuar, e já com seus quase sete anos, quando eu estava preste a entrar em Hogwarts, ele já tinha lido pelo menos 10 livros meus, acho que é por isso que ele está na Corvinal, sempre se interessou em aprender e ler coisas novas, e até hoje ele pega emprestado os meus livros.

– Já sei. – Falou Isaac me tirando das minhas lembranças. – Esse é um ótimo livro para um menino de 13 anos.

– Como funciona a mente das mulheres. – Li em voz alta, e comecei a rir, só o Isaac para pensar nisso. – Eu não vou dar isso para o meu primo.

– Que foi? Um menino de 13 anos já tem sua paixãozinha de criança. – Respondeu Isaac sorrindo.

– Nem pensar. – Falei devolvendo o livro para ele.

– Está certo, acho que esse dá. – Falou me dando outro livro.

– Vermont Hammert, um louco fora de orbita. – Li o titulo do livro.

– É um livro maravilhoso, a história passa em 2050, mas é um futuro totalmente louco, e o herói é tão pirado que você não sabe se o que ele faz é imaginação ou realidade, você passa o livro inteiro tentando entender o personagem, e mesmo depois que acaba você fica horas olhando para um lugar fixo lembrando-se da história para ver se era imaginação ou verdade. E posso dizer que até hoje não entendo muito. – Falou Isaac.

– É perfeito, o Hugo vai adorar, é a cara dele. – Falei sorrindo.

– Logo imaginei. – Concordou Isaac comigo sorrindo.

– Quando é? – Perguntei.

– Nada, é meu presente para o Hugo, espero que ele goste, e que se lembre de mim. – Falou me olhando.

– Não posso fazer isso, você já pagou a cerveja que bebemos semana passada, o livro já é pedir de mais. – Falei colocando o dinheiro na sua mão.

– Carol, eu quero pagar, para de ser chata e aceita, e você não aceitar eu vou ficar muito chateado. – Falou fazendo bico.

– Está bem, mas é a ultima vez que você paga alguma coisa para mim, escutou senhor Isaac? – Falei seria, mas sorri no final.

– Está bem. – Falou e me abraçou.

– Obrigada pela ajuda, mas eu tenho que ir, eu tenho que voltar antes do jantar. – Falei dando um beijo na bochecha dele.

– Afinal, como você saiu de Hogwarts? – Perguntou quando eu já estava na porta.

– Um dia eu te mostro. – Respondi sorrindo marota e saindo da livraria, o vendo balançar a cabeça negativamente, com certeza pensando como eu não tinha mudado nada no meu jeito de esconder as coisas.

Segui para a loja Penas & Pergaminhos, queria comprar um caderno para o Hugo, ele gostava se escrever as vezes. Então assim que entrei logo fui para a seção de cadernos, e achei um perfeito, era azul e dourado, com desenhos em relevo, mas eram apenas as linhas douradas se cruzando em cima do fundo azul marinho. Também peguei uma pena branca e tintas coloridas para o Hugo, ele era bem caprichado, e adorava usar essas tintas para escrever, ele sempre classificava as tintas por assunto.

Depois que paguei o que comprei fui até a loja de embrulho, eles sempre tinham embrulhos lindos para presente. Assim que entrei, segui para embrulhos para presentes e achei um verde grama, com listrar em bronze, que eu gostei muito para o Hugo. Fui até a moça que empacotava e dei o embrulho com os presentes para ela empacotar para mim.

– Oque você está fazendo aqui há essa hora? – Perguntou para mim, enquanto empacotava.

– Comprar de ultima hora. – Respondi dando de ombro.

– Você deveria ter vindo antes, de noite fica muito perigoso. – Falou para mim.

– Como assim? – Perguntei.

– Você não sabe? – Perguntou me olhando, e eu discordei com a cabeça. – Ultimamente tem vindo Comensais da morte olhar por aqui.

– Comensais da morte? – Perguntei a ela, o que será que eles queriam fazer aqui? – Desde quando?

– Eles começaram a vir depois que voltou às aulas em Hogwarts. – Respondeu-me.

– Isso é frequentemente? – Perguntei olhando-a acabar de embrulhar o presente do Hugo.

– Eles não têm dias certos, às vezes demorar dois dias para voltar, outros uma semana, mas eles sempre vêm entre as 6h e às 7h da noite, e ficam andando por aqui, no começo eles ficavam olhando as lojas, vendo o que tinha dentro, mas agora que fechamos as lojas esse horário, eles só ficam de andando de um lado para o outro. – Respondeu e me olhou assim que acabou.

– E já teve algum incidente com alguma loja? – Perguntei.

– Só com uma, eles tentaram entrar na loja de café Refeição na Hora, por vender coisas de trouxas, mas não conseguiram, os donos são de uma família muito antiga e sabem feitiços antigos bem eficazes. – Respondeu-me.

– Que bom. – Falei e ela concordou com um aceno de cabeça.

– Acho melhor você ir, daqui a pouco é 6 horas e vou fechar a loja, a não ser que você queira ficar trancada aqui até às 7 horas, sugiro que vá correndo para casa, e não pare em lugar algum. – Falou para mim, e eu concordei com a cabeça.

