P. D. V. Carol

Já tinha se passado duas semanas desde aquele sábado em que a Juliana voltou para minha vida, para atrapalhar. Claro que toda vez que eu a via, ela dava aquele sorriso sarcástico, e toda vez que um dos meninos reparava nisso, ou desviava a minha atenção com uma conversa, ou me dava um abraço, passando uma ótima energia e me fazendo ignorar a Juliana Cronddly, se ela queria me irritar ou alguma coisa parecida, não vai conseguir com os meninos por perto.

Mas vamos ao que interessa, hoje era sábado novamente e era mais ou menos 3 horas da tarde, mas em vez de estar no quarto deitada na cama ou na sala comunal fazendo qualquer outra coisa, eu estava no campo de Quadribol, com o Jay e o Six, para o teste para o time, e não está um dia muito bom para ficar em baixo do Sol, está um calor infernal.

A parte boa é que já estávamos no fim, agora estava acontecendo o teste para goleiro e artilheiro (o Jay resolveu fazer os dois para ganhar mais tempo), e graças a Merlin era o ultimo, e já estava acabando. Eu fiquei um pouco decepcionada, pois tinha menos gente que eu esperava esse ano, na verdade tinha menos gente que o ano passado principalmente.

Quando finalmente acabou, eu, Jay e Six fomos conversar para ver quem entraria no time, e logo entramos em um acordo. Os artilheiros esse ano eram eu, Francisco Bell (o mesmo que fez o teste ano passado), e Angel Cometenr (que também fez teste ano passado, e ambos estão no 7º ano), o goleiro será o Alison McLaggen (que também foi um que fez o teste ano passado), como batedores ficaram o Sirius e o Godofredo Jones (ele também fez o teste ano passado, e todos que entraram eram do 7º ano), e para finalizar como apanhador ficou o capitão James, que não era novidade.

Depois de o Jay ter uma conversa com os novos integrantes, que nós já conhecíamos e conversávamos de vez em quando, e falar que o primeiro treino ocorreria uma semana depois do passeio a Hogsmeade (que era daqui a um pouco mais de uma semana, nós iriamos numa quinta feira, e sexta-feira não teria aula em Hogwarts, pois iria acontecer uma reunião com todos os professores, e pelo que deu a entender, poderia demorar bastante), ele nos dispensou, e todos nós corremos para o vestiário para nos trocar, ninguém mais aguentava ficar naquele Sol.

Depois de sairmos encontramos a Lily nos esperando, já que a mesma mais o Remo vieram nos fazer companhia, pois ninguém queria ficar conosco, e ele, como belos amigos, resolveram vir. Mas o estranho era que o Remo não estava com ela, e eu juro que os vi sentados juntos conversando.

– Cadê o Remo? – Perguntei á Lily quando cheguei perto dela.

– Ele ficou com fome, e resolveu pegar alguma coisa para comer, não faz muito tempo que ele saiu. – Respondeu Lily sorrindo para mim, e reparei que o Jay estava quase babando pela Lily com esse sorriso.

– Comida. – Falei sorrindo. – Vem Six, vamos ver se os elfos fazem sorvete. – Falei e sai puxando o Six correndo.

– Espera. – Escutei Lily e Jay falarem juntos.

– Eu pego par vocês também. – Falei virando para eles, mas sem parar de correr.

– Por que você está fazendo isso? – Perguntou Six me olhando sem entender, mas ele não parou de correr.

– Eu quero deixar esses dois sozinhos um tempo, ver se eles se entendem, e também dar uma chance para o Jay convidar a Lily para sair. – Respondi sorrindo para ele.

– Se der certo, você é uma ótima cúpida. – Falou sorrindo para mim.

– Se der sou mesmo, menos comigo mesma. – Comentei a segunda parte mais comigo mesma do que para o Six, mas ele ouviu, e antes dele falar alguma coisa eu completei: - Quer chegar primeiro na cozinha ganha um chocolate da Dedosdemel. – E comecei a correr mais rápido, e claro que o Six logo começou a correr comigo.

P. D. V. Lily

Não acredito que a Carol me deixou sozinha com o Potter, afinal o que ela estava querendo fazer? Ela sabe que eu não gosto do Potter, por que me deixou sozinha com ele? Em falar nele, ele estava me olhando, e eu olhando para ele, pensando no que fazer.

– Tudo bem Lily? – Perguntou Potter querendo puxar assunto.

– Tudo bem, Potter, mas me chame de Evans. – Respondi, e ele concordou com a cabeça. – E você? – Por mais que não goste dele, eu sou educada para responder as suas perguntas.

– Estou sim, só meio cansado com esse calor. – Respondeu.

– É verdade, esse calor está de matar mesmo. – Concordei e ficamos nos olhando. – Você sabe por que a Carol saiu correndo daqui puxando o Six daquele jeito?

– Não faço a mínima ideia, ninguém consegue entender esses dois. – Respondeu, e eu concordei, e acabamos rindo. Por que eu estou rindo com o Potter?

Depois de rirmos mais um pouco, ficamos em um silencio bem chato.

– Você tem compromisso no passeio para Hogsmeade? – Perguntou Potter quebrando o silencio.

– Acho que vou ficar aqui em Hogwarts estudando. – Respondi.

