Não Arrisque escrita por Angie Ellyon


Capítulo 12
O Enigma do Luto


Notas iniciais do capítulo

+ um cap! o/
vou, enfim, dar uma adiantada no romance de nossos protagonistas..sim..uma cena hot..¬¬..ñ sou mt boa em cenas do tipo, + dei o meu melhor..=)
Música tema dos dois: Simple Plan - Astronaut
Boa leitura!
ah! leiam lá embaixo..é importante.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/329245/chapter/12

Primeiro, vi só dois lobos. Depois, mais dois. E mais...

Mantenha a calma, Lissa falou na minha cabeça,Dessa vez, não é a Floresta Vermelha.

Ah, mais que ótima notícia.

Engoli em seco. Os lobos tinham o tamanho de um leão. O mais alto deles tinha o pelo cinza com alguns tons mais escuros; um pouco mais no focinho. Seus olhos brilhantes e ferozes se fixavam em mim. O que estava ao lado deste tinha o pelo na tonalidade mel.

– O-o que eles...são? - balbuciei, petrificada de medo.

– Shh... - Lissa murmurou. - Não tenha medo. Eles não vão machucar você. Quem corre perigo aqui sou eu.

– O quê? – disse.

– Você. - o lobo cinzento disse à Lissa. - Nenhum movimento.

– Acha mesmo que não quero sair viva daqui? - Lissa rebateu, sarcástica.

Então eles se afastaram e foram mudando de forma. Aos poucos suas silhuetas se transformaram em figuras humanas. O lobo cinzento era uma garota de cabelos platinados e olhos claros. Haviam vários símbolos em seu corpo, como tatuagens.

– Alquimistas. - sussurrou Lissa. - Eles meio que mexem com magia.

– É bom conhecê-la, herdeira de Airon. - disse a garota-lobo, interrompendo. Estremeci quando ela disse o nome. Airon - pelo que eu sabia até agora - era o nome do meu pai, que eu nem havia conhecido ainda. - Me chamo Sieme, e trago um recado muito importante. - ela não precisou enfatizar a palavra.

– Recado? De quem? - eu disse. Percebi que Lissa se moveu, e ela a olhou. Do nada, seus desenhos corporais brilharam e Lissa caiu no chão.

– Não! Deixe-a ir! - implorei. - Ela não oferece perigo!

Sieme deu de ombros com desdém.

– Todos eles oferecem.

A gente se vê por aí quando for a hora, Lissa me falou antes de sumir numa fumaça negra.

Sieme suspirou.

– Precisamos ir até a Ordem. Temos que decifrar o recado o mais rápido possível.

– Quem o mandou? - eu quis saber.

Ela deu um sorriso amarelo.

– Foi o seu pai, Luna. Ele me mandou aqui. Parece que descobrimos um jeito de tirá-lo da prisão.

–----------------------------#--------------------------------#----------------------------------#--------------------------#--------------------#---------------------

Fiquei o tempo todo me perguntando como ele teria feito isso nas condições em que ele estava. Talvez, a tal prisão não era um bicho de sete cabeças impossível de se entrar, ou ele era realmente um cara de uma mente brilhante.

– Sou a líder da Irmandade da Lua Cheia. - contou Sieme. - N´´os também já fomos perseguidos pela Morte, só que pelos nossos dons. Vê esses símbolos? - ela ergueu um dos braços. - Cada um deles têm um significado.

– Como sabe do meu pai? - murmurei.

– Nós formamos a guarda da Torre onde ele está. - disse ela. - Nossa mágica ajuda contra invasões. - ela enfatizou e última palavra. - A maioria dos prisioneiros; você sabe.

– Rebeldes. - adivinhei, suspirando. Nenhum deles quis aquilo, assim como eu.

– Sei o que pensa. - disse ela. - Mas é tão complicado. Eu também não me aceitei. Mas ao invés de me rebelar, escolhi outro caminho e aceitei minha condição. Imagine um mundo onde a Morte prevalece. Seria um caos; um lugar vazio em sem vida. Por isso existimos; para que a Morte não extrapole; para controlá-la. Às vezes, sacrifícios são necessários para um bem maior. - ela me olhou nos olhos. - A vida que deixamos para trás não foi em vão.

Me impressionei a maneira como ela falava bem. Me lembrava uma avó - que eu nunca tive - cheia de conselhos pra dar. Talvez ela estivesse mesmo certa. Meu coração deu um nó ao relembrar todo um futuro humano que poderia ter tido.

Mas não era o destino que havia sido selado para mim.

– Sieme! - Harry apareceu, surpreso, ao lado da minha mãe.

