A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 70
Será que devo?


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
Oi, gente. Então, desculpem-me pela demora, mas começou as aulas essa semana, então não tive muito tempo, além do meu computador ter pifado novamente, então fiquei uns três dias sem escrever. Mas a boa noticia é que eu estou de volta, e com um capítulo bem "animador" (para algumas pessoas), vamos dizer assim.
Bom, não vou falar muito do capítulo, senão perde a graça, vou deixar as emoções para vocês durante o capítulo.
Espero que gostem e boa leitura.



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P. D. V. Carol

Já era dia 11 de novembro e eu estava no jardim, pensando na vida, pensando que minha mãe tinha acertado no presente do Hugo, pensando como eu poderia retribuir esse favor, pensando em como Hogwarts estava querendo me matar por ter um namorado bonito, gentil, inteligente, legal... Resumindo, tudo o que uma menina queria.

Em falar no Bob, eu encontrava com ele quase todos os dias da semana, às vezes eu tinha tanta lições que não dava para sair da sala comunal, então não nos víamos. O Bob conseguia ser muito fofo e romântico, as vezes eu perdia o folego de tanta fofura desse menino. E vocês devem achar que eu já decifrei o meu sentimento por ele, mas na verdade ainda não.

As vezes eu penso que eu não mereço o Bob, que eu não deveria começar um relacionamento com ele. Nesses últimos dias eu vi um casal se separando, e todos falaram que eles terminaram porque o carinha tinha ganhado chifres, ou em outras palavras, ele tinha virado corno. E eu fiquei pensando nisso, se eu não gostar do Bob para namorar, e terminarmos, será que vão falar isso dele?

– Está pensando em que? - Perguntou o Bob se sentando no meu lado.

– Pensando na vida. - Respondi sorrindo para ele.

– Boa ou ruim? Você não parece estar animada hoje. - Falou me olhando.

– Os dois, mas não é nada de importante. - Falei olhando para ele.

– Tem certeza? - Perguntou um pouco preocupado.

– Tenho. - Falei sorrindo. - É coisa da minha cabeça. - Falei dando de ombros

– Bom então tá. - Falou e me deu um selinho, ele sempre fazia isso. - Mas, como vai você e os meninos?

– Meninos em geral ou meus amigos? - Perguntei.

– Seus amigos. Faz 13 dias que estamos namorando e você não falou nada deles. O que eles acharam de você estar namorando? - Perguntou, se eu não me engano ele achou que os meninos iriam dar um sermão para ele quando descobrissem.

– Eles aceitaram numa boa, ficam fazendo piadinhas comigo porque eu fui à primeira deles a namorar, e assim por diante. - Falei e ele começou a rir. - Não ri, não. - Falei o empurrando fraco.

– É que é engraçado. Eu os imaginei falando. - Falou ainda rindo.

Eu comecei a rir também, e assim ficamos durante uns 10 segundos. Depois de rimos da minha carinha linda, entrelaçamos as nossas mãos e ficamos olhando o lago negro com alguns cubos de gelo formado em cima dele, afinal estava começando a ficar muito gelado, e já tinha caído neve numa noite aqui.

– Está estudando muito para o NOM's? - Perguntou olhando para mim.

– Ainda não comecei a estudar serio para os NOM's, mas dou uma lida em alguns livros para saber mais a matéria. - Falei dando de ombros.

– Sua família inteira é assim, eu já vi muitas vezes o seu irmão na biblioteca. - Falou sorrindo. - Sem contar no quabribol, tem talento para artilheiro no sangue. - Falou olhando para a floresta.

– Obrigada. - Falei sorrindo e dei um beijo na sua bochecha.

Ele sorriu e eu o abracei, já disse que eu adoro abraçar as pessoas? Então, ultimamente estou abraçando muito as pessoas, de verdade, não sei porquê. Quando abri os olhos ainda abraçada com o Bob, vi os meninos voltando para o castelo, e parecia que eles estavam vindo para a árvore, mas me viram com o Bob e resolveram voltar. Mas porque o Sirius e o Jay não foram encher o saco por eu estar lá com o Bob? Ok, um dos meninos resolveu voltar, e isso vou descobrir mais tarde.

– Mas, então? Você é prima do Hugo? - Perguntou Bob depois do abraço.

– Sim. - Falei tinha até me esquecido desse pequeno detalhe, que o Bob e o Hugo são da Corvinal.

– Ele fala muito de você, e quando estamos na sala comunal, ele fica me olhando como se quisesse ler a minha mente para descobrir o que pretendo com você, ou coisa assim. - Falou sorrindo e eu segurei a risada.

