Go ahead. escrita por Victória L
Notas iniciais do capítulo
Leitores, que continuam comigo olha vocês são tudo para mim!
Boa leitura.
Perguntara a si mesmo na cabeça se havia pedido para que isso acontecesse, o que tinha feito, estaria disposto a fazer qualquer coisa para ter a amada somente para si. Caminhando ainda embaixo da chuva que o molhara da cabeça aos pés, entrou em um pequeno bar perto de onde estava retirando seu casaco que agora estava encharcado, seus cabelos molhados quase lhe tampavam toda a face e a atenção do bar fora toda para ele, caminhou em direção a uma pequena mesa redonda de madeira sentou-se na cadeira ao lado fitando a janela que estava aberta ao seu lado. Minutos depois um cara parou ao lado de sua mesa, olhou rapidamente para o corpo esguio do rapaz, trajava calças jeans surradas e um par de sapatos pretos, seu avental era apenas da cintura para baixo e uma camiseta branca, olhou para o rosto do rapaz que estava levemente ruborizado tinha pele morena, e cabelos totalmente pretos seus olhos castanhos escuros estavam centrados no rapaz que sentara a mesa carregava um pequeno papel em uma mão e uma caneta na outra.
- O que quer beber? – Perguntou com uma voz rouca.
- Apenas me traga uma cerveja. – Respondeu com desgosto.
O garçom apenas anotou e voltou para o bar, o garoto olhava o bar inteiro discretamente até seus olhos se encontrarem com uma pessoa que lhe parecia familiar, a pessoa virou e aí pode ter certeza que era James em uma cadeira fumando, James olhou rapidamente para o rapaz e logo fechou sua expressão.
Ao perceber a presença de James, o garoto também fechou sua expressão deixando o contato se quebrar pelo homem alto que viera entregar-lhe sua bebida, o pôs no copo e deu um gole voltando a encarar a janela e tentando esquecer o que havia visto naquele bar, estava perdido em seus pensamentos até o ‘’encanto’’ ser quebrado por alguém a sua frente, olhou de relance para o Jovem que sentara naquele lugar e pôs-se a levantar, porém sentiu que o jovem segurara seus braços o fazendo sentar novamente.
- O que faz por aqui? – Perguntou irônico.
- Não lhe interessa, solte-me. – Ordenou.
- Nem pensar. – Sorriu.
- E o que você faz por aqui?
- Sempre frequentei aqui. – Soltou o rapaz e deu uma leve tragada em seu cigarro.
- Você? – Riu. Esta espelunca?
- Pelo o que vejo você parou para beber na ‘’espelunca’’.
- Tenho meus motivos.
- E eu os meus, e não vai ser por essa causa que iríamos confiar um no outro, certo?
- Mais que certo. – Sorriu sinicamente dando uma golada em sua cerveja.
- Tenho que admitir Mark, você faz bem para ela.
- E descobriu isso só agora?
- Não. – Tragou profundamente.
- E por que não largou ela antes?
- Por que me perguntas isto? – Olhou confuso.
- Porque parece não dar à mínima.
- Porém eu dou, mas... Eu já a perdi.
- Não a amava. – Abriu um enorme sorriso.
- Eu sempre a amei.
- E por que desistiu?
- O que houve Mark? Perdeu a graça pra você lutar por ela já que não estou mais atrás?
- Nada disso, ela bem que poderia ser minha, mas do que adianta se ela ama você?
- Não ama! Não depois do que aconteceu. – Voltou a tragar. Não poderia ficar com ela, a colocaria em perigo.
- Por quê? Participa de alguma quadrilha por acaso? – Riu ironicamente dando uma grande golada.
- Seu humor me enoja.
- Sua presença me irrita. – Retrucou.
- Ótimo, porque não vai embora?
- Por que não terminei meu copo, está apenas fumando é só sair por aquela porta.
- Está mexendo no meu território rapaz. – Tragou.
- Estou com tanto medo que acho que vou tomar mais duas garrafas.
James olhou desafiante para Mark que ainda o encarava.
- Por que a colocaria em perigo? – Disse quebrando o gelo.
