O caminho estava tranquilo como sempre, de vez em quando um comerciante passava com suas coisas, para ir vender em outra cidade. A estrada Teren sempre era assim, calma e tranquila, pelo menos era pra ser. Quando eu ia passar pela vila de Trasquer  que ficava no caminho , vi fogo nas casas, me assustei com o que vi. Mandei Raio ir mais rapido para chegar na vila. Quando cheguei , as pessoas corriam por todo os lados pedindo ajuda crianças choravam, idosos tentavam correr mas caiam  na lama, cavalos corriam entre as pessoas em disparada. Desci de Raio e o mandei  junto com Rufos ,para tentar ajudar a tirar as pessoas das casas, Raio saiu em disparada junto com Rufos.

Ouvi o choro de uma criança no meio da multidão , ele ia ser pisoteado pelos cavalos, corri em sua direção, antes que um cavalo pi sace na criança ,eu consegui pegala antes e rolar para longe da multidão.

- Voce esta bem?- perguntei sem folego.

- Si... Si... Sim. - disse ele chorando.

- Onde estão seus pais? - perguntei.

- El... Eles estão dentro da casa. - disse ele apontando para uma casa totalmente em chamas, tinha pessoas com baldes de agua tentando apagar as chamas mas o fogo era intenso de mais, eu ouvia gritos vindo  de dentro da casa pedindo por socorro.

- Voce vem comigo entendeu bem? Me siga e não sai de perto de mim. - Falei.

Ele fez que sim com a cabeça. Sai correndo ao encontro de Raio que ajudava um senhor de idade a se levantar no meio da multidão. Quando cheguei mais perto peguei o senhor e o coloquei non lombo de Raio junto com o garoto e mandei Raio ir para fora dos portoes da vila junto com as outras pessoas. Rufos vinha vindo em minha direção com uma criança em seu lombo. Ao lado de Rufos vinha um mulher que sangrava muito mas estava junto com a criança , que parecia ser a mãe , quando ele chegou perto de mim mandei ele levar o maximo de pessoas para fora dos portoes da vila o mas rapido possivel. Levei uma senhora idosa mais uma criança para fora dos portoes da vila.

As pessoas do lado de fora estavam desoladas, mas sabiam que so poderiam ver o estrago ao amanhecer , então fomos para uma clareira e montamos um acampamento, como eu estava em melhores condições resolvi ajudar as pessoas com suas familias. Depois que arrumamos o acampamento fui descansar um pouco, subi numa arvore e me deitei num dos galhos la de cima eu tinha visão completa do acampamento improvisado.  Rufos se enroscou no pé da arvore para dormir um pouco. Quando acordei ainda era noite, mas tinha alguem me chamando e Rufos latindo e rosnando para a pessoas la em baixo. Desci da arvore para ver o que estava acontecendo.

- Rufos pare! - ordenei .

Rufos parou de latir e se sentou ao meu lado observando as pessoas que tremiam de medo. Uma mulher se movimentou para a frente deixando que a luz da lua mostra-se seu rosto, era idosa que eu salvara.

- Viemos agradecer pela sua ajuda hoje, voce nem nos conhecia e nos ajudou, muito obrigada, devemos nossas vidas a voce, minha senhora - disse ela fazendo uma reverencia rapida e meio desajeitada para mim.

- Senhora ta no ceu, eu me chamo Lua, Lua Negra. - falei.

- Como quiser minha Senh.... quero dizer Lua Negra. - disse ela.

- Bem se eu fosse voces iria dormir poise o dia de voces foram bem agitados não acha? - Falei.

- Sim, nos viemos agradecer, se voce Lua Negra precisar de qualquer coisa é so chamar. - e com isso o grupo saio.

Mas um garoto ficou, ele não deveria ter mais que 8 anos de idade, mas me lembrava direito dele, foi ele que eu avia salvado dos cavalos, ele ficou ali me observando sem falar nada por um bom tempo.

- Garoto.. - Falei. - …. È melhor voce para perto do seus pais, ja está tarde e eles devem estar preocupados.

- Não tenho pais. - Falou ele.

- È claro que tem vai lá..... Putz esqueci que seus pais morreram ….  Putz maus ai esqueci que eles estavam mortos …. Putz maus ai, eu esqueci que …. a deixa pra lá. - Falei.

Ele riu.

- Voce me salvou, muito obrigada.Mas devo minha vida a voce, por isso vou ajudar voce no que precisar . - Disse ele.

- Garoto, eu não preciso de ajuda, sou uma caçadora de youkais,  não sou uma guerreira que serve a coroa como voce pensa, a realidade é muito diferente que seus contos de fadas. - Falei me virando para subir na arvore para voltar a dormir.

- Mas...Mas... Mas.... - disse ele abaixando a cabeça.

- Nada de mas garoto volte para o acampamento.

Quando amanheceu, peguei Raio e Rufos, e fomos saindo do acampamento recebendo agradecimentos por onde passa vamos. Quando passai pela cidade toda destruida , vi pessoas chorando por suas coisa perdidas mas eu não poderia parar para ajudar, tinha que continuar.

Quando estava no meio do  caminho tive que parar Raio.