– Culpa do meu tio, pai do Hugo, ele sempre falou que protegia as irmãs e primas dos safados de Hogwarts. - Falou sorrindo.

– Mas eu não sou tão safado assim. - Falou Bob rindo e eu o acompanhei.

– O Hugo é novo. - Falei dando de ombros. - E quem disse que você não é tão safado assim? - Perguntei olhando para ele.

– Hum, eu. - Respondeu.

– Convencido. - Falei revirando os olhos.

– Ah, vai, me da um descontinho. - Falou me abraçando. - Eu só faço isso uma vez por mês, e ainda sou criticado? - Perguntou e beijou a minha bochecha, me fazendo sorrir.

– Não estou o criticando, só estou dizendo a verdade. - Respondi.

– Hum, tenho as minhas duvidas. - Falou brincando e me apertou mais forte no abraço.

Eu de uma risadinha, eu disse que ele era muito fofo. Ele é bem parecido com o Frank. Os dois são tímidos, fofos, românticos, tudo o que uma menina queria, mas o Bob tinha umas qualidades a mais. Ele tinha um braço forte, e tinha pegada, vamos dizer assim, e nesse ponto ele era bem parecido com o Sirius.

Meu Merlin, eu fico comparando o Bob com os meus amigos, mas o Bob não é os meus amigos. Como posso ficar comparando eles? São pessoas totalmente diferentes. Mas será que isso seria um sinal?

– Ei, tudo bem? - Perguntou Bob olhando para mim.

– Está sim. - Falei sorrindo.

Ele sorriu e me beijou, logo pedindo passagem, e é claro que eu cedi. Foi um beijo calmo, só para dizer que ele estava ali. Mas, será que esse beijo não significava outra coisa? Ai, o está havendo comigo? Há alguns dias eu tinha certeza de que eu gostava do Bob, mas agora fico em duvida com tudo o que acontece entre nós dois. Eu tenho que descobrir rápido o que eu realmente sinto pelo Bob, antes que seja tarde demais.

Não, não estou falando de morte ou coisa assim, só disse para descobrir antes que ele ache que eu realmente gosto dele, coisa que ainda não tenho certeza. Quando o beijo acabou sorrimos um para o outro e voltamos a olhar o lago. Ficamos mais uns dez minutos sentados juntos, um no lado do outro. Estava muito legal, até alguém pigarrear nas nossas costas.

Quando olhamos, era o Hugo nos olhando sérios, mas acho que ele estava segurando a risada.

– Dá para vocês me darem um espacinho? - Falou entrando no meio de mim e do Bob, e lá se sentou.

Dei uma encarada nele, mas o mesmo nem ligou.

– Hugo, não é só porque o seu pai ficava infernizando a vida das irmãs que você tem que interferir na vida da prima. - Falei calmamente.

– Mas eu não estou fazendo nada. - Falou me olhando e dando um sorriso maroto, maldito gênio de signo.

– Hugo, sem querer ser mal educado, ou entrar na vida da sua família e coisa e tal, mas por que você está aqui? - Perguntou Bob o mais calmo possível.

– Eu vim conversar com a Carol, mas eu esperava encontrar ela sozinha. - Falou, e olhou para mim, e percebi que não estava falando a verdade, ele sabia que eu estava com o Bob, e adorou interferir.

– O que foi? - Perguntei.

– Vem, preciso falar com você a sois. - Falou levantando, mas eu continuei sentada. - Vem, Carol. - Falou para mim.

Eu revirei os olhou e olhei para o Bob.

– Até outra hora. - Falei e beijei a sua bochecha, me levantando logo em seguida.

Segui o Hugo para dentro de Hogwarts, e aqui dentro está mais quente que lá fora, mas não tinha percebido que estava tão frio. Seguimos para um corredor no quarto andar e ficamos andando.

– Fale. - Falei olhando para o Hugo.

– O Bob não é o cara certo para você. - Falou, nossa, essa tinha sido direta.

– Como assim? - Perguntei sem entender.

– Entra aqui. - Falou e entramos numa sala vazia. - Carol, eu sei que você não gosta do Bob para namorar, não sou tão novo assim. E sabe como sei? – Perguntou e eu o olhei com atenção. - No seu olhar. Quando você olha para ele, não tem aquele brilho de quando você está apaixonado. – Falou; como ele sabe disso? Como pode ter tanta certeza? - Não é o mesmo brilho de quando a tia Roberta olha para o tio Henrique, nem o mesmo brilho de quando a minha mãe olha para o meu pai. - Falou e deu uma pausa. - Nem quando a vovó olhava uma foto do vovô. - Falou essa parte mais baixo.

