A Marota- Caroline Caldin escrita por Lady Cinis


Capítulo 105
Pequenas conversas.


Notas iniciais do capítulo

*Lumus!
*Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom!
Olá meus queridos leitores, olha quem voltou. Eu sei, demorei um pouco de mais dessa faz, mas eu tive uma pequena grande crise de falta de criatividade, e ainda juntou com vários trabalhos da faculdade, ficou uma bolinha de neve, que finalmente derreteu metade hahahaha.
Esse capítulo ficou um pouco maior que o outro, mas tem muitos altos e baixos, eu acho, então eu espero sinceramente que gostem, fiz com muito carinho para vocês.
Queria agradecer a Coruja Laranja pelo comentário do último capítulo, atingiu meu coração de uma forma que até agora não consigo explicar.
Mas vou parar de enrolar e ir logo para o capítulo que eu sei que é isso que vocês gostam, então, boa leitura e desculpe qualquer erro ortográfico que passou despercebido.



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P. D. V. Carol

Uma semana havia se passado desde que nosso ano letivo começou e a correria de tarefas e lições já tinha começado, eu como sempre e como uma perfeita nerd (como o Six adora sempre me lembrar) não perdia tempo e ia sempre logo fazer as lições, além do mais eu tinha mais matérias que os meninos, que não estavam se importando nem um pouco com as lições no momento.

Eu como tinha que fazer lição de história da magia para depois passar para o Six, que com certeza me pediria mais tarde para copiá-la, fui para a biblioteca pesquisar algumas coisas para fazer um ótimo trabalho, além do mais a matéria me cativou, estava animada com o tema, então adorei pesquisar mais sobre ele.

Depois de pesquisar tudo o que precisava e escrever minha lição, devolvi tudo no seu devido lugar e sai da biblioteca, e para a minha surpresa a Cronddly estava na porta da biblioteca guardando umas coisas na sua bolsa.

— Caldin, você por aqui? – Falou me olhando sorrindo.

— Tirou as palavras da minha boca. – Falei e ela riu.

— Estava fazendo a lição de história da magia? – Perguntou quando começamos a andar juntas para longe da biblioteca.

— Estava sim, e você também estava na biblioteca? – Perguntei.

— Sim, mas não estava fazendo a lição de história e sim a de poções, essa poção que ele passou na última aula deu um nó na minha cabeça. – Respondeu.

— Realmente é uma poção bem chatinha de preparar. – Concordei.

— Você está livre por agora ou tem alguma coisa banal para fazer com os meninos? – Perguntou Cronddly, poderíamos ter nos acertado, mas ainda mexíamos uma com a outra só para não perder o costume, mas agora era na amizade.

— Não combinei nada com os meninos. – Respondi. – Por quê?

— Eu queria conversar com você sobre uma coisa, mas ter que ser num lugar privado, não quero que ninguém escute, tem muitas paredes falantes por aqui. – Respondeu e eu concordei.

— Conheço um lugar calmo, ninguém vai lá. – Falei.

— Ótimo, podemos ir agora? – Perguntou e eu concordei.

Seguimos escada a cima até o 6° andar, poucas pessoas iam ali, principalmente no estremo norte do andar, era um lugar meio frio e sombrio, não tinha nada lá, no inverno ia menos gente ainda, não aparecia nem uma alma lá, nem o Pirraça aparecia lá, era muito gelado o ambiente, e batia um vento que congelava, mas ninguém sabia de onde vinha.

Assim que chegamos no lugar menos movimentado do andar abri uma porta de uma sala que tinha umas mesas e cadeiras velhas jogadas, pareciam ser antigas e muito tempo sem uso. Cronddly e eu nos sentamos em duas cadeiras, uma de frente para outra.

— Você e seus lugares secretos, às vezes dá medo. – Falou olhando em volta e isso me fez rir.

— Esse lugar não é secreto, só é pouco conhecido, o pessoal não gosta de vir aqui, é frio e um pouco sombrio. – Falei e ela concordou. – Mas o que você queria tanto falar comigo?