– Vou indo então, obrigada. Quando ficou? – Perguntei para paga-la.

– Ficou 8 galeões e 10 nuques. – Respondeu-me, e logo a paguei, saindo o mais rápido possível da loja, era quase 6 horas.

Quando eu estava perto da Dedosdemel, coloquei a capa, para ninguém me ver entrando na loja, e como estava começando a ventar, abri a porta com um pouco de força e entrei de uma vez, fazendo o vendedor ficar surpreso, e olhar o relógio, logo saiu de onde estava e começou a fechar a loja, assim como eu vi muitos fazendo enquanto eu andava por Hogsmeade, o que me proporcionou uma ida até o porão sem me preocupar.

Entrei pelo porão na passagem e andei a passagem inteira o mais rápido possível, tinha que chegar o quanto antes, de preferencia antes de começarem a reparar que eu estou há bastante tempo sem ser vista. Quando finalmente cheguei ao final da passagem, peguei a minha bolsa, que tinha deixado no começo, coloquei o presente do Hugo dentro, e sai da passagem o mais depressa e cautelosa possível.

Assim que sai segui para a Sala Comunal, e eu não via ninguém pelos corredores e pelas escadas, o que achei estranho, por amanhã não ter aula. Assim que cheguei à Sala Comunal vi no relógio que era um pouco mais de 6h30mim, o que não é um horário muito ruim. Segui para o meu quarto e deixei as minhas coisas lá, procurando os meninos no mapa e os achando no seu quarto, então resolvi rir para lá.

Assim que cheguei encontrei os meninos sentados nas suas respectivas camas, mas não sei ao certo o que eles estavam fazendo, só segui para a cama o Six e me joguei nela dando um suspiro, quase que não tinha conseguido voltar, foi por pouco que entrei na Dedosdemel.

– Nossa, onde você estava para chegar assim desse jeito? – Perguntou Six me olhando, já que eu estava na sua cama e ele estava no meu lado.

– Estava em Hogsmeade. – Respirando fundo, eu ainda tentava acalmar a minha respiração pela correria que tive que fazer, e pelo que eu tinha descoberto hoje.

– Você foi à Hogsmeade e não nos chamou? – Perguntou Jay ouvindo a nossa conversa.

– Eu tinha que ser rápida. – Respondi sem olha-lo.

– Foi ver o Isaac? – Perguntou Six.

– Não era a minha intenção, mas acabei vendo-o sim. – Respondi conseguindo acalmar a minha respiração e sentando ao lado do Six.

– Isaac? – Perguntou Remo tirando os olhos do livro. – Aquele seu amigo de infância?

– O próprio, ele está trabalhando em Hogsmeade. – Respondeu Six por mim.

– Mas ele não é trouxa? – Perguntou Pedro comendo um chocolate.

– Não, ele é bruxo. – Respondi e deu um suspiro, ainda estava tentando entender aquilo sobre os Comensais.

– Que foi Carol? O que a está preocupando? – Perguntou Six passando o braço pelo meu ombro.

– É que eu ouvi uma coisa em Hogsmeade. – Falei e os meninos me olharam atentamente. – Parece que tem Comensais da morte rondando Hogsmeade, pelo menos foi isso que uma das vendedoras de lá me falou, e todos estão assustados.

– Como não ouvimos falar disso? – Perguntou Jay.

– Para não nos assustarem, iria ser muito divertido os passeios a Hogsmeade com medo de Comensais aparecerem e nos atacarem. – Falei o olhando.

– É verdade. – Concordou comigo Jay. – Será que Dumbledore sabe?

– Deve saber, ele não deixa passar um detalhe. – Falou Remo.

– Mas também não importa se Dumbledore sabe ou não, o que importa é o porquê dos Comensais estarem rondando Hogsmeade. – Falou Six.

– Será que eles querem invadir Hogwarts? – Perguntou Pedro preocupado.

– Talvez, e com certeza eles estão rondando Hogsmeade à procura de uma passagem para dentro de Hogwarts. – Falei olhando para os meninos.

– E os únicos que sabem algumas passagens somos nós, temos que tomar bastante cuidado a partir de hoje todas as vezes que fomos para Hogsmeade, e também nas luas cheias com a casa do grito. – Falou Jay.

– Mas todos acham que a casa é mal assombrada. – Falou Pedro não entendendo o porquê de termos que tomas cuidado nas luas cheias.

– Comensais da morte não acreditam nisso, se eles virem alguma coisa diferente na casa, vão procurar, e é bem possível deles acharem a passagem, e se isso acontecer, Hogwarts já era. – Respondeu Six para o Pedro e todos nós concordamos.

– Temos que tomar muito cuidado mesmo. – Falou Remo e se voltou para mim. – Afinal o que você estava fazendo em Hogsmeade?

– Eu fui comprar o presente para o Hugo, amanhã é aniversário dele, e eu só lembrei hoje. – Falei sorrindo torto.

– Entendi. – Falou sorrindo.

Logo depois ficamos falando de coisas banais até o jantar, e depois do jantar ficamos na sala comunal do mesmo jeito, contando piadas e conversando sobre qualquer assunto sem importância.