É verdade, quando eles, todos eles, olhavam um para o outro, saia um brilho de ambos os olhos, até a vovó, que mesmo depois de anos que o vovô morreu, continuou a ama-lo do mesmo modo. Quando o vovô morreu eu tinha 10 anos, e todas as vezes que eu entrava no quarto da vovó sem ela perceber, vi-a olhando para uma foto dela com o vovô, e o famoso brilho apaixonado no olhar aparecia.

– O problema é que eu não sei se gosto dele para namorar ou como amigo. Estou em pé de guerra comigo por isso. - Falei sem pensar e sentei num dos bancos da sala.

– Então você tem que descobrir isso rápido, antes de fazer a escolha errada. - Falou se sentando no meu lado.

– Ok. Mas por que tudo isso agora? Já faz duas semanas que estamos namorando e você não falou nada. - Perguntei olhando para ele.

– É que eu tive um sonho hoje de noite com você. - Falou não querendo contar o sonho.

– Conta. – Falei, às vezes os sonhos do Hugo acontecia, mas era muito raramente, ou mostravam alguma coisa que poderia acontecer no futuro. Eu sei, é estranho, mas isso às vezes acontecia comigo também.

– Foi um sonho estranho, teve duas partes. A primeira parte você estava com o Bob, não sei dizer aonde, mas você não parecia muito feliz. Parecia cansada, irritada, não sei, você estava estranha. - Falou olhando para mim, e isso é realmente estranho.

– E a segunda parte? - Perguntei, acho que não poderia ser pior do que ele descreveu da anterior.

– Bom, a segunda parte você não estava com o Bob, estava com outro cara, mas não consegui ver o rosto dele, o rosto dele estava embaçado, como se não quisesse que eu visse o seu rosto, mas parecia que você estava feliz, estava com um olhar lindo, sorria, e quando olhava para ele seu olho brilhava. - Falou me olhando.

– Será que isso é um sinal? - Perguntei perturbada, nunca vi um sonho assim do Hugo.

– Pode ser, não sei. Mas se eu foce você tentaria decifrar esse sentimento o mais rápido possível, não gosto de ver você assim. - Falou me olhando.

– Assim como? - Perguntei, para mim eu estava a mesma.

– Sei lá, às vezes você parece meio fora da orbita. - Falou fazendo graça.

– Eu sempre fico fora de orbita. - Falei para ele, que riu.

– Bom, já falei o que tinha que falar, agora vou voltar para a minha sala comunal. - Falou e se levantou.

– É, vamos para sala comunal. - Falei levantando, então me veio uma pergunta na cabeça. - Quem te contou que eu estava no jardim com o Bob? - Perguntei enquanto saíamos da sala.

– Os seus amigos. Eu os encontrei e eles falaram que você estava lá, então fui. - Falou dando de ombro.

– Hum. - Murmurei e começamos a subir para a sala comunal.

Hugo só subiu um andar e eu subi três andares, claro que ficamos conversando, mas em coisas nada importantes, como as aulas e o que tinha feito com os presentes que ganhou de aniversário. Quando cheguei à sala comunal, não tinha quase ninguém, só alguns alunos do 7º ano fazendo lição ou namorando, e os meninos sentados na da lareira acesa.

Fui até eles e me sentei ao lado de Remo, que estava lendo um livro, e parece que eles não repararam na minha presença. Um segundo depois de sentar, veio uma jorrada de vendo quente em mim, que me fez ficar aquecida em apenas alguns segundos.

– Isso é relaxante. - Falei fazendo todos os meninos levaram um susto.

– De onde você veio? - Perguntou Jay.

– Do quadro da mulher gorda? - Perguntei como se foce obvio.

– Faz quanto tempo? - Perguntou Sirius.

– Menos que 1 minuto. - Respondi.

– E como foi com o Bob? - Perguntou Jay sorrindo malicioso.

– Foi bem. - Respondi e continuei. - E isso me fez lembrar uma coisa, quem foi que convenceu a vocês a darem meia-volta quando me viram com o Bob? - Perguntei.

– Você nos viu? - Perguntou Remo.

– Sim, mas quem foi que convenceu o Sirius e o James a não irem fazer piadinhas sobre o meu namoro? - Perguntei e todos olharam para o Remo. - Obrigada, Lobinho. - Falei e o abracei.

– De nada. - Falou sorrindo, e logo o seu sorriso se tornou maroto. - Mas, e ai? Ficaram se pegando muito?

