Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 36
Não duvide


Notas iniciais do capítulo

O próximo capitulo meus amores



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Durante todo o tempo, Paulina permaneceu distante do marido. Apesar de todo o amor que ela sentia por ele, sua dor e orgulho eram mais fortes que aquele sentimento, seus princípios impunham os seus atos, fazendo com que sua alma vivesse em constante conflito, pois sua mente e seu coração enviavam sinais diferentes de como proceder. Mesmo a decisão da separação ter sido decisão sua, nossa eterna usurpadora não conseguia imaginar sua vida sem seu amado ao seu lado. Sofria sem sua presença, sem aquele corpo moreno tocando o seu, sem seus beijos, cada poro do corpo de Paulina ansiava freneticamente por Carlos Daniel.

Ele estava presente constantemente em seus pensamentos. Ao acordar, ela desejava que toda aquela traição não tivesse ocorrido que ao abrir seus olhos pudesse encontrar seu amado ao seu lado com seus braços envoltos em seu corpo, mas aquela doce ilusão desaparecia a cada manhã. “Não posso continuar vivendo assim meu Deus, não posso. Tenho que tirar Carlos Daniel dos meus pensamentos, do meu coração.” Mas apesar dos inúmeros esforços, aquele desejo parecia ser mais impossível de se realizar, Carlos Daniel estava impregnado em Paulina como se não pudessem ser separados, eles eram um só, estavam unidos pelo amor que sentiam, um amor doce, puro e sincero.

Naquele dia, Paulina estava sentada no belo sofá que havia na casa com um olhar distraído, contemplava o vazio, sua mente estava imersa em outra realidade. Sua noite havia sido deveras estranha, algo lhe acordou no meio da madrugada, uma angustia tomou conta de seu ser, não lhe permitia dormir. Como se sentisse que algo a normal estava acontecendo na mesma hora, logo pensou em seus filhos, temeu por um instante que algo de mal estivesse acontecendo com eles, mas seus instintos maternos não confirmaram isso, sentindo assim que o problema não era com as crianças. “O que esta acontecendo? Porque eu sinto esse aperto no meu coração? Como se ... se outra parte de mim estivesse sofrendo.”

Perdida em seus devaneios, assustou-se ao ouvir o toque da campainha da casa. Aquele estridente som lhe trouxe de volta a realidade, indicando que alguém havia chegado. Sem imaginar quem poderia ser tão cedo, ela foi curiosamente abrir a porta. E ao dar-se conta da presença do seu amado parado a sua frente com um buque de flores nas mãos e um doce sorriso no rosto, ela não pode conter as reações de seu corpo. Seu coração acelerou, sua pele arrepiou-se e seus olhos brilharam.

Paulina: Carlos Daniel?? O que... o que está fazendo aqui?

Sem responder a pergunta da amada, Carlos Daniel andou sutilmente em direção a ela, e sem retirar seus olhos daquela Iris verde ele aproximou-se, segurou em sua cintura trazendo-a para seu corpo. Suas respirações se confundiam, seus olhares estavam fixos uns nos outros e em questão de segundos, o espaço existente entre suas bocas desapareceu. O beijo que começou com um apenas roçar dos lábios, logo se transformou em um beijo de saudade, sua intensidade aumentava cada vez mais, transmitia todo o amor contido em seus corações.

No começo Paulina tentou resistir, sua mente falava para ela se afastar, pois ele já havia lhe machucado muito, mas seu coração apenas a mandava se entregar ao amado, lembrando de todos os momentos felizes que viveram juntos. Sentindo novamente o toque de suas másculas mãos sob seu corpo e seus lábios nos seus, ela não pode dar ouvidos à razão, precisava dele, precisava sentir novamente que era sua e ele era seu. Como sinal de que não resistiria mais, ela envolveu seus braços no pescoço de Carlos Daniel e aprofundou ainda mais o beijo.

Com toda saudade e amor que estavam sendo trocados ali na porta de entrada da casa, os dois não pensavam em mais nada, a não ser prolongar ainda mais aquele momento. Entretanto, infelizmente seus pulmões pediam desesperadamente para que ambos respirassem, e a busca por fôlego acabou os separando momentaneamente. E foi quando a razão de Paulina voltou a dominar seu corpo.

