Três dias depois...

P. D. V. Carol

Todos os dias nós estávamos dormindo na barraca do meu pai no jardim, e sempre tinha o sonho com o lobisomem, só que nunca conseguia acabar, sempre os meninos se mexiam nas camas e fazia barulho ou até falavam nos sonhos, normalmente eu não tinha sonho muito leve, mais ultimamente estou tendo.

Hoje eu acordei as 10 da manhã e fui acordar os outros meninos que ainda dormiam. Primeiro fui acordar o James, que tinha o sono mais leve e assim ele me ajudava com o Sirius. Fui para o quarto dele e o acordei ele estava todo descabelado e desarrumado, só que eu não poderia  falar nada, estava do mesmo jeito.

O James levantou e fomos para o quarto do Sirius, que dormia igual a uma pedra.

- Sirius... Sirius acorda... – Falei tentando, só que inutilmente.

- Vou pegar a água. – Falou James e eu concordei com ele.

- Sirius acorde... – Falei continuando tentando acorda- ló. – Vamos Sirius, você não pode ter um sono tão pesado assim, nem meu irmão dorme tanto assim. – Falei sentando em cima dele. – Vamos acorda Sirius. – Falei o chacoalhando. Ele abriu os olhos e em movimento rápido me jogou para o lado e subiu em cima de mim.

- Sirius! – Exclamei.

- Não me acorde mais assim. Tenho trauma. Desculpa. – Falou saindo de cima de mim.

- Por quê?

- Porque um dia minha querida mãe me acordou assim, só que ela segurava meu pescoço.

- Como assim sua mãe te acordou te enforcando? Ela é louca? Débil mental? – Falei seria.

- Eu já disse que ela é louca. E por que foi me acordar assim?

- Por que você não acordava, desculpa.

- Tudo bem, só não faz novamente. – Falou dando um sorrisinho.

- Claro pode deixar. JAMES PODE ESQUESER A ÁGUA, ELE ACORDOU! – Gritei.

- Se você estava pegando água por que acordou assim?

- Por que não queria que a barraca cheirasse cachorro molhado.

- Engraçadinha!

- Eu sei que sou muito engraçada. – Falei brincando, e ele pulou em cima de mim novamente e começou a fazer cosegas.

- Para... Sirius... Para por favor... – Falei entre as risadas.

- Então vocês começam a brincar e não me chamam? – Falou James ma porta. – E por que você esta em cima da Carol, Sirius?

- Para fazer cosegas nela. Quer fazer também?

- Claro!

- Não, pode parar, dois é covardia. – Falei só que nenhuns dos dois me escutaram e começaram a fazer cosegas em mim de novo.

Hora depois...

Nós estávamos almoçando, todos quietos a mesa. Meu pai falando com a mamãe baixinho, James e Sirius também e Leandro estava pensando em alguma coisa.

- Leandro tudo bem? – Perguntei, ele estava no meu lado.

- Tudo, por quê?

- Porque você parece pensativo.

- Não é nada. – Falou dando um sorriso maroto como o meu, só que isso não era coisa boa coisa. Quando ele dava esse sorriso, estava tramando alguma coisa.

Almoçamos e fomos para o meu quarto assistir TV, eu ainda estava perturbada pelo sonho, já fazia quatro dias que estávamos com lua cheia. Mais não contei para ninguém, isso era só entre mim, eu só queria ver quem era o lobisomem, eu ainda estava achando que era o Remo só que não poderia ser, ou poderia e ele não contou nada para gente, talvez ele tivesse medo que nós nos afastássemos dele, e eu faria a mesma coisa.

Foi ai que meu irmão me chamou no quarto dele. Fui ate a porta e a abri, dei um passo para fora e um balde de água com tinta vermalha cai em cima de mim.

- HHHAAAAA! – Gritei e logo depois os meninos apareceram e tomaram uma tortada na cara. E depois aparece Leandro na porta do quarto dele gargalhando da nossa cara.

- VOCÊ ME PAGA LEANDRO! – Gritamos eu e os meninos.

- Vem vamos nos limpar. – Falei empurrando os meninos de volta para o quarto.

