O Segredo De Petra escrita por Mister I


Capítulo 14
Capítulo 14 - Albert Suevo


Notas iniciais do capítulo

Ótima Leitura!



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Passamos dois dias naquele ônibus, até que chegamos a Nice, uma bela cidade litorânea no sul da França que fazia fronteira com o mais belo consulado do mundo, Mônaco.

Embarcamos clandestinamente em um navio cruzeiro que faria uma viagem pelo Mediterrâneo. Nosso destino era Alexandria, a cidade que já suportara milênios a mercê dos humanos. A nossa viagem foi cheia de suspense, estávamos andando clandestinamente em um navio lotado de pessoas. Disfarçamos-nos com trajes da tripulação e fomos para cozinha, a vontade mesmo estava Lucila que caminhava tranquilamente pelos corredores do navio.

Desde que coloquei meu pé na embarcação, senti vibrações estranhas. Não sabia explicar o que era, mas algo estava muito perto de mim. Na cozinha ninguém questionou o Benjamim e eu, o navio era novo e estava fazendo sua viagem inaugural, toda a tripulação tinha sido recém contratada.

O tempo foi passando e aquela sensação estranha ficava mais forte, o navio estava encalacrado de pessoas e todas as cabines, mesmo as dos tripulantes estavam ocupadas. Tivemos que dormi no depósito. Era um lugar escuro e frio, no porão da grande e imponente embarcação de inúmeros andares.

Já estávamos navegando há quase dois dias. No final do segundo dia, me mandaram para um dos grandes restaurantes. Era um local bem arejado, sobre nossas cabeças existia uma cúpula de vidro, estávamos no vão principal, onde à noite todos se reunião para a festa. Foi lá no restaurante que algo se revelou.

Estava encaminhando os pedidos, um homem sentou-se em uma mesa muito distante e fui atendê-lo. A sensação estranha aumentava mais e mais a cada passo que dava, meu coração disparou e de repente estava frente a frente com o tal rapaz.

–Petra? – Ele disse e eu também perguntei.

–Albert? Albert Suevo! – Gritei e todos em volta nos olharam.

–Petra quanto tempo, como você tem passado?

–Meu expediente acaba em alguns minutos, espere aqui e nós conversamos depois. – Disse e me afastei.

Albert Suevo era um belo homem, alto e forte, seus olhos eram castanhos e sua pele era morena. Ele era um velho amigo e o mais incrível, ele era um desgarrado! Fiquei feliz em revê-lo, a última vez que o vi foi em 1893, ele estava fugindo dos Aláicos e o encontrei no Canadá.

Meu expediente tinha acabado e fui até o Albert para conversar.

–Como é bom revê-lo, estava procurando pessoas como você! – Disse toda sorridente.

–Como eu? Mas me diz, o que está fazendo vestida de garçonete?

–Isso é só disfarce, estou aqui clandestinamente. Meu namorado, Benjamim, a filha morta de Élad e eu estamos procurando os desgarrados...

–Élad teve uma filha? – Perguntou ele surpreso.

–Isso é o de menos, estou procurando todos os desgarrados porque decidi enfrentar Yank de vez. Preciso da sua ajuda para derruba-lo para sempre!

–Você quer enfrentar Yank e todo o seu exército?

–Sim, estou cansada de fugir e acho que você também está não é?

–Sim, mas como reunirão todos os desgarrados?

Demorei um pouco a falar, mas depois prossegui.

–Estou nesse navio para chegar até a costa do Egito, tenho que chegar até a Pirâmide de Quéops para pegar A Bússola Divina... – Ele me interrompeu.

–A Bússola Divina? Acho que já ouvi falar, é aquela que mostra a direção de um desgarrado ou coisas do tipo?

–Sim, se encontrarmos ela nós poderemos reunir o nosso exército! Você está comigo?

–Claro, farei qualquer coisa para salvar minha pele e de quebra destruir o filho do demônio. Mas como encontrará essa tal bússola? Há muitas tumbas naquela pirâmide!

–Venha comigo. – Agarrei a mão dele e puxei-o, o Benjamim viu tudo de longe e nos seguiu.

Cheguei até o depósito e lá encontrei minha mochila de viagem, dentro dela peguei um mapa que Sophie havia me dado. Estávamos de costas para a porta e o Benjamim entrou sorrateiramente, puxou a gola da camisa de Albert e o socou no rosto. Alfred nem se moveu e antes que revidasse eu intervi. O Benjamim estava tendo um excesso de ciúmes.

–Benjamim, o que você está fazendo?

–Esse que é o Benjamim? – Perguntou olhando-o criteriosamente.

–Sim, sou o Benjamim, e o que você está fazendo com a minha namorada? – Disse ele em tom agressivo.

Antes que o Albert falasse qualquer coisa, eu disse:

–Para Benjamim, ele é um dos meus amigos que eu estava procurando!

–Eu estou fazendo essa viagem maluca por sua causa, acho que está na hora de você me dar uma explicação! – Ele gritava.

–Ele não sabe que você... – Começou o Albert e eu o calei.

–Não... Benjamim, já te disse que não posso falar nada agora, na hora certa você vai saber, tente confiar em mim!

–Nossas vidas estão em jogo rapaz e nesse jogo nós devemos ser os campeões, ao contrário todos nós sofreremos as consequências, inclusive você!

–O que vocês escondem de mim?

–A coisas entre o céu e a terra que você não pode saber meu amor! – Eu disse tentando acalma-lo, passei a mão em seu rosto e ele me beijou.

Por um segundo cheguei a pensar que tudo tinha acabado, mas quando voltamos a nós olhar, percebi que ainda tinha um longo caminho pela frente.

–Espere Benjamim, na hora certa você saberá. – Disse Lucila calma e serena com a cabeça transpassada na parede e o resto do corpo no cômodo ao lado.

Passaram-se horas, até que atracamos em Trapani na Sicília, nossa primeira parada na viagem para o Egito. Uma bela cidade italiana, feita nos moldes dos costumes da Itália. Chegamos a Trapani às 23:39 da noite, as luzes da cidade estavam acesas e pudemos ver a beleza do local, agora éramos quatro: Benjamim, Albert, Lucila e eu, prontos para montar nosso exército de glória.


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Notas finais do capítulo

E ai como ficou?
Comentem e até o próximo capítulo!
Obrigado...



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