– Serio? O único dia em que você pode fazer alguma coisa diferente você vai ficar trancada aqui no castelo? – Perguntou sem acreditar para mim.

– Sim, não tenho nada melhor para fazer. – Respondi dando de ombros.

– Por que você não vai comigo à Hogsmeade? – Perguntou como se não quisesse nada.

– Não vou sair com você, Potter. – Respondi.

– Por favor, sai comigo uma vez. Prometo que se você não gostar não vou mais te convidar para sair. – Falou Potter, quase me implorando para ir com ele.

– Você promete que se eu sair com você e eu não gostar você vai me vai me deixar em paz? – Perguntei, talvez eu finalmente tenha paz sem ele no meu pé.

– Claro. – Respondeu me olhando nos olhos.

– Então está bem. – Falei para ele, sem demonstrar nenhum sentimento de alegria.

– Você realmente vai sair comigo? – Perguntou sem acreditar.

– Sim. – Falei e dei as costas, começando a rir para o castelo, mas o Potter não me seguiu, e quando olhei para ele, o mesmo estava fazendo um tipo de comemoração, o que me fez querer rir. – Você não vem? – Perguntei chamando sua atenção, fazendo-o parar sua comemoração na hora.

– Claro. – Falou e começou a me seguir. – Para onde vamos exatamente?

– Para a cozinha. – Respondi segurando o sorriso, eu ainda estava querendo rir pela sena do Potter.

– Ah, sim. – Comentou concordando comigo.

Dei uma olhada de canto para ele, e ele estava com um sorriso enorme, e eu sorri de lado com isso.

P. D. V. Carol

Eu e o Six corremos iguais a uns loucos até chegar ao quadro para a cozinha, e eu ganhei por um segundo. Virei para ele sorrindo e espirando com dificuldade e falei:

– Ganhei, vai ter que me comprar um chocolate no passeio à Hogsmeade.

– Eu te deixei ganhar. – Falou e começamos a rir, entrando em seguida na cozinha.

Eu pedi um sorvete de coco, e o Six um de nozes, e os elfos começaram a correr de um lado para o outro para fazer os nossos adoráveis sorvetes. Então eu e o Six sentamos nas mesas que tinham ali, literalmente nas mesas, e começamos a conversar sobre coisas banais, e devo informar que o Six estava com o braço no meu ombro.

Ficamos rindo e conversando enquanto os elfos corriam de um lado para o outro, mas eu não sei exatamente o porquê, não era só por causa dos nossos sorvetes. Depois de mais ou menos 10 minutos nossos sorvetes chegaram, e na primeira mordida em que demos, sentimos uma satisfação enorme.

– Isso é muito bom. – Falou Six como se estivesse sonhando.

– Concordo plenamente. – Concordei.

– Ei, da uma mordida? – Pediu olhando o meu sorvete.

– Só se você me der uma mordida do seu. – Falei o olhando sorrindo.

– Ok. – Falou e segurou o sorvete para eu morder.

Quando eu levei a minha boca até o sorvete, ele levantou e bateu no meu nariz, deixando o mesmo com sorvete, e claro que ele gargalhou com a minha cara. Eu, como uma boa amiga e Marota que sou, revidei fazendo o mesmo com ele, que ficou com uma cara de “boco”, o que me fez rir, e acabou que eu e ele começamos a rir pelo que tínhamos feito.

– Agora é serio, dá uma mordida. – Falei sorrindo para ele.

Ele de passou o sorvete e eu passei o meu para ele, e nós dois demos uma mordida no sorvete do outro ao mesmo tempo.

– Esse sorvete é muito bom. – Falamos eu e o Six ao mesmo tempo, e acabamos rindo por isso.

Eu devolvi o sorvete do Six e o mesmo me devolveu o meu. Como eu sou folgada, coloquei as minhas pernas em cimas das do Six, e ele colocou seu braço de novo no meu ombro, e ficamos assim tomando sorvete, rindo e conversando. Depois de mais 5 minutos mais ou menos a Lily e o Jay chegaram, juntos, e o Jay estava com um sorriso de orelha a orelha, o será que aconteceu?

– Estão se divertindo? – Perguntou Lily sorrindo sentando na outra mesa a nossa frente.

– Claro, e vocês? – Perguntei sorrindo divertida pela cara do Jay.

– Normal. – Respondeu Lily dando de ombros, antes que o Jay (que estava ao seu lado) respondesse alguma coisa, e tenho certeza que seria uma coisa bem comprometedora para a Lily, pois com certeza era relacionado a ela, pelo sorriso do Jay.

– Os senhores querem alguma coisa? – Perguntou um elfo chegando à frente da Lily e do Jay.

– Não obrigada. – Respondeu Lily sorrindo.

– Eu quero um suco de limão, por favor. – Pediu Jay, e o elfo logo saiu de perto de nós.

– Você fala, por favor, para os elfos? – Perguntou Lily olhando o Jay.

– Claro, eles não são obrigados a me darem o que eu quero, eu estou pedindo um favor a eles. – Respondeu Jay sem tirar aquele sorriso.

– Achei que você não fazia isso. – Falou Lily corando pelo pensamento de como o Jay é, coisa que ela faz desde que o conheceu.

