Eu acordei ouvindo todos gritando e andando pelo quarto. Me levantei e me deparei com Rose, que estava em pé, olhando para os lados, preocupada. Andei até ela.

-O que está acontecendo Rose? - Perguntei, curiosa.

-A diretora disse que estão tentando entrar no castelo. Ela disse que eram muitas pessoas e por causa disso era proibido que qualquer um saísse do castelo, faz uns cinco minutos que ela saiu daqui. Todos estão apavorados. - Ela me explicou.

-Ai meu Merlin! - Eu aprendi o porquê do "Merlin''. Os bruxos geralmente o fala ao envés de "Ai meu Deus", diferente dos trouxas. 

Eu confiava na Minerva, por isso não me preocupei, assim que Rose me explicou aquilo sai dali e troquei de roupa. Não se passaram nem sequer dez minutos e todos que estavam gritando decidiram parar com aquilo. Ele ainda sentiam medo, é claro, mas decidiram guardar aquele medo para eles mesmos.

Fui para a sala de aula, que por acaso era a de História da Magia, poucos alunos estavam lá. A maioria estava com medo de sair do quarto. Todos nos sentamos e o professor começou a dar a aula.

Normalmente os professores não ficariam com medo, mas eu percebi que até mesmo ele, que era um fantasma estava um pouco assustado. Depois da guerra que teve na escola, todos tem medo de que isso aconteça novamente. 

Eu pedi para sair da sala, precisava falar com Minerva, eu queria ajudar. O Professor Binns deixou que eu saísse se eu jurasse que não iria sair da escola, e eu jurei.

Sai da sala de aula com os olhares de Rose e Alvo em minha direção e fui até a sala da diretora Minerva. Cheguei nela e bati na porta, que em segundos se abriu. Minerva estava andando de um lado para o outro, nervosa.

-O que foi diretora? - Perguntei, ao entrar na sala e fechar a porta.

-Está tudo acontecendo de novo, eu prometi para mim mesma que isso não aconteceria novamente Sophia... - Minerva se sentou, olhando para baixo.

-Não se preocupa, eu vou ajudar, tudo vai ficar bem no final. - Eu disse, forçando um sorriso.

-Bem que eu queria que isso fosse verdade Sophia, mas nem sempre. Sempre sobra alguém para se vingar, sempre! - Ela disse, discordando comigo.

-Você quer é ficar nervosa né? Então tá, fique nervosa! Eu estou lhe oferecendo minha ajuda, e provavelmente de toda a escola. Todos vamos ajudar nessa guerra Minerva, todos! - Eu dizia, chamando a atenção dela.

-Desculpe Sophia, mas você não sabe... - Ela disse.

-O que eu não sei? - Perguntei.

-Pela força e tamanho que eles estão atacando, em menos de dez minutos eles conseguem entrar no castelo. - Ela disse, se levantando novamente.

-Quê? E você não falou isso para a gente antes por que motivo? - Me levantei, nervosa.

-Eles iriam querer sair do castelo, o que seria pior! - Minerva disse, pegando sua varinha e indo até a porta.

-Aonde você vai? 

-Lutar. - Ela respondeu, saindo da sala.

Eu sai atrás dela, por mais que eu quisesse ir junto com ela, precisava avisar à todos. Andei o mais depressa possível pelos corredores de Hogwarts, até conseguir encontrar a sala da História da Magia.

Quando encontrei a sala, todos os alunos saíam de lá conversando, inclusive Rose e Alvo, que sorriram ao me ver. Meu olhar sério provavelmente os fez ficar nervosos.

Berrei o mais alto que pude para que eles todos parassem e prestassem atenção no que eu tinha que dizer, aquilo necessitava toda a atenção possível.

-Me ouçam bem gente! Em menos de dez minutos invadirão o castelo, preciso de todos preparados para o pior! Preciso que vocês ajudem a lutar! Por favor, nós podemos ganhar mais uma vez! - Eu falei.

No mesmo momento as pessoas começaram a correr desesperadas. As únicas que ficaram foi Alvo e Rose, que olhavam para mim espantados.

-Eles estão prestes a invadir o colégio? - Rose perguntou

Antes que eu pudesse responder, um barulho muito alto de algo se rompendo interrompe a gente. Nós trocamos olhares e corremos para o campo da escola. Dali mesmo nós conseguíamos ver várias pessoas vindo em direção ao castelo.

-Não estão prestes Rose, eles estão invadindo. - Respondi a pergunta de Rose. 

Alvo olhava aquilo assustado, não conseguia ouvir nada, até que quatro únicas palavras saíram de sua boca.

-Tudo começou de novo.