Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 67
Negociações, Surpresas e O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Olá queridinhos e queridinhas,
Aqui esta outro cap da fic, o mais esperado creio eu, preparadas para ver o reencontro da Paulina e do Carlos Daniel?
então vamos lá



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O grande dia havia chegado. Um dia de céu claro que trazia consigo uma série de medos e expectativas. Haviam dois lados de uma mesma moeda, dois planos distintos, e duas pessoas que em uma questão de horas se encontrariam. Naquela manhã de sexta-feira, Paulina e Carlos Daniel acordaram com o peso do futuro sobre suas costas. Tudo seria definido naquela reúnião, naquele encontro que nenhum dos dois estava preparado para enfrentar. Carlos Daniel temia pela fábrica Bracho, ele sabia que aquela oportunidade dada pelo então executivo misterioso era sua única chance de sair da falência e assim salvar o patrimonio de sua família. Porém, para Paulina a situação era distinta. Ela teria que ser forte, controlar seus sentimentos e lembranças para ter que olhar novamente para aquela pessoa que já significou tudo em sua vida. A frieza que ela aprendeu a cultivar durante esses anos teria que ser sua melhor amiga naquela tarde, apenas assim ela poderia levar a cabo seu plano de vingança contra os Brachos.

A reúnião havia sido marcada para o meio da tarde. Carlos Daniel e Rodrigo corriam contra o tempo para checar se tudo estava certo e se tinham em mãos todos os documentos necessários para fazer a negociação. Na exata hora marcada, eles foram informados de que um executivo da empresa de hoteis de luxo havia acabado de chegar junto com um advogado que auxiliaria em todo o processo. Os dois respiraram fundo e munidos de esperança foram até a sala de reuniões definir o futuro da fábrica Bracho. Ao chegar lá, eles se debateram com um homem alto de cabelos grisalhos com uma pasta na mão. Seria esse o famoso e misterioso P.Hernandez? A resposta para essa pergunta que imperava em suas mentes veio em seguida.

Alejandro: Olá, bom dia.

Carlos Daniel e Rodrigo: Bom dia.

Alejandro: Sou Alejandro Hernandez, vice presidente da Hernandez S.A

Rodrigo: Muito prazer, sou Rodrigo Bracho e este é meu irmão, Carlos Daniel Bracho.

Alejandro: Muito prazer.

CD: Desculpe perguntar, mas e P.Hernandez? Achei que ele estaria presente nesta reunião.

Alejandro: Sim, desculpem-me por isso. Ela teve um imprevisto e e não poderá estar presente no momento, mas não se preocupem, ela deixou em minhas mãos esta negociação e estará aqui para assinar os papeis caso entremos em um acordo.

CD: Ela?

Alejandro: Sim, ela. A presidente da Hernandez S.A e modestia a parte, minha esposa.

CD: Ah sim, entendo.

Alejandro: Se vocês não se incomodarem, podemos logo falar sobre os detalhes da negociação.

Rodrigo: Claro, vamos ao que interessa.

A reunião não poderia estar indo melhor. Os detalhes estavam sendo vistos e aprovados por ambas as partes, os interesses eram positivos para os dois lados, e tudo indicava que em breve a negociação acabaria e com ela os problemas economicos da empresa.

No meio da análise do contrato, o telefone da sala de reuniões toca tirando a concentração de todos os envolvidos. Carlos Daniel atendeu a chamada da secretaria com um tanto de rispidez, sua impaciencia era devido ao fato que ele havia deixado bem claro que por nada no mundo aquela reúnião deveria ser interrompida.

CD: Branca, eu falei que não queria ser interrompido.

Branca: Sinto muito senhor, mas é sua esposa no telefone, ela insiste em falar com o senhor, diz que é caso de vida ou morte.

Ao ouvir o desespero na voz da secretária, Carlos Daniel muda de fisionomia, o medo de algo ter acontecido com os seus filhos lhe fez perder o chão. Ele mandou que a chamada fosse encaminhada no mesmo instante, ignorando os olharem confusos e preocupados dos demais na sala.