– Eu não sou ruim. – Falou Jay com o mesmo sorriso de quando entrou, e logo depois o elfo voltou com o suco de limão do Jay. – Obrigada, amigo. – E o elfo saiu sorrindo de perto.

Eu e o Six ficamos olhando toda a sena, eles não discutiram uma vez, a Lily não olhou feio para o Jay, e o mesmo não apagava aquele sorriso, alguma coisa aconteceu (e sem contar que às vezes eu pegava a Lily olhando de canto de olho para o Jay e sorria). Ficamos o tempo todo assim, conversando sem problema.

Quando saímos, a Lily e o Jay estavam mais a frente, e eu e o Six um pouco mais atrás, então eu virei para o Six e falei baixinho só para ele ouvir, já que a Lily e o Jay estavam falando da coruja do mesmo.

– Você também reparou que esses dois estão numa boa? – Perguntei.

– Sim, deve ter acontecido alguma coisa. – Concordou.

– Será que eles se entenderam? – Perguntei o olhando.

– Espero que sim, não aguento mais eles brigando. – Falou e eu concordei.

Seguimos para a Sala comunal conversando abertamente, e o Six o caminho todo ficou com o braço no meu ombro, isso não me ajuda a esquecer de que eu gosto dele, ou quase gosto dele, eu ainda não sei direito. Quando chegamos à Sala comunal encontramos o Remo e o Pedro sentados no sofá, e os meninos resolveram ficar lá, já eu e a Lily subimos para o dormitório.

Assim que acabamos de subir as escadas e chegamos ao nosso quarto, a Lily abriu a porta e entrou, mas quando eu ia entrar escutei uma voz:

– Ela vai sair comigo. – E parecia o Jay quando surta de felicidade.

Eu entrei e encontrei todas as meninas sentadas nas suas respectivas camas, conversando, então virei para a Lily.

– Lily, o que aconteceu para o Jay acabar de gritar que alguém vai sair com ele? – Perguntei, já que ela foi a única que eu vi com ele, talvez ela saiba.

– Ah sim, é que eu vou à Hogsmeade com ele. – Respondeu dando de ombros, sem dar importância.

– Você vai sair com o James? – Perguntou Alice para Lily.

– Vou, ele falou que se eu sair com ele e não gostar, ele me deixa em paz, então resolvi arriscar. – Falou Lily.

– Você vai se arrepender de tentar de livrar do Jay, você vai ver; você vai sair com ele e vai gostar, ai eu quero ver o que você vai fazer. – Respondi sentando na minha cama a olhando.

– Eu acho complicado eu acabar gostando de James Potter. – Falou me olhando.

– Você vai se surpreender. – Apenas falei e peguei um livro para ler, acabando a conversa ali, eu tenho certeza que a Lily vai acabar gostando de passar o dia com o Jay.

Dia do passeia a Hogsmeade...

P. D. V. Carol

Já tinha se passado das 11 horas e todos estavam em Hogsmeade, e todos em encontros, Jay com a Lily, Alice com o Frank, Sirius com uma piriguete corvina, e Dorcas e Lene com uns meninos que não sei quem são; os únicos que não estavam em encontros eram o Remo e o Pedro, que ficaram em Hogwarts para acabarem umas lições atrasadas (na verdade o Remo estava ajudando o Pedro nisso), então eu estava literalmente e inteiramente sozinha.

Já tinha se passado uma hora desde que cheguei a Hogsmeade, e eu aproveitei para dar uma olhada pelo vale mais profundamente, e descobri que ele tem muito mais do que apenas a rua principal. Andei por varias ruas, descobri uma loja de vestidos para festas, uma loja para roupas normais, e tinha até uma livraria.

Claro que eu não perdi a oportunidade de comprar um livro novo, e foi exatamente isso que eu fiz, fui até a livraria e comprei um livro de 400 páginas, a sinopse parecia que o livro era bem legal. Estava andando pela rua principal, já lendo as primeiras páginas do livro, quando trombei com uma pessoa, deixando cair o meu livro, e algumas sacolas da pessoa com quem trombei.

– Desculpe, não te vi. – Falei abaixando junto com a outra pessoa para pegar nossas respectivas coisas, não sei se foi só impressão minha, mas eu já conhecia essa voz.

Levantei e olhei para a pessoa que estava a minha frente, e eu não acreditava no que eu estava vendo.

– Isaac? – Perguntei, sim, o Isaac, meu melhor amigo antes de vir para Hogwarts.

– Carol. – Falou sorrindo, e seu sorriso não mudou nada.

– Há quanto tempo. – Disse o abraçando, e ele me abraçou também.

– Verdade. Faz quantos anos? Sete? – Perguntou para mim.

– Mais ou menos isso. – Concordei. – Você não mudou nada. Claro você cresceu, ficou mais musculoso...

– Já entendi, não precisa continuar. – Falou Isaac e eu ri. – Você também não mudou nada, só está com peitos e bundas enormes.

– Eu sei que estou gostosa. – Falei como se estivesse me achando, mas era só brincadeira.

– E você continua a mesma louca e sarcástica de sempre. – Falou rindo, e claro que eu acabei rindo com ele. – Vamos ao Três Vassouras?