 - Isso não vai ficar assim. – Falou Sirius.

- Claro que não vai, mais agora precisamos nos limpar e ai depois nós pensamos como nós vamos nos vingar.

- Tá bom, mais te que ser uma coisa muito boa. – Falou James.

- James, nós temos três mentes malignas, marotas e que adora confusão. Vai ser a melhor vingança que eu já fiz com o Leandro. – Falou sorrindo marota.

- Tá bom, aonde vamos nos limpar? – Perguntou Sirius.

- No meu banheiro!

- Mais e você? – Perguntou James.

- Também. – Eles trocaram olhares. – Eu não vou tomar banho agora, só vou tirar o excesso da tinta.

- Tá bom.

Fomos para o banheiro e eu fui para o chuveiro, iria tirar a tinta lá, enquanto os meninos ficavam na pia e tiravam a torta com papel e lavavam o rosto. Enquanto eu tirava a tinta já pensava na vingança, seria a melhor e ainda teria meus amigos fazendo comigo, seria inesquecível e muito divertido.

Quando tirei o excesso da tinta do cabelo, sai e encontrei o James e o Sirius na minha cama, fui ate eles e sentei ao lado do Sirius. Eles pareciam meio pensativos.

- No que estão pensando?

- Na nossa vingança. – Falaram juntos.

- E no que?

- Eu estava pensando em jogar uma porta nele. – Falou Sirius.

- Eu pensei em jogar tinta, que cor ele não gosta?

- Verde. E eu estava pensando em pendurar ele na árvore lá fora...

- Interessante... – Falaram James e Sirius juntos com um sorriso maroto.

- Nós poderíamos juntar as nossas ideias e fazer a melhor pegadinha nas nossas vidas. – Eu falei. – Só que por umas coisinhas a mais nas nossas ideias. – Falei com sorriso maroto.

- Tipo? – Perguntou James.

- Nós poderíamos colocar glitter no seu James, fazer uma torta de bomba de bosta, e quando o meu irmão ficar pendurado de ponta cabeça, vou jogar pó de mico. – Falei dando um sorriso maroto e sendo acompanhada pelos meus amigos, mais logo meu sorriso sumiu.

- Que foi? – Perguntou James.

- Onde vamos fazer as coisas? – Perguntei. – Não pode ser na cozinha daqui de casa... – Ficamos quietos e então Sirius falou:

- E se usarmos a cozinha da barraca?

- Isso Sirius. Só tem mais um problema. – Falou James.

- Qual?

- Como vamos conseguir tudo isso?

- Ora James, eu tenho aqui em casa. – Falei indo ate o meu guarda- roupa, abrindo-o e pegando a bomba de bosta, o pó de mico e o glitter verde em uma gaveta secreta. Fui ate o James e Sirius e dei o glitter para James, as bombas de bosta para Sirius e fiquei com o pó de mico. – Se você quiser eu posso te ajudar a fazer o bolo Sirius.

- Claro toda ajuda é bem vinda!

- Então vamos? – Perguntou o James.

- Vamos.

Eu e os meninos saímos do meu quarto, fomos ate o jardim e do jardim fomos ate a barraca.

- Carol, que feitiço você vai usar para prender o Leandro?

- Isso é um segredo meu.

- Vai Carol fala. – Rebateu Sirius.

- Eu já disse que não. É um segredo meu, e não me pergunte mais nada ou não vai ter pegadinha. – Falei antes que quaisquer uns dos dois falassem alguma coisa, e pelo visto eles queriam muito fazer a pegadinha, pois os dois não falaram nada depois disso.

Fomos para barraca e entramos na mesma, fiz um feitiço para não deixar ninguém entrar, quando me virei me deparei com o James e o Sirius me olhando.

- Não facção perguntas! Vamos para cozinha e faremos o primeiro passo da nossa pegadinha contra o Leandro entrar em pratica. – Falei dando um sorriso e sendo acompanhada pelos meninos.

- Você sabe fazer bolo Carol?

- Claro!

