In Loving Memory escrita por Stardust


Capítulo 7
Death


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo *-* boa leitura.



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Estava sentada na mesa da cozinha sete horas da manhã. Rosie havia chegado tarde e Steve tinha ido embora logo que disse que confiava nele. Não entendia porque, mas ele não poderia ficar mais. 

Liguei o som da cozinha e peguei uma xícara de chá. Doris ainda não havia chegado. 

Fechei os olhos sentindo o som da Kansas. Geralmente Dust In The Wind me deixava calma e completamente fora de órbita, mas dessa vez eu só conseguia pensar naquele rapaz que entrou na minha casa noite passada. "Como ele havia entrado?", me perguntei. Só agora tinha me lembrado que as portas estavam trancadas e todas as outras janelas também. 

Queria falar com ele e esclarecer algumas coisas, mas não sabia onde encontrá-lo. Talvez ele teria que me encontrar.

- Bom dia. - escutei a voz de Doris. - Acordada cedo de novo? 

- Perdi o sono. - respondi sem ânimo. 

Fiquei conversando um pouco com ela, mas subi para a biblioteca. Precisava de um tempo só.

Abri a porta e me encostei atrás dela com o olho ainda fechado. Abri-o lentamente, levando susto com o que via. 

- Steve. - gritei assustada. - O que faz aqui? Como entrou? 

- Lexie. - disse com a voz calma. Sua voz rouca me deixava louca. 

- Responda minha pergunta. - disse ficando brava. 

- Eu apenas posso entrar. - o olhei com dúvida.

- O quê?  

- Eu não sou humano. - disse quase gritando. - É isso que quer saber? Ok, agora me diga, você ainda acredita em mim?

Fiquei olhando para ele completamente sem reação. 

- Eu não sei... - disse me deixando sentar no chão. - Eu estou tão... - não completei a frase.

- Confusa? - Steve completou. 

Concordei com a cabeça. 

- Então o que você é? - disse olhando em seu rosto. 

Não me respondeu. Apenas ficou me encarando. 

- Ok. - disse indignada. 

- Sinto muito. - ele disse. 

Olhei para o lado e quando olhei de volta ele havia desaparecido. 

- Ótimo. Obrigada por se despedir. - estava sendo irônica. 

Permaneci ali, sentada, até pegar no sono. 

*

- Lexie? - acordei com Rosie me gritando com uma mistura de choro. - Onde você está? 

Me levantei correndo e fui ao seu encontro. 

- O que foi? - perguntei assustada, ainda um pouco sonolenta. 

- Meu padrasto... - disse me abraçando e sem conseguir terminar a frase. 

- O que foi com o tio Daniel? 

- Foi assassinado. - disse soluçando em meio ao choro. 

Lágrimas escorriam pelo meus rosto. Assim como para Rosie, David também era um pai para mim. Ele me criou desde pequena, quando já era casado com Florence. Florence teve Rosie poucos meses antes de conhecê-lo, então ele era a única imagem de pai que ela tinha. E a mais perfeita.

- Oh meu Deus. - ficamos sentadas por algum tempo. Era uma dor terrível. 

Rosie não sabia ao certo me dizer como aquilo havia acontecido. Havia acordado e recebido a notícia de sua mãe, que mal conseguia falar sobre o ocorrido de tanto que chorava. 

Deixei Rosie na sala, e subi para a biblioteca onde ninguém poderia me ouvir. As lágrimas tomavam conta de mim e eu mal conseguia ver um palmo na minha frente. 

- Apareça. - gritei fechando a porta da biblioteca. - Agora eu preciso falar com você e é bom estar aqui. 

- O que foi? - Steve apareceu.

- Por que não o protegeu? - disse em meio a lágrimas. 

- Eu só posso proteger você. - ele disse bravo. - Entenda isso. Estou aqui por você e agradeceria se você parasse de gritar comigo? 

- Quer que eu pare de gritar com você? - disse mais furiosa ainda. - Você apareceu do nada, não me diz o que você é, aparece e desaparece do nada, diz que tem que me proteger mas ao mesmo tempo meu tio, que era quase um pai, morre e quer que eu não grite com você? Me diz porque isso tá acontecendo. - se eu continuasse a falar, iria explodir.

- Calma, - ele disse se aproximando de mim e tocando em meu rosto. Pensei em virar o rosto, mas não sei porque não fiz isso. - eu posso te explicar tudo. Mas primeiro tem que confiar verdadeiramente em mim. 

Havia algo nos olhos dele. Eu não sabia dizer se mentia ou não. Fui tomada pela vontade de batê-lo ou xingá-lo. 

- Saia daqui! - gritei ao mesmo tempo que Steve desaparecia. 

Eu o odiava mais do que qualquer outra coisa. 

- Eu não preciso da sua proteção. - gritei, mesmo sabendo que ele não estava mais ali.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Eu acho que não está muito bom e preciso de opiniões para continuar escrevendo :/ comentem!