– Claro, adoraria uma cerveja amanteigada agora. – Concordei com ele e fomos em direção ao Três Vassouras.

Assim que chegamos pegamos uma mesa e pedimos nossas cervejas amanteigadas.

– Mas o que você está fazendo aqui Isaac? – Perguntei querendo saber o porquê exatamente ele estar aqui em Hogsmeade.

– Eu não estava achando emprego, então vim para cá. – Respondeu.

– Mas como você achou aqui? – Perguntei.

– Eu sou bruxo também, foi fácil. – Respondeu e eu o olhei abismada, ele era bruxo? – Você não sabia?

– Não, na verdade nunca me passou pela cabeça isso. – Respondi rindo.

– Eu também nunca deixei demonstrar. – Respondeu e logo depois chegou nossas cervejas amanteigadas.

– Mas onde você estava em todos esses anos? Por que nunca me mandou uma carta?

– Eu estava na Bulgária, estudando em Durmstrang, foi por isso que eu fui embora daquele jeito, eu esperava ir para Hogwarts com você, mas nunca recebi a minha carta, por que eu não nasci aqui na Inglaterra. – Respondeu a minha primeira pergunta e respirou para responder a outra. – E eu nunca te mandei uma carta, pois achei que você tinha ficado brava comigo por ter ido embora daquele jeito, e também por que é bem longe Inglaterra de Bulgária.

– Eu não fiquei brava com você, só achei estranho você ter ido embora de repente sem me dizer para onde estava indo. – Falei sorrindo, era verdade. – Mas isso não tem importância agora.

– Mas e ai? O que você está fazendo aqui? – Perguntou Isaac mudando de assunto.

– Passeio à Hogsmeade. – Simplesmente respondi.

– Verdade, você já tinha comentado isso comigo antes de eu ter que me mudar. – Concordou comigo.

– Mas e o que você está fazendo aqui exatamente? Eu sei que você está procurando um emprego por aqui, mas por quê? – Perguntei depois de tomar mais um gole de cerveja amanteigada.

– Eu estava procurando um emprego, eu estou trabalhando na livraria. – Respondeu.

– Eu tinha acabado de sair de lá quando nos encontramos. – Falei e mostrei o livro que comprei.

– Claro, esse livro, sabe que quando eu olhei esse livro lembrei muito de você? – Falou olhando a capa.

– Verdade? – Perguntei rindo e ele concordou rindo comigo.

– Eu li o começo desse livro, e é muito a sua cara. – Falou para mim.

– Fico honrada de você lembrar-se de mim, ainda mais com livros. – Falei sorrindo para ele.

– Ei, eu nunca me esqueci de você. – Falou e logo completou. – Mas e você? Esqueceu-se de mim em algum momento?

– Claro que a resposta é nunca, como eu poderia esquecer meu primeiro amigo de verdade? – Perguntei e dei um abraço nele.

– Vai saber? Tem louco para tudo. – Falou me abraçando de novo.

Depois do abraço eu guardei o livro e bebemos cerveja amanteigada sem falar nada.

– Carol. – Falou Six chegando do nada, não tinha o visto chegar. – Ah, desculpa não sabia que estava acompanhada. – Falou depois que olhou para o Isaac, que estava com bigode de cerveja.

– Sem problema. – Falou Isaac limpando o bigode.

– Sirius, esse é o Isaac, aquele da foto que a Liande te deu no trem quando estávamos vindo para Hogwarts. – Falei imaginando o ponto de interrogação na cabeça do Six.

– Ah, sim, prazer, Sirius Black. – Falou para Isaac apertando a sua mão.

– Isaac Stefan. Eu tenho muitos outros nomes, mas os que eu gosto são esses. – Falou Isaac sorrindo, ele realmente tinha bastante, era pelo menos cinco.

– Eu não quero atrapalhar vocês. – Falou Six já pensando em ir embora.

– Atrapalhando? Imagina, pode ficar a vontade, amigo da Carol também é meu amigo. – Falou Isaac, agora sabem por que ele é meu primeiro amigo, ele é gentil com todo mundo.

– Se não se importam, eu só vou ao toalete antes. – Falou Six e saiu para ir ao banheiro.

– Ele é só seu amigo, não é? – Perguntou Isaac para mim assim que ele saiu.

– Sim, por quê? – Perguntei.

– É que ele fez uma cara de desamino quando me viu aqui com você. – Falou sorrindo divertido, eu até imaginava do que ele estava falando.

– Você está vendo coisas que não existem. – Eu acho.

– Bom, já que ele não é seu namorado ou coisa parecida eu posso falar, e eu ia falar de qualquer jeito, mas ele é muito bonito, meu Merlin. – Falou para mim, e eu comecei a rir, ele sempre fazia isso quando morávamos juntos no bairro.

– Não vou mentir, concordo, mas nem tenta. – Falei sorrindo para ele.

– É uma pena, está sendo um desperdício de pessoa. – Falou e eu comecei a rir. – Meu Merlin, já esta tarde, eu tenho que ir, meu horário de almoço já acabou. – Falou olhando um relógio de bolso, se eu não me engano era do seu avô.

– Tchau, nos encontramos de novo no próximo passeio. – Falei quando nos despedimos.

