O Filho de Harry Potter escrita por Anópolis


Capítulo 1
Um Gigante Bate na Minha Porta


Notas iniciais do capítulo

Eu espero que vocês gostem desse capítulo e da Fic! Beeijos' e boa leitura ^^



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Eu estava em casa, como sempre. Minha mãe trabalhando, o que também não era novidade. Meu pai... Bem meu pai não está mais comigo. Ele morreu alguns meses depois que eu nasci. Minha mãe não me conta até hoje como ele morreu, ela só diz que foi um terrível acidente.


Hoje eu fazia 13 anos. Desde os meus 11 anos minha mãe tem estado diferente. Toda vez que recebemos correio ela esconde tudo e não me deixa de jeito nenhum ler nenhuma das cartas. Eu não sei o que ela tem. Sinceramente, ela nunca foi muito normal para mim, mas desde esse meu aniversário de 11 anos ela tem estado pior. Sempre preocupada, nunca me deixa sair de casa, não posso ter amigos, nem mesmo estudar.

Ela não me deixa ir à escola e não tem dinheiro para pagar um professor que me dê aula em casa. Eu tenho que estudar sozinha. Não que eu me importe, mas eu gostaria de ir para uma escola, fazer amigos, estudar com um professor. Mas ela não deixa.

Apesar disso tudo, minha mãe é a melhor pessoa que eu já conheci. Ela está sempre me apoiando, me ajudando, me ouvindo. Ela está sempre trabalhando para me ajudar a viver. Ela com certeza tem seus motivos para não me deixar me comunicar muito, e eu acredito nela. Além do mais, em quem eu poderia confiar que não seja ela?

Eu estava na cozinha, fazendo a janta. Eu não era muito profissional, mas era quarta-feira, dia que minha mãe chegava bem tarde do trabalho, como umas nove horas da noite, então eu tinha que fazer minha própria comida. Eu estava cozinhando o arroz e pronta para fazer o meu omelete quando alguém bate na porta.

Eu acreditava que era a minha mãe, mas não era possível. Eram oito horas da noite, ela não viria agora.

Me aproximei da porta e olhei através do olho mágico. Vi um homem, bem grande, ele era realmente bem grande, com uma roupa escura que eu não consegui ver direito e uma barba, que escondia seu rosto. Eu não podia abrir a porta, ordens da minha mãe. Apesar de que mesmo que ela não tivesse mandado eu não abriria. Que tipo de homem daqueles aparece na sua casa? Ele pode ser um ladrão, assassino, sequestrador ou algo pior!

Voltei para a cozinha ignorando a campainha que tocava descontroladamente. Voltei a fazer o omelete. O meu jantar já estava pronto. Sentei na mesa, pronta para comer, até que percebo que a campainha parou de tocar, ninguém batia na porta, estava finalmente tudo em silêncio.

Até que um barulho muito alto interrompe o meu silêncio e eu me levanto da cadeira imediatamente. O barulho parecia de alguém que havia derrubado a porta. Eu me assustei, mas precisava ver se realmente haviam entrado na casa.

Andei até a sala com cuidado e confirmei minha suspeita. A porta estava tacada no chão. Eu arregalei os olhos, provavelmente estava com a boca aberta.

–Sophia Carter? - Uma voz disse, atrás de mim.

Eu me virei e o homem barbudo que estava a alguns minutos atrás da minha porta estava olhando para mim. Ele era realmente bem alto.

–S-sim. - Gaguejei, ao ver o seu tamanho.

–Eu sou Rúbeo Hagrid, guardião das Chaves e dos Terrenos de Hogwarts. - Ele disse, sorrindo, o que me fez ficar calma em ver que ele podia ser legal, gentil.

–Prazer Rúbeo, eu sou Sophia, mas acho que você já sabe disso. - Disse, e ri ao lembrar que ele me chamou pelo meu nome - Como você me conhece?

–Me chame de Hagrid. Eu te conheço porque foi meu dever vir te buscar. - Ele respondeu, calmo.

–Mas... Para onde você pretende me levar? - Perguntei.

–Para Hogwarts! - Ele respondeu, feliz.