Como eu já disse, ele é o nerdinho e certinho mais maroto que já vi, mesmo não fazendo sentido.

– Não, não ficamos nos pegando muito, ficamos conversando. E depois o Hugo apareceu. - Falei. - Vocês poderiam ter falado que não sabiam onde eu estava.

– Bom, nós não poderíamos te interromper, pois você nos mataria, mas o eu primo poderia, você não vai matar ele. - Respondeu Jay sorrindo.

– Ah, obrigada, vocês são ótimos amigos. - Falei na maior ironia possível.

– Ok, nós o fizemos ir de proposito. - Falou Remo. - Ainda não acostumamos com você namorando. E ele parecia que precisava falar urgente com você.

– Realmente ele precisava falar uma coisa urgente. - Falei e os meninos ficaram me olhando esperando a continuação. – Coisa que não é da conta de vocês, é assunto meu, e dele. - Falei os fazendo suspirarem.

– Serio que você não pode falar? - Perguntou Sirius com uma careta.

– Eu até gostaria, mas não dá mesmo. - Falei, era verdade, eu gostaria de contar para eles o que o Hugo tinha falado, mas não tinha coragem de falar tudo aquilo. Uma porque eles iriam achar entranho, e depois iriam querer uma explicação.

– Bom, eu vou subir para tomar um banho. - Falei levantando. - Até o jantar.

– Até. - Falaram e eu fui para a escada para o dormitório.

Subi a escada e entrei no dormitório. Fui até o banheiro e tomei um banho bem gostoso. Quando sai, me troquei e deitei na cama, e assim, comecei a pensar sobre o que o Hugo tinha falado para mim. "Você estava com o Bob, não sei dizer aonde, mas você não parecia muito feliz. Parecia cansada, irritada, não sei, você estava estranha." E depois continuou, “Você estava com outro cara, mas não consegui ver o rosto dele, o rosto dele estava embaçado, como se não quisesse que eu visse o seu rosto, mas parecia que você estava feliz, estava com um olhar lindo, sorria, e quando olhava para ele seu olho brilhava”.Quem será que era esse cara? E por que eu não seria feliz com o Bob?

E pesando nisso acabei dormindo.

O sonho que eu tive não pode se dizer normal, mas se a professora de Adivinhação visse o meu sonho, iria adorar. O sonho era comigo mais velha, lá pelos 20 anos de idade, e eu estava num parque, eu acho, era um lugar com bastantes árvores. E estávamos os meninos e eu, e o Bob, mas não parecia que ele e eu estávamos namorando, o que era estranho.

Todos nós parecíamos felizes, e eu olhava para o Bob do mesmo modo que olhava para todos os meninos, mas eu não sentia nenhuma diferença de sentimento do sonho para a vida real. Será que isso era outro sinal? Será que isso significava que eu não gostava dele para namorar? Bom, isso está bem claro, eu só vejo o Bob como um grande amigo, mas um sentimento diferente pelos outros meninos, os meninos eu os via como irmão, ou coisa parecida.

No sonho começamos a rir por algum comentário do James, e estão eu escutei uma porta batendo e acordei. Quando abri os olhos, vi que estava deitada na cama, e a Dorcas tinha acabado de entrar no quarto, e só agora teria percebido a minha presença, e fez um careta por ter me acordado.

– Ai, Carol, desculpa. Eu não queria ter te acordado. - Falou para mim.

– Tudo bem, eu não querianem ter dormido. Não tem problema. - Falei sorrindo.

– Eu subi para pegar uma coisa, nada de importante. E já está na hora do jantar. - Falou mais calma.

– Obrigada por me avisar, já vou descer. - Falei e levantei da cama.

Assim sai com a Dorcas, depois dela pegar o que queria, e fomos juntas para o salão principal.

Quatro dias depois...

Já aviam se passado dias desde que eu tive o sonho, e tive certeza que eu só gostava do Bob como amigo, mas eu ainda não tinha tido coragem para falar a verdade para ele. Nesse exato momento os meninos e eu estávamos no jardim, e eu estava em cima da árvore, e estava pensando nisso, sobre não gostar do Bob para namorar e não ter coragem para contar.

– Carol, você está bem? – Perguntou James após subir na árvore e ficar no meu lado.

– Promete que não vai ficar...? – Comecei a perguntar mais desisti. – Deixa para lá.

– Pode começar a falar. Não gosto de te ver com essa carinha triste. – Falou e bagunçou o meu cabelo, me fazendo sorrir.

– Obrigado por me alegrar. – Falei o abraçando, e o mesmo murmurou um de nada. – Não é nada demais, só estou confusa com umas coisas.