— Lembra que no final do ano letivo você me falou para eu ir visitar a família Karcson? – Falou Cronddly e eu concordei coma cabeça. – Eu fui.

— Sério? – Perguntei surpresa.

— Sim, eu fui no meio das férias. – Respondeu sorrindo.

— E como foi? – Perguntei ansiosa.

— Foi estranho, no primeiro momento eu não sabia o que fazer, fiquei um tempo na porta sem ter coragem de bater, até que vi uma vizinha me olhando estranho e resolvi bater no instinto. A senhora Karcson abriu a porta, ela achou meio estranho uma menina na porta dela, mas quando falei quem eu era ela perdeu a cor. O senhor Karcson apareceu logo depois estranhando a demora da mulher e ficou do mesmo jeito que ela quando ela contou quem eu era. Eles me convidaram a entrar e me perguntaram o que eu estava fazendo lá e como foi a minha vida até ali, foi muito gostoso, também jantei na casa deles e vi o Keller, ele... – Falou e parou no meio ficando vermelha, e eu sorri marota com isso.

— Ele o que? – Perguntei querendo saber mais.

— Nada, ele cresceu e... Nada, só isso. – Falou enrolada.

— Cronddly, não esconde nada de mim, eu sei que está escondendo alguma coisa, conta tudo. – Falei sorrindo animada e ela riu.

— Não é nada de mais, eu só... Sei lá, achei que ele ficou bonito. – Falou com vergonha e toda vermelha, e claro que eu não perdi a oportunidade de mexer com ela.

— Bonito né? – Falei sorrindo maliciosamente.

— Fica quieta, Caldin. – Falou e eu comecei a rir.

— Por que está se segurando? Não é nenhum crime achar um menino bonito, principalmente o Keller, eu não sei como ele está agora, mas eu sempre o achei bonito. – Falei.

— O Sirius sabe disso? – Agora era a vez dela sorrir maliciosa.

— Sabe sim. – Respondo rindo.

— E ele não ficou com ciúmes?

— Um pouco sim, mas o assunto aqui é você, não eu. Por que não queria admitir que achou o Keller bonito?

— Sei lá, é estranho, nós já formos irmão. – Falou com uma careta.

— Não são mais, e muito menos de sangue, não é nenhum crime achar outra pessoa bonita, eu mesmo sempre falei que se o meu irmão não fosse o meu irmão eu iria ter um tombo por ele, e visse versa, era um pouco para brincarmos um com o outro, mas ao mesmo tempo era real o que falávamos. – Falei e ela riu

— Não é muito difícil achar vocês dois bonitos, Hogwarts inteira tem uma queda por vocês, e você ainda namora o Sirius, maior injustiça. – Falou indignada e dessa vez eu ri.

— Então você me acha bonita Cronddly? – Falei de um jeito sedutor.

— Nunca disse isso. – Falou e caímos na risada.

— Mas tirando essa brincadeira, como se sentiu revendo eles? – Perguntei para ela.

— Como eu disse foi estranho, mas foi muito bom, como você sabe eu tenho um grande carinho por eles, revê-los foi muito bom, fiquei muito feliz. – Respondeu sorrindo.

— Que bom. – Falei sorrindo feliz por ela. – Já combinaram de se verem de novo?

— Eles falaram para eu aparecer no natal ou no ano novo, eles passam na casa deles, assim teríamos mais o que conversar, conversar com mais calma e tudo o mais. – Falou sorrindo muito animada, seus olhos brilhavam.

— Isso é ótimo, tenho certeza que vai ser maravilhoso a reaproximação de vocês. – Falei.

— Assim espero. Obrigada Caldin, você está sendo uma ótima “conhecida”. – Falou fazendo aspas e nós rimos. – Sabe, eu não conseguia admitir, mas foi muito bom ter você por perto, ainda bem que não estamos mais brigadas, nem se odiando.

— Não poderia ter dito melhor. – Falei sorrindo e sorrimos uma para outra, não sei se vamos ser amigas algum dia, mas pelo menos não vamos ficar se estressando uma com a outra. – Vamos para a Sala Comunal?

