Go ahead. escrita por Victória L


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Se liguem no milagre, esse tem 2 mil palavras )o)
Boa leitura.



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A mesma rotina de sempre se repetia neste exato momento, infelizmente despertava-me de um sonho maravilhoso com a pessoa que eu amo, me levanto na cama e dou uma longa espreguiçada, escovo meus dentes e coloco uma saia preta com meia calça para apartar um pouco o frio, uma blusa lilás e uma pequena blusa de frio branca, visto minhas sapatilhas e logo arrumo meu cabelo, desço as mesmas escadas dou bom dia as mesmas pessoas e tomo meu café da manhã, este dia poderia ser considerado normal.

Soltei uma risada irônica, bem ‘’poderia’’. Voltei ao meu quarto às pressas e comecei a arrumar minha bolsa, estava tudo certo menos por falta de uma coisa... O ácido sulfúrico.

– Merda, estava aqui, eu jurava que estava aqui! – Dizia a mim mesma.

Comecei a revirar meu quarto de cabeça para baixo, não era possível que tinha perdido meu ácido, depois de alguns minutos finalmente achei embaixo da cabeceira coloquei com cuidado dentro de minha bolsa e saí de casa com um destino, um plano, e uma chance.

Pov. Ayra.

Fui deixada ali em frente à primeira porta com um sorriso estúpido no rosto olhando fixamente para o nada, porém com o pensamento longe e foi com um barulho de porta que voltei para o mundo, olhei para as escadas e lá estava ela trajando apenas uma lingerie.

– Minha filha! – Disse sorridente.

Está drogada, que ótimo.

– Te chamei ontem você não estava. – Seu sorriso permanecia em seu rosto assustador. Onde você estava querida? – Começou a descer as escadas.

Ou eu corro ou eu apanho.

– Foi ver um de seus clientes é? – Seu braço escapou rapidamente de suas costas mostrando o tamanco que segurava e levantava como em um ataque. Que menina má.

E nesta altura eu só fui recuando até a porta que alguns minutos atrás me trazia lembranças tão boas.

– Querida?

Ouvi uma voz grossa em cima da escada e rapidamente olhei, era mais um rapaz aparentava ser jovem seus cabelos castanhos claros eram jogados para cima como em um moicano estava apenas de bermuda fitei em seu corpo e era bem definido possuía olhos castanhos.

– Pedofilia é crime, mamãe. – Sorri sínica.

Ouvi sua risada ecoar por toda a casa.

– Que mal criação.

– Foi a senhora quem me criou não foi?

– Não ouse falar do modo que te criei. – O tom de sua voz parecia mais sério.

– Não aguenta a verdade? – O que estava dando em mim?

– Olha menina! Está ficando muito mal educada.

– Até que enfim algo em comum. – Disse me encostando na maçaneta da porta.

– Como é? – Disse quando levantou seu tamanco.

Rapidamente abri a porta e saí quando ouvi o barulho do tamanco batendo na porta, me escondi na grande árvore que havia um pouco atrás de minha casa e vi minha mãe sair a minha procura, ela não havia me visto então corri e taquei uma das pedras na janela, demorou um pouco quando Mark apareceu com aquela cara de sono linda que ele tem e entendeu o que eu queria, pegou meus lençóis e jogou pela janela, escalei rapidamente recolhi e fechei a janela.

– O que houve?

O abracei com toda a força que tinha.

– Acho que passei perto de levar um tamanco na cara. – Ri ironicamente.

– Ah meu anjo... – Começou.

– Não, não. Está tudo bem Mark. – Sorri. Está muito frio lá fora.

– Imagino. – Sorriu. Eu vou tomar banho tá? – Depositou um leve beijo em minha testa pegou sua toalha e se trancou no banheiro.

Deitei na cama e liguei a TV quando recebi uma mensagem, era James e logo o estúpido sorriso havia voltado em minha face.

‘’Você pode vir aqui?’’

‘’Agora?’’

‘’Não precisa ser agora, 14h30min? Preciso muito de você aqui’’

’Está bem, aconteceu alguma coisa de ruim?’’

’Na verdade sim. ’’

’O que?’’ Me preocupei.

’Me separei de você. ’’

Que bobo, pensei. Olhei no relógio e ainda era 13h45min, a hora sempre contra mim. A porta se abriu e Mark saiu trajando apenas sua bermuda bege que tanto gostava, pendurou sua toalha e deitou-se ao meu lado sacudindo seu cabelo e molhando meu rosto.

– Seu besta! – Disse rindo.

– Gostou?