– Com o que? – Perguntou olhando nos meus olhos.

– É que eu estou em duvida se devo continuar a namorar com o Bob. – Falei.

– Por quê? Ele te fez alguma coisa? – Perguntou todo preocupado.

– Não, ele não fez nada. A duvida é comigo mesmo.

– Fala.

– É que eu acho que eu não gosto do Bob para namorar. Quer dizer, eu tenho certeza que eu não gosto do Bob daquele jeito.

– Conta para ele. – Falou dando de ombros.

– Esse é o problema, eu não consigo falar isso para ele. Eu o tenho evitado há quatro dias para não falar com ele, mas essa culpa, ou coisa parecida, está me consumindo, não consigo parar de pensar nisso. – Falei abraçando a minha perna.

– Eu não posso tomar essa decisão por você, mas posso tentar ajudar. – Falou sorrindo. – Você acha que vai ser feliz ficando no lado dele?

– Não. – Respondi.

– Acha que vale a pena ficar mentindo para ele, o iludindo, o fazendo achar que você gosta dele do mesmo jeito que ele gosta de você?

– Não.

– Então... – Começou a falar, mas eu o cortei.

– Eu sei o que você vai falar, mas eu tenho medo dele ficar com raiva de mim depois disso. E eu gosto dele, como amigo, não quero perder a amizade.

– Eu te entendo. Também acho isso com a Lily. – Falou como se foce normal, como se ele já tivesse namorado a Lily.

– James, você e a Lily não são nem amigos, muito menos namoraram.

– Mas seriamos, se o Seboso não ficasse colocando coisas na cabeça dela. E eu já disse isso varias vezes, eu e a Lily um dia ainda vamos namorar, está escrito no meu caderno de desejos. – Falou e comecei a rir.

– Você não existe.

– Existo tanto quanto você. E tem mais uma coisa que eu escrevo no meu caderninho de desejos todos os dias. – Falou e eu o olhei. – Que nós sejamos muito feliz, juntos ou separados, todos nós, os Marotos.

– Por que você não demostra o seu lado fofo para a Lily? Tenho certeza de que ela iria adorar conhece-lo.

– Por quê? Ela falou que gosta de mim?- Perguntou desesperado pela resposta.

– Não disse isso. Mas que se você mostrasse o seu lado fofo, isso poderia acontecer, sim. – Falei sorrindo.

– Obrigado pela dica. Mas será que ela vai acreditar que eu estou falando a verdade? E eu não vou ser fofo quando ela estiver com o Seboso, a raiva vai falar mais alto. – Falou e eu sorri pelos pequenos comentários dele.

– Tudo bem, eu te entendo, também não consigo me segurar quando estou falando com a Lily e ele aparece se intrometendo. – Falei lembrando-me de todas as vezes que eu estava falando com a Lily e ele entrou na conversa.

– Bom, acho melhor irmos, daqui a pouco vai ser a hora do almoço. Os meninos já foram, por isso que subi.

– Então vamos. – Falei e pulamos juntos da árvore.

Assim que aterrissamos corremos para dentro do castelo. Chegamos à frente do salão principal e paramos na porta. Olhei pelo salão e vi o Bob falando com um amigo, e rindo, e fiquei com a duvida novamente na cabeça. Olhei para o James e o mesmo me deu um beijo na testa, como se estivesse me dando coragem para fazer o que era certo, e eu sabia qual era a coisa certa a se fazer, mas não faria aqui, nem agora.

Dei um sorriso torto para ele e fomos para a mesa da Grifinória, que estava no lado da Corvinal e da Sonserina. As mesas estavam colocadas assim: da direita para a esquerda: Corvinal, Grifinória, Sonserina e Lufa-Lufa. Sentei-me ao lado do James e do Sirius, que por acaso ficava de frente para o Bob. É realmente o destino queria me ferrar, ou Merlin e Morgana não queriam que isso passasse por mais um dia.

Olhei de relance, sem perceber, e vi que ele estava me olhando. Quando viu que eu estava olhando para ele, mexeu a boca formando as palavras: Tudo bem? Eu concordei com a cabeça e formei as palavras: Preciso falar com você. Ele concordou e falou que depois do almoço nós conversávamos, e eu concordei.

– Vai falar para ele? – Perguntou Jay reparando na nossa “conversa”.

– Sim, já passou tempo demais. – Falei o olhando e ele deu um sorriso torto.

– Do que vocês estão falando? – Perguntou Sirius.

– Depois eu falo para vocês. – Falei e começamos a comer.