Paulina: Não, Carlos Daniel, para.

CD: Não me peça pra parar meu amor, eu não aguento mais essa separação, não posso viver longe de você.

Paulina: Carlos Daniel, por favor, respeite minha decisão.

CD: Não posso Paulina, sabe por que não posso respeitar sua decisão?

Paulina não respondeu nada, apenas balançou a cabeça negativamente esperando que ele prosseguisse.

CD: Porque eu te amo, te amo com todas as forças do meu ser. E não posso mais passar um dia longe você.

Paulina: Carlos Daniel, entre, precisamos conversar.

Carlos Daniel conhecia sua amada, sabia o quanto era difícil mudar sua opinião, seu orgulho muitas vezes falava mais alto que seus sentimentos, mas estava decidido a tê-la de volta em seus braços, e não aceitaria um não como resposta.

Paulina: Carlos Daniel, eu também te amo - Falou olhando nos olhos do amado e vendo um sorriso brotar em seus lábios – Você não sabe o quanto eu já tentei de esquecer, te arrancar do meu coração, mas eu não consigo.

CD: Então pare de tentar meu amor.

Paulina: Não posso, não posso porque cada vez que tento volta a minha mente aquela noite quando fui ao nosso quarto e vi...e vi... – A lembrança do acontecimento impediu Paulina de continuar com a frase.

CD: Não se lembre mais daquilo meu amor, esqueça.

Paulina: Como posso me esquecer se “aquilo” gerou um fruto, a minha irmã está esperando um filho seu Carlos Daniel.

CD: Paulina eu te juro, te juro que não te trair meu amor, acredite em mim, meu amor por você me impede de cometer tamanha atrocidade.

Paulina não responde nada, seu silencio já falava por si mesma. Ela não conseguia acreditar nele, por mais que quisesse simplesmente não conseguia. Ao vê-la desviar seu olhar de seus olhos e percebeu tudo o que ela estava sentindo, toda a luta que estava sendo travada em seu interior.

CD: Paulina, um dia, um grande poeta disse “Duvide que as estrelas sejam fogo, duvide que o sol se mova, duvide que a verdade seja mentira, mas não duvide jamais que eu te amo”. Essa frase meu amor reflete o que eu sinto por você, acredite em mim, eu nunca te trairia.

Paulina não estava mais conseguindo lidar com aquela guerra entre sua mente e seu coração, amava Carlos Daniel de tamanha maneira que não poderia mais viver sem ele. Aqueles versos de William Skakespeare foram a ultima gota que faltava para que ela esquecesse a ideia do divorcio e caísse nos braços do seu amado. Porém, como nem tudo são rosas, no exato momento que os dois estavam a ponto de iniciar outro beijo, o beijo da reconciliação, a campainha toca novamente.

Paulina levantou-se do sofá onde estava sentada e foi abrir a porta, deixando Carlos Daniel frustrado pelo beijo mas feliz por saber que sua amada estaria de volta em seus braços. Porém a pessoa que estava na porta era a prova viva de outra peça que o destino estava pregando no casal.

Paulina: Douglas??

DM: Oi Paulina, desculpe a hora, mas é que eu precisava falar com você sobre... – Douglas havia entrado e acabou encontrando Carlos Daniel que logo ao o ver mudou rapidamente de expressão.

CD: O que você esta fazendo aqui????

DM: Acho que quem deveria perguntar isso seria eu.

CD: MAS VOCÊ É MUITO ABSADO MESMO NÃO É?! O QUE ME LEMBRA QUE EU TENHO UM PEQUENO PRESENTE PARA TE DAR.

DM: Presente???

Paulina: Do que você esta falando Carlos Daniel???

CD: Disso aqui meu amor.

Carlos Daniel aproximou-se de Douglas, sua fúria e ira poderia ser percebida através de seu olhar e sua pisada forte. Em questão de segundos, a distância entre os dois já havia diminuído, a mão do gostosão fechou-se fortemente e o soco aconteceu em um piscar de olhos.

CD: ISSO É PRA VOCÊ APREDER A NÃO SE METER COM A MULHER DOS OUTROS.


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Notas finais do capítulo

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