CD: Paulina?? O que aconteceu?? Os nossos filhos estão bem??

Paola: Calma carinho, porque tão nervoso?

CD: Como que porque Paulina? Você disse para a Branca que a ligação era uma questão de vida e morte!

Paola: Ai amor, não se preocupa, foi a única maneira de falar com você. A queridinha da Branca não queria me passar a ligação de jeito nenhum.

CD: Eu não estou acreditando no que estou ouvindo Paulina.

Paola: Ai Carlos Daniel, quanto drama. Relaxa amor.

CD: Paulina! Vou ser breve e claro. Qual foi o motivo da sua ligação?

Paola: Eu liguei porque você tem parado pouco em casa, e temos que definir os detalhes para a viagem para a França da Bela, ela esta querendo compr....

CD: Você atrapalhou uma importante reúnião para isso Paulina? Não acredito! Depois conversamos, boa tarde.

Carlos Daniel além de cortar a fala de Paola, ele também desligou o telefone em sua cara. A incredulidade pela vida futil de sua esposa o assombrava. Em outros tempos, Paulina estaria ali presente naquela reunião, mas agora parecia uma pessoa diferente, a cada dia se parecia mais com a sua irmã.

Respirando fundo ele voltou a encarar os executivos que o olhavam confusos.

CD: Desculpem-me pela interrupção. Não vai mais acontecer.

Mesmo com o clima tenso que havia se instalado na sala e com a feição irritada de Carlos Daniel, a reúnião foi retomada. Por horas os quatro ficaram ali discutindo as particularidades daquele contrato. Afinal, tudo deveria estar esclarecido para que uma trasação como aquela fosse feita sem problemas.

Tempos depois a reunião por fim chega ao seu objetivo. Todos os detalhes haviam sido vistos e amabas as partes estava de acordo com os pontos da negociação. A partir daquele momento a falência da fábrica Bracho se distanciava, a salvação economica estava separada por apenas cuatro assinaturas, as duas do Carlos Daniel e Rodrigo, e as demais dos representantes da Herdandez S.A.

Quando Carlos Daniel estava terminando de assinar os devidos documentos, a porta se abre bruscamente e o faz virar naquela direção no mesmo instante. Ele não teve muito tempo para reagir, Paola entrou na sala como um furacão sem se importar com quem estivesse presente e em alto e bom som foi jogando sua raiva em seu marido.

Paola: CARLOS DANIEL COMO VOCÊ SE ATREVEU A DESLIGAR NA MINHA CARA??

Carlos Daniel segurou com firmeza seu braço e a levou para o final da sala onde eles poderiam conversar sem que o surto de Paola chamasse toda a atenção da empresa.

CD: Paulina!! Estamos no meio de uma negociação importante, você não tem senso de realidade para perceber que não é hora nem lugar para suas crises nervosas?

Paola: Crise nervosa? CRISE NERVOSA?

CD: Em primeiro lugar, pare de gritar, isso aqui não é uma feira. E em segundo, ah... quer saber? Me cansei de discutir contigo, é em vão.

Paola: Olha Carlos Daniel você não tem o direito de ....

A fala de Paola é interrompida pelo barulho da porta se abrindo misturado com o som de um salto agulha tocando o piso. Todos voltaram seus olhares para a pessoa que estava em pé ali e se apavoraram com o que viram.

Paulina: Olá queridinhos.

Aquela voz, aquele rosto, aquele sorriso e aquele postura paralizou todos os que estavam naquela sala de reuniões. Por uma questão de segundos, o tempo parecia ter congelado, ninguém se movia, ninguém piscava, todos da familia Bracho estavam aterrados com a imagem que seus olhos viam. Uma mulher de beleza estonteante e com um mistério no olhar.

