We Found Love [HIATUS] escrita por Brioche


Capítulo 2
Capítulo 2 - Encontros e desencontros


Notas iniciais do capítulo

Aloha! Olha eu aqui denovo!
Mais um capítulo grandinho aí para vocês :3
Revisei até a metade, mas aí cansou a minha beleza - sqn
Obrigada por todas, TODAS as reviews ♥3 Elas são maravilhosas, toda vez que releio fico aqui batendo palminha e dando risadinhas HFUIAFHAUSFHUA
Espero que gostem e boa leitura!



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Sexta-feira, campus de Highwell University – 09:00 AM

Claire caminhava apressada pela grama a procura de certa cabeleira loira no meio dos universitários. Não se importava com os esbarrões. Suas ankle boots pretas beneficiavam-lhe com alguns centímetros a mais, ainda assim, mal conseguia enxergar as cabecinhas que iam e vinham. Era sempre assim na troca de períodos.

– BUUU! – alguém chegou por trás, dando-lhe um empurrão.

– Estava te procurando. – revirou os olhos assim que viu quem era.

– Diga, amor! – a loira disse.

– Vai mesmo me ajudar com a Klauss Entertaiment?

– Mas é claro! Mamãe conhece todas essas pessoas e finalmente isso vai prestar para algo.

– Awn! Obrigada, Amberzinha! De verdade! – Claire agradeceu com as mãos no peito em sinal de amor.

– Eu sei que você me ama! – Amber afirmou modesta – Passe amanhã de manhã em casa – ao escutar as últimas palavras, a Finnigan não pode deixar de fazer uma careta... E Amber percebeu isso – O que foi?

– Sabe que eu não me sinto muito confortável ali.

– Algum problema com a minha mãe? Ou os empregados? – apressou-se a saber com o cenho franzido.

– Não é isso! Só acho que... – seu tom era dominado pelo receio – Só me sinto deslocada com tanta... Perfeição. – suspirou por fim.

Era assim que enxergava sua melhor amiga, perfeita. Amber Sparks era a típica garota legal, que nunca se aborrece. Sempre amigável e certinha. Era difícil, senão impossível apontar algum defeito da mesma. Todas as suas qualidades só realçavam suas características. Cabelos loiros sempre impecáveis cortados um pouco acima do ombro, orbes azuis esverdeados e dona de um corpo exato, sem mais, nem menos. Roupas puxadas de um estilo básico para patricinha. Seria uma princesa perfeita para qualquer príncipe.

Qualquer garota ao lado de Amber, sairia com a moral baixa. Claire sentia-se assim. Por mais que se esforçasse e fosse uma excelente, nunca parecia estar a altura da Sparks. Era tanta “perfeição” que chegava a irritar.

Todos têm dificuldades, jamais seremos como alguém, essa é a nossa essência. De nada se adianta superar os limites, se o indivíduo os supera pelos outros.

– Bobagem! Vamos! – a Sparks puxou-a pelo braço.

Sábado, residência dos Sparks – 08:19 AM

– Mãe, pra que isso tudo mesmo? – reclamava Amber – Nem sou eu que vou fazer o trabalho!

– É para passar uma boa impressão, filha! Charles Klauss é um antigo amigo meu e não posso fazer feio. Quem assume a agência agora é seu filho, inclusive você já o conheceu. Devem ser da mesma faixa de idade.

– Pois eu não lembro dele. – a Sparks permanecia pensativa.

– Mas irá se lembrar! – a mãe repreendeu-a – Não me envergonhe!

– Nem se ela quisesse isso aconteceria Sra. Sparks! – Claire que estava calada até agora, resolveu se pronunciar amigavelmente para amenizar um pouco da pressão que a mulher estava colocando.

– Bom mesmo! – respondeu de cara feia, Finnigan franziu o cenho sem compreender.

Sábado, Klauss Entertaiment – 08:59 AM

Na subida do elevador, Amber sorria meigamente enquanto Claire parecia à beira de um ataque. Estava inquieta e tentava ocupar sua mente com outras coisas. Suas mãos tremiam, assim como seus joelhos. Reações adversas causadas, pelo fenômeno e desconhecido senhor Klauss. Amber ao perceber o desespero todo, segurou em sua mão.

– Você está suando! – espantou-se, o comentário apenas aumentou o nervosismo e a ansiedade toda – Relaxa! Mamãe disse que ele é da nossa idade.

– Isso apenas mostra que as minhas primeiras impressões estavam erradas. Imagina? Nós ainda estudamos e ele com a nossa idade administra uma agência e revista. Deve ser bem maduro.