- Nada que precise saber, só está bem assim ela segura é o que me interessa.
- Qual é, tem alguém atrás dela? Vai virar um lobisomem e devorá-la? Nada pode ser tão grave assim.
- Sim, tem alguém atrás dela. – Soltou a ultima fumaça e apagou o cigarro no cinzeiro ao lado. E a matará se eu tentar alguma coisa.
- Meteu-se com drogas, filhinho de papai? – Perguntou provocante.
- É. Uma droga chamada Carrie.
Sua risada ecoou por todo o bar trazendo novamente a atenção toda para si, James o olhava confuso tentando não trocar olhares com as pessoas do bar.
- Cale a boca. – Sussurrou.
- Está com medo de Carrie?
- Você não sabe do que ela é capaz.
- Então me diga. – Despejou um pouco mais de cerveja em seu copo.
James suspirou.
- Está bem, olha aconteceu ano passado...
Flash Back.
- James, ele está olhando para mim. – Sorria radiante.
- Pare disso Carrie, vá falar com ele.
- Iria. – Entrelaçou os dedos fitando o chão. Mas, eu não devo ser a melhor pessoa para fazer isso.
- Não seja tola, vá.
James encostou-se a pilastra vendo os dois conversarem, riam quase toda hora e a mão de Ayra não saía de seu cabelo, até que se despediram e ela voltou com um enorme sorriso o abraçando forte.
- James! – Disse quase chorando.
- Ele te deu um fora? – Perguntou preocupado.
- Vire esta boca para lá! – Sorria. Ele vai dar uma festa hoje à noite, e me chamou.
- Que ótimo, minha linda. – Sorriu. Está aí sua chance.
- Eu não posso me jogar assim. – Soltou-se de James.
- Mas, pode seduzi-lo. – Riu.
- Idiota! – Bateu em seu braço.
- Tá bem, desculpe. Eu tenho que ir, boa festa sabe que pode me ligar a qualquer hora não é?
- Sei, obrigada James.
- Vai dar tudo certo. – Depositou um leve beijo na testa da garota e saiu do local.
James estava em seu computador naquela noite serena até que seu celular tocou.
- Alô?
- James! – Chamou-o aos prantos.
- Carrie, o que houve? – Preocupou-se.
- Brian me beijou. – Chorava.
- E está chorando por isto? – Riu.
- Não! – Gritou. Eu disse pra ele o que sentia, e ele disse que gostava de mim.
- Carrie, isto não é motivo para chorar.
- Me deixe terminar! – Gritou novamente. Eu acabei de vê-lo com a Jesse estava afagando seu rosto e os dois se beijaram logo depois dele por o anel em seu dedo.
James estava boquiaberto.
- Ah, manda ele se foder então, não precisa dele!
- O problema não é exatamente este, poderia vir para cá?
- Tudo bem, estou a caminho.
Desligou.
Arrumou-se rapidamente e caminhou lentamente pelas escadas, olhou para a sala e viu que sua família dormira, correu para garagem e ligou o carro tentando ir o mais rápido possível à festa. Ao chegar, trancou o carro e correu para dentro procurando por algum sinal, por Carrie até que seu braço fora puxado para trás.
- Carrie! – Sorriu.
- James, perdoe-me.
- O que houve?
Puxou-o para um pequeno quarto que havia na casa e trancou a porta, em seguida acendeu a luz. Quando James se virou deparou com uma garota morena apagada no chão, sua regata vermelha tinha vestígios de sangue e seu short estava rasgado, em sua barriga pode ver uma pequena faca de cozinha, enrolou sua mão em um pano e a tirou de lá, examinou a faca e voltou à atenção para Carrie.
- Eu não queria, ela foi atrás dele, ela sabia que eu o amava! – Gritava aos prantos. Então eu fui tirar satisfação e ela nada mais fez do que jogar tudo na minha cara, então nós começamos a brigar e...
- E aonde conseguiu a faca?! Ninguém guardaria uma faca aqui.
- Era só, para ameaçá-la.
- Acho que foi mais do que uma ameaça, não?
- Me ajude a tirá-la daqui, por favor... James. – Implorava.