Começamos a fazer o bolo ( eu e o Sirius, já que o James estavam fazendo sua parte da pegadinha). Fizemos a massa do bolo e fui ajudar o James, como eu também já tinha feito essa pegadinha, muitas vezes, sou uma expert (não estou me exibindo XD). Quando acabamos fiquei impressionada com o nosso talento culinário e de pegadinhas.

O bolo/ torta de bomba de bosta ficou perfeito, já a tinta verde com água ficou maravilhoso, coloquei o glitter e fiz a cobertura de bomba de bosta para a torta. Fomos para fora da barraca, ficamos em frente à árvore que eu iria prender o Leandro.

- Bom, primeiro o Sirius vai jogar a torta na cara do meu irmão e falar que fui eu quem mandei. Eu e o James vamos ficar aqui e quando ele chegar eu vou jogar o feitiço para prende- ló, então o James joga a tinta e eu jogo o pó de mico nele.

- Por que tenho que falar que foi você? – Perguntou Sirius.

- Por que meu irmão não teria coragem de fazer nada com vocês, vocês são nossos convidados.

- Tudo bem.

Sirius entrou e o James e eu subimos na árvore para se esconder. Não demorou três minutos e ouvimos meu irmão falando e Sirius dando risada. Depois de dois minutos meu irmão e Sirius apareceram, Sirius gargalhando e meu irmão com bomba de bosta na cara muito bravo. Quando ele chagou perto a árvore eu sussurrei “ Sursum Deorsum” e meu irmão ficou de cabeça para baixo, então eu joguei o pó de mico e o James desceu da árvore e eu logo atrás.

- Caroline eu vou te matar.

- Só se você sair da árvore e você só vai sair se eu deixar e desfazer o meu feitiço.

- Qual é o feitiço Caroline? – Gritou ele.

- Eu já usei muitas vezes em você maninho!

- Não é aquele feitiço que você inventou é? – Perguntou ele começando a se coçar.

- Eu não vou dizer. James, agora é com você. – Falei dando um sorriso para meu amigo e vendo ele jogar a tinta verde no meu irmão.

- Tinha que ser verde?

- Claro, se não, não teria graça. – Falou James e Sirius juntos, às vezes adoro esses meus amigos.

- Foi ideia sua não foi Carol? – Perguntou Lean entre os dentes.

- Na verdade...

- Foi ideia nossa! - Falaram os outros juntos novamente.

- Eu conheço minha irmã.

- Olha, eles deram a ideia e eu terminei de arruma- lá.

- Nós fizemos essa pegadinha juntos. – Falou James.

- Eu sabia. – Falou Lean.

- Como assim? – Perguntamos juntos (eu, James e Sirius).

- Minha irmãzinha não conseguiria planejar isso sozinha.

- Quem disse?

- Eu.

- Então vai ficar ai ate voltarmos para Hogwarts.

- Não, é brincadeira. Você conseguiria sim, só que você não pensaria isso em 10 minutos e nem colocaria em pratica isso em um dia.

- Tá bom, só que você vai ficar ai mais um pouquinho. – Falei dando um sorriso sarcástico para meu irmão. – Vamos meninos, fazer a torta me deu fome.

- Comigo também. – Falaram os outros dois e demos as costar para o Leandro.

- VOCÊS VÃO ME DEIXAR AQUI? – Gritou.

- SIM! – Gritamos de volta.

- Você não vai deixar ele lá vai? – Perguntou James.

- Claro que não, só vou soltar ele quando eu estiver na porta de casa. Então eu solto ele e nós saímos correndo para o quarto.

- Tá bom, se você diz. – Falou Sirius e como falei, cheguei na porta e desfiz o feitiço, Leandro caiu no chão e logo se levantou e como eu disse saímos correndo dele; eu conhecia o meu irmão, ele iria começar a fazer cosegas em mim sem parar e depois no James e no Sirius, com certeza. Mais ele não foi atrás de mim nem dos meninos, ainda bem, ele iria causar uma estrago com as cosegas. Talvez estivesse ocupado tomando banho e parando de se coçar, em falar em banho, eu e os meninos precisamos de um urgente.