Não Arrisque escrita por Angie Ellyon
Notas iniciais do capítulo
Olha eu aki de novo! o/
Mil perdões pela demora amores.
Passei o feriado da Páscoa longe, reclusa de internet e rodeada de parentes. Não havia a menor chance de escrever na frente deles...¬¬
Fiz um grande sacrifício pra escrever esse cap, viu?? kero reviews como recompensa..u-u
Boa leitura!
Uma mão tocou meu rosto.
- Aaahh!! - acordei, assustada.
- Ei, calma. - Leon me tranquilizou, cauteloso. - Tá tudo bem.
Olhei pelo quarto. Todos estavam ali: minha mãe, Jane, Anne, Alex, Jennifer, Harry e Airon, que fumava um charuto. Além dele, havia uma garota desconhecida, que me olhava de braços cruzados.
Era ela! A tal Marion!
- O que você quer aqui! - vociferei, pulando da cama, mas fui detida por Leon. Ela apenas sorriu. - O que houve?!
- Zattara abriu a porta do mundo dos mortos. - Leon me contou. - Você...ficou desacordada por algumas horas.
- Horas?! - indaguei.
- Nós quase perdemos pra Zattara - foi a vez de Airon falar. - Agora, com o mundo dos mortos acessível, ela vai poder ir até Josh e encontrá-lo para trazê-lo de volta.
Suspirei. Mais problema.
- Você. - eu apontei para Marion. - Você fez isso comigo. Ficou fazendo aquele monte de joguinhos só pra me enrolar!
- Está brincando? - Jane falou. - Ela salvou a sua vida! Foi ela quem te trouxe pra cá!
Leon olhou pra ela meio torto.
- Tudo bem - Marion falou. A sua voz soou mais autoritária. - Eu sei como é isso. Luna não gosta de ser surpreendida.
Engraçadinha.
Ela sentou próxima a Leon. Próxima demais.
- Vejo que ainda sabe pouco sobre mim - ela olhou para Leon.
- Aquilo tudo que você me disse não adiantou de nada. - falei.
- Que pena. Seriam informações cruciais agora.
Ela queria me desestabilizar...
Engoli em seco. Nunca gostei de dar o braço a torcer.
Então ela enfiou a faca mais fundo.
- Esqueci de contar à você sobre Leon e eu. - disse ela.
Leon pareceu desconfortável, e eu o olhei com as sobrancelhas arqueadas, dizendo: "Eu sabia."
- Pensei que tinha dito que só era filha da Morte. - disse-lhe, tentando ser sarcástica. Mas ela era mais perspicaz.
- Isso é só um detalhe. - falou, se virando para os outros. - Podem nos deixar à sós?
Airon levantou os braços e foi o primeiro a sair.
- O que você tem pra falar só pra mim? - falei.
Ela suspirou.
. - Estou fazendo isso por Leon. É por minha causa que Airon desconfia dele.
O quê? Mesmo longe ela atrapalhava a minha vida...
- E qual seria o motivo? - eu cruzei os braços.
- Eu sou filha da Morte - ela se levantou, caminhando pelo quarto. - Tivemos um relacionamento.
- Nós namoramos, Luna - Leon confessou, me olhando nos olhos como se pedisse desculpas. - Uma Mestiça e um Resgatador.
- Até que ela apareceu - Marion completou.
- Quem? - fingi interesse.
- Lissa - Leon me deu um olhar sugestivo.
- Ela queria me matar - Marion contou. - Nós, Mestiços, corremos muitos perigos. Somos uma raça rejeitada; não devíamos existir.
- "Nós"? - indaguei. - Quer dizer que existem outros como você? E por que Lissa quis te matar?
- Muitos outros. - confirmou ela. - Principalmente agora que a Morte perdeu o controle. E Lissa fingiu ser minha amiga; dizendo que me levaria até o meu pai.
Lissa também havia usado isso comigo. Mas a pergunta era: foi verdadeiro ou não? Se foi mentira, por que ela teria me ajudado depois?
- Eu sei que você a conheceu também. - Marion continuou.
- Por isso seu pai não queria que namorássemos - Leon disse, sorrindo um pouco. - Não se pode brincar com a Morte.
- Eu nunca esperei qualquer tipo de afeto vindo do meu pai - Marion relembrou, e fez uma pausa. - Eles não querem saber de nós; nos usam como uma espécie de rebeldia. Você tem sorte. A coisa que eu mais odeio...é ter herdado esses poderes dele. São viciantes, e dão uma vantagem superior e medíocre.
- Você não tem culpa. - eu senti um pouco de misericórdia.
- É, mas agora a cidade virou um cemitério invisível - lembrou Leon. - Vai ser difícil. Os espíritos dos mortos estão por aí.
- E vamos ter que procurar um por um. - adivinhei.
- Há uma maneira de deter todos eles. - Marion falou.
- O limbo - Leon disse.
- É aí que eu entro - Marion sorriu. - Enquanto caçamos as almas, teremos que prestar atenção onde está o ponto que converge com o mundo paralelo. Pode estar em qualquer lugar com o sacrifício.
- E se Zattara já estiver à nossa frente? - eu perguntei com cuidado.
Ela me olhou.
- Então, estamos muito ferrados.
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Não é que eu não quisesse trabalhar com a ex do meu namorado.
Ela não parecia totalmente de confiança pra mim - afinal, metade dela era pura maldade.
Não foi fácil seguir pela Grande Avenida à procura de almas destruindo tudo.
