O Segredo De Petra escrita por Mister I


Capítulo 11
Capítulo 11 - O Resultado de uma Visão ~ Parte II


Notas iniciais do capítulo

O Resultado de uma Visão ~ Parte II é o final desse capítulo duplo.
Esperem pelo próximo capítulo e comentem por favor! Obrigado.



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 Será que Antyro matou meu amado? – Foi o que pensei quando os dois caíram no chão.

Com a rapidez de um carro de corrida, pulei sobre as costas de Antyro e flechei-o sem parar, ele se levantou, e caiu novamente, mas dessa vez ele caiu de costas, aplicando-me um golpe. Estava esmagada entre ele e o chão, continuei sem nenhum arranhão.

Não sabia o que tinha acontecido com o Benjamim, Antyro levantou-se e me pegou no colo com um sorriso estranho, não podia me matar, Yank me queria viva, mas ele me faria sofrer o quanto pudesse. Em seu colo – ainda sonsa – tive outra visão, pude ver a anatomia do seu corpo, como ele era por dentro, sua estrutura muscular e seu calcanhar de Aquiles. Tudo o que eu precisava estava naquele ponto, no lugar mais frágil do seu corpo, só precisava me libertar de seus braços fortes para abocanhar uma vitoria – tarefa que não seria fácil.

Antyro pegou levemente no meu pescoço, foi apertando vagarosamente, sentia um sufoco, minha respiração começava a ficar complicada, ele me ergueu no ar com uma das mãos ainda no meu pescoço e com a outra me deu um soco de balançar as estruturas e eu ainda respirava com dificuldade. De longe pude ver o Benjamim se mexer e aquilo me deixou feliz, Antyro folgava meu pescoço pois não poderia me matar, minha morte significaria a sua queda.

Lucila estava pronta para colocar em ação uma habilidade que aprendeu com sua falecida mãe, apesar de não seu uma imortal, ela também tinha poderes e sua habilidade especial incluía seu espírito. Ela podia invadir o corpo de um ser vivente e controlado por alguns instantes, instantes precisos que poderiam dar-te a vitória sobre seu oponente. Ela se aproximou de Antyro e invocou as palavras certas, aquele momento era esperado há muito tempo, Antyro tinha sido o seu carrasco, Lucila morreu brutamente pelas suas mãos. Após invocar sua habilidade ela adentrou no corpo do miserável e me soltou com astúcia, a partir dali fui eternamente grata a ela, não demorou muito para que ela deixasse o corpo de Antyro.

Os olhos de Antyro viam tudo girar, estava pálido. A transfusão de corpos era uma coisa cansativa e aquele que tivesse o corpo usurpado ficaria tonto e sua mente ficaria turva. Aproveitei o momento e peguei meu arco de volta, virei na direção de Antyro e tentei flecha-lo, mas ele retomou a consciência e se esquivou. Estava furioso, seus olhos ficaram vermelhos e o fogo da sua espada cresceu em fúria. Tive medo, porém não me deixei levar por aquilo e corre para cima do meu agressor. Flechei-o na garganta, era seu ponto fraco, o tecido de sua garganta era muito fino, diferente de todo o resto do seu corpo que era grosso e duro como uma armadura, ele caiu e se dissipou como um monte de poeira pega pelo vento. Parecia que tudo estava acabado.

Minha felicidade durou pouco, instantes depois ouvi um zumbido no ouvido e uma voz ecoava dizendo:

-Pensou que tinha se livrado de mim? – Uma gargalhada estridente foi ouvida por todo o vale da estrada que ligava ali e a França.

Olhei para trás e um ser me agarrou, era Antyro. Pensei – como ele está vivo? – A resposta era muito simples ele tinha uma runna tatuada no braço, eu não tinha percebido aquele detalhe importante.

A runna que Antyro tinha tatuado no braço, era a runna da vida. Provavelmente todos os Aláicos possuem esse tipo de inscrição que te dá mais uma chance de viver. Em batalhas isso era crucial. Apavorei-me – E se todos tivessem mesmo aquela inscrição? Teria que lutar em dobro na última batalha, ou melhor, teria menos chances de vencer a guerra? – Eram perguntas, cujas respostas poderiam ser apavorantes.

O mau hálito de Antyro me deixava tonta, ele era realmente um ser deplorável. E eu estava quase sem saída. Ele me pressionou contra o seu braço e seu corpo, mais uma vez eu estava sufocada e ele já estava esperto contra os truques de Lucila. Benjamim continuava se mexendo, ele estava contorcendo-se de dor e nada poderia fazer para evitar aquilo. Antyro tratou de lançar meu arco para longe e eu fiquei desarmada. O que eu poderia fazer?

O meu carrasco me jogava para lá e para cá, foi em uma dessas idas e vindas que Lucila aproveitou para apossar-se do corpo de Benjamim. Com segundos contados ela pode efetuar uma de suas jogadas fatais, Antyro não percebeu os movimentos da garota, ele estava ocupado com meu corpo, mas Lucila foi em busca do meu arco e com o objeto em punhos, ela o flechou, em um movimento instantâneo, Antyro pegou a flecha que estava cravada em suas costas, eu aproveitei para retomar o ar e Lucila que estava no corpo de Benjamim, lançou o artefato místico que me pertencia. Estava armada novamente.

Antes que Antyro pudesse fazer qualquer movimento, eu mirei novamente em sua garganta, derrubando-o de uma vez por todas! Seu corpo novamente em chamas se dissipou e suas cinzas de espalharam no ar. Aquele momento foi uma vitória para Lucila, ela viu seu assassino morrer definitivamente. Não havia alegria em seus olhos, um anjo não deveria morrer, mas deveria pagar pelos seus pecados.


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Notas finais do capítulo

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