Sombras Da Luz escrita por Victor Nunes


Capítulo 10
Capítulo 10: Entrando nas trevas


Notas iniciais do capítulo

Opa, capitulo 10, espero que gostem xD



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Michael soltou os braços da garota, Mike ficou tenso, não soube oque falar.

– Trevas? ... Literalmente? – disse Michael

– Sim. A Okime está escondida lá.

– Como eu chego lá? – Perguntou Michael

– Chegar lá é fácil, mas é difícil sair.

– Me leve até lá.

Mike se levantou e foi até Michael.

– Tem certeza que quer ir lá? Sozinho? Muitos morreram lá.

– É o único jeito.

– Deve haver outro jeito, um jeito mais fácil.

– Não, não tem. – Disse a garota.

– Merda. – Mike xingou, se levantou e foi até Elizabeth. Sentou do lado dela e colocou a mão em seu rosto, viu que ela estava ainda mais gelada, cada vez mais doente. Olhou para a garota que Michael estava conversando e viu que ela usava casacos de pele.

– me empreste esse casaco, por favor? – disse ele

A garota não disse nada, apenas tirou o casaco e deu para Mike. Mike segurou e foi até Elizabeth, a levantou com cuidado, pegou sua camisa que estava no chão servindo de lençol, e vestiu o casaco de pele em Elizabeth e deitou-a de novo. Voltou para a outra garota que estava com Michael.

– como se chama? – perguntou Mike.

– Michelle.

– então Michelle, onde ficam essas trevas?

Michael olhou para Mike com o rosto pasmo e assustado.

– oque está querendo dizer? – perguntou Michael.

–irei lhe ajudar a pegar essa tal Okime.

–está ficando maluco? Você tem que ficar e cuidar da Elizabeth.

Mike olhou para a Michelle.

– você poderá ficar de olho nela? – Mike perguntou para Michelle.

– sim eu posso.

– viu? Ela irá cuidar dele até nos voltarmos.

Michael franziu a testa e olhou para Michael com um olhar cheio de duvidas.

– será que podemos confiar mesmo? – Michael chamou Mike até o outro lado da parede e cochichou no ouvido dele. – acabei de acha-la, acho que não podemos confiar.

– se ela tentar alguma besteira, eu decepo a cabeça dela fora.

– calma, não exagere.

– o pé dela está quebrado, acho que não fará mal algum.

– como sabe que o pé dela está quebrado?

Mike olhou para Michelle e deu um sorriso discreto e depois olhou para Michael.

– o pé dela está torto cara.

– verdade. Mas devemos confiar?

– sim

Os dois foram até a Michelle que estava com os braços cruzado se protegendo do frio, sua sorte é que ela estava com uma camisa grossa de manga longa, então não sentia muito frio, mas pela expressão dela estava querendo seu caso de volta.

– pode nos levar até lá? – disse Mike

– posso, mas agora não posso andar, meu pé quebrou quando o Ganniz me atacou.

Mike franziu a sobrancelha e olhou para michelle.

– eu te levo até lá

– mas e a Elizabeth? Quem ficará aqui para olhar ela enquanto estamos fora?

– darei um jeito. – Mike caminhou até a entrada da caverna, outra vez desenhou uma estrela de cinco pontas grande com o circulo em volta. Colocou as mãos em cima da estrela e disse outra palavra magica.

– levisivni arierrab

Surgiu uma luz em volta de toda a caverna, mas nada de diferente aconteceu. Michelle olhou para Mike surpresa.

– eu reconheço esse símbolo... Você é alquimista?

– sim.

– achava que essa espécie não existisse mais.

– como pôde ver, ainda existe. – Mike olhou para Michael e fez um sinal com a mão, o conhecido gesto para chamar pessoas.

– venha ver.

Mike saiu da caverna e Michael também saiu junto, Mike estava olhando para a caverna e sorriu.

–incrível. – disse Michael.

– não é?

Michael olhou para a caverna, mas não tinha ninguém lá dentro, não havia sinal da Elizabeth nem da Michelle, nem sequer a fogueira aparecia ali, não dava para ver nada, é como se a caverna estivesse vazia, completamente vazia.

– usei um encantamento da invisibilidade, ninguém poderá vê-los lá dentro.– Mike virou o rosto para Michael. – acho que ninguém irá ver e pegar a Elizabeth ali dentro. Podemos ir agora?

Michael deu uns tapinha nas costas de Mike.

– fez bem, sabia que você seria útil alguma hora. –Michael disse enquanto sorria. – agora vamos pedir para a Michelle nos levar lá.