No outro dia...

Agora era mais de uma hora da tarde, e eu tinha mandado uma carta para o Hugo me encontrar no jardim á uma e meia para dar seu presente, e também aproveitávamos para ficar conversando um pouco. Nesse exato momento eu estava acabando de passar a maquiagem, e eu não coloquei muita por ser um lindo dia de sol (http://www.polyvore.com/dia_de_halloween_6%C2%BA_ano/set?id=149867474).

Logo depois que acabei, peguei o presente do Hugo e segui para o jardim, estava em cima da hora, e provavelmente ele estava me esperando, ele nunca atrasava. Assim que cheguei ao jardim, avistei-o sentado na “árvore dos Marotos”, algumas pessoas a chamavam assim, pois era o nosso lugar preferido para passar um dia de sol e conversar.

– Parabéns Huguito. – Falei chegando perto dele e o abraçando.

– Não me chama assim, eu não sou mais criança. – Falou Hugo para mim, mas estava sorrindo.

– Pelo que eu me lembre, você tem 13 anos, ainda é criança. – Falou Pat que estava no lado dele, sorrindo.

– Não, eu sou pré-adolescente. – Respondeu sorrindo para ela, e nós duas reviramos os olhos, era impressionante como os meninos querem virar homens quando é pequeno.

– Está bem, projeto de pré-adolescente, aqui está o seu presente. – Falei passando o embrulho para ele.

– Não precisava disso tudo. – Falou Hugo sorrindo para mim enquanto olhava o presente.

– Não foi nada. – Falei para ele com um sorrido e dando de ombros.

– Que livro é esse? – Perguntou me olhando e logo depois olhando para o livro novamente.

– Não sei ao certo, o Isaac que me indicou. – Respondi a ele.

– Isaac? Aquele seu amigo que se mudou do nada? – Perguntou e eu concordei com a cabeça. – Mas vocês não tinham perdido o contato?

– Sim, mas agora ele está trabalhando na livraria aqui em Hogsmeade, então quando foi o passeio o encontrei e ele me indicou o livro, na verdade, ele que te deu, eu não precisei pagar. – Respondi sorrindo para ele, que sorriu junto.

– Depois agradece ele, vou começar o livro assim que acabar de ler o atual. – Falou para mim.

– Pode deixar, e depois me conta o que achou do livro. – Falei e ele concordou.

Passamos belas horas conversando sobre coisas de primos, ficamos falando de muita coisa sem importância, e nós sempre riamos. Qualquer um que nos vesse, e que não soubesse que éramos primos, acharia estranho, pois não é muito comum os alunos mais velhos ficarem falando com os alunos do 1º e 2º ano, o que eu acho totalmente desnecessário.

Quando começou a esfriar deveria ser mais ou menos 5h e o Hugo, Pat e eu resolvemos que era melhor entrar, daqui a pouco começaria o jantar, e a comida de Hogwarts no Halloween era ainda melhor que em dias normais, e eram todas enfeitadas para o Halloween, e claro que não perderíamos o jantar por nada.

Subimos as escadas que se movem conversando e rindo animadamente, e quando chegamos no 5º andar a Pat e o Hugo foram para sua Sala Comunal e eu segui para a minha. Quando eu estava a dois corredores da Sala Comunal, a Juliana esbarrou em mim, e eu tenho certeza que foi de proposito.

– Olha por onde anda Cronddly. – Falei virando para ela.

– Desculpe, mas você é tão inferior a mim que eu nem te vi, Caldin. – Respondeu para mim com aquele sorriso irritante que só ela sabe fazer.

– Tem como você se achar mais importante? – Perguntei e logo continuei. – Não, e o seu ego não pode ser maior, e você não pode ser mais escrota do que já é.

– Dando lição de moral, que bonitinho. Olha a minha cara de quem se importa. – Falou com pouco caso.

– Não estou dando “lição de moral”, só estou falando a verdade. – Falei e dei as costas a ela.

– Eu ainda estou falando com você. – Falou Cronddly, mas eu não liguei para o que ela disse, apenas ignorei. – Vai fugir? Igual a sua família?

– O que você disse? – Perguntei com raiva, me virando para ela, eu odeio que falam da minha família.

– Que você vai fugir igual a sua família. – Falou Cronddly sorrindo divertida, e eu a olhei sem entender. – Você não sabia, não é? Eu entrei em Durmstrang, mas fui expulsa, e depois foi para Beauxbatons, fiquei um ano em Durmstrang e dois em Beauxbatons e é claro que estudei com a sua prima, Gina. – Falou o nome da Gina com nojo, e minha raiva só aumentou.

– Você não devia ser muito importante, já que a Gina nunca falou de você. – Falei para ela.

– Eu costumava ficar com as alunas mais velhas. – Falou dando de ombro. – Mas um dia eu e sua prima discutimos e ela fugiu igual a um bebê. – Falou sorrindo alegremente.

– A Gina nunca faria isso. – Falei dando as costas para ela novamente.

– Vai fugir igual à puta da sua prima? Vocês são mais parecidas do que eu pensava. – Falou e eu virei para ela com raiva.