– Pode ter certeza que sim. E não precisa pagar a conta, está no meu nome, acerto mais tarde, tchau. – Falou e saiu do Três Vassouras praticamente correndo.

Fiquei rindo pelas palhaçadas que eu e o Isaac fazíamos quando éramos crianças, e depois de mais ou menos 5 minuto o Six voltou.

– Cadê o Isaac? – Perguntou sentando na minha frente.

– Foi embora, o horário de almoço dele tinha acabado. – Respondi para o Six bebendo minha cerveja amanteigada.

– Ah, onde ele está trabalhando? – Perguntou mexendo nos guardanapos que tinham ali.

– Na livraria que tem aqui. – Respondi.

– Tem uma livraria aqui? – Perguntou surpreso. – Eu nunca vi.

– Ela fica numa das ruas em volta. – Respondi sorrindo pelo jeito que o Six falou.

– Por isso eu nunca vi. – Falou.

– Mas o que você está fazendo aqui Six? Você não estava em um encontro? – Perguntei acabando de beber minha cerveja amanteigada.

– Sim, mas eu fugi dela, ela só sabia falar de como ela escolheu o esmalte da unha para ela vir para Hogsmeade, então eu falei da gente ir até a Dedosdemel, que estava lotado, e quando deu eu sai da loja sem ela perceber. – Respondeu sorrindo.

– Não sei por que você fica saindo com as meninas e depois as deixa sozinhas como bobas. – Falei o olhando.

– A culpa não é minha que elas só sabem falar de coisas de meninas. – Falou Six.

– Sirius, elas são meninas, e meninas falam de coisa de meninas. – Respondi.

– Você é menina e não fica falando de como a fulaninha ficou com aquela roupa. – Falou e eu tive que rir, era bem assim que nós falávamos.

– Eu não falo com você e os meninos, mas eu converso bastantes coisas com as meninas. – Falei para ele sorrindo.

– Eu queria que todas as meninas tivessem essa iniciativa. – Falou suspirando.

– É diferente, eu sou amiga de vocês, sei do que conversar, as outras meninas não. – Respondi.

– Está certo, vamos voltar para Hogwarts, eu não quero encontrar a Karine de novo. – Falou Six com uma careta.

– O nome dela é Karina. – Falei, e ela estava no 5º ano, e era da casa Corvinal.

– Tanto faz, por favor, vamos embora. – Falou fazendo cara de cachorro que caiu da mudança.

– Está bem, eu também não tenho muito que fazer aqui.

Nós saímos do Três Vassouras e seguimos pelas ruas de Hogsmeade, vimos a Alice com o Frank de mãos dadas, a Lily com o Jay, e ambos estavam rindo (eu disse que ela iria gostar do passeio), e também a Karina, que provavelmente estava procurando o Six, fazendo o mesmo se esconder atrás de mim.

Voltamos para Hogwarts, mas em vez de entrarmos no castelo, resolvemos ficar na frente do lago. Sentamos na beira do lago negro e ficamos olhando o mesmo, sem dizer uma palavra, e eu sentia que o Six queria me perguntar alguma coisa, mas ele não iria falar.

– Six, o que você quer me perguntar? – Perguntei o olhando.

– Nada de mais. – Falou dando de ombros. – Eu só queria saber a sua intimidade com o Isaac.

– Por quê? – Perguntei sem entender.

– Sei lá, vocês se reencontrar depois de alguns anos, e parece que se veem todos os dias, ficou estranho.

– Não tem nada de mais, nós fomos muito amigos na infância, e mesmo com tantos anos sem se ver não mudou nada. – Respondi para ele sorrindo, mas parecia que não era só isso. – O que mais quer me falar?

– Não sei, quando vocês conversaram ficou um clima estranho, principalmente quando eu cheguei, parecia que eu estava atrapalhando alguma coisa. – Respondeu.

– O que você quer dizer Sirius? Fala de uma vez.

– Sei lá, parecia que o Isaac gosta de você. – Finalmente falou o que queria.

– O Isaac gostar de mim? Isso nunca vai acontecer.

– Tem certeza?

– Tenho, eu o conheço desde meus nove anos.

– Mas um motivo para provavelmente ele estar gostando de você. Imagina só, o amor de infância perdido por um desencontro, e depois de anos sem se falarem, eles se reencontram, e percebe que seu amor continua tão ardente quando antes. Isso faz muito sentido para mim. – Falou e eu já estava rindo, ele seria um bom contador de histórias.

– Six, por mais que isso seja romântico, não acontece isso na minha vida. – Não exatamente, não é Caroline?

– E é muita coincidência ele vir parar bem aqui em Hogsmeade. Você não está vendo? Ele estava te procurando desde que se afastaram. – Falou Six, e eu posso dizer que eu nunca, nunca mesmo, imaginaria eu tento essa conversa com o Six.

– Six, ele não gosta de mim, eu sei disso. – Respondi, por que ele ficou com isso na cabeça.

– Eu discordo.

– Por quê?

– Eu vi como ele te olhava, era o mesmo jeito que o Jay olha a Lily e do mesmo jeito que eu... – mas deixou a frase morrer, provavelmente iria falar uma coisa que não devia.