- Garoto se voce vai me seguir seja mais discreto, e não faça tanto barulho, Rufos não consegue dormir.

O garoto saiu de tras de uma arvore com a cabeça baixa.

- Me desculpe ….- disse ele.

- To vendo que voce vai me seguir aonde eu for né? - Perguntei me virando para tras e encarando ele. Ele fez sim com a cabeça . - Tudo bem , venha cá garoto, voce deve estar cansado de andar apé. - Ele se aproximou de mim bem de vagar ficou ao lado de Raio, tive que descer de Raio, peguei o garoto e o coloquei no dorso de meu cavalo. Peguei as redeas e comecei a guiar Raio pela estrada. - Então garoto, voce sabe fazer alguma coisa em especial?

- Meu nome não é “Garoto” é Jon, e sim eu sei furtar coisas muito rapido.- Falou ele.

- Ta, ta , ta bom garoto, mas como voce furta coisas rapidas? - perguntei.

- Ja disse meu nome não é garoto, meu nome é Jon, e sim eu roubei sua saca de moedas e voce nem viu. - Disse ele rindo.

Parei o cavalo e comecei a revirar meu sinto , não achava minha saca de moedas, aquele mini ladrãozinho.

- Me de volva! - Falei.

Ele esticou a mão para mim com minha saca de moedas.

- Acho bom mesmo. - Fale. - Não gosto de gente que mexam nas minhas coisas.

- Hihihi... Ta bom, ja aprendi a primeira regra: Não mexer nas coisas da Lua. Qual é aproxima? - Perguntou ele.

- Regras? Que regras? Pra inicio de conversa quem disse que eu possuía regras hein? - Falei.

- Ta bom , não tem regras então. - disse ele rindo.

Aquele garoto ia me dar problemas mas tambem ia torna minha viagem mais divertida.

Andamos pela estrada um bom tempo, mas o garoto não fechava a matraca, ate Rufos ficou de saco cheio do falatorio dele.

- Garoto voce não fecha a matraca não é mesmo? - falei irritada.

- Hum , raramente fecho hihihihihi …. Mas e voce Lua, voce tem namorado?- falou ele se inclinando para frente para poder me ver.

- Quem? Eu? - perguntei.

- Não , minha avó dicerto , é claro que é voce .

- Hum, bem , eu não sei garoto. - respondi .

- Ja disse que meu nome não é garoto , é Jon, sera que é difícil voce entender? - falou ele.

- Não , não é. - falei .

- Hum, to com fome. -disse ele com a mão sobre a barriga.

- Aguenta ai, primeiro temos que achar um lugar seguro para pararmos , e depois comer. - falei.

- Isso vai demorar muito?- perguntou ele.

- Hum não sei garoto. - respondi.

Depois de meia hora achamos um lugar para ficar, e podermos almoçar .

O lugar era na beira da estrada, mas dava pra se virar ali, era espaçoso , e tinha uma nascente de agua.

- Garoto - falei. - Espere aqui, vou caçar alguma coisa para nos comermos , ta bom ?

- Ta, mas.. voce não vai demorar muito né? - perguntou ele.

- Hum não claro que não.- respondi.

Não muito longe da li, achei um coelho para comermos, mas para voltar pareceu uma eternidade. Quando cheguei no “acampamento” improvisado nosso, tirei a pele do coelho com minha faca e coloquei na fogueira que Jon avia feito, nossa conseguir o nome dele , Jon , legal, mas ok voltando onde nos esta vamos mesmo? Ah, sim , quando esta vamos esperando o coelho ficar pronto, ouvi um trote de cavalo vindo da estrada. Fui ate a metade da estrada para ver quem se aproximava , vi um cavalo negro puro sangue  e um homem com uma capa preta que não me permitia ver seu rosto de onde eu estava, mas logo de cara pecerbi que era encrenca.

Quando o cavaleiro chegou perto do nosso acampamento, ele desceu do cavalo e se sentou junto de nos sem falar nada e nem sequer olhar nada.

- È.... Da licença , este coelho é nosso. - falei vendo o homem comendo o coelho ainda cru. - Se não for comer tudo de um pouco pro garoto, ele esta morto da fome.

O homem arrancou uma pata do coelho e entregou ao garoto, Jon disse que não estava com tanta fome assim .

- Coma garoto, voce precisa crescer para ser forte  e saudavel, e dizem que pata de coelho da sorte entao come. - disse o homem.

Aquela voz me pareceu familiar, mas não conseguir associar a voz a alguma pessoas que eu conhecia.

- Desculpa incomodar sua refeição senhor, mas eu não o conheço de algum lugar? - perguntei.

- Não me lembro de conhecer uma garota tão linda como a senhorita, se tivesse conhecido a senhorita ja estaria casada comigo. - falou ele.

- Mas sua voz me parece familiar, posso ver o seu rosto? - perguntei curiosa.

- Humpf! Como voce descobriu que era eu? - perguntou o homem.

Mas logo em seguida o homem abaixou o capuz da capa revelando o seu rosto, seu cabelos negro caiam sobre o ombro, os olhos estavam vermelhos com preto as presas para fora, e as garras as mostras. O homem do cavalo negro era Shan.