– Não fale da minha prima. – Falei/Gritei para ela. – E não se atreva a chamar a minha prima e nem eu de putas.

– Eu já te disse, eu falo de quem eu quero e quando eu quero. – Falou para mim. – Sua prima namorava com dois meninos a cada ano, e você acha que eu não reparei que você está gostando do Sirius?

– Do que você está falando? – Perguntei, afinal, como que ela chegou a essa conclusão?

– Eu vi vocês dois juntos em Hogsmeade, e também todas as seninhas que vocês dois faziam. – Respondeu revirando os olhos. – Não te incrimino de gosta do Sirius, ele é um colírio para os olhos.

– Fica quieta. – Falei para ela, eu juro que senti enjoo dela falando do Sirius.

– Sabe, acho que vou dar em cima dele, seria uma investida muito boa. – Falou sorrindo divertida para mim, aquele sorriso irritante.

– Não daria certo, ele nunca daria mole para você. – Respondi, eu conhecia o Six muito bem a ponto de saber que ele não faria isso, não comigo, ele faria?

– Não tenho tanta certeza disso, já ouvi falar que ele é um galinha, e que ele pegou realmente muitas meninas.

– Isso não quer dizer que ele pegaria você. – Falei para ela.

– Eu tenho os meus truques. – Falou sorrindo maliciosamente. – E só de te fazer sofrer um pouco já valeria a pena fazer tudo o que eu precisar para isso. E se não der certo, ainda tenho o James e o Remo para isso, já que vocês são tão ligados.

– Você não vai chegar perto dos meus amigos, sua vaca. – Gritei e pulei, literalmente, em cima dela, e comecei a dar tapas e socos em seu rosto, enquanto a mesma tentava bater em mim.

Não sei quando tempo fiquei batendo nela, mas eu estava adorando, e claro que nós duas nos xingávamos de todos os nomes possíveis, acho até que inventamos alguns xingamentos. Depois de alguns minutos, que eu achei pouco, pois eu gostaria de bater mais na vaca da Cronddly, escutei algumas vozes, mas eu não prestei atenção, e logo depois alguém me segurou e me tirou de cima da Cronddly, e é claro que eu fiquei me debatendo para continuar batendo na Cronddly, mas ele me segurou forte e prendeu os meus braços.

– Para Carol, não vale a pena. – Falou a pessoa que estava me segurando, e eu identifiquei sendo a voz do Sirius.

Parei de me debater e comecei a respirar fundo, tentando me acalmar, e olhei para a Cronddly, que estava sendo segurada pelo Remo e Jay, e pelo jeito ela queria vir para cima de mim, já que estava se debatendo, mas logo parou depois que viu que não conseguiria sair das mãos do Remo e do Jay, e logo me olhou com raiva.

– Vai ter volta Caldin. – Falou com raiva para mim, e consegui ver suas bochechas vermelhas e inchadas, e não posso dizer que não gostei do que vi, mas eu queria tê-la deixada roxa.

– Não tenho medo de você Cronddly. – Respondi a olhando com raiva.

– Espere e verá. Se eu fosse você dormia com os olhos abertos. – Falou se soltando das mãos de Remo e Jay, virando as costas.

– Eu espero que o seu ego tenha diminuído. – Falei, e o Six ainda estava me segurando, o que eu não poderia reclamar, pois com certeza eu já teria pulado em cima da Cronddly novamente.

– Nem tanto. – Falou sem olhar para mim, e tive uma pequena impressão que a sua voz deu uma falhada, com certeza estava com vontade de chorar, o que quase me fez abrir um sorriso, e logo saiu na minha visão.

– Pode me soltar Sirius. – Falei para ele, que me soltou.

– Carol, o que deu em você? – Perguntou Jay para mim.

– Ela me dá nos nervos. – Respondi mexendo no meu cabelo olhando para baixo.

– Isso não é motivo para você sair batendo nela. – Falou Jay, agora ele vai me dar lição de moral? O Jay?

– Afinal, o que ela te falou para você sair batendo nela? – Perguntou Six.

– Nada, deixa para lá. – Falei, não queria falar disso agora, e só de eu me lembrar do que ela disse já tinha vontade de chorar, mas chorar de raiva. – Vamos para a Sala Comunal?

– Vamos. – Falou Remo, e nós seguimos para a Sala Comunal, com o Remo e Jay na frente, e eu e o Six um pouco mais atrás.

Fiquei pensando no que tinha acontecido entre mim e a Cronddly quando éramos pequenas, no que ela disse da minha família, da Gina, do Sirius e dos meninos, e a minha raiva com ela só aumentava. Então senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto e logo o sequei os a mão, não queria chorar, não agora, não aqui, e não com os meninos, mas acho que o Six estava me observando, pois me abraçou.

– Não liga para o que ela disse, seja lá o que foi. – Falou no meu ouvido.

– Bem que eu gostaria. – Falei para ele, que me apertou mais no abraço, e nós tínhamos parado, e senti mais lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

– O que foi que ela disse? Você sabe que pode confiar na gente. – Perguntou Jay mexendo no meu cabelo, e eu já estava toda encolhida entre os braços do Six.