— Vamos, tenho certeza que o Sirius está subindo pelas paredes de preocupação. – Falou rindo.

— Não duvido, isso se ele não estiver dormindo, ou comendo, já que ele só faz isso. – Falei rindo.

— Come, dorme, e te dá uns pega bem gostoso que eu sei. – Falou sorrindo maliciosa. – E sei também que você adora.

— Fica quieta. – Falei ficando vermelho e ela gargalhou. – Vamos logo.

Nós duas nos levantamos e saímos da sala ainda rindo um pouco e conversando sobre as aulas. Assim que chegamos à Sala Comunal encontrei os meninos menos o Six sentados fazendo lição com a Lily e Dorcas.

— Oi gente. – Falei e a Cronddly deu um aceno para eles.

— Oi Carol, oi Cronddly. – Responderam todos.

— O Sirius está no quarto. – Falou Jay.

— Quem disse que eu iria procurar pelo Six? – Perguntei indignada e isso fez o Jay me olhar sem acreditar, fazendo todos rirem. – Não é só porque eu namoro ele que fico atrás dele 24 horas por dia.

— Vou fingir que acredito. – Falou Jay fazendo todos rirem de novo.

— Sem graça. – Falei e segui para o dormitório com a Cronddly.

— Vai lá ver seu namorado. – Falou na porta do seu quarto sorrindo maliciosa.

— Vocês são insuperáveis. – Falei e isso fez ela rir entrando no seu quarto.

Entrei no meu quarto não encontrando ninguém e deixei minha mochila em cima da minha cama, depois arrumava as lições. Segui para o quarto dos meninos, já que todos estavam fazendo lição, iria ficar mexendo com o Six, com certeza ele estava dormindo, e óbvio que eu não deixaria isso passar barato.

Assim que cheguei no quarto abri a porta devagar para não acordar o Six, e assim que coloquei minha cabeça dentro do quarto o encontrei deitado na cama lendo um livro, esse dia está começando a ficar estranho.

— Meu Merlin, Sirius Orion Black lendo um livro. – Falei entrando no quarto e isso o fez me olhar surpreso. – Esse dia está ficando estranho, tenho certeza que alguma coisa vai acontecer. – Falei e ele riu.

— Palhaça. – Falou sentando e eu me aproximei da cama.

— Achei estranho você não vir atrás de mim por demorar na biblioteca, do jeito que adora a minha presença. – Falei me apoiando na madeira da cama.

— Eu já desisti de ir atrás de você quando está fazendo lição. – Falou e eu ri.

— O que está lendo? – Perguntei.

— O corcunda de Notre Dame. - Respondeu-me.

— Esse livro é maravilhoso. – Falei sorrindo.

— Realmente bem interessante, mas um pouco grande de mais para o meu gosto. – Falou olhando o tamanho dele, e isso me fez rir.

— Não exagera, eu li esse livro quando tinha 13 anos. – Falei e ele me olhou abismado.

— Você me assusta. – Falou me fazendo rir. – Mas não estamos aqui para falar de livros. – Falou jogando o livro para o lado e me puxando para sentar no colo dele. – A que devo a honra da sua presença?

— Pensei que estivesse dormindo, se soubesse que estava lendo um livro não teria vindo. – Falei passando meus braços pelos seus ombros.

— Só queria uma desculpa para mexer comigo, não é mesmo? – Perguntou me olhando nos olhos.

— Óbvio, senão não seríamos amigos. – Falei simplesmente.

— Mas nós não somos amigos. – Falou me dando um selinho. – Você tem muita má fé em mim, eu leio livros.

— Quando é obrigado. – Falei o olhando e ele fez uma careta concordando, e isso me fez rir.

Assim que parei de rir o Six me puxou para um beijo, ele era calmo, e eu comecei a mexer no cabelo do Six. Depois um tempo ele foi me deitando na cama, ficando meio por cima de mim, até que paramos o beijo por falta de ar.

— E como foi a lição? Conseguiu fazer tudo? – Perguntou mexendo no meu cabelo.