– Você está imaginando isso Sirius, ele não estava me olhando assim.

– Estava sim. Por que você continua discordando de mim?

– Por que eu sei que ele não gosta de mim.

– Por quê?

– Porque ele é gay. – Falei, não aguentava mais ele ficar teclando na mesma tecla.

– Gay? – Perguntou e eu concordei com a cabeça. – Não parecia.

– Você não reparou por que estava mais ocupado em ver como ele me olhava. Ele me olha como se eu fosse uma irmã mais nova, e só isso. – Respondi.

– Desde quando ele é gay?

– Desde sempre. Quando éramos menores, ficávamos comentando dos meninos que passavam na rua. – Respondi rindo, lembrando-me dos bons tempos. – É por isso que eu sou meio pervertida às vezes.

– Que alivio saber disso. – Falou Six suspirando aliviado.

– Qual parte? De eu ser um pouco pervertida ou do Isaac ser gay?

– Os dois. – Respondeu colocando o seu braço no meu ombro.

– Por quê?

– Por nada, deixa para lá. – Respondeu, e eu ignorei o que estávamos falando e ficamos olhando o lago, e só agora eu reparei que essa cena parecia muito uma sena do meu sonho, que eu estou tento a duas semanas, desde que o Six me ajudou naquele dia com o pesadelo, e acabamos nos beijando.

P. D. V. Lily

Eu não acredito no que está acontecendo, eu estou saindo com o Potter, e não estou odiando, nem querendo matar ele, o que pode ser um bom sinal, mas também não é bom, pois eu estou abrindo uma porta para ter uma amizade com o James, ou alguma intimidade na cabeça dele, o que não é bom.

Nesse exato momento estávamos numa cafeteria tomando um capuchino, o que me surpreendeu, pois achei que o James não aceitaria vir comigo, que ele iria preferir muito mais ir ao Três Vassouras, mas quando falei em irmos para cá, ele concordou na hora. E nesse momento, enquanto tomávamos o capuchino ficamos em completo silencio.

– Sabe que eu nunca tomei com cabupino? – Falou James quebrando o silencio.

– Capuchino. – Corrigi-o sorrindo, não era a primeira vez que eu mostrava alguma coisa do mundo trouxa que ele falava erado. – Eu logo adivinhei que você nunca tinha tomado. Mas vamos ao que interessa, você gostou?

– Muito, isso é muito bom. – Respondeu sorrindo e tomando mais um gole, e eu logo o segui. – Você está bom bigode de capuchino. – Me disse sorrindo e me passou um guardanapo.

– Obrigada. – Agradeci e me limpei.

Depois de acabarmos de tomar os nossos capuchinos, resolvemos voltar para Hogwarts, está quase no horário, e daqui a pouco Hogwarts vai estar lotada de gente voltando de Hogsmeade. Andamos por toda Hogwarts até chegar a Sala comunal, e claro que ficamos conversando sobre coisas banais e rindo, por mais que eu não queria admitir, o James é legal, engraçado, descontraído, e a melhor parte desse passeio, ele não fez nada com segundas intenções.

Quando chegamos à Sala comunal não encontramos ninguém, nem um fantasma, mas a lareira estava acesa, o que é estranho por não ter ninguém ali. Subimos as escadas até a porta dos dormitórios e então nos olhamos.

– Gostou do passeio? – Perguntou-me James me olhando.

– Gostei. – Respondi sorrindo de lado.

– Então...? – Perguntou para ver como nós ficaríamos.

– Podemos tentar sermos amigos. – Respondi sorrindo, e ele abriu um sorriso encantador.

– Ok. Boa noite, Evans. – Falou sorrindo para mim.

– Pode me chamar de Lily. – Falei meio em duvida se deveria.

– Só se você me chamar de James. – Falou sorrindo ainda.

– Está bem, James.

– Nesse caso, boa noite Lily. – Falou e me deu um beijo na bochecha.

– Boa noite James. – Falei e logo entrei pela porta para os dormitórios, eu com certeza estava vermelha.

P. D. V. Carol

Eu e o Six estávamos sentados na frente da lareira, e em baixo da capa de invisibilidade do Jay, não queríamos que ninguém nos atrapalhasse, por mais que não estivéssemos fazendo nada, queríamos esperar a volta do Jay com a Lily, queríamos ver como eles estavam, mas não queríamos que eles nos vissem “espionando” sua possível relação, começo de amizade, ou até o mais puro ódio.

Depois de 10 minutos comigo e com o Six olhando a lareira com o fogo queimando, sem dizer uma palavra, escutamos o quadro de a Mulher Gorda ser aberto, e escutamos a risada da Lily com a risada do Jay. Vimo-los subirem as escadas e conversarem nas portas dos dormitórios, vimos o Jay dando um beijo na bochecha da Lily, e reparei que a Lily ficou bastante vermelha antes de entrar correndo pela porta, e logo em seguida vimos o Jay fazendo uma dancinha da vitória entrando pela porta do dormitório masculino.

Eu e o Six levantamos e tiramos a capa ainda olhando para onde até poucos segundos a Lily e o Jay estavam conversando animadamente. Então eu e o Six nós olhamos, perguntando com o olhar se realmente tínhamos visto aquilo, e é claro que a resposta foi sim, aquilo realmente tinha acontecido.