– Ela falou umas coisas que não devia, mas não vou falar o que. – Respondi os olhando, eu até contaria para os meninos, mas eu não conseguia repetir o que ela disse, ficava entalado na minha garganta.

– Tem certeza que você não quer nos contar? – Perguntou Remo me olhando.

– Tenho, não se preocupem. – Respondi sorrindo.

O Six passou o braço no meu ombro, me abraçando, e me deixando bem colada a ele, e passando uma energia muito boa, e logo voltamos a andar para a Sala Comunal. Assim que chegamos à Sala Comunal sentamos na frente da lareira, com os meninos fazendo palhaçada para me fazer rir, e é claro que deu certo, então eu fiquei rindo deles, e o Six não me soltou uma vez, acho que ele estava preocupado ou algo assim.

Passaram-se alguns minutos e era quase 6 horas quando eu subi para tomar banho, minha cabeça estava explodindo de stress, então queria e precisava relaxar um pouco, e deixei os meninos na Sala Comunal. Assim que cheguei ao meu quarto deitei na cama e fiquei olhando para o teto, lembrando-me do que tinha acontecido hoje com a Cronddly e lembrando o que aconteceu no passado, e ela acabou com o meu Halloween, e quando reparei já estava escorrendo lágrimas pelo meu rosto.

Fiquei deitada chorando, e quando reparei que estava soluçando de chorar, cobri o meu rosto com o travesseiro, e fiquei com raiva de estar chorando por causa da Cronddly, então apertei o travesseiro contra o meu rosto e gritei com todo o meu folego, não sei se alguém escutou, mas eu esperava que não.

– Carol, o que foi? – Escutei uma voz calma, e reconheci sendo de uma certa ruiva esquentada, logo a senti sentando na minha cama.

– Ai, nem sei como explicar, Ruiva. – Falei sentando, encontrando aqueles olhos verdes brilhantes me encarando preocupados, e eu sequei o meu rosto assim que levantei.

– Você estava chorando? – Perguntou quando me viu. – Me conta o que aconteceu. Foi o Sirius?

– Não, não foi o Sirius. Eu tenho cara de quem chora por homem? – Respondi para ela e logo perguntei sorrindo, fazendo-a rir.

– Não tem cara de quem chora por homem, mas quem te fez chorar então? – Perguntou para mim.

– Juliana Cronddly. – Respondi, eu sabia que a Lily iria ficar sabendo mais sedo ou mais tarde, principalmente agora que ela e o Jay estão amigos, e eu sabia que eu poderia confiar nela.

– A aluna nova? Mas o que ela fez? Por quê?– Perguntou sem entender.

– Eu e a Cronddly temos um passado não muito amigável, e ela ficava me infernizando e esse ano continua. – Falei e a Lily me pediu para continuar. – A gente discutiu no corredor, ela falou mal da minha família, me xingou e xingou a Gina de puta, e disse umas coisas dos meninos que eu não gostei, então eu fiquei com raiva e pulei em cima dela.

– Você bateu na Cronddly? - Perguntou sem acreditar, afinal era a primeira vez que ela me via ou ouvia, nesse caso, que eu bati em alguém, e como eu já disse antes, a Cronddly consegue tirar o pior de mim.

– Eu não bati na Cronddly, eu a espanquei, eu queria ter espancado mais, mas os meninos chegaram e não me deixaram continuar o que estava fazendo. – Respondi e ela me olhou sem acreditar. – Não me olha assim, ela ficou falando até eu explodi, então fui para cima dela, e não me arrependo do que fiz.

– Eu até te entendo, mas você tem que controlar a sua raiva. Se vocês já são inimigas desde antes dela entrar aqui, ela vai te infernizar, e é bem provável que ela faça isso até você ser expulsa. Você já parou para pensar nesse ponto? – Falou Lily me olhando.

– Tem razão, tenho que me controlar, e muito, pois a minha paciência com ela é muito pouca. – Concordei com a Lily, ela tinha total razão sobre isso, como sempre.

– Mas, você a deixou muito machucada? – Perguntou como se não quisesse nada.

– Um pouco, ela estava com as bochechas inchadas e vermelhas, e provavelmente doendo muito, pois tenho certeza que ela queria chorar. – Respondi para ela sorrindo de lado.

– Eu não deveria dizer isso, mas bem que ela poderia ter ficado com uma parte do corpo roxa, bem que ela merecia. – Falou e eu comecei a rir, e Lily não é muito fã de violência.

– Obrigada por me alegrar. – Falei a abraçando. – Mas o que você está fazendo aqui? Já deve estar no jantar.

– Na verdade já passou, só que o pessoal resolveu ficar no Salão Principal para comemorar, e está tendo uma festa lá, com todos os alunos. – Respondeu dando de ombro.

– E o que você está fazendo aqui e não lá em baixo? – Perguntei para ela.

– Eu não queria ficar lá em baixo. – Respondeu dando de ombro.

– Mas você vai, na verdade nós vamos, hoje é Halloween, é o nosso dia para os trouxas, temos que comemorar. – Falei e sai puxando-a do quarto.