– Não! – Sorria.

– Ah. – Fez um biquinho com os lábios.

– Nada disso. – O abracei forte. Mark?!

– Uh?

– 14h30min eu tenho que sair tá bom?

– Para onde?

– Não se preocupe, eu te aviso se acontecer algo.

– Hum, tudo bem. – Sorriu.

Pov. James.

Acordei com aquele clima frio vendo a neve pela minha janela e quando olhei no meu relógio já era 13h30min, que merda dormi demais. Levantei e joguei uma água morna pelo corpo coloquei minha camiseta branca e minha cueca Box preta, em casa estava quente era bom ficar assim, saí de meu quarto e desci as escadas.

– Bom dia peste. – Comecei.

– Bom dia. – Respondeu.

Parei no meio do caminho e me virei para ele.

– Não está com fome?

– Já fiz café.

– Está brincando? – Franzi o cenho.

– Não. – Disse sorridente.

Pelo menos, está crescendo. Preparei rapidamente meu café e subi para o quarto, olhava para o tempo e parecia que ele não passava, precisava de alguém precisava de Ayra neste dia.

‘’Você pode vir aqui?’’

‘’Agora?’’

‘’Não precisa ser agora, 14h30min? Preciso muito de você aqui’’

‘’Está bem, aconteceu alguma coisa de ruim?’’

‘’Na verdade sim. ’’

‘’O que?’’

‘’Me separei de você. ’’

E ela não disse mais nenhuma palavra, acho que isso foi um sim, me deitei na cama terminando meu café e pegando minha coberta até que ouço a campainha.

– Eu atendo. – Gritou Tuck.

– Tá. – Respondi.

Botei o copo na cabeceira quando meu quarto foi adentrado por Carrie.

– Oi. – Disse envergonhada.

– Oi. – Respondi seco.

– Minhas... Hum...

Peguei rapidamente suas pulseiras e entreguei em sua mão.

– É, obrigada. – Sorriu fracamente enquanto as punha em seu braço.

Puxei um breve sorriso de canto e me sentei em minha cama.

– Desculpe o incômodo, até outro dia. – Abriu a porta do meu quarto.

Droga!

– Espera Carrie.

– Sim? – Disse se virando.

– Me desculpe, eu estava irritado... – Suspirei. Eu só fiquei irritado com a situação e o que havia acontecido.

– Eu entendo me desculpe.

– Não está tudo bem.

– Não precisa fingir. – Disse enquanto saía.

Odeio quando ela faz isso, levantei rapidamente e puxei seus braços aproximando nossos corpos e segurando em seus braços.

– Olha não to fingindo você sempre foi minha amiga e eu realmente não quero que uma briga acabe com tudo isso.

E em uma fração de segundos ela colou nossos lábios em um beijo doce e lento, ela abriu a boca a espera de eu adentra-la, porém me afastei.

– Eu disse que...

– Ah, qual é James! – Começou. Eu sei que você quer, eu sei que você me quer e tudo bem, porque eu te amo! – Fechou a porta.

– Você está confundindo as coisas. – Disse assustado.

– Não, não estou confundindo estou buscando nosso amor eu sei que ele existe diz pra mim que você me ama igualmente diz pra mim que não é uma ilusão, diz pra mim James eu sei que é verdade.

Atacou meus lábios mais uma vez ferozmente me prendendo na parede, porra eu sou gay? Com minha força, a descolei de mim, porém ela voltou passando a mão pelo cós de minha calça e descendo até alcançar meu membro e apertou-o, na mesma hora a empurrei com força e ela caiu no chão.

– Está louca? – Gritei.

– Essa foi a última James. – Levantou-se limpando o canto de seus lábios, pegou sua bolsa e abriu rapidamente tirando uma boneca loira. Você está me obrigando a fazer algo que esperaria não fazer.

Fiquei confuso.

– Você sabe o que é isso?

– Uma boneca?! – Arrisquei.

– E com quem ela se parece James?

– Com... Eu não sei.

– Olhos azuis, cabelos longos loiros ondulados.

Ayra, neste exato momento arregalei meus olhos ela tinha uma boneca da Ayra? Que espécie de obsessão é essa?

– Exatamente. – Sorriu. Ayra! Você sabe do que eu sou capaz James?

Engoli seco.

– Sabe o que eu fiz no passado, não sabe James?

Agora fodeu literalmente pro meu lado.

– É! E, poderia me dizer o que é isto? – Retirou de sua bolsa um frasco.

Forcei um pouco minhas vistas.

– Ácido Sulfúrico. – Disse em voz alta.