– Não acredito, funcionou. – Falei sorrindo igual a uma boba.

– Você conseguiu um milagre. – Falou Six sorrindo para mim.

– Eu só dei um empurrãozinho para o Jay mostrar quem ele realmente é, e ainda bem que ele não fez nenhuma besteira. – Falei.

– Verdade. – Concordou comigo.

– Mas vamos ao que interessa, realmente funcionou. – Falei animada abraçando o Six, ele me levantou e me girou, ainda estávamos abraçados.

– Vamos comemorar com o Jay. – Falei Six me colocando no chão e me puxando pela mão até o seu dormitório.

Assim que chegamos vimos do Jay em pé, e corremos até ele.

– Funcionou, funcionou, funcionou. – Falamos eu e o Six pulando em volta do Jay, o fazendo rir.

– Do que vocês estão falando? – Perguntou Jay sorrindo.

– Do passeio. Você conseguiu. – Falei animada parando na sua frente, com o Six ao meu lado, e nós dois estávamos sorrindo muito. – Te ensinei bem. – Falei e o abracei, fazendo-o ir.

– Parabéns cara. – Falou Six o abraçando também, e eu estava no meio.

– Gente, eu estou aqui no meio. – Falei, e eles me apertaram entre os dois, e nós acabamos rindo, logo saindo do abraço.

– Do que vocês estão falando? – Perguntou Remo que só agora reparei que ele e o Pero estavam no quarto também.

– O Jay conseguiu sair com a Lily sem ela querer mata-lo. – Respondi ao Remo pulando nas suas costas.

– É serio isso James? – Perguntou Remo me segurando.

– Sim, ela disse que podíamos tentar sermos amigos. – Respondeu Jay sorrindo abertamente.

– Que bom James, parabéns. – Falou Remo e Pedro concordou.

– Mas temos que pensar que esse só foi o primeiro passo, nós ainda temos muito trabalho até a Lily gostar de você, e vocês começarem a namorar. – Falei para o Jay, que sorriu com a ideia de conseguirmos juntar eles dois. – Mas eu já vou indo, só queria dar os parabéns por conseguir não ser babaca com a Lily por um dia. Até amanhã. – Falei e sai do quarto deles.

Segui para o meu quarto, e encontrei todas as meninas em volta da Lily, provavelmente perguntando sobre tudo que aconteceu no encontro entre ela e o Jay.

– Conta logo Lily. – Falou Lene.

– Deixa a Carol chegar, não quero ficar repetindo. – Falou Lily.

– Opa, então pode começar a contar, sou todo ouvido. – Falei e sentei no lado das meninas esperando a Lily começar a falar.

– O que vocês querem saber? – Perguntou Lily sorrindo pelas caras que estávamos fazendo esperando ela contar a história toda.

– Conte tudo. – Falou Dorcas.

– Como o James foi enquanto estavam no passeio? – Perguntou Alice.

– Bom, eu achava que ele iria ser chato, esnobe, egoísta como ele sempre é, mas ele foi um perfeito cavaleiro, sempre me perguntava onde eu queria ir, e quando eu falava o lugar, sabendo que ele não iria gostar, ele falava que estava tudo bem, não reclamava, e fui uma companhia maravilhosa. – Respondeu Lily sorrindo de lado, e ficando um pouco vermelha.

– Ele te obrigou a fazer alguma coisa ou a ir a algum lugar? – Perguntou Lene.

– Não, era sempre eu que falava os lugares. O único lugar que ele me pediu para ir foi na Penas & Pergaminhos, pois ele precisava comprar alguns pergaminhos. – Respondeu.

– Em que lugar vocês foram? – Perguntou Dorcas.

– Fomos à Dedosdemel, Penas & Pergaminhos, Artefatos Mágicos, na livraria Burgin’s, que ele não reclamou nem fez cara feia, até comprou um livro que indiquei para ele, e na padaria Refeição na Hora, que só tem alimentos trouxas, ele gostou de tudo, e ainda pagou a conta. – Falou Lily corando mais ainda pelas caras das meninas, mas eu não me surpreendi nem um pouco, o Jay sempre faz isso.

Bom, pelo menos comigo, teve uma vez que fomos só nós dois, pois o Remo como sempre estava ajudando o Pedro nas lições, e o Six estava em um encontro, e isso foi antes do natal, um pouco depois de terminar com o Bob, e tenho certeza que muitos acharam que eu estava em um encontro com ele por estar só nós dois, e nesse dia comemos no Três Vassouras, e ele não me deixou pagar nada, acho que ele queria me deixar despreocupada ou coisa assim, pois foi uma semana depois de eu terminar com o Bob, e eu ainda estava um pouco chateada pelo jeito que terminamos.

– O Jay é o menino dos sonhos. – Falou Dorcas e Lene concordou.

– E eu posso dizer que ele só fez isso com você. – Falei olhando para a Lily.

– Como assim? – Perguntou me olhando sem entender.

– Sair com uma pessoa, só foi com você. – Respondi a ela.

– Mas eu já o vi várias vezes saindo com meninas. – Falou Lily me olhando.