Descemos para o Salão Principal e encontramos todos no Salão conversando e rindo, e logo encontrei os meninos conversando ao lado das meninas, nós estávamos sentando todos juntos, já que a Lily não estava mais com raiva do Jay, dava para nós ficarmos no mesmo espaço. Ficamos conversando sobre qualquer coisa, e eu aproveitei e comi, já que eu ainda não tinha jantado.

Depois que eu comi tudo o que queria, fiquei vendo os meninos conversando, e já que era Halloween resolvi fazer uma pequena brincadeira com todos, afinal tínhamos que nos divertir. Peguei um doce, se eu não me engano gelatina, com uma colher e joguei no Six, que estava conversando com o Remo, acertando sua bochecha, fazendo o Remo rir pela cara que o Six fez.

Depois fiz a mesma coisa com a Lily, que acertou o seu cabelo, e com o Jay, que acertou o seu óculos e todos no nosso grande grupo começou a rir, menos os três que foram acertados, que por acaso estavam me olhando mortalmente, sendo que a Lily estava no meu lado. Parei de rir e sai correndo da sala comunal, com os três me seguindo, e fui para os jardins, eu tinha mais chance de fugir ali, eu acho.

Corri por alguns quilômetros, e eu estava rindo igual a uma louca, mas os três ainda estavam com caras de assassinos, mas a minha graça acabou, pois a Lily me alcançou e me derrubou no chão.

– Caldin, por que você fez isso sua louca? – Perguntou Lily me olhando.

– Queria brincar. – Respondi dando de ombros ainda sorrindo.

– Brincadeira mais ridícula. – Falou Lily e o Six e o Jay chegaram.

– Não foi isso que os outros acharam. – Falei sorrindo marota.

– Para você. – Falou Six pegando a gelatina da sua bochecha e passando na minha, fazendo todos rirem.

– Quem pegar as meninas primeiro ganha um beijo. – Falei ficando de pé, eu tinha um plano para ajudar o Jay.

– Não me coloque no meio. – Falou Lily.

– Você já está, ou quer levar cocegas? – Perguntei sorrindo marota, eu sabia que a Lily odiava que fizessem cocegas nela. – E começa agora. – Falei e sai correndo.

– Que saco, Carol. – Escutei a Lily falar, mas saiu correndo também.

O Jay sem pensar duas vezes correu atrás da Lily, e o Six correu atrás de mim, o meu plano era deixar os dois sozinhos, mas eles tinham que ficar bem perto um do outro, e tem coisa melhor que isso do que uma brincadeira de pega-pega? Eu fiquei correndo com o Six atrás de mim, e nós dois estávamos rindo.

Passou-se pelo menos 5 minutos conosco correndo, até o Six me alcançar, e nós dois cairmos no chão rindo, sendo que eu estava em cima de dele, já que o mesmo com o reflexo se colocou em baixo. Ficamos rindo até quase perdemos o ar, e só então reparei o quando estávamos perto um do outro, mas eu logo me afastei um pouco, para conseguir ver mais nitidamente os olhos azuis do Six.

– Cadê o meu beijo? – Perguntou sorrindo maroto.

– Eu só falei aquilo para valer com a Lily e o Jay. – Respondi para ele.

– Você não especificou isso, então está me devendo um beijo, ou eu faço cocegas em você.

– Está bem. – Falei e lhe dei um beijo na bochecha.

– Isso não foi um beijo. – Falou Sirius me olhando.

– Foi sim, só que foi um beijo na bochecha. – Respondi sorrindo para ele.

– Já que é assim. – Falou e me jogou para o lado, ficando em cima de mim e começando a me fazer cocegas.

– Sirius, para. – Pedia para ele enquanto o mesmo fazia cocegas em mim, então ele parou e no outro segundo seus lábios já estavam colados aos meus.

Sem pensar duas vezes começamos um beijo bem calmo, posso até dizer que romântico, era um beijo calmo e totalmente apaixonante, pelo menos para mim. Não sei ao certo quanto tempo o nosso beijo durou, nem por que eu o beijei, por mais que eu gostasse do Six não podia ficar beijando ele todas às vezes, mas eu não conseguia parar. Então nós ficamos com falta de ar, e paramos o beijo, mas o Six encostou a sua testa a minha.

Quando acalmamos as nossas respirações, o olhamos um nos olhos do outro, e vi como os olhos do Six ficavam bonitos de noite, quando a lua estava quase cheia. Olhei para o lado, eu não acredito que eu beijei o Six de novo, eu sei que não vai dar em nada, ele nunca ficará comigo, e ele não gosta de mim, por que eu deixo o beijo acontecer? Eu tenho que parar com isso.

Eu estava olhando a floresta e eu tenho certeza que o Six estava me olhando, pois logo depois ele colocou sua cabeça no meu ombro e deu um suspiro.

– Desculpa, eu não sei por que isso aconteceu, foi intencional, eu não pensei, só te beijei. – Falou Six ainda com a cabeça no meu ombro, e eu já sabia de tudo o que ele falou, era sempre assim, e às vezes era isso que me chateava. Mas por que ele fica me beijando então?

– Tudo bem. – Falei, eu sabia que não mudaria nada, e também que a culpa não é só do Six.