Comemos macarrão cabelo de anjo com molho branco, frango, e tomamos suco de abacaxi (hoje mudaram, que de mais). De sobremesa teve uma torta de maça (que eu comi) e pudim de leite condensado. O almoço estava ótimo. Quando acabei de comer, olhei para o Bob, e ele também tinha acabado de comer. O mesmo fez um gesto para fora do salão principal, e eu mexi com a cabeça positivamente.

Ele levantou da mesa e seguiu para fora, depois de uns 20 segundos que ele levantou, também levantei falando de encontrava os meninos mais tarde, e também sai do salão principal. Quando cheguei lá fora, vi o Bob na escada parado. Andei rápido até ele e quando cheguei, ele disse:

– O que foi? Aconteceu alguma coisa?

– Vamos para um lugar mais reservado. – Falei e começamos a subir as escadas que se movem.

Subimos até o terceiro andar, quase ninguém ia lá por causa da “ala” proibida, que era o lado direito. Fomos andando até achar uma sala vazia (que não foi difícil de achar). Entramos na sala e nos sentamos nas mesas que tinham lá, um de frente para o outro. Ficamos alguns segundos sem falar nada, e acho que eu não estava com uma cara boa, pois logo o Bob perguntou:

– O que tem de errado?

– É difícil de explicar.

– Bom, mesmo sendo ou não, você tem que me dar uma explicação, pois faz quatro dias que você não fala comigo, nem olha na minha cara. – Falou, e isso era verdade.

– Está bem, vou falar tudo. – Falei e dei um suspiro. – Lembra quando estávamos no jardim, á quatro dias, e o Hugo apareceu querendo falar comigo? – Perguntei e ele concordou. – Então, ele queria-me falar que teve um sonho muito estranho entre mim e você. – Falei e dei uma pausa. – Não lembro o sonho direito, mas ele me falou que eu não parecia feliz com você.

– Então você não falou mais comigo por causa desse sonho? – Perguntou querendo entender.

– Não exatamente. Mas no mesmo dia, eu tive um sonho com a gente, nós e os meninos. Estávamos todos juntos em algum lugar, e você não era o meu namorado, era meu amigo. – Falei constrangida.

– Me deixa adivinhar. Depois desse sonho você percebeu que não gostava de mim para namorar!?

– É isso mesmo. – Falei e abaixei a cabeça. – Desculpa, eu queria que foce diferente esse sentimento, mas...

– Ei, calma. Nós não tínhamos feito um acordo disso? – Perguntou e eu concordei. – Então não precisa pedir desculpas, às vezes isso acontece. – Falou dando de ombros.

– Obrigada por me entender. – Falei agora olhando para ele novamente.

– Não precisa agradecer. – Falou e se sentou no meu lado. – Posso te contar um segredo? – Perguntou e eu concordei. – Quando eu tinha 14 anos achava que eu gostava de uma menina linda da Lufa-Lufa, só que ela nunca deu bola para mim, e ela estava no ultimo ano. Então depois do natal do mesmo ano, eu percebi que eu só gostava dela, porque ela era linda, e tinha o corpo mais belo que já vi, mas não era paixão, ou um gosto diferente, era... Até hoje não sei explicar. – Falou sorrindo.

– Eu entendi. – Falei sorrindo.

– Mas, então, eu queria te dizer, que às vezes os nossos sentimentos falam uma coisa e você entende outra, assim como você pensou que gostava de mim, mas na verdade só gosta de mim como amigo. – Falou.

– Todos os alunos da Corvinal filosofam? – Perguntei sorrindo, e ele riu. – Mas posso te contar uma coisa? Você foi o melhor primeiro namorado que eu poderia ter. E eu tenho certeza que você vai encontrar alguém que goste de você e você dela.

– Obrigado. – Agradeceu sorrindo.

– Só falei a verdade. – Falei dando de ombros. – Amigos? – Perguntei estendendo a mão para ele.

– Amigos. – Falou e apertou a minha mão. – Sabe, você também foi uma ótima primeira namorada. – Falou sorrindo.

– Mesmo com meus problemas de marotices? – Perguntei desconfiando que ele estivesse falando a verdade.

– Sim, às vezes precisamos rir para alegrar a alma. – Falou sorrindo.

– Tenho que concordar. E obrigada pelo elogio. – Falei sorrindo.

– De nada.

– Nossa, tirei um peso da consciência. – Falei suspirando, e ele levantou as sobrancelhas. – Não que eu não goste de você, mas eu estava me torturando não contando a verdade para você.