Sábado, flat luxuoso – bacana – de Tomas Klauss – 09:00 AM

– Acorda cara! – Nicholas tentava inutilmente despertar o amigo.

– Hmmnmnmn... – murmurou algo inaldível. Parecia ter roubado a sentença da Bela Adormecida, pois não acordava de maneira nenhuma.

Essa resistência toda estava irritando o loiro, que trajava apenas uma samba canção vermelha, meias cinzas e uma gravata azul e listrada.

Caminhou até uma das pontas do colchão e o ergueu, fazendo o projeto de Bela Adormecida despencar no chão.

Sábado, Klauss Entertaiment – 09:02 AM

– E se ele me achar imatura demais? – Claire sussurrava à amiga, enquanto caminhavam em direção à secretária.

– Para de fazer tempestade no copo d’água, Claire! Parece até uma menininha quase fazendo xixi nas calças! – esbravejou – Ele não vai e nem tem que te julgar. Do jeito que você fala até parece que você é candidata para ser a esposa dele! – era raro Amber ficar assim, mas a insegurança sem motivos da Finnigan havia a tirado do sério.

– Desculpa... – sussurrou envergonhada, com a voz falha.

– Agora anda! – empurrou-a, obtendo apenas uma respiração descompassada – Respira fundo, mulher! – Claire obedeceu.

Caminharam lentamente até a secretária principal, julgavam assim porque a mesma tinha uma mesa ao lado de uma grande e misteriosa porta marcada com uma placa dourada escrita: DIREÇÃO.

– Bom dia! – ambas desejaram gentis.

– E o que tem de bom! – saiu mais rápido e de uma forma arrogante que Serena não esperava – Desculpem... – olhou-as dos pés a cabeça – Quem são vocês? As modelos da nova companha devem aparecer apenas na segunda-feira.

– Não, a senhora...Ita entendeu tudo errado! – Claire riu nervosa, obtendo uma cara de desgosto da secretária.

– Gostaríamos de falar com o senhor Klauss. – Amber tomou iniciativa, sendo direta – Por parte da senhora Sparks. – completou.

– Lamento, mas o senhor Klauss não está, voltem mais tarde. Tchau e a saída é por aí. – apontou satisfeita.

A Sparks deu meia volta de imediato. Claire ficou indignada com a falta de educação da mulher, sua boca abria e fechava e nada saía. Acabou que seguiu os mesmos passos de Amber.

– Que mulherzinha mal educada! – exclamou raivosa.

– Deixa pra lá. Você volta aqui mais tarde.

– Como assim “eu”? E você?

– Eu tenho o meu projeto pra fazer, querida. Você sobrevive! – sorriu encorajadora – Me espera aqui na frente, vou pegar o carro! – saiu correndo, sumindo pela escada em direção ao subsolo.

Suspirou sem saída, teria de voltar mais tarde, não havia escolha. Caminhou sem vontade até a porta giratória. Ao empurrar para sair, pode perceber que alguém estava empurrando para entrar, uma sincronia perfeita. Olhou para o lado e seus olhos arregalaram-se automaticamente. Fora tudo muito rápido, segundos depois já estava na calçada, boquiaberta.

Havia sido apenas impressão ou vira o mesmo homem do supermercado? Submersa de pensamentos, foi despertada pelas buzinadas do carro de Amber.

“O que a garota do supermercado fazia aqui?” Era a pergunta que rondava a cabeça de Tomas Klauss no momento. Será que estava me seguindo? É uma assassina de elite contratada para me matar? Apavorou-se por um instante, mas riu em seguida pelo absurdo que formulara.

– Bom dia, Serena! Recados para mim? – disse de bom humor, mas logo se recompôs, voltando a habitual seriedade.

– Nenhum senhor! – respondeu-o depressa, quando ele virou de costas ela se lembrou – Não sei se seria um recado, mas duas garotas estiveram aqui procurando pelo senhor.

– Que garotas? – seu tom demonstrou total interesse.

– De início achei que era trote de universitárias, mas elas disseram que é da parte de uma... – olhou para o papel cola – Tal de... Senhora Sparks.

– Sparks? – a secretária assentiu – Certo. Peça ao diretor do setor da matéria de lazer passar na minha sala depois. Quanto as garotas... Disseram algo mais?

– Não senhor, nem se identificaram.

– Tudo bem. – entrou em sua sala.

Chegando ali, a primeira coisa que fez foi pegar o telefone e discar para um número muito conhecido. Aguardou a linha chamar...

– Alô.

– Alô, pai?

– Tomas! Filho! Como vai? Algum problema com a agência?