— Sim, está tudo feito. – Respondi sorrindo.

— Ótimo, então eu posso pegar para copiar. – Falou e eu ri soprado.

— Pode, seu folhado. – Falei e ele riu.

Ele então deitou no meu lado, mas eu ainda fiquei com minhas pernas em cima da dele, e fiquei o observando, ele parecia pensativo.

— O que foi? – Lhe perguntei.

— Nada. – Respondeu me olhando sorrindo.

— Conta outra, está muito pensativo. – Falei virando para ele.

— Eu só estava pensando em quanta coisa já vivemos aqui, o quanto já mudamos. – Falou olhando para o teto, então me olhou sorrindo. – Nada de mais, acho que aquele livro me deixou nostálgico.

— Talvez. – Falei rindo e passei um braço por cima dele o abraçando, ele segurou minha mão e me deu um beijo na cabeça, acabamos ficando assim por um longo tempo.

Alguns dias depois...

Mais alguns dias havia se passado e agora o Jay estava se preocupando com o Quadribol, afinal, nós três éramos os únicos do time do ano passado, já que éramos os mais novos, teríamos que formar o time inteiro e totalmente do zero, seria bem trabalhoso, é nessas horas que eu agradeço que não ser a capitã.

Já por outro lado comecei a reparar em uma menina da Lufa-lufa que ficava olhando o Remo, ela era do nosso ano, já tinha reparado nela algumas vezes, mas ela era bem quieta e as vezes parecia invisível. Era engraçado, ela o olhava, ficava vermelha e desviava o olhar, como se tivesse sido pega o olhando, acho que ela está meio que apaixonada pelo Remmy, modo Carol cupido em ação novamente.

Agora estávamos na aula de Herbologia, que era com a Lufa-lufa, eu poderia parecer meia louca, mas eu passei a semana inteira observando a menina que estava apaixonada pelo Remo, ela meio que se escondia das pessoas, não conversava com ninguém, e ninguém se aproximava dela também, isso me deixou intrigada.

— Ei Remmy. – Chamei baixinho, ele estava no meu lado, e ele me olhou. – Sabe aquela menina lá no fundo prestando bastante atenção na aula, morena de olhos verdes?

— Sei. – Falou olhando discretamente para a menina. – O que tem ela?

— Você sabe o nome dela? – Perguntei.

— É Bianca Roco, se não estou enganado. – Respondeu-me.

— Você sabe tudo em menino. – Falei o fazendo sorrir.

— Por que você queria saber dela? – Me perguntou desconfiado.

— Por nada, só fiquei curiosa. – Falei sorrindo inocentemente, e ele acreditou bem pouco nisso, mas voltamos à aula.

— Está bem, agora a senhorita pode me falar por que queria saber sobre a menina da Lufa-lufa? – Perguntou Remo quando a aula terminou, estávamos um pouco mais distantes dos meninos, Jay e Six estavam implicando um com o outro mais na frente e o Pedro os seguia rindo.

— Nada de mais. – Falei dando de ombro.

— Não me convenceu. – Falou e eu revirei os olhos.

— Está bem, eu estava reparando nela esses dias, e ela parece estar gostando de você. – Falei baixinho para não chamar a atenção.

— De mim? Você deve estar louca, ela deve estar assim por causa do Sirius ou do James, não por mim. – Falou sem acreditar e ficando vermelho.

— E por que não? Você é lindo Remo, de vários jeitos, chama a atenção das pessoas, principalmente meninas. – Falei sorrindo.

— Nem comece a tentar bancar o cupido igual fez com o James. – Falou me olhando serio.

— E por que não? Qual o problema? – Perguntei sem entender.

— O problema é que eu não quero, não posso, ter uma namorada ou um relacionamento assim. – Falou me olhando.

— E por que não? Está prometido em casamento a alguém? – Perguntei brincando.

— Mais ou menos isso. – Falou com o rosto triste, já entendi, o problema peludo dele.