- Tudo bem. – Respirou fundo.
Olhou em volta do quarto até que se deparou com uma janela, se pendurou nela para ter certeza que não havia ninguém lá, pegou a garota pelos braços e Carrie pelas pernas, ergueram-na e a jogaram dali, saíram do quartinho discretamente e caminharam até o lado de fora, pegaram o corpo e colocaram dentro do carro, James dirigiu até uma pequena área deserta e a ajudou-a a tirar o corpo, caminharam até o rio e enfim jogaram, James voltou para o carro para ver se havia deixado algo escapar quando ouviu uma pequena risada soar.
- Ela se foi.
Virou-se para Carrie e a abraçou.
- Não se preocupe, já passou.
- Passou. – Ria.
- Sim, passou. – Olhou confuso.
- E agora, ele será apenas meu.
- Não está... Preocupada com a garota que matou?
- Estaria preocupada se ela interferir-se nos sentimentos dele por mim.
- Como assim?
- Ela só teve o que mereceu. – Virou-se para James. E eu faria de novo só para ter certeza que ninguém estaria em meu caminho.
- Carrie, você bebeu! Vou te levar para casa. – Segurou em seu braço.
- Não! Tenho que voltar para a festa! – Soltou-se.
- Não está em condições! – Argumentou.
- Estou mais que em condições, vá para casa eu sei assumir daqui.
Olhava confusamente para Carrie enquanto a via se afastar do lugar.
- Carrie, volte aqui! – Gritou.
Carrie virou-se e o encarou.
- Obrigada James, você é mesmo meu melhor amigo, vai ser nosso segredo. – Sorria.
Flash Back off.
- Quer que eu acredite nisto? – Riu.
- Não precise acreditar, quem vivenciou fui eu.
- E então agora ela te ama, e matará Ayra se você for atrás?
- Exato.
Mark pôs seus braços por cima da mesa jogando seu corpo para mais perto de James.
- É mais fácil admitir que perdeu a guerra e sabe que não poderá ficar com as duas.
- Eu não irei discutir com você Mark.
- Se for verdade, vai-me dizer que tem medo de uma garota?
- Tenho medo do que essa garota possa fazer com a que eu amo.
- A polícia encontrou o corpo?
- Encontrou, e as digitais de Carrie.
- E porque não conta o que aconteceu, ela vai presa e acabou o caso.
- Se ela for solta, virá atrás de Ayra.
- Saímos com ela da cidade, James eu te odeio você sabe disso, porém eu já não posso mais fazer nada pela Ayra.
- Está entregando-a para mim?
- Não, estou te dando à chance de tê-la, ela com certeza perceberá que me ama e ficará comigo, ou você pode provar ao contrário. Se conseguir. – Terminou com um sussurro.
- É um desafio? Está anunciando ela como um jogo?
- Estou anunciando ela como a coisa mais preciosa que já tive em minha vida, e eu não irei deixar seu joguinho vencer, eu sei que está fazendo esta cena para ficar com ela, péssimas noticias para você, não irá conseguir. – Deu um último gole na cerveja e levantou-se.
James levantou logo depois o encarando.
- Não dissera que ela me ama? – Sorria.
- Posso fazê-la acordar para a realidade.
- Então irá encher a cabeça dela só para ficar com ela e não admitir que a todo o tempo ela me quis? Que as tardes que vocês passaram juntos o pensamento dela estava ligado a mim? Que sou eu quem a faço feliz?
- Agora é você que a trata como jogo.
- A trato como uma realidade, minha realidade.
- Você sonha demais James. – Estreitou os olhos.
- Não sou eu o sonhador deste pequeno conto Mark.
- Pode ter certeza que é.
- Não sou, e eu vou fazer este sonhador acordar para a realidade. – Disse se retirando do bar.
- Merda! – Disse para si mesmo enquanto chutou a mesa.
Retirou sua carteira do bolso e pagou o que havia pedido, saiu por aquela rua serena novamente, as nuvens estavam desaparecendo dando lugar a lua que com tanto esplendor iluminava aquela noite sombria, fitava o chão a cada passo não trocando olhares com nenhum que passava.
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E aí gostaram?