Os dois entraram de volta na caverna e estava todo mundo lá, tudo normal, estavam mesmo invisíveis.

– Nos leve lá, precisamos encontrar a Okime antes que seja tarde. – disse Mike.

– mas como irei andar até lá?

Mike segurou a Michelle pelos braços e a carregou até pra fora da caverna.

– agora é só dizer por onde ir.

Michelle assentiu, e apontou para frente.

– podem ir em frente, eu falarei o caminho.

Michael e Mike começaram a andar pelo deserto da chuva. Michael voltou para a caverna e pegou a bússola de Elizabeth e a usou.

– iremos em direção ao norte. – disse a Michelle

Michael olhou para a Bússola, e depois olhou para frente.

– vamos, por aqui.

Os três andaram em direção ao norte, ainda ventava, mas não estava tão frio como antes, estavam passando pelo o deserto da chuva enquanto Michael pensava sobre essa tal Okime, será realmente perigoso tentar pega-la? Pensando nisso, Michael acabou pensando em uma coisa que ele não tinha notado antes. Quando entrou nesse mundo, ele usou uma espada pela primeira vez, não tinha experiência alguma em manusear uma espada, mas não precisou de treinamento, foi como ter usado uma espada pela a vida toda.

Ele parou para pensar um pouco. O Chris, o padrasto da Dorothy disse que ele possa ser a reencarnação do antigo rei. Será que é verdade? Ou apenas um tipo de coincidência? Não sabia no que pensar.

Enquanto estava ali tentando achar uma resposta, ele lembrou do que a Elizabeth disse: “apenas o antigo rei, o homem da luz poderá derrotar Alucard.”. Homem da luz? Então é por isso que ele brilhava daquele jeito e ficava forte do nada? Mais forte do que o normal? Agora tudo estava se encaixando, ele era realmente a reencarnação do antigo rei.

–Mike – Michael chamou. – sabe alguma coisa sobre esse antigo rei?

–O antigo rei se chamava Leon, ele matou o Drácula usando uma espada que foi banhada por magia negra. A espada era feita de prata e seu cabo era de outro. Era a espada mais bonita e mais forte desse mundo.

– E onde ela está agora?

– Não sei... Deve estar destruída ou escondida.

– Não, não está destruída. – disse Michelle. – a espada está cravada em uma pedra, foi cravada por um mago. Colocou a magia na espada que esta cravada para apenas a reencarnação do antigo rei conseguir retira-la

–Então apenas o rei pode retira-la da pedra?

–Isso mesmo.

– E onde ela está?

– Ninguém sabe.

Michael abaixou a cabeça ficou quieto, não quis dizer que ele era a reencarnação por enquanto, talvez mais tarde, não tinha tempo para explicar agora, só se preocupava em uma única coisa: a saúde de Elizabeth.

Os três andaram quietos por vinte e cinco minutos, não conversaram, não bateram papo, apenas foram andando. A única coisa que eles conversavam era quando a Michelle falava o caminho e eles seguiam.

Chegaram em uma parte do deserto que era diferente, antes as nuvens que estava se recarregando para a próxima chuva, nessa parte as nuvens estavam vermelhas e não estava ventando.

– é aqui. – disse Michelle. Mike e Michael pararam, pelas suas aparências e a velocidade da respiração, eles estavam cansados e muitos.

– já estão cansados? – disse Michele debochando. – que molengas, eu nem cansei.

– claro que não – disse Mike enquanto tentava recuperar o fôlego. – você nem se quer andou, eu te carreguei até aqui.

– Eu sei... por isso não cansei.

– Tá, não saquei a piada, mas podemos ir em frente? – disse Michael.

– Claro. Me coloque no chão.

– Com muito prazer. – Mike colocou a Michelle no chão e alongou os braços. – finalmente, você é muito pesada... ufa.

– PHYGRIM – Michelle gritou esse nome estranho, como se estivesse chamando alguém, e realmente estava. Apareceu uma sombra na frente deles, a sombra de um homem pequeno usando cajado. Foi a mesma sombra que Michael viu quando entrou no deserto, era a mesma pessoa.

– Como posso ajuda-los? – disse o Phygrim, ele tinha uma voz fina e ao mesmo tempo rouca, era difícil descrever a voz do anão, sua pele era verde e enrugada, usava uma roupa dos estilos árabes.

– Queremos que abra o portão das trevas.

– Para qual objetivo?

– Esses dois rapazes querem pegar a Okime.

O Phygrim se virou para Michael e Mike.

– vocês sabem que muitos morreram ou não voltaram tentando pegar essa planta não sabem?

– Sabemos, mas iremos conseguir. – Disse Michael.