–Hogwarts? O que é isso? - Eu perguntei, curiosa.

–Uma escola de magia e bruxaria.

–Uma escola? - Eu sorri. Faziam três anos que eu não ia para uma escola - Espera... Magia? Bruxaria? Desculpa Hagrid, mas isso não existe. - Eu disse e fui voltando para a cozinha.

Hagrid levantou a porta e a colocou ao lado de onde ela ficava, talvez quisesse deixar a sala um pouca mais arrumada. Depois disso ele veio para a cozinha e me observou dar uma garfada em minha comida.

–Existe sim Sophia, e você é uma bruxa. Você é especial Sophia. - Ele disse, tentando me convercer.

–Eu? - Falei, espantada mas calma ao mesmo tempo - Se eu sou especial, por que você só me contou agora?

–Estou tentando entrar em contato com você à dois anos. Mas você tem estado presa em casa, está todo mês mudando de casa. Somente hoje consegui me comunicar. - Ele disse e começou a vasculhar o próprio bolso. - Aqui. - Hagrid me entregou uma carta.

Eu abri a carta e a li. Nela dizia que eu tinha uma vaga a escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Quando eu li eu não acreditei. Dentro de mim, lá dentro, eu acreditava que podia haver magia, mas nunca pensava que um gigante ia aparecer na minha porta, me dar uma carta e dizer que eu vou para uma escola de magia. Eu fiquei lendo a carta. Quando acabei de ler, não resisti e um sorriso se brotou no meu rosto.

No momento em que eu ia dizer alguma coisa minha mãe entrou em casa.

–Sophia! - Ela berrou - Cheguei! Cadê você querida? - No mesmo momento eu coloquei a carta dentro de minha blusa, para escondê-la de minha mãe.

Eu não escondia nada dela, mas eu queria, eu queria de verdade ir para Hogwarts. Eu queria ir à escola, ter amigos, fazer magia. Eu queria aprender isso, mesmo se minha mãe não aceitasse.

–Hagrid, passa aqui amanhã à noite, eu vou com você. - Eu sussurrei, e no mesmo momento minha mãe entrou na cozinha.

Ela parou e olhou para os lados, com a boca aberta.

–O que está acontecendo aqui? - Ela berrou e deixou as compras que carregava nas mãos caírem no chão.

–M-mãe eu... - Tentei explicar.

–Você vai pro seu quarto agora que amanhã conversamos! Eu queria fazer uma surpresa para você já que é seu aniversário, mas é assim que você comemora? Suba agora! - Ela berrou.

Eu queria ficar ali e tentar fazer com que Hagrid não levasse uma bela de uma bronca, ele (apesar de ser um gigante que se você não conversar parece que ele não quer te fazer bem ) é uma boa pessoa. Mas eu não podia, conhecia a minha mãe. Se eu não subisse por vontade própria ela me arrastaria.

Subi para o quarto batendo os pés. Cheguei lá e bati a porta, para que minha mãe ouvisse e percebesse a raiva que eu estava. Finalmente eu estava falando com alguém que não era ela. Esse "alguém" me ofereceu um lugar para estudar, que pelo o que eu saiba, não precisa pagar. E ainda por cima vou estudar magia! Magia! Isso é simplesmente inacreditável!

Me taquei na cama e fiquei olhando pro teto. Ouvi um barulho de porta vindo do andar de baixo. Hagrid deve ter tentado colocar a porta de volta no lugar. Minha mãe provavelmente já devia ter acabado de conversar com ele. Eu queria descer e perguntar o que ela disse para ele, mas eu não ia. Primeiro porque ela não me contaria, segundo porque eu não queria ver o rosto dela pelo resto da noite, pelo menos.

Levantei da cama e troquei de roupa, coloquei um pijama. Me taquei na cama novamente. Eu iria amanhã para Hogwarts, nem que eu tivesse que fugir. Eu amava a minha mãe, mas ela tem que entender, eu quero ter uma vida. Mesmo que essa vida seja bem diferente da das outras pessoas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews, isso me ajuda a continuar escrevendo. Beeijos' e até o próximo capítulo.