O Segredo De Petra escrita por Mister I


Capítulo 10
Capítulo 10 - O Resultado de uma Visão ~ Parte I


Notas iniciais do capítulo

Leiam e comentem por favor, obrigado pela presença de todos.



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Estava muito cansada – quase morta – de dirigir. Passaram-se umas horas e quando não aguentei mais pedi para o Benjamim pegar no volante. Nesse meio tempo aproveitei para tirar um cochilo, aquele seria um descanso maravilhoso para meu corpo exausto.

Antes de pegar no sono, olhei para trás. Lucila estava com seus olhos azuis vidrados na estrada. Nosso destino era a França, a Vislândia fazia fronteira com a França e o acesso até lá era fácil, Benjamim e eu, éramos cidadãos europeus e podíamos ter livre acesso a todos os países da união europeia.

A noite avançava rápido, tivemos que fazer um grande desvio para que não batêssemos de cara com os Aláicos. Na França, encontraria madame Sophie. Sophie era uma feiticeira poderosa, entendia como ninguém as artes da magia benigna, mas quem bem soubesse não a contrariava, pois quando estava disposta a revelar a magia negra sabia usa-la perfeitamente. Ela nos ajudaria a encontrar os desgarrados que lutariam comigo contra a natureza maligna de Yank, depositava boa parte das minhas esperanças naquela feiticeira que já havia enganado céus e terras para viver. Conheci Sophie no ano de 1613, era uma linda mulher, cabelos vermelhos como o fogo, olhos cor de mel que enfeitiçavam a todos que neles olhava, sua pele branca reluzia há luz do sol, nasceu na península Ibérica e foi criada pelo seu tio, quando tinha seus 16 anos fugiu com um camponês que arrebatou seu coração, alguns anos mais tarde sua vida mudou completamente, ela achou um livro de feitiços de uma bruxa que havia sido pega pela ordem dos Aláicos, ela conhecia bem a tal mulher. Começou a praticar os feitiços e aprendeu sozinha a arte da magia, enganou a morte tantas e tantas vezes e vive como uma imortal desde então.

Peguei no sono enquanto Benjamim dirigia atentamente, Lucila estava calma e não tirava os olhos da estrada. Minutos foram eternos para mim, mas a mesma visão de dias atrás voltou para me atormenta. Acordei assustada, algo me dizia que aquela visão estava perto de acontecer e eu me apavorava ainda mais. Assustado, Benjamim freou bruscamente o carro e ambos fomos para frente, mas o cinto de segurança nos segurou.

-O que foi Petra? – Perguntou ainda nervoso com o susto que levou.

-Tive uma visão! – Eu disse virando-me em sua direção.

-Uma visão? A, os an... Você tem dessas coisas. Foi boa ou ruim?

-Péssima, mas não posso temer nada. Sei que mais cedo ou mais tarde ela acontecerá, devemos ficar preparados para o que virá! – Alertei.

O Benjamim – ainda assustado – continuou a dirigir enquanto eu lhes contava tudo que tinha visto.

Naquela altura do campeonato eu já sabia que tudo aconteceria naquela noite. Não podia evitar, se fizesse o contrário do que vi, coisas piores poderiam acontecer. Falo isso por experiência própria. Enquanto dormia tive uma visão espantosa, o Benjamim dirigia, a Lucila olhava atentamente para a estrada e eu descansava tranquilamente (sei que nem sempre as coisas acontecem do mesmo jeito que via), um nevoeiro havia tomado toda a estrada, era uma névoa densa, dava para corta-la com uma faca, nós estávamos no carro andado às cegas, não era possível enxergar quase nada mesmo com o farol no máximo. Estava ficando desconfortada, mas aquela sensação provinha de uma presença maligna, e esta presença desagradável estava por perto. Alguns minutos se seguiram e uma forma monstruosa começava a surgir no meio do denso nevoeiro, Benjamim tentou desviar, mas o carro acabou por bater em uma árvore e os airbags expandiram-se quase sufocando nossos pulmões. Lucila observou tudo com naturalidade, afinal estava morta. Meu amado estava ali ao meu lado com alguns ferimentos e eu não tinha sofrido nem um leve arranhão, meu corpo era blindado. Olhei para o vidro ao meu lado e um rosto me olhava estranho... Era nesse momento que eu sempre acordava.

Percorremos uma longa faixa de asfalto, até que em um certo ponto da estrada uma figura monstruosa surgiu e todo o resto da minha premunição se cumpriu, estava na hora de saber o que aconteceria dali em diante.

Olhei para o vidro ao meu lado e um rosto bizarro me olhava estranho, apavorei-me, era um guerreiro Aláico. Ele estava em posição, pronto para arrancar a porta do Troller, mas eu fui mais rápida e quando ele arrancou a porta eu saí abruptamente. Eu conhecia aquele rosto, era Antyro, uma criatura horrenda que um dia tinha sido anjo e agora habitava a terra depois de ser expulso do inferno junto com Yank. Tinha 3 metros de altura, seu corpo era imenso e musculoso, os seus olhos negros exalavam terror e raiva, segurava uma espada flamejante que tinha sido forjada no fogo dos “Porões da Morte”, seu rosto horroroso me perseguia.

No momento que pulei do carro ele soltou a porta e a arremessou em mim, me esquivei da pancada eminente e a porta metálica atingiu um tronco que se partiu na mesma hora, logo depois Antyro tentou desferir-me um golpe com sua espada de fogo infernal e eu dei um salto para o espaço, pulei sobre sua cabeça e cravei minhas unhas no seu pescoço, mas ele me puxou com uma das mãos e me jogou a metros de distância. Um sorriso malicioso se completou em seus lábios, meu sofrimento era o motivo de sua felicidade.

Estava caída ao lado de um carvalho de folhas escuras e não havia nenhum corte no meu corpo, levantei-me depressa, Antyro vinha em alta velocidade, estava pronto para mais um golpe de espada, mas quando ele desferiu o golpe eu segurei a lamina cortante. Ele pressionou e eu fiz a mesma ação para o lado contrário, aproveitei a situação e joguei baixo, inverti um chute na sua região sensível e ele caiu no chão gritando e xingando. Estava na hora de revelar um dos meus truques, tirei um palito de madeira da minha cabeça – ele prendia meu cabelo – aquele não era um palito normal, era um pergaminho muito antigo. Pronunciei as palavras escritas nele e um arco-flecha apareceu sobre minha cabeça, sua luz era intensa e Antyro teve que cobrir os olhos para não ser cegado. Agarrei o objeto e Antyro levantou-se rápido, tomou sua postura de ataque e eu a minha.

No carro Lucila observava tudo, Benjamim se levantou e eu gritei nervosa:

-Não Benjamim, fique ai!

Ele se recusou e eu sabia que aquela atitude me custaria muito. Antyro era astuto e percebeu que Benjamim era importante para mim, num movimento preciso ele pulou e foi em direção ao carro, eu o interceptei. Peguei uma de minhas flechas e o atingir na costela, ele sentiu a dor da flecha da luz, mas não se deixou abater. Benjamim correu o mais rápido que pode, todavia Antyro se projetou da árvore a sua frente para Benjamim e os dois foram ao chão. Entrei em desespero, será que Antyro matou meu amado?


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Notas finais do capítulo

Esperem pelo desenrolar do capítulo parte II.



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