– Vou bem e agência também. Não era sobre ela que eu queria conversar. – concluiu.

– Pode dizer.

– O que a senhora Sparks quer comigo?

– Oh, sim! Que cabeça a minha! Ela disse que a filha dela e uma amiga precisavam de um favor. Não tive como recusar, mas o que elas queriam?

– É o que vou descobrir. – disse mais a si mesmo – Tenho que desligar, pai. Um abraço!

– Outro!

TU TU TU TU TU TU

O que elas devem querer? E a menina do supermercado? Suspirou pesado. Hoje seria um grande dia de trabalho. Não conseguia pensar em muita coisa... Culpa de sua noite badalada. Lhe restava somente aguardar... Ele e sua ressaca.

Sábado, Klauss Entertaiment – 02:05 PM

Já havia passado um pouco do horário de almoço e Claire estava de volta. Corria o risco de não encontrar o Klauss, mas estava disposta a esperar.

– Olá! – dizia agora em falso tom de animação, o sorriso também.

– Pois não? – Serena sabia muito bem o motivo de a garota estar ali, mesmo assim não facilitaria.

– Estive hoje de manhã aqui com uma amiga. Queria falar com o senhor Klauss por parte da senhora Sparks. Recorda-se? Ou esses seus miolos de velha já apagaram? – concluiu a última parte mentalmente.

– Creio que sim. Mas lamento – mentira – o senhor Klauss está almoçando, vol...

– Eu aguardo então! – sorriu ainda mais falsamente, obtendo outra cara feia da mulher, paciência.

Sentou-se em um dos bancos de espera e começou a folhear as revistas disponíveis. O tempo passava e nenhum sinal do homem. Estava começando a perder a paciência.

Irritada, caminhou até o bebedouro ao lado do elevador, em busca de água para umedecer a sua garganta. Apesar de que o que tinha maior probabilidade de acontecer era o pobre copo acabar sendo amassado pela fúria e impaciência.

Enquanto seus pensamentos focavam-se em não amassar o plástico, a porta da direção se abria. Revelando Tomas e seus restos do almoço. Claire nem notou, mas ele sim a notou. Andou até ela, despejando os restos no pequeno lixo antes.

– Olá? – chamou sua atenção – Está me seguindo? – perguntou divertido.

– Olha só! – surpreendeu-se – Eu ia fazer a mesma pergunta! O que faz aqui?

– Eu trabalho aqui, mas você não. O que você faz aqui?

– Ótimo! Vai poder me ajudar então. Eu precisava conversar com o filho do senhor Klauss, mas o homem parece um lerdo! A secretáriazinha – fez careta – disse que ele sair para almoçar há um tempão e nada! – sua irritação era evidente.

– Como lerdo?

– Oh! – ela percebeu o deslize que cometera – Desculpe, eu sei que ele é seu chefe, mas quem é que demora tanto para comer? Parece até que foram buscar o sushi no Japão, spaguetti na Itália, ou seja lá o que ele comeu!

– Você por acaso sabe quem sou, por acaso? – um sorriso maroto brincava em seus lábios.

– Ah! Desculpe a minha falta de educação! – com certeza ela não tinha noção do que estava acontecendo. – Claire Finnigan! – esticou a mão livre.

– Tomas. – sorriu – Tomas... Klauss! – seu sorriso se alagou. Correspondeu ao aperto de mão.

– Oh meu Deus! – foi tudo que saiu antes de sua boca formar um perfeito “o”. O copo que segurava foi de encontro ao chão, deixando algumas gotas respingarem, obrigando-os a colocar a mão para proteger as roupas e o rosto – Desculpa! Mil desculpas! Por molhar o senhor e por te chamar de lerdo! Desculpa! Desculpa mesmo! – a irritação deu lugar ao desespero.

O moreno não aguentou, desatou a rir. Achava engraçado o desespero da garota,

– Fica calma, Finnigan! – pedia entre risos, segurando-a pelos ombros.

– Qual é a graça?

– Anda... Vamos para a minha sala, depois alguém limpa isso. – Claire apenas assentiu e obedecer para não piorar ainda mais as coisas.

Seguiu-o silenciosa, tentando absorver tudo que havia acontecido. De repente Tomas parou, ela estranhou. Quase dera de cara com as costas largas do homem cobertas apenas pela camisa social branca.

– Serena! – sua voz era rígida, severa – Eu disse que poderia liberar tudo pra mim, pois trabalharia enquanto almoçava. Por que deixou a garota plantada aqui durante todo o período de tempo? – a mulher abriu a boca para retrucar quando... – Não! Quer saber? Conversamos mais tarde!

