Passaram-se semanas. Eu finalmente aprendi aonde ficava cada lugar de Hogwarts. Rose e Alvo estavam sempre comigo, e mesmo quando não estavam, eu estava com Maya. Eu raramente ficava sozinha.

Depois de muitos dias eu descobri no que eu realmente era boa, em voar. Mesmo voando muito bem, eu me recusei a entrar no time de Quadribol, eu não queria nem pensar em jogar contra Maya. Ela era muito competitiva. Preferi deixar isso para Alvo, que por acaso era muito bom no Quadribol! Eu não perdia um jogo da Grifinória, eu tentava não perder jogos da Corvinal por causa de Maya, mas nem sempre dava. Meu privilégio mesmo era com a Grifinória.

Sobre a história daquela conversa que ouvi nos corredores? Decidi deixar aquilo de lado. Não tinha nada à ver comigo, e eu sabia que Minerva protegeria Alvo. É claro que eu tive, durante alguns dias uma certa proteção com ele. Por exemplo, eu não o deixava andar sozinho nos corredores. Talvez por medo, não sabia direito, só não queria arriscar perder um amigo como ele. Rose e ele riam de mim quando eu dizia isso, mas depois eu parei de fazer aquilo e eu acho que eles até mesmo esqueceram.

Eu estava na biblioteca, finalmente sozinha, lendo o jornal. Uma imagem do pai de Alvo se movia no jornal. Nele dizia:

"A cicatriz de Harry Potter não dói a mais de 10 anos. Muitos dizem que finalmente estamos seguros, que estamos bem. Mas muitos discordam, pensam que isso não acabou, que nunca acabará.

Os segredos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts aumentam. O que isso quer dizer? Será que o mal está de volta?"

Meus olhos se reviraram e eu fechei o jornal. Não queria ler mais nenhuma palavra daquilo. Por que as coisas não podem estar bem?

Me levantei da cadeira e comecei a andar procurando algo que valesse a pena ler. De repente alguém coloca as mãos em meu ombro.

-Sophia! - Me virei e me deparei com Maya.

Ela estava soando, assustada, com pressa. Seu olhar era de medo.

-Que foi? - Perguntei, nervosa.

-O Alvo! Rose disse que está procurando ele à horas, mas ninguém na escola o viu! Ele sumiu! - Maya berrou.

Espera, horas? À quanto tempo eu estou aqui? Ai meu Merlin, o Alvo! Eu sabia... Não devia ter deixado aquilo do jeito que estava! Nada está bem, nunca está bem!

Sai correndo pelos corredores da biblioteca com Maya puxando meu braço.

Passamos pelos corredores de Hogwarts, empurrando todos que atrapalhavam nossa correria.

Chegamos no campo, fora do castelo.

-Ela ta ali sentada, quer falar com você, ela acha que você sabe de algo.- Maya apontou para alguém, que parecia ser Rose.

Ela estava sentada em frente à uma árvore.

Andei até ela e me sentei um pouco atrás dela. Ela parecia tão

Concentrada em suas próprias mãos.

-Rose? - A chamei.

Ela parecia não me ouvir.

-Rose. - A chamei de novo.

Coloquei minha mão em seu ombro. Ela virou para trás. Mas não era ela. Era um rosto esquisito. Seu rosto era o mesmo de... Era o mesmo daquele homem. Era o mesmo do Voldemort.

Eu acordei suada, assustada, com medo. Tudo havia sido um sonho. Alvo nunca havia desaparecido. Rose estava deitada, dormindo na cama ao meu lado.

Eu levantei da cama, assustada. Fui até uma garrafa de água que tinha na escrivaninha, bebi um gole.

Voltei andando até a cama. O sono era muito, mas eu estava com medo de ter outro pesadelo como esse.