– Garoto corajoso. Acho que você deve saber que só tem apenas dois dias para pegar a Okime, se você permanecer lá dentro por mais de dois dias, você ficara, preso lá para sempre. E não terá mais volta.

Michael e Mike engoliu em seco, depois dessa, eles ficaram nervosos.

– tá bom, abra logo o portal. – disse Michael.

O Phygrim se virou, levantou seu cajado e balançou no ar, fazendo um formato de um circulo gigante, uma luz azul apareceu, o portal estava aberto.

– o portal está a aberto. – disse o Phygrim – Entrem.

Michael e Mike foram entrando quando Michelle chamou atenção deles.

– Hey. – gritou ela. – Quem vai me levar de volta?

– é mesmo, você quebrou o pé. – disse Mike, depois olhou para o Phygrim e se abaixou. – ae baixinho, pode levar ela?

– não, tenho que ficar aqui cuidando do portal.

– Por que você não chama um clone? – sugeriu Michael. – Igual aquela vez e usa ele para leva-la?

– é verdade, eu posso fazer isso. – Mike estalou os dedos, e colocou o dedo no chão para desenhar a estrela de cinco pontas, parou na metade do desenho e olhou para Michael com uma expressão de fúria. – porque você não me lembrou disso antes? Assim eu não precisaria carregar ela até aqui.

Michael sorriu.

– achei que você já sabia, achei que estava querendo ser cavalheiro. – disse Michael enquanto sorria.

– engraçadinho. – Mike voltou e terminou a estrela, chamou o clone e ele apareceu em forma de areia.

– leve a Michelle de volta para a caverna e cuide dela e da Elizabeth, não vá embora até eu voltar, entendeu? – disse Mike.

– sim senhor. – respondeu o Clone.

O clone foi até a Michelle e pegou em seus braços.

– se quiser chamar outro clone para carregar pode chamar, ela é pesada. – disse Mike.

– não irei precisar. – respondeu o clone

– o seu próprio clone é mais forte do que você, que humilhação. – Michael debochou.

– fique quieto. Quer carrega-la para ver como ela pesa?

– já a carreguei, nem é tão pesada assim.

O Phygrim estava perdendo a paciência. Balançou a cabeça nervoso.

– vamos, vocês não tem muito tempo, o portal foi aberto, os minutos estão sento contado.

– vamos logo. – disse Michael.

– espere. – gritou Michele. – Boa sorte.

– obrigado. – disse Mike.

Michael e Mike foram até o portal que estava aberto, o Phygrim parou Michael com o cajado e disse algo em outra língua, o Islandês.

– Fara á undan, konungur min

– oque? – perguntou Michael. – oque ele disse?

Mike estava com o rosto cheio de surpresa, mas ao mesmo tempo tenso, não disse nada, somente balançou a mão, fez o sinal para chamar Michael para o portal. Os dois entraram.

Dentro do portal era como se eles estivessem em um tobogã fechado, eles escorregavam em uma espécie de túnel feito de areia e na parede desse túnel havia imagens das trevas, os monstros atacando as pessoas, lobisomens matando cavaleiros, vampiros lutando contra caçadores de vampiros, aquilo era assustador, pararam de escorregar e caíram deitados em um chão asqueroso e esquisito, aquele chão havia raízes de arvores, raízes grossas.

A paisagem não era nada agradável. Os lugar era tenebroso. Tinha arvores ao redor, todas cortada pela metades, secas ou derrubadas. Havia espadas cravadas no chão, cadáveres jogados pelo chão, escorado em arvores, esqueletos, Michael pôde ver que aqueles esqueletos eram ou pelo menos já foram cavaleiros de guerra, Michael reconheceu pelas as roupas, eram roupas de guerreiros que tentaram lutar, mas infelizmente morreram.

– Esse lugar é horrível. – disse Michael.

– É as trevas. Eu não esperava outra coisa.

Mike não estava surpreso com que estava vendo, apenas olhava ao redor como se estivesse com pena dos que foram mortos nesse mundo, desejando que isso não acontecesse com ele. Michael virou o rosto e olhou para Mike.

– oque o Phygrim disse? – Disse Michael. – aquela coisa estranha que ele me disse.

Mike levantou a cabeça e suspirou. Olhou para Michael.

– ele falou em Islandês. Ele disse “Siga em frente, meu rei”.

Michael soube na hora oque o Phygrim quis dizer. Ele sabia que ele era a reencarnação do antigo rei, o Phygrim sabia, mas como sabia? Mesmo assim Michael fingiu não saber de nada.