– Parabéns. – Sorria sinicamente. Agora preste atenção James, eu já estou cansada de você atrás daquela loira oxigenada achando que a ama, você não a ama James! – Disse em um tom sério.

– Quem é você para saber o que eu sinto?

– O amor da sua vida. – Disse sorrindo. Mas, você não aceita isso, não aceita o fato de sermos feitos um para o outro, meu deus isso tudo é medo?

– Carrie está confundindo as coisas. – Disse calmamente.

– Mas, você não irá confundir. – Riu. Leve em consideração que a boneca é a Ayra, ok? E esta sou eu, obviamente segurando o frasco de Ácido Sulfúrico. Para o seu e...

– O que vai fazer? – Interrompi assustado.

– Calma! Estamos chegando nesta parte! Para o nosso bem, o bem do nosso futuro juntos e tudo mais.

Uh? Ela está louca?

– Preste bem atenção, se você sonhar, se pensar se imaginar ou tentar chegar, falar, alguma coisa com a Ayra. – E derrubou um pouco do frasco sobre a boneca que rapidamente se derreteu. É isso o que vai acontecer com ela. – Sorria enquanto derramava mais. Gostaria que a vida dela fosse perdida por medo de assumir o que sentimos meu amor?

Entrei em choque.

– Ao menos que não queira que eu faça algo com ela. – Guardou a boneca e o ácido. Beije-me James! – Ordenou.

Permaneci parado olhando para a face dela, ela não faria isso, não com a minha Ayra!

– James! – Gritou. Sabe que é verdade, sabe o que já fiz. Se não me beijar, eu posso começar agora.

Puta que pariu.

Pov. Ayra.

Já eram 14h00min, me levantei com uma certa preguiça pelo tempo bom que estava lá fora e joguei uma água no meu corpo coloquei uma regata cinza junto de uma calça comprida preta, minhas sapatilhas e uma blusa de frio branca, penteei meu cabelo com uma certa dificuldade estava muito embaraçado.

Suspirei.

Olhei para o lado e notei a existência de um lápis de olho e um batom vermelho, voltei a me olhar no espelho e sorri, peguei o lápis e passei com calma eu não era muito fã disso, era difícil de passar meus olhos lacrimejavam. Logo depois passei levemente o batom, quando saí Mark parou sua atenção a TV e arregalou os olhos quando me viu.

– Isso tudo é para ele? – Disse envergonhado.

Mantive-me calada qualquer palavra que usasse poderia machucá-lo e eu sei disso, me aproximei mais dele depositando um beijo em sua bochecha e ele me puxou para junto dele me abraçando fortemente.

– É realmente muito forte?

Assenti com a cabeça enquanto olhava em seus olhos, o ouvi soltar um suspiro pesado e triste.

– Entendi. – Abaixou a cabeça e senti seus braços se desfazerem da minha cintura.

Olhei para ele com pena, poxa é meu melhor amigo.

– Desculpe-me. – Tentei.

– Não tem pelo o que se desculpar... – Sorriu falsamente. Princesa.

– Não tente me enganar com esse sorriso.

– Meus sorrisos sempre vão ser verdadeiros pra você Ayra.

Sorri de volta, já eram 14h33min, sim eu estou me importando muito com os minutos que me atraso, me despedi de Mark e saí pela janela que havia entrado em direção a casa de James, bati em sua porta e um pequeno garoto atendeu imagino que seja o irmão dele.

– Oi? – Começou.

– Oi, Tuck não é?

– Sim, quem é você?

– Ayra, uma amiga do seu irmão ele está?

– Sim, lá em cima. – Disse abrindo mais a porta.

Quando entrei notei que sua casa era enorme a sala de lá era absurdamente grande não havia necessidade para aquilo, subi as escadas que aparentavam ser recentemente pintadas e olhei para baixo.

– Tuck?

– Sim? – Respondeu com um sorriso.

– Qual é o quarto do seu irmão? – Perguntei envergonhada.

– O quarto à direita.

– Obrigada.

Caminhei pelo extenso corredor o qual me encontrava e parei em frente ao seu quarto, respirei fundo. ‘’Você consegue’’ era a voz que permanecia em minha mente, abri a porta do quarto e vi... Vi Carrie apenas de sutiã ela estava beijando James, meu mundo acabou oficialmente, estava boquiaberta diante a situação até James abrir os olhos.

– A-Ayra, eu posso... Posso explicar.

Logo depois, Carrie se virou para mim com um sorriso perverso em seu rosto.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? Mereço reviews?