– Não deveria ser tão grosso com a sua secretária. – comentou assim que adentrou a sala.

– É preciso ter pulso firme, caso contrário, daqui pra frente só piora. Bem... Fique a vontade, Claire. – olhou-a nos olhos.

Ouviu seu nome sendo pronunciado pela voz grossa e rouca, proporcionou-lhe um arrepio na espinha e o estômago revirando. Nunca ficara tão desconcertada, ainda mais com os olhos claros sobre si. Caminhou até a primeira cadeira e sentou-se, Tomas repetiu os gestos.

– Pois bem, do que precisa tratar comigo?

– Uma entrevista. Terei de gravar uma entrevista com o senhor, para a universidade. Como curso jornalismo, faz sentido a estrela de o meu projeto ser o dono de uma revista e editora Klauss Entertaiment. Cederia um tempo da sua agenda, senhor?

– Claro! Apenas Tomas, por favor.

– Certo, Tomas. É um projeto e precisarei obrigatoriamente gravar, para provar que nada foi inventado, editado e entre outras coisas.

– Nesse caso, uma foto não resolveria? – arqueou as sobrancelhas, pondo a encarar o mais profundo das íris da Finnigan.

Novamente aquela sensação de estômago revirando e desconcerto apareceu. Eram lindos, encantadores e tão profundos! Ficara assustada interiormente com os efeitos que esse simples contato causou.

– Se fosse curso de fotografia, quem sabe? – deu os ombros – Podemos começar?

– Quando quiser!

[...]

– E pronto! – Claire disse enquanto salvava o vídeo e desligava a câmera – Muito obrigada por me receber, Klauss! – sorria agradecida.

O pouco tempo que passaram na sala, serviu para Claire se soltar. Pergunta vai, pergunta vem, o ping pong acabou agora. Restava apenas um adeus. Ambos não queriam, descobriram que as primeiras impressões do outro estavam totalmente erradas e reconheciam que o outro era extremamente legal.

– Não seja por isso, Finnigan. – sorriu de volta – Sempre que precisar, estarei aqui! – piscou, fazendo as pernas da universitária bambearem.

– Olha lá hein! Não irei hesitar de abusar de você! – brincou sem reparar no duplo sentido.

– Opa! Pode vir! – brincou malicioso enquanto uma parte sua lamentava por ser apenas brincadeira. A morena corou de leve assim que percebeu o sentido.

– Bom, vou indo. Até mais! – acenou andando até a porta.

– Espera! – parou – Não gostaria de... Ir comer algo comigo na segunda-feira? Nada muito formal, no mercado da Vanessa... – pediu nervoso.

– Tudo bem! – sorriu fofa – Obrigada novamente!

Sábado – residência dos Sparks – 03:28 PM

Amber e sua mãe tomavam chá, apreciando o silêncio da casa. Até o celular da garota tocar.

– Alô, Claire?

– Tenho novidades! – cantarolou, pela emoção, Amber já previa que tudo havia se saído mais que bem.

– Añ... – aguardou.

Tomas é o nome dele. Um verdadeiro deus grego e super gentil. Ele me convidou para irmos comer alguma coisa! – o entusiasmo era tanto, que Amber riu.

– Ah garota! Finalmente desencalhou! – elevou três oitavos de sua voz, divertida, atraindo a atenção de sua mãe.

– O que foi? – perguntou.

– Claire se deu bem com o filho do senhor Klauss! – disse enquanto tapava o celular – E se Deus quiser ela vai ser a futura senhora Klauss! – comemorou.

Saiu correndo em direção ao seu quarto para continuar a ligação, deixando sua mãe para trás, sem esperar uma reação.

– Isso não vai prestar... E isso não vai acontecer! Preciso fazer algo! – esbravejou baixo.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? :3
O que vai acontecer?
Não sei se viram, mas a foto da Claire está "linkado" no nome dela (primeira palavra do primeiro parágrafo). O que acharam dela? Essa foto é a que mais se parece com o que eu imaginei haha'
Vocês não disseram que queriam a foto do Tomas no capítulo passado, quando vocês pedirem eu posto U.U DHAISDHIAHI Digam: "Eu quero ver o lindo do Tomas, Alezinha!" HFSIAFHSIAHFIAFHIA MDS
Agora são exatamente 06:39 cara! Olha quanto amor eu postando a essa hora haha'
Comentem minhas adoráveis e perfeitas leitoras! Conversem comigo, perguntem-me coisas, peçam a foto do Tomas... Sei lá, mais venham! Come on!
Xx, Ale.