Carlos Daniel havia perdido o chão, seus olhos estavam aterrorizados, seu corpo estava tremulo e sem ar, seu coração batia desenfreadamente, e em sua mente havia o conflito de que o que era real e o que era ilusão. Nada mais fazia sentido.

Paola não estava diferente, porém o único conflito que existia em sua cabeça era o de como havia sido possível dela ter sobrevivido. Seu castelo de mentiras estava a ponto de cair e toda aquela apreenção a deixava em pânico e sem cor.

Paulina: Desculpem a minha demora, eu tive que resolver alguns assuntos pessoais. – O sorriso sádico no rosto e o olhar de cumplicidade com Alejandro fez com que ela ignorasse propositalmente a reação dos demais.

Rodrigo: Mas, mas...

Paulina: Bem, onde estão os documentos? – Disse sentando-se na grande cadeira presidencial que ficava na ponta da mesa e continuando a ignorar o olhar aterrado dos Brachos ali presentes.

Alejandro: Aqui amor, a única assinatura que falta para a negociação ser concretizada é a sua.

Paulina: Ótimo. – Disse pegando os documentos das mãos de Alejandro e os observando atentamente. A frieza em sua voz e a indirença em sua postura davam a entender que ela era indiferente à existencia de Rodrigo, Carlos Daniel e Paola.

Paola: O que?? Você?

Paulina: Oi queridinha! Sentiu saudades? – Seu olhar permanecia sobre os papeis, ela mostrava não dar importancia para a irmã ali presente.

Paola: Não! Não é possível! Você, você esta morta!

Paulina: Eu não acredito nessa possíbilidade querida irmãzinha. – Disse esboçando um sorriso sarcastico e sem dirigir o olhar a Paola.

Paola: Não, você esta morta! Você não pode estar viva, você esta morta!

Paulina: Ai que discurso repetitivo maninha. Será que você não tem outra coisa para falar?

Paola: Não pode ser, não pode ser.

Paulina: Se você não consegue falar outra coisa, será que o seu maridinho consegue? Ele não deu uma palavra desde que eu cheguei, vou até ficar ofendida.

Pela primeira vez, Paulina levantou a mirada e olhou atentamente para as três pessoas surpresas em sua frente, em especial para Carlos Daniel.

CD: Isso só pode ser uma brincadeira comigo não é?! Isso tudo deve ser um pesadelo. Paola você não morreu???

Paulina deixou sair de sua garganta um riso sarcastico enquanto olhava para a irmã. Ver Paola paralizada de medo, branca como um papel, e com um olhar de pavor foi uma visão melhor do que sua imaginação teria cogitado. Ainda rindo ela se levantou da cadeira, passou por Alejandro e Paola, e chegou até onde Carlos Daniel estava.

Ao chegar perto dele, ela pode observar todo o seu corpo sinalizando os temores e duvidas que aquela situação estava causando. Seu rosto moreno havia perdido a cor, seus lábios ficaram palidos e os seus olhos se moviam rapidamente mostrando o tamanho da confusão que existia em sua mente.

Paulina vendo o terror nos olhos dele, aproximou-se de seu corpo ainda mais, e em um movimento inesperado ela levantou a mão e a destinou para o seu rosto. Aquele toque já fez com o que os olhos de Carlos Daniel se arregalassem. Aquele toque era sútil e caloroso, era um toque único. Um contato que fazia com que uma corrente elétrica passasse por todo o seu corpo com destino ao seu coração; por anos ele não sentia mais aquele efeito com o toque de sua esposa.

Seu coração já sabia da verdade, mas a sua mente só foi ter certeza quando ela tocando em seu rosto, olhando em seus olhos, falou aquela frase. Uma sentença que mais ninguém sabia, mais ninguém poderia saber.

Paulina: Um dia eu disse “Uma vida toda seria pouco para te amar”, e agora eu te pergunto, Carlos Daniel, como você não se deu conta?


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam??
@deafmonteiro