Entre Mundos Distintos escrita por JuliaFerreira


Capítulo 6
Capítulo 6




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– Prendam-na! – Gritou um deles.

Abri rápido a cela deles e nós quatro corríamos pelos corredores, mas os rapazes eram muito rápidos. Um deles agarrou o braço de Michael, que franziu o cenho e uma fumaça saiu do contato entre a pele deles, e o rapaz urrou de dor. Continuamos correndo até que o corredor ficou sem saída e vimos os rapazes nos olhando com olhar de vitória.

– Fim de linha. – Um deles falou.

– Não tão cedo. – Falei.

Fiz os portões das celas explodirem e os lançarem longe. Com isso, libertamos outros descendentes que ficaram felizes, porém a maioria estava enfraquecida.

– Precisamos sair daqui e tirá-los daqui. – Disse o amigo de Alice. – Eles estão desacordados, mas logo virão outros.

Os fugitivos se ajudaram e nos seguiram para fora daquela sala. Ouvimos passos e gritos furiosos logo atrás de nós e tentamos achar a saída do castelo. Corremos por entre várias salas e só ouvíamos mais gritos e sirenes, o que desesperou uma parte do nosso grupo. Uma garota de cabelos longos até o joelho ficou ao meu lado e empurrou uma porta.

– Por aqui! Entrem rápido! – Gritou ela.

Todos seguiram suas ordens e saímos para o campo de frente a grade dos humanos.

– Parece que os despistamos. – Um pequeno falou ofegante.

Pensamos rapidamente no que fazer, pois tínhamos que sair dali, já que muitos fugitivos estavam famintos e fracos, então provavelmente morreriam, mas os Angels já haviam destruído outra cidade, o que restava apenas a nossa e a vizinha. Tínhamos que acabar com eles o mais rápido possível. Alguns pararam para sentar, outros devoravam ferozmente alguns frutos caídos por perto e outros recompuseram as forças e faziam planos.

– Conte-me Michel, como vocês foram capturados? – Perguntei.

– Estávamos a sua espera. – Começou. – Porém enquanto pensávamos e desenhávamos nosso projeto, não percebemos dois rapazes se aproximando com uma caixa, então tudo ficou escuro e percebemos que estávamos trancados dentro de uma caixa enorme a prova de magia.

– E esses fugitivos, por que nunca fugiram das suas celas se têm poderes? – Indaguei.

– As celas são a prova de magia também. – Respondeu Alice. – Mas por dentro.

Percebi algumas pessoas nos olhando, até que me senti incomodada e questionei à Alice.

– Somos os quatro descendentes dos Magos mais poderosos. – Respondeu. – Mas a única vez em que nos encontramos todos juntos, foi com um ano de idade, mas nem tínhamos noção de quem éramos, imagine usar poderes.

– Nós quatro temos a mesma idade? – Encarei Alice.

– Sim, pareço ser mais nova, mas todos nós temos. – Respondeu.

– Então, você deve ser filho do Mago da Terra. – Me tornei para o amigo da Alice.

– Sim, minha mãe é a Maga da Terra. – Concordou. – Chamo-me Charlie.

Fomos interrompidos por um estrondo no corredor que dava para a nossa porta. A garota de cabelos lisos alertou que não daria tempo de fugir até eles chegarem, então era bom nos prepararmos. Eu era acostumada a levar pancada, mas nunca a revidar, então teria que aprender naquele momento, ou teria meus novos amigos mortos. Uma coisa que aprendi: Os quatro filhos fortes tinham a habilidade especial de não se ferir facilmente, mas não significa que não poderíamos ser mortos. Todos estavam a postos quando a porta que dava para o nosso campo explodiu em rapazes e mulheres fortes com lanças, poções, fogo, água entre outras coisas saindo de suas mãos.

Nosso grupo era em menor quantidade, mas todos se mostravam ser fortes quando se defendiam de um Angel ou mais de um ao mesmo tempo. A garota de cabelos longos lançava uma corrente forte de água no rosto de um Angel que mal conseguia respirar, enquanto arrancava a lança da mão de outro deles e o ameaçava. Mesmo com todos lutando bravamente e derramando sangue, a maioria dos Angels tentava investir em nós quatro. Alice e Charlie faziam um ótimo trabalho, Charlie não tinha receio e lutava com veracidade, lançando espinhos nos olhos e nos corpos de vários Angels. Eu recebia várias bolas de fogo e galhos queimados na cabeça, mas isso não me afetava. Usava o poder da levitação para lançar um grupo de Angels para bem alto e longe. Quando percebi que muitos estavam exaustos, olhei para um lado e vi Michael com um olhar de bravura que não pensava que ele tinha desde que vi o olhar assustado dele na sala de aula. Do outro lado, os fugitivos caíam em seu sangue no chão, aguentando até o último momento. Éramos fortes, mas o grupo dos Angels era muito grande. Não sabia mais por quanto tempo iríamos durar e vi Michael sendo derrubado no chão. De repente, do meio da floresta surge o grupo de descendentes que trabalhava para os Angels, surgem armados e com poções. Todos haviam tirado suas vendas, o que os torna rebeldes, como nós. Nessa hora, a luta pareceu virar o jogo, desta vez os que caíam em sua própria poça de sangue eram os Angels. Parecia durar uma eternidade, até que ainda sobrava um grupo de poderosos Angels, que prenderem os rebeldes em uma cela a prova de mágica, nos envolvendo em uma onda de pânico. Naquele momento de grande desespero em que via todos os meus amigos sendo presos e mortos, um ato de revolta surgiu pelo meu corpo, fazendo com que uma grande parte da minha força abrisse uma cratera no chão, fazendo todos os Angels serem soterrados.


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