– Era tudo culpa do Sirius, ele queria sair com uma menina, e a menina falava que iria sair com a amiga, e o Sirius puxava o Jay para sair com a amiga para o mesmo ficar sozinho com a menina que ele queria sair. Mas o Jay nunca convidou nenhuma menina para sair, só você. – Falei, era verdade, sempre era culpa do Sirius, até hoje.

– Que fofo. – Falou Lene com cara de paraíso.

– Que romântico. – Falou Dorcas com a mesma cara.

– Lily, eu acho que o James realmente gosta de você. – Falou Alice par a ruiva esquentada.

– Eu ainda acho que ele só quer ficar comigo por que eu sou um desafio, mas eu vou dar uma chance. – Respondeu Lily abraçando as suas pernas.

– Você vai namorar com o James? – Perguntou Dorcas com os olhinhos brilhando.

– Não, eu vou dar uma chance a ele para me mostrar que ele não é quem eu acho que ele é, mas eu nunca vou gostar dele, o máximo que pode acontecer é virarmos amigos. – Respondeu Lily para Dorcas.

– Lily, eu sinceramente acho que você deve parar com esse pensamento que o Jay não presta, que ele não gosta de verdade de você, e que você não vai gostar dele, pois o amor sempre vem no lugar e no momento em que menos se espera. – Escute a voz da razão Ruiva.

– Falando assim até parece que você entende do assunto. – Falou Dorcas me olhando com uma sobrancelha para cima.

– Você está apaixonada e não nos contou Caldin? – Perguntou Lene com o mesmo olhar.

– Não. – Sim, mas eu não quero falar para vocês, pensei. – Eu só ouvi bastante sobre isso, então eu sei como é.

– Está bem, isso pode acontecer com as outras pessoas, mas não vai acontecer comigo. – Falou Lily levantando e seguindo para o banheiro.

Ruiva, você vai se surpreender com o que pode acontecer, pensei só para mim e segui para o outro banheiro. Depois que sai vi que todas as meninas já estavam dormindo, menos a Lily que estava lendo um livro deitada na sua cama. Então deitei na minha e fiquei olhando para o teto.

– Você não vai dormir Lily? – Perguntei, vendo que a mesma ainda estava lendo o livro.

– Não estou com sono. – Respondeu, e eu fiquei pensando em tudo mais em nada ao mesmo tempo enquanto olhava para o teto. – Você realmente acha que o amor pode ser são previsível que você nunca vai adivinhar de quem você vai gostar?

– Eu tenho certeza disso, o amor pode nascer onde menos se espera. – Respondi.

– Por que você fala isso, Carol? – Perguntou Lily.

– Por que, eu nunca imaginaria que acabaria gostando do Sirius. – Respondi, eu sabia que eu podia contar para a Lily, e eu precisava contar para alguém, aquilo já estava me corroendo, e eu não posso simplesmente chegar para alguns dos meninos e falar: Eu gosto do Sirius, me ajudem.

– Você está gostando do Sirius? – Perguntou Lily sentando na sua cama.

– Estou, faz um tempinho que eu descobri, mas eu não queria contar para ninguém. – Respondi sentando minha cama, olhando-a.

– Olha, só você achou que não iria acabar gostando dele, o jeito que vocês ficam, estava na cara isso. – Respondeu Lily vindo se sentar na minha cama.

– Eu sei, mas ele sempre falou que nunca iria gostar de nenhuma menina. – Falei abraçando a minha perna.

– Não foi bem assim que eu ouvi outro dia. Um dia sem querer eu ouvi uma conversa dele com o James, o James perguntou se ele não achava que estava na hora de parar de pegar qualquer uma e achar alguém que o Sirius realmente gostasse, e ele respondeu que nenhuma menina vai entrar na vida dele... – Falou e eu olhei para baixo, sabia que essa seria a resposta, mas a Lily continuou. – Só você. Ele falou que você vai ser a única menina da vida dele.

– Ele só falou isso por que somos amigos. – Falei para ela.

– Eu não acho, ele não falou que você seria a única menina da vida dele de um jeito normal, parecia até de um jeito apaixonado.

– Você só está falando isso para não me ver triste.

– Carol, por mais que você seja a minha amiga e que eu não queira te ver triste, eu nunca mentiria para você.

– Se o que você estiver falando for verdade, por que ele nunca demonstrou nada, nunca falou nada?

– Talvez por que ele acha que você não gosta dele, do mesmo jeito que você acha que ele não gosta de você. – Falou Lily olhando bem nos meus olhos, e o que ela disse faz todo sentido. – E não é normal alguém que não gosta da outra pessoa se beijarem tanto. Menina você já se beijaram pelo menos umas cinco vezes, se isso não for amor, paixão ou alguma coisa parecia, eu realmente não sei o que isso é. – Falou e eu comecei a rir baixinho.

– Você está certa, mas e se ele não quer nada comigo? – Perguntei.

– Ai você vai ter que descobrir.

– Como?

– Ai é com você minha amiga, você o conhece melhor que ninguém, não se esqueça disso. – Talvez não tanto o quanto eu pensasse, pensei. – Agora vamos dormir que já é tarde. Boa noite Morena. – Falou deitando na sua cama.

– Boa noite Ruiva. – Falei, e logo dormir, bem mais calma.