– Luna, onde se meteu! - Jennifer me repreendeu.

– Não se precipitem. - fui rápida ao encontrar algo construtivo pra dizer. - Não digam nada.

– Há uma maneira de Airon escapar da prisão. - Sieme revelou.

Leon prostrou-se ao lado de Harry e me flagrou olhando para ele, e sorriu.

Gosta do que vê?, ele disse.

Você sabe porque estamos tendo essa conversa, eu disse.

Quer saber por que eu a beijei?, ele disse na lata, e cruzei os braços.

Fiquei com medo por você, pequena, ele respondeu, Não queria perdê-la.

Confesso que, nessa hora, eu me desapontei um pouco. Ok, uma garota deveria ter opções e não deveria se iludir com qualquer coisa. Mas a minha relação com Leon havia mudado - e se dizia ser o melhor amigo do meu pai.

Analisando suas opções, pequena?, ele continuou, ainda sorrindo.

Uma garota precisa ser sábia, respondi.

– E aí, Luna? Quer tirar o seu pai da cadeia ou não?

Mal percebi Jane dialogar comigo. Ela deu um olhar sugestivo para Leon.

– Ficar namorando mentalmente o meu irmão não é legal. - disse ela.

– Não é o que você pensa! - eu me exasperei.

Sieme nos levou para a biblioteca, onde, numa mesa, jogou um papel amassado, e começou a desdobrá-lo com cuidado.

Esticado, ainda meio amassado - como se tivesse sido colocado às pressas -, era uma espécie de mapa. Haviam algumas inscrições desconhecidas pra mim; símbolos desconexos. Além disso, vários rabiscos e setas apontavam pra desenhos feitos de mal jeito. Era como se a pessoa que o fez tivesse esboçado uma espécie de plano estratégico com maestria.

Leon ficou ao meu lado e apertou minha mão, sorrindo.

– Airon sempre nos surpreende. - Harry falou.

– Como ele conseguiu? - perguntei.

– Ele conhece a Torre. - Sieme contou. - Mas a sua cela está longe demais para ser encontrada. Os guardas não vão nos deixar entrar. Todos os prisioneiros ficam estrategicamente em lugares difíceis.

– E o que ele bolou então? - Leon disse.

Sieme suspirou.

– É um enigma.

– O quê? - vociferei. - Vamos ter que decifrar o que ele escreveu aí?

– Airon teve que fazer isso para não ser pego. - explicou ela. - A segurança é forte; nada passa despercebido. Eles pensaram que os rabiscos eram só um entretenimento pra passar o tempo. Lá fora, eu peguei o bilhete facilmente - e sorriu, orgulhosa.

– Vamos ter que seguir as pistas que ele deu? - Leon disse.

– Hmm. - Sieme fez muxoxo. - Ele bolou um plano arriscado. - e analisou melhor. - Parece que alguém morreu. Um prisioneiro.

Todos esperaram o que viria a seguir.

– Como assim? - falei.

– É um plano que tem que ser executado com cuidado. - ela disse, apontando para o desenho de um boneco enrolado num pano. - Aqui. O corpo do prisioneiro morto. - e seguiu com o dedo a linha da seta até o desenho de uma cerca. - Aqui está a cela de Airon. Estão vendo? Ele assimilou as duas coisas: o corpo e a cela.

– Espera aí. - eu peguei o raciocínio. - Ele quer trocar de lugar com o corpo?

Sieme sorriu.

– Você é esperta como ele.

– E como vamos fazer isso? - Leon quis saber. - Não temos ideia de onde eles está, e nem esse tal corpo.

– Ele pensou nisso. - Sieme apontou para um rabisco mais forte, grafado. - Ele está num dos últimos corredores.

– Então, vamos dar um jeito de trocá-lo com o morto? - eu adivinhei.

– Isso - ela concordou. - Mas não podemos entrar pela frente, e os fundos são um verdadeiro labirinto.

Ela mostrou o desenho do que pareciam ser palavras misturadas com números. Elas estavam posicionadas de forma que, para bom entendedor, significavam uma valiosa informação para o plano. Era assim:

C071NA T3MP0 C0RP0 C37A

– Vejam - Sieme apontou. - O "sete" significa um "ele". O "um" é um "i". O "0" um "o". Colina. Tempo. Corpo. Cela. - traduziu.

– Legal. - disse, realmente surpreendida pela técnica. - E o que ele quer dizer?

– "Colina" significa que ele deve estar numa das partes mais altas. - explicou ela, envolvida em sua descoberta. - "Tempo" significa o nosso desempenho para não sermos pegos enquanto o tiramos da "cela" e o trocamos com o "corpo".