–Oque ele quis dizer com isso? – Michael perguntou mesmo sabendo da resposta.

– Sei la. Acho que ele te confundiu com alguém. Vamos temos apenas dois dias até pegar a Okime.

–Sim, mas como iremos voltar? Alguma ideia?

Com as mãos fechadas, Mike levantou apenas o polegar e apontou para trás.

– O portal está aberto, temos apenas dois dias. Caso contrario ele fechará e ficaremos aqui para sempre.

– então vamos logo.

Mike e Michael começaram a andar pela a floresta tenebrosa das trevas, logo quando deram seus primeiros passos, os dois ouviram um barulho de galho quebrando.

– de onde veio isso? – perguntou Michael.

– de min, pisei em um graveto. – respondeu Mike

– ata.

Os dois continuaram seu caminho, passaram por um lugar e uma coisa chamou atenção de Michael, ele olhou com o canto do olho e percebeu uma sombra, logo do lado dele. A sombra passou rápido com um vulto, tinha formato de algum animal. Achou que fosse só sua imaginação, então continuou seu caminho sem dizer nada.

Depois de praticamente cinco passos, Michael ouviu novamente o som de um graveto se partindo ao meio, Mike também ouviu e parou de andar.

– você pisou em um graveto de novo? – Michael perguntou

– não, dessa vez não foi eu.

Michael viu novamente a sombra passando do lado dele, dessa vez deu para ver direito. Não era à sombra de um animal e sim de uma pessoa e ela se movia muito rápido, nem dava para ver quem era.

– viu isso? – Michael perguntou para Mike.

– oque? A sombra apareceu de novo, dessa vez do lado de Mike. Mike percebeu a sombra ali parada do lado dele, e Mike também estava parado, mas sabia que a sombra estava ao seu lado. Mike se virou rapidamente e socou o ar, a sombra não estava mais ali.

Michael percebeu outra coisa estranha, seu colar estava brilhando, brilhando cada vez mais forte. Já sabia oque era, tinha algum spiker por ali.

– Tem alguém aqui. – disse Mike.

– é algum Spiker, tome cuidado. A sombra desapareceu. Mas o colar de Michael continuava brilhando, mas estava um pouco mais fraco. Michael já estava ficando calmo, pensou que o Spiker estava indo embora e não quis ataca-los.

– Acha que eles já foram?

– sim.

– então vamos indo. Não temos muito tempo.

Os dois andaram pela estrada da floresta tenebrosa, logo à frente Mike e Michael viram algumas ruinas, casas derrubadas, destruídas, havia manchas pretas de queimaduras nas ruinas. Era um pequeno vilarejo destruído.

Debaixo das pedras e dos escombros Michael via pessoas mortas por lá, algumas estavam caídas no chão, outras estavam deitadas na metade de um teto que restou de uma casa.

– não gosto desse lugar. – Murmurou Mike.

– eu também odiei esse lugar.

– imagino o porque essas pessoas estavam lutando, se estavam lutando pela

vida ou pela a tal da Okime.

– também não sei. Não estive aqui. – Michael disse em um tom de brincadeira querendo animar a situação. Mike sorriu, entendeu a piada. Parou de sorrir quando viu um cadáver com uma camisa e nela estava um desenho de uma estrela de cinco pontas com um circulo em volta. Os olhos de Mike se esbugalharam, ele ficou pasmo em ver aquilo. Mike se abaixou colocou a mão na camisa do cadáver.

– então foi aqui. – disse ele.

– oque?

– foi aqui que houve a guerra entre Alquimista e Spikers. – Mike apontou o dedo indicador para o símbolo. – esse é um símbolo alquimista, ele já foi um. Todos aqui foram. Todos eles têm o mesmo símbolo na camisa.

– entendo.

Mike se levantou e continuou andando em frente, Michael o seguiu, andaram pelo vilarejo e começaram a acelerar os passos. Michael viu seu colar brilhar novamente, estava brilhando forte dessa vez, muito mais forte. Brilhando em uma cor vermelha, estava pulsando.

Os dois passaram do lado de uma parede e Michael viu com o canto do olho direito uma pessoa de braços cruzados e cabeça baixa, estava usando roupas pretas. O Coração de Michael disparou, pois ele já sabia quem era.

– Mike, pare. – disse ele.

– por quê?

– vire-se

Mike e Michael se viraram e viram uma pessoa escorada na parede logo atrás deles, olhou para os dois com um sorriso discreto.

– Sentiu minha falta, Michael? – disse o sujeito.

– oque faz aqui, Alucard?



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Notas finais do capítulo

gostamram??
espero suas criticas e avaliações... flw



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