A movimentação no shopping estava tranquila para o fim de semana. Passando em frente à uma loja de eletrônicos, chamei a atenção dos dois para o noticiário.
- Ei, olhem.
- Falando ao vivo do cemitério - dizia a repórter. - Uma senhora afirma ter vindo visitar o túmulo da filha e diz ter visto a mesma pessoalmente. Testemunhas afirmam convictamente que um estranho ar tomou conta do lugar mais cedo. "É como se os mortos estivessem voltando!", diz uma mulher, assustada...
Marion suspirou.
- Não se pode trazer alguém de volta dos mortos sem afetar nada.
- O shopping - apontei. - Sinto algo rondando por aqui.
- Ok, vamos fazer o combinado. - Marion determinou. - Assim que sentirem o véu ofuscar e convergir com o mundo paralelo, eu uso meus poderes.
Assentimos.
Caminhei de mãos dadas com Leon.
Observei uma senhora vir pela multidão, perdida. Ela parecia abalada.
- Ei, ei, calma - eu me soltei de Leon e fui ajudá-la, acomodando-a em um assento. Ela soluçou, chorando. - O que houve?
Ela me segurou firme com suas mãos geladas.
- Querida, escute-me bem está bem? - ela engoliu com força. - Aconteceu algo estranho. - ela respirou com dificuldade. - Não quero que se assuste com o que vou lhe contar, mas...eu morri hoje de manhã. - ela me segurou mais forte. - Mas, enquanto atravessava para o outro lado, algo mudou e eu voltei. - ela voltou a chorar. - Onde está a morte? Eu não quero mais sofrer!
Marion e Leon assentiram, entendendo.
- Zattara está brincando com a sorte. - Marion disse. - Agora, a Morte se recusa a executar as pessoas...como uma forma de greve... - ela balançou a cabeça. - Inacreditável.
- Isso não pode continuar - Leon murmurou, sério. - Quando as almas do sacrifício se juntarem com essas...
- ...vai acontecer uma pane total! - eu completei, surpresa.
Saímos correndo pelo meio do shopping.
- Vamos nos separar! - Marion propôs.
Segui sozinha rumo à praça de alimentação quando uma mão fria segurou meu braço num aperto firme.
Me virei, surpresa, me deparando com Carol, a namorada de Jason.
Ela estava horrível: estava com um tom pálido cinzento na pele, cheia de veias obstruídas. Sob suas olheiras havia um roxo.
- Agora sei porquê você fugiu. - ela disse. - Esse seu mundinho de fantasia me trouxe de volta à vida - e sorriu. - Com isso, vou voltar para o Jay.
- Não, Carol - eu disse, olhando ao redor com cuidado. - Você está morta. Isso é só temporário.
Ela riu com escárnio.
- Não, não é. Eu conheci uma das tais Mortes, sabia? Ela me disse que se eu a ajudasse a encontrar uma alma em especial, ela traria de volta à vida todos que a ajudaram também. Então, se não se importa - ela me encarou. - Tenho um trabalho a fazer.
- Isso é mentira! - sibilei.
Ela me deu um empurrão e foi embora.
Comecei a andar desesperada. Não havia saída para o que estava por vir.
- Confabulando uma maneira de salvar o mundo, Esquisita?
Parei.
Só havia uma pessoa que me chamava assim.
Rachel.
Ela ainda estava da mesma maneira de quando Lissa a matou, e pálida-cinzenta como Carol.
- Você. - murmurei.
- Se está tentando nos deter, desista. - avisou ela. - Não pode lidar com centenas de mortos.
- Não estou sozinha - rebati. - Vou colocar cada um nos seus túmulos.
- E vai lutar contra a Morte ao mesmo tempo? - zombou. - Olha...eu acho que não.
Rachel se aproximou e agarrou meu pescoço com uma força descomunal.
- Que...tipo de poderes ela deu à vocês? - eu me engasguei. - Com que promessas?
- Algo que você nunca vai ter. - ela me lançou à metros, e caí incrédula.
Mortos não tinham aqueles poderes...!
Uma outra mão gelada me tocou.
- Luna, que bom.
Donnie - a mesma Donnie que era dona da loja onde eu trabalhava - estava me ajudando a levantar. Ela parecia mais amedrontada do que envolvida com a possibilidade de voltar à vida.
- Donnie - eu disse. - O que quer que Zattara tenha dito à você...
- Eu sei. - ela fechou os olhos. - Essa tal Zattara...vai fazer algo horrível.
- Como assim? - quis saber.
- Estamos em um cemitério - contou ela. - As almas são mais fortes aqui.
Isso explica a força de Rachel.
- Quer dizer que o shopping "cobre" o cemitério! - eu percebi. - O véu! É aqui! - arquejei.
- E não é só isso - continuou ela. - Ela nos enganou. Ela só quer encontrar uma alma.
- A alma do amado. - contei.
- Quando ela o encontrar, vai se livrar de todos nós - ela me girou pelos ombros. - E você precisa fechar o limbo que foi aberto, antes que a fera acorde.
- Fera? - franzi o cenho. - Que fera?
- Há um guardião das almas - contou ela, aflita. - Ele vai despertar em breve quando perceber essa bagunça. Se ele acordar, vai reclamar as almas perdidas e vai destoar uma verdadeira guerra entre os Ceifadores e Resgatadores.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
e aee, curtiram?? diz q sim!! *-*
reviews, please!
espero q ñ tenham me abandonado..snif ;(
o prox cap será beeeeem melhor, eu garanto!
Xero