– Tudo bem. Bom, acho melhor sairmos daqui, senão todos vão vim nos procurar. – Falou e levantou da mesa.

– Bom, já vou falar tchau agora porque eu tenho que correr para fazer umas lições que ainda não fiz. – E isso não era totalmente verdade. – Tchau. – Falei e o abracei.

– Tchau. – Falou me abraçando também.

Assim que saímos do abraço, sai correndo em direção as escadas. Subi-as até o sétimo andar e fui para sala comunal. Não encontrei os meninos na sala, então fui até o quarto deles, e lá eles estavam sentados cada um numa cama.

– E ai? Como foi com o Bob? – Perguntou Jay quando me viu.

– Contei tudo. E terminamos. – Falei e sentei na cama do Jay.

– Como assim terminaram? – Perguntaram Remo e Sirius juntos.

– É, descobri que eu não gosto dele como namorado, e acabei terminando com ele. E tirando um peço na consciência.

– Como assim? – Perguntou Pedro.

– Bom, eu já sabia fazia uns quatro dias que eu não gostava do Bob como namorado, mas não conseguia falar isso para ele. E agora eu consegui – Falei dando de ombros.

– Isso merece uma comemoração. – Falou Sirius sorrindo.

– Sirius, para de ser retardado. A menina acabou de terminar com o namorado e você quer fazer fez festa por isso? – Perguntou Remo.

– Sim. Agora os Marotos estão solteiros novamente. – Falou e começou a fazer cocegas em mim.

– Você não ter jeito. – Falei depois que ele parou de fazer cocegas.

– Claro que não. – Falou sorrindo maroto e me deu um beijo na bochecha.

– Só quero ver quem vai conseguir colocar uma coleira em você. – Falou Remo.

– Espero que logo, pois assim ele para de fazer pornografia na minha cama com a Carol. – Falou James olhando abismado para o Sirius me dando um monte de beijos na bochecha.

– Não fala nada que você faz isso com a Lily nos seus sonhos. – Falei ainda sendo beijada, fazendo o James corar.

– Então você não quer pornografia na sua cama? – Perguntou Sirius olhando para o Jay, que concordou. – Então eu vou para minha. – Falou e me pegou no colo.

– Sirius. – Falei me segurando no seu pescoço.

Ele me colocou na cama e virou para os meninos:

– Bom, vou fechar as cortinas para vocês não verem o que estamos fazendo. Com licença. – Falou e antes de fechar as cortinas dei um tapa nele, fazendo os meninos rirem. – Ai, você sabe que eu estou brincando. – Falou baixo.

– Eu sei, mas fiquei com vontade de te bater. – Falei baixo também.

– Ei, nós vamos até a cozinha. Querem alguma coisa? – Perguntou Remo sem abrir as cortinas.

– Quero chocolate. – Falei colocando a cabeça para fora.

– Trás dois. – Falou Sirius me seguindo e colocando também a cabeça para fora.

– Ok. – Falou Remo rindo por termos feito igual.

Ele saiu e eu virei para o Sirius.

– Por que fez tudo isso? – Perguntei.

– Não sei. – Falou dando de ombros. – James não queria pornografia na cama dele, então vai à minha. – Falou e começou a beijar a minha bochecha de novo.

– Você é muito estranho. – Falei.

– Não sou estranho, sou sexy. – Falou sorrindo maliciosamente parando de me beijar.

Olhei para ele e em um movimento estava em cima dele.

– Pode até ser, mas eu não acho que você tem alguma coisa diferente dos outros meninos.

– Será? – Falou colocando as mãos atrás da cabeça, como se estivesse na praia.

– Não para mim. – Falei e sai de cima dele. – Acho até que o Malfoy tem mais atribuições que você. – E não, isso não era verdade.

– Como é que é? – Perguntou o Sirius se sentando.

Para a sua informação, o ponto fraco do Sirius é saber que tem outro menino mais “gostoso” que ele, e ele fica pirado quando falam que o Malfoy era/é mais gostoso que ele.

– Você está dizendo que acha o Malfoy mais sexy que eu? – Perguntou chegando perto de mim.

– Na verdade, não. Era só para ver a sua reação. – Falei sorrindo.

– Bom, normalmente quando uma menina fala isso, eu mostro quem manda. Mas como você é minha amiga, eu vou ficar só no abraço. – Falou e me abraçou, me fazendo rir.

– Você é muito, muito, estranho! – Falei sorrindo para ele.

– E você é muito, muito, louca para ficar com esse estranho. – Falou me imitando.

– Fazer o que? Vocês são todos estranhos, e eu sou mais estranha ainda, então combinamos.