— Remo, você não pode parar a sua vida por isso, não pode deixar de viver por ter esse problema peludo. – Falei para ele.

— Pelo amor de Merlin, fala baixo. – Falou olhando em volta, mas não tinha ninguém por perto.

— Vem. – Falei o pegando pelo pulso e entrando em uma sala vazia, fazendo o feitiço para ninguém escutar por trás da porta. – Qual é o problema de você ser um lobisomem?

— É exatamente eu ser um lobisomem. – Respondeu.

— E?

— Como você quer que eu tenha um relacionamento normal com uma pessoa assim? Ou eu tenho que esconder isso, ou a pessoa não vai querer ficar comigo. – Me respondeu.

— Você tem 4 exemplos de que o que você acabou de falar não faz sentido nenhum, eu e os meninos estamos com você, mesmo você sendo um lobisomem. – Falei.

— Vocês não contam, estou falando amorosamente, ninguém iria namorar um lobisomem, ou até mesmo casar e ter o risco de ter um filho com licantropia, nem nos melhores romances de ficção isso aconteceria Carol. – Falou tentando manter a calma, eu sei que esse assunto afeta muito o Remo, mas eu não vou deixa-lo se afundar num poço de solidão sem motivo, eu vou conversar com o Remo sobre isso mesmo que ele não goste e doa quantas vezes for necessário para ele entender que ele não é pior que ninguém.

— Remo... – Comecei a falar.

— Você sabe, melhor que ninguém, que eu não me controlo em dias de lua cheia, e muito menos transformado, como quer que eu divide esse fardo com alguém? – Perguntou.

— Isso não é fardo nenhum Remo. – Falei.

— Para você é fácil falar, não é você que passa por isso.

— Eu estou com você todas as luas cheias, sei o que você passa. – Falei determinada.

— Não inventa de bancar a cupido comigo, eu não quero, se eu ver que você está tentando me empurrar para alguém eu vou ficar muito bravo contigo. – Falou me olhando serio. – Nunca mais vamos tocar nesse assunto. – Falou dando um ponto final e saio em direção a porta.

— Remo. – O chamei, mas a única coisa que tive como resposta foi a porta batendo com força. – Aff, que droga, mas que cabeça dura.

— Eita, o que vocês conversaram para o Aluado sair praticamente soltando fumaça pelas orelhas? – Perguntou Jay entrando com o Six na sala.

— Nada, deixa quieto. – Falei suspirando, não iria adiantar muito ficar falando com os meninos sobre isso, o assunto era com o Remo.

— Está tudo bem? – Perguntou Six me olhando atentamente.

— Está sim. – Falei sorrindo para ele.

— Não me convenceu. – Falou me olhando serio e eu suspirei, está todo mundo assim hoje.

— Já vi que é a minha deixa, sei que vão se pegar depois dessa conversa, então não vou ficar aqui para ver isso, vou procurar minha ruiva. – Falou Jay dando uma piscada para a gente, isso me fez rir e ele logo saiu da sala fechando a porta.

— Agora... – Falou Six me levantando pela cintura e me sentando numa mesa. – Me conta o que está te chateando.

— Você adora me colocar sentada na mesa, não é? – Perguntei olhando a mesa que estava sentada.

— Não muda de assunto. – Falou me olhando.

— Não estou mudando. – Falei sorrindo.

— Me fala... – Falou e começou a fazer carinho na minha nuca. – O que você e o Remo estavam conversando?

— Nada, coisa nossa. – Falei sorrindo gostando do carinho que ele estava fazendo.

— Eu odeio quando você fica de segredinho e não me conta. – Falou me olhando desafiador.

— Se eu contasse não seria segredo. – Falei tentando parecer divertida, mas isso o fez bufar. – Se quer saber, pergunte ao Remo, se ele quiser contar tudo bem, senão, não serei eu a fazer isso. – Falei e ele me olhou nos olhos sério. – Não fica assim, não é nada de mais. – Falei o puxando pela gravata e lhe dando um selinho demorado.