– Não está tudo bem, nós combinamos o ano passado de parar de fazer isso... – Começou Six a falar me olhando nos olhos.

– Mas nós não conseguimos, não estou te culpando, e não precisa ficar se culpando, isso acontece às vezes. – Falei para ele, mas eu não sei que o que eu estava dizendo estava certo.

– Você já beijou o Remo ou o Jay sem pensar? – Perguntou duvidando.

– É diferente. – Respondi, eu não gosto deles, eu gosto de você, não complica Sirius Black.

– É diferente como? – Perguntou me olhando, ás vezes ele é muito chato com essa mania que querer tudo explicado, e como ele é cabeça dura isso é o dobro.

– Diferente Sirius, nós somos amigos, mas nem tudo o que eu falo para você eu conseguiria falar para eles, na verdade nem metade do que eu te conto eu conto para eles, eles não tem tanta intimidade comigo como você. – O que eu estava dizendo? Era tudo verdade, mas eu não precisava contar para o Six. – Agora se fizer o favor, gostaria que saísse de cima de mim, você não é tão leve Sirius.

– Você está irritada comigo. – Falou depois que saiu de cima de mim e sentou no meu lado.

– Eu não estou irritada, só estou cansada. – Cansada de gostar cada vez mais de você e de saber que nunca serei correspondida.

– Cansada com o que? Eu posso te ajudar. – Falou me olhando, não fala isso Sirius Orion Black que eu fico mais apaixonada.

– Você não pode me ajudar com isso. – Respondi, mas sabia que não era totalmente verdade, era só dizer algumas palavras, que eu prefiro que seja “Eu gosto de você”, mas está mais para “Só quero ser seu amigo”.

– Eu posso tentar. – Falou me olhando nos olhos enquanto sorria de lado, aquele mini sorriso perfeito dele.

– Não precisa. – Falei sorrindo para ele, eu sabia que eu poderia perguntar se ele gostava de mim ou não, mas eu tinha medo da resposta, e eu sei que eu não deveria temer, mas eu não falar nada. – Vamos achar a Lily e o Jay, já está bem tarde e temos que voltar para o castelo.

Levantamos e seguimos para onde eu vi a Lily correndo, e quando estávamos chegando perto parei o Six e escutei a voz do Jay.

– Mereço o meu beijo.

– Está bem. – Falou Lily, e ficou tudo em silencio durante dois segundos.

– Eu não quis dizer na bochecha. – Falou Jay, sabia que iria acabar nisso.

– Eu não vou te dar um beijo na boca. – Falou Lily, mas eu tenho certeza que eles estavam sorrindo.

– Está bem, mas só vou te soltar se você me der outro beijo na bochecha. – Falou Jay, esse menino é muito aproveitador, e se passaram mais dois segundos em silencio total. – Melhor.

Puxei o Six para continuarmos andando, e quando chegamos perto da Lily e o Jay, e vi o mesmo ajudando a Lily a levantar, e ambos estavam sorrindo divertidos, acho que a melhor coisa que me aconteceu o ano inteiro foi a Lily e o Jay começarem uma amizade. Assim que eu e o Six chegamos perto deles, seguimos para o castelo novamente, e quando entramos reparamos que não tinha mais ninguém no Salão Principal, e isso poderia ser um problema.

Seguimos correndo para a Sala Comunal, e por sorte não achamos nem encontramos o Filch, ou algum professor, ou alguma pessoa indesejada, e sim eu estava falando da Cronddly, ou até mesmo a Madame Nora. Assim que chegamos à Sala Comunal, cada um foi para o seu dormitório, e nem nos despedimos direito, não queríamos ser pegos por ninguém há essa hora.

Assim que eu e a Lily entramos no nosso quarto, encontramos as meninas já dormindo, e nós duas seguimos para os banheiros. Tomei um banho bem rápido e quando sai encontrei a Lily sentada na sua cama, pensando.

– Você está bem Lily? – Perguntei sentando na sua cama.

– Estou sim, só estava pensando em umas coisas. – Respondeu para mim sorrindo. – Mas e você? Você não parece estar com uma cara muito boa, o que aconteceu?

– O Sirius. – Respondi suspirando,

– O que ele fez? – Perguntou para mim, nós estávamos sentadas uma no lado da outra.

– Me beijou. – Respondi.

– E qual é o problema? – Perguntou sem entender. – O que ele disse?

– Esse é o problema, ele falou a mesma coisa de sempre, “desculpa, foi sem pensar”, e eu já com sei se esse sem pensar dele é realmente sem pensar ou ele só está aproveitando que eu respondo ao beijo. – Falei para ela.

– Você acha que o Sirius, o seu melhor amigo para todas as horas, como você mesma já me disse, iria se aproveitar de você só por causa de beijos, sendo que ele tem Hogwarts inteira aos seus pés? – Perguntou Lily, o que me fez pensar, realmente o Six não faria isso.

– Tem razão, ele não faria isso, mas ele não fala nada, e quando fala é “foi sem pensar”, eu já não sei mais o que pensar sobre isso. – Falei abraçando as minhas pernas.