– E como vamos saber se já não tiraram o corpo de lá? - Leon perguntou.

– Parece que o prisioneiro morreu hoje. - Sieme revelou. - Por isso, temos que agir logo. E temos que seguir o plano à risca. Vamos aproveitar que ainda é cedo da noite.

–------------------------#-----------------------#------------------------------

Todas as nossas atenções foram para o plano. Eu nunca havia pensado que meu pai era capaz de fazer algo do tipo.

– No que tanto pensa? - Leon se sentou ao meu lado.

– Meu pai. - disse num suspiro. - Finalmente vou conhecê-lo.

– E aposto que esperou muito por isso. - ele acrescentou.

Leon se ajeitou melhor ao meu lado. Percebi que ele tinha um cheiro agradável - menta e grama molhada misturados.

– Sabe, você é muito parecida com ele. Fisicamente, quero dizer. - ele disse depois de um tempo, em olhando. Depois, começou a rir. - É, acho que na personalidade também.

– Idiota. - eu o soquei de leve no braço. - E como é o velhote?

Ele fez muxoxo.

– Tem a mesma cor de cabelo que o dele - e me olhou. - e os mesmos olhos também. E o seu rosto...é uma moldura do dele, entende? - e fez uma pausa. - Você herdou pouca coisa da sua mãe.

– E por que todos dizem que ele é como se fosse um mafioso? - perguntei.

Leon deu um sorriso maroto.

– Ele não entrou na Ordem de um jeito muito honesto. - ele se mexeu pra me encarar. - Ele me fez prometer que cuidaria de você.

– E está cuidando, não?

Ele sorriu.

– Talvez...mais do que deveria.

Eu me retesei.

– Como assim?

Eu não deveria ter duvidado. Lá no fundo, eu já sabia. Leon havia despertado em mim algo diferente - algo que havia superado até mesmo o ódio que já sentimos um pelo outro. Algo que eu não havia tido nem com Jason. Algo que, de algum modo, mais cedo ou mais tarde iria aparecer. Algo que poderia nos colocar em risco dali pra frente, nos trazendo inúmeros perigos. Algo que nem mesmo a própria Morte poderia nos tirar.

Estávamos apaixonados um pelo outro.

Ele percebeu, e segurou minha mão. A nossa respiração mudou.

– Aquele beijo...na Floresta Vermelha - lembrou ele. - Não pensei em outra coisa para mantê-la segura, pequena. - ele se aproximou e tocou sua testa na minha. Com cuidado, deslizou os dedos por meu cabelo. - E foi aí que eu percebi que não podia mais ficar longe de você; que estava apaixonado por você.

Eu sorri.

– Eu também...

– Você abalou minhas estruturas - contou ele. - Nenhuma garota fez isso comigo, e me chamou a atenção. - ele riu, se lembrando de algo. - Além disso, você sempre tinha uma resposta. E não estava acostumado a ver alguém me enfrentar.

– Hmm, eu fui a única que conseguiu te enfrentar? - brinquei. - Mereço um Oscar por isso, não acha?

– Não merece. Merece isso.

Com leveza e sensualidade ao mesmo tempo, Leon pressionou os lábios nos meus. O beijo foi diferente; ao contrário do que rolou na Floresta Vermelha. Lá, foi um beijo urgente e desesperado - como se fosse o primeiro e o último. A gora, nosso beijo marcava o nosso início. Era o beijo que selava a nossa escolha.

O beijo de Leon era o verdadeiro traço de sua personalidade: selvagem, ardente, urgente.

Eu nunca havia me sentido tão feliz.

Depois, o beijo ficou molhado, e eu quis mais. Agarrei sua nuca, e depois seus ombros e seus cabelos macios. Ele segurou as raízes do meu cabelo, intensificando o beijo. Uma de suas mãos desceu até a minha cintura. Ele me beijou outra vez, outra vez, outra vez...

Nós paramos, sorrindo; ofegantes, e unimos nossos dedos.

– Eu te amo, pequena. Nunca pensei que o amor pudesse me tocar. Eu me achava ivulnerável por isso. Mas estou feliz, mesmo assim.

Como resposta, dei-lhe mais um beijo.

Quando nos viramos, nos deparamos com Jane nos encarando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

pegos no flagra!!! o.O kkkkkkkk ¬¬ e aee, gostaram? momento own, neah? *-*
ATENÇAO: no prox cap, o pai da Luna vai finalemente aparecer!! ñ percam!!
vai ser um graaande encontro! =P
reviews!!!!!! até o prox!
Kisses



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Não Arrisque" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.