— Eu sei que é, para o Remo sair daqui daquele jeito, todo bravinho, eu sei que é serio. – Falou me olhando ainda serio e eu suspirei, não queria que o Remo ficasse bravo. – Não fica assim. – Falou me dando um beijo no nariz e isso me fez sorrir. – Tenho certeza que vocês vão se resolver, sempre se resolvem.

— Obrigada Sirius. – Falei sorrindo.

— De nada. – Falou sorrindo galanteador. – Mas agora eu quero minha recompensa. – Falou e me puxou para a beirada da mesa pelos joelhos, isso me fez rir, e no outro segundo ele estava segurando minha nuca me puxando para um beijo com uma mão e com a outra apertava minha cintura num abraço.

Era um beijo intenso como vários do Six, e como sempre muito gostoso e bom, eu nunca vou me cansar de beija-lo, tenho certeza. Paramos por falta de ar por um tempo, mas logo o puxei de novo pela gravata e o abracei pelo ombro, começando mais um beijo intenso, e com isso ele tirou a mão da minha nuca seguindo para a coxa a apertando, assim como apertou ainda mais minha cintura.

— Acho que estamos ficando previsíveis. – Falei rindo depois do beijo.

— Não estamos não. – Falou me dando um selinho e se aproximou da minha orelha. – Ninguém sabe o que rola durante o beijo. – Falou sedutor e isso me fez rir, e ele então me deu um beijo no pescoço. – Vamos embora. – Falou me levantando pela cintura.

— Six, me coloca no chão. – Falei rindo.

— Não estou afim. – falou andando e eu continuei rindo. – Na verdade estou sim. – Falou cansado e me colocou no chão.

— Está sem forma, em, precisa voltar ao Quadribol. – Falei brincando com ele.

— Não estou nada, estou em perfeita forma, olha só esse tanquinho. – Falou levantando a camisa e eu olhei, o perdição.

— Tenho certeza que o Bob conseguiria me carregar. – Falei como se não quisesse nada, mas eu sabia que o Six tinha um pequeno ciúme por ele já ter sido meu namorado.

— É assim então? – Perguntou desafiador e me puxou pela cintura de novo e no reflexo coloquei minha mão em seu peitoral me fazendo rir. – Tenho certeza que ele não te deixava doidinha como eu te deixo só com um beijo. – Falou no meu ouvido, e isso me fez arrepiar toda, ele percebeu meu arrepio e riu dando uma leve mordida na minha orelha.

— Sirius. – Falei tremendo da cabeça aos pés e agarrei sua camisa, enquanto ele dava beijinhos no meu pescoço. – Temos que ir.

— Você realmente quer isso? - Me perguntou ainda beijando meu pescoço, mas agora dando algumas chupadas.

— Uhum. – Foi a única coisa que consegui pronunciar, estava muito bom, mas não conseguia deixar passar disso.

O Six parou o que estava fazendo e me olhou, só consegui olhar nos seus olhos por um segundo e abaixei meu olhar para onde minhas mãos ainda apertavam sua camisa e eu ainda tremia um pouco, eu não queria parar o Six, mas eu precisava para-lo, tenho certeza que estava mais vermelha que o cabelo da Lily.

— Carol, por que está tremendo? – Perguntou e eu tentei parar a tremedeira, mas não adiantou.

— Não é nada. – Respondi.

— Não mente para mim. – Falou me levantou meu rosto para olha-lo. – Eu fiz alguma coisa?

— Não, eu disse, não é nada, daqui a pouco para. – Falei sorrindo tentando me acalmar, nem eu sei por que estou assim, e ele me olhou preocupado. – Eu estou bem. – Falei e lhe dei um selinho soltando sua blusa. – Vamos para a Sala Comunal.

O peguei pela mão e o sai puxando, ele ainda estava controverso, acho que não o convenci muito bem, mas nem eu entendia o que estava acontecendo naquele momento comigo. Senti-o soltar a minha mão e abraçar a minha cintura me dando um beijo no topo da cabeça, eu sorri para ele que correspondeu de lado, então também o abracei pela cintura e lhe dei um beijo na bochecha, o fazendo sorrir com seu sorriso perfeito.