– Talvez ele fale “foi sem pensar” por que acha que você não gosta dele do mesmo jeito que ele gosta de você, ou por que ele ainda não sabe dos sentimentos dele por você, ou até que ele acha que está gostando de você, mas pensa que é só como amizade, do mesmo jeito que você gostou do Bob, mas percebeu que era só para amigos. – Falou para mim passando seu braço pelo meu ombro.

– Faz sentido o que você disse, mas mesmo assim eu não sei o que pensar, e eu ainda acho que ele não gosta de mim, e todas as vezes que eu tento esquecer que eu gosto ele, ele faz alguma coisa que parece o contrario do que eu acho e me faz lembrar que eu gosto dele, isso está me deixando maluca. – Falei olhando para a Lily.

– Isso é normal quando se está apaixonada ou apaixonado, mas você já pensou em perguntar para o próprio Sirius o que ele acha ou sente com você?

– Claro que eu já pensei, mas se eu perguntar para ele se ele gosta de mim, ele vai perceber que eu gosto dele, e com certeza vai ficar um clima meio estranho. Então prefiro deixar como está.

– Então você prefere uma “amizade colorida” a realmente saber o que está acontecendo entre vocês dois? – Perguntou fazendo aspas com as mãos na “amizade colorida”.

– Não é uma “amizade colorida”. – Falei imitando a Lily.

– Vocês se beijam todas as vezes que estão sozinhos, e ambos não conseguem ficar mais de um metro de distancia um do outro, a não ser quando é necessário, para mim isso é amizade colorida.

– Tanto faz, se isso não deixar um clima estranho entre mim, o Six e os meninos, é isso que eu prefiro.

– Sabe Carol, você às vezes é muito estranha. – Falou Lily me olhando abismada.

– Até parece que você não faria o mesmo. – Falei para ela.

– O pior é que eu faria. – Falou fazendo uma careta. – Você já perguntou para os meninos sobre o que eles acham que está acontecendo entre você e o Six?

– Eu não posso perguntar isso para eles, vai ficar estranho. – Respondi a olhando. – Mas o que você acha?

– Eu acho que você está perdidamente apaixonada pelo galinha do Sirius Black. – Falou me olhando, me fazendo rir baixo, isso já não era novidade. – E eu acho que o Sirius pode estar tendo um sentimento diferente por você, que ele não sabe decifrar, por isso parece que ele está confuso sempre, e por ele sempre ter achado que nunca iria se apaixonar ou gostar verdadeiramente de uma menina, tirando você como amiga, ele não sabe se o que está sentindo é pura amizade, ou alguma coisa que ele nunca teve alguma coisa maior.

– Você realmente acha que ele pode gostar de mim? – Perguntei sorrindo de lado.

– Carol, todos os meninos são apaixonados por você, por que o Sirius, o menino que passa mais tempo com você não se apaixonaria? – Perguntou respondendo a minha pergunta.

– Mas e você e o Jay? Eu vi como vocês ficaram depois da brincadeira. – Perguntei sorrindo para ela, coloque as cartas em jogo minha cara Ruiva.

– Não era nada, só estávamos sorrindo pela brincadeira. – Respondeu Ruiva sorrindo.

– Tem certeza que era só isso? – Perguntei a olhando nos olhos.

– Tenho Carol, o que acontece entre mim e o James é só amizade. – Respondeu para mim.

– Toma cuidado, olha o que aconteceu comigo nesse “é só amizade”. – Falei para ela.

– Cala a boca Carol, eu nunca vou me apaixonar pela James. – Falou e tacou uma almofada em mim.

– Está bem, se você está dizendo. – Falei colocando as mãos em forma de redenção. – Boa noite Ruiva, espero que tenha sonhos exóticos com o Jay. – Falei levantando da sua cama.

– Chata. –Falou tacando mais uma almofada em mim, o que me fez rir, e eu vi um sorriso na sua boca. – Boa noite Morena, e eu espero que você não sinta excitação com o Six em seus sonhos.

– Isso é sacanagem Ruiva. – Falei já sentada na minha cama, e nós duas começamos a rir, bem baixo para não acordar as outras meninas, afinal já era mais de meia noite. – Mas boa noite, de verdade.

– Para você também. – Falou Lily e nós duas nos deitamos nas nossas camas ao mesmo tempo.

Acho que não demorei 10 segundos para dormir, pois logo depois que deitei já estava em um sono profundo e sem sonho, eu estava muito cansada, com sono e alegre.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram do capítulo? Ficaram triste? O que acham que deve acontecer? Gostaram na sena Lily e Jay? E a conversa da Lily com a Carol? Vocês acham que a Lily tem razão sobre o Six? Comentem se gostaram ou odiaram, o que acham que deve melhorar ou não, não sei, só comentem, nem se for para falar um: "Oi sua chata, coloca o Six ou Bob ou o carinha da aula de astronomia gostando ou dando em cima da Carol, de preferencia o Six e a Carol começando a namorar. Coloque eles namorando logo." ou coisa parecia, kkkkk, vocês entenderam.
Acho que é só isso.
Beijos, beijinhos e beijocas
* Malfeito feito.
*Nox.