– Pode até ser, mas... – Começou a falar mais parou para pensar se deveria, e logo continuou. – Tem certeza que está bem com o termino do seu namoro?

– Tenho. Já fazia uns quatro dias que eu tenha descoberto que só gostava dele como amigo, como já disse antes. Foi melhor contar tudo de uma vez.

– Se você tem certeza. – Falou dando de ombros.

– Absoluta. – Falei sorrindo.

– Por mim está ótimo. – Falou e beijou a minha bochecha, de novo.

– Voltamos. – Falou Jay aparecendo no quarto com chocolate na mão e abrindo a cortina da cama.

– Já? – Perguntei ainda abraçada com o Sirius.

– Claro, pegamos uma passagem. – Falou Remo dando de ombros.

– Ah, sim, a passagem do cozinheiro que dá para o quinto andar, perto do banheiro dos monitores, ou visse e versa. – Falei lembrando-me da passagem.

– Você conhece? – Perguntou Pedro se sentando na sua cama com muitos chocolates.

– Peguei uma detenção por causa dela.

– Quando? – Perguntou Remo se sentando na cama também.

– Ano passado, por causa do Malfoy. – Falei fazendo uma careta com a menção do nome.

– Pera, você falou alguma coisa sobre isso. – Falou o Sirius e ficou pensativo. – Você não tinha falado alguma coisa sobre pegar uma detenção por causa do Malfoy ano passado perto do banheiro dos monitores?

– É verdade, você tinha nos falado da passagem, até tinha esquecido. – Falou Jay na sua cama.

– É isso ai. Mas até que foi boa a detenção. – Respondi sorrindo, e os meninos me olharam sem entender. – Conversei com o Hagrid e conheci o Bicuso.

– Verdade, tinha até me esquecido. – Falou Remo. – Em falar no Hagrid e no Bicuso, como eles estão?

– Não sei, não falei com eles, só nas aulas, e parece que está tudo bem. – Falei dando de ombros.

– Semana que vem começa a semana de lua cheia, não é? – Perguntou Jay para o Remo.

– Sim. – Falou meio desanimado.

– Pode contar com a gente. – Falei sorrindo e os outros concordaram.

Remo revirou os olhos e começamos a rir.

Uma semana depois...

Já tinha acabado os dias de lua cheia, hoje tinha sido o ultimo, e era sábado, e estávamos na casa dos gritos, conversando depois de uma bela noite lupinica.

– Sabe o que reparei? Ficamos com sono de noite sem conversar. – Falou Sirius enquanto conversávamos dessa semana, que tinha sido mais fácil que a outra.

– Verdade. – Concordou Jay.

– Tenho uma ideia. Precisamos achar algum feitiço que faz os animais se comunicarem pela mente. – Falei, eu concordava com que o Sirius falou.

– Isso é possível? – Perguntou Pedro.

– Claro. – Respondi dando de ombros. – Já li isso num livro, mas não lembro qual, nem onde. – Falei pensativa.

– Bom, pensamos nisso depois. – Falou Jay. – Mudando de assunto, por que vocês não passam o natal lá em casa? Acho que a mamãe e o papai não se incomodariam de ter um pouco de gente lá em casa, afinal, o Sirius já vai, a Carol já passou uns dias lá, e ela quer conhecer vocês dois. – Falou apontando para o Remo e Pedro.

– Acho que minha mãe deixa. – Falei dando um sorriso para ele.

– Vou ver com a minha. – Falou Remo.

– Vou tentar convencer os meus pais, eles são meios medrosos em me deixar sozinho. A não ser Hogwarts, que é o lugar mais seguro que existe. – Falou Pedro.

– Eu já vou. – Falou Sirius.

– Bom, só falta eu ver com a minha mãe agora. – Falou Jay sorrindo.

Ficamos conversando sobre coisas banais, e passamos a tarde inteira assim.


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Notas finais do capítulo

Oi, novamente. Então tenho certeza que tem leitoras pulando de alegria, tem outras que estão triste pelos acontecimentos, outras que estão com muita raiva de mim, e outras que estão querendo me matar. E se tem todos esses exemplos, com certeza que vai ter muitos comentários, igual ao anterior, que tive 6, sim, 6 comentários.
Então é isso, comentem o que acharam e o que esperam para o próximo capítulo, vou adorar ler as suas opiniões. E em falar em comentar, os leitores novos, não se acanhem em comentar, vou adorar saber das suas opiniões sobre a minha fanfic. Estou esperando os seus comentários também.
Beijo, beijo, beijo, beijinho, beijão. :*
*Nox.



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