Algumas horas depois...

Estávamos no final da tarde, faltava uma hora para o jantar e eu estava endoidando, fiquei o resto da tarde pensando na minha tremedeira com o Six, eu ainda não entendi o que foi que me deu para eu ficar daquele jeito, o Six não fez nada de mais, então por que eu fiquei daquele jeito?

Agora eu estava andando pelos corredores pensando e repensando em tudo o que aconteceu, tentando achar o que me fez tremer tanto, mas nada o que eu pensava me explicava qual foi o gatilho para minha tremedeira, isso era frustrante.

Então senti braços ao redor de mim o que me fez prender a respiração de susto e quase gritar depois, mais reconheci a voz quando ela falou:

— Me desculpe por ter sido grosso com você mais cedo. – Era a voz do Remo, meu coração.

— Que susto Remo. – Falei suspirando e ele me abraçou mais forte e apoiou sua cabeça na minha. – Tudo bem, não fiquei chateada com você, espero que não tenha ficado bravo comigo, não queria te deixar irritado.

— Não fiquei irritado com você. – Falou e me deu um beijo na cabeça, logo me soltando, então virei de frente para ele.

— Você realmente acha que não pode viver normalmente por ser lobisomem? – Perguntei.

— Eu não posso viver como uma pessoa normal, por não ser uma pessoa normal. – Respondeu.

— Isso é verdade, mas você não pode se privar de viver Remo, não pode deixar de fazer as coisas por ser um lobisomem, isso não é nem metade do que você é Remmy. – Falei e ele suspirou.

— Quem namoraria um lobisomem, Carol? – Perguntou-me.

— Eu namoraria de boa, principalmente se fosse um lobisomem como você. E vamos ser sinceros, eu namoro o Sirius, qualquer coisa seria melhor que o Sirius. – Falei brincando e acabamos rindo.

— Você realmente acha que eu deva namorar? – Perguntou me olhando pensativo.

— Eu nunca disse isso. – Falei e ele me olhou confuso. – Eu não quero que você se prive pelo fato de ser um lobisomem, você não é obrigado a namorar, mas não pode não se aproximar das pessoas por medo da relação próxima, você não é menos merecedor que ninguém só pelo fato de ser lobisomem, e você tem direito sim e sair com pessoas, se apaixonar e namorar, não deve ter medo do seu lado peludo Remo.

— Você realmente é a luz na minha escuridão. – Falou sorrindo e eu ri.

— E você é a calmaria no meio do nosso grupo conturbado. – Falei e acabamos rindo.

— Obrigado por sempre estar no meu lado. – Falou me abraçando.

— Idem. – Falei o abraçando também.

Logo depois disso voltamos para a Sala Comunal esperar até dar a hora do jantar junto com nossos amigos, e como tradição, não passamos um minuto sem rir um do outro.


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Notas finais do capítulo

E ai, meu fãs de marotos queridos, o que acharam?
Carol e Cronddly num relacionamento amigavel? Cronddly tendo uma quedinha pelo ex irmão ou será que é outra coisa? Será que ela acha a Carol bonita e não quer admitir?
E o Six lendo O corcunda de Notre Dame? Fiz em homenagem a tragedia que aconteceu na igreja que inspirou esse lindo romance que mesmo depois de quase 200 anos ainda é uma história muito lembrada e amada por várias gerações.
Carol e Six estão se soltando? A relação deles está esquentando? O que será que foi a crise de tremores da Carol?
Remo, nosso lindo e amado Remo com medo de ter um relacionamento por causa da licantropia, uma pena, será que isso mudará? Será que a pequena aparição de Bianca Roco irá mudar esse pensamento? Será que ela terá um papel importante nesse ultimo ano dos marotos em Hogwarts.
Fiquem ligados no próximo capítulo de A Marota- Caroline Caldin ~voz de narrador de desenho animado~
Comentem, please, I love your comentários (aquela que se acha bilíngue)
beijos, beijinhos e beijões.
*Malfeito feito.
*Nox.



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