Bati á porta e ninguém veio atender, bati de novo.

Ninguem respondeu, ou veio abrir a porta.

Abri a porta da mansão.

Roupas voavam de um lado para o outro no hall de entrada, sapatos, capas, quem orquestrava tudo era Narcisa. Assim que me viu ela parou.

-O que você faz aqui? Draco não quer vê-la – ela disse

-Por favor Narcisa, por favor me deixe falar com ele, me deixe vê-lo por favor – eu pedi á ela

-Não saia daqui – uma voz fria respondeu. Lucius me olhava do alto da escada.

-Você deve ir agora – Narcisa disse baixinho

-Você seu tolo, vai apodrecer em Azkaban – eu disse fitando-o e sustentando seu olhar.

-Saia daqui sua sangue ruim, você não é bem vinda aqui – ele disse

-Mamae, vamos... – Draco parou na escada e piscou os olhos na minha direção.

-Skillet? – ele perguntou

-Draco – eu disse com os olhos enchendo de água e ardendo.

-Skillet – ele disse e desceu as escadas correndo, os braços abertos pra me abraçar, por um momento eu abri os braços e depois os fechei, olhei pra ele com amargura e cruzei meus braços.

-Lucius, vamos, agora – Narcisa pediu e Lucius deu o braço á ela e aparataram.

Draco me olhou e sentou num sofá preto.

-Senta – ele falou

Sentei em uma poltrona na sua frente e o encarei.

-Ainda bem que você entendeu que era um plano – ele disse se ajoelhando ao meu lado e pegando minha mao, saquei a varinha e o desarmei silenciosamente.

-O que você vai fazer? – ele perguntou sorrindo

-Retribuir, vou retribuir tudo que você me deu nos últimos minutos – eu disse e me levantei.

Sua expressão mudou e eu sorri.

-Skillet, foi um plano, tudo, venha comigo, vamos para Veneza, podemos nos casar lá – ele disse

-Veneza é o Inferno! Você vai me pagar Draco Malfoy! –  eu gritei, a expressão dele ficou horrorizada – Crucio! – eu sibilei e o loiro se contorceu gritando, eu parei e esperei ele se recompor.

-Para Ski, você está me ferindo – ele disse arfando

-Eu quero te ferir! Eu quero ouvir você sofrer! – eu gritei

-Por quê? Você disse que me amava – ele sussurrou baixinho

- Você também disse que me amava e veja o que fez me abandonou, eu supliquei para que você ficasse mais você me abandonou, sem olhar pra trás. Crucio! – eu berrei minha garganta já ardia.

Ele arqueou as costas e abriu os braços, um grito sufocado em sua garganta.

Parei de novo, ele caiu no chão, sem forças, esgotado.

-Você nunca mais, vai mentir para uma mulher, nunca mais vai fazer nenhuma de nos de boba, nunca mais vai mentir pra mim ou me fazer sofrer, a dor que voce esta sentindo não equivale nem de longe á dor que eu senti quando voce me chamou de sangue ruim – eu disse perto de seu ouvido.

-Skillet Lovegood, eu te amo, e eu vou te amar pra sempre – ele disse baixinho.

-Meu amor por voce acabou, no momento em que voce me virou as costas Malfoy – eu disse e atirei a varinha dele no chão da mansão e saí dali, aparatei para minha casa trouxa.

Minha mãe estava na varanda, dei alguns passos até ela e meus joelhos cederam á pressão dos acontecimentos, as lagrimas que eu tanto reprimi vieram em cascatas e eu sentei no chão do jardim, meu corpo sendo sacudido por imensos soluços.

-Filha? Minha filha?! O que houve? – minha mãe perguntava desesperada, do fundo da minha alma eu arranjei forças pra responder.

-Ele me deixou, me abandonou, eu o amei – eu disse e ela me colocou em seu colo, cantando minha canção de ninar e alisando meus cabelos e eu cai na inconsciência