You Found Me escrita por moonshiner, Jeane, Luisa Stoll


Capítulo 39
Fireworks


Notas iniciais do capítulo

Não, não vou pedir que escutem a música da KP pq não tem nada com o capítulo, ele só tem o mesmo nome que a música porque sim, eu sou pika e eu que mando nesse caralho.
Mentira, tenho duas superioras, mas eu SOU A TERCEIRA QUE MAIS MANDA NESSA BAGAÇA!
Sim, eu sei que só tem 3 nessa bagaça, não enche.
Sim, ficamos muitoooooo tempo sem postar, mas cá estamos nós!
Essa é pra vocês....
Escrito por todas nós.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/328252/chapter/39

POV Luisa

O novo membro de nossa estranha família não disse uma palavra desde sua chegada. Os meninos estavam armando as tendas - ou tentando - enquanto nós tratávamos dos ferimentos de Gus, que vez ou outra murmurava um "obrigado" sem mexer os lábios.


– Ai! - Gus solta um gemido baixo quando toco distraidamente seu corte sangrento.


– Desculpe, eu não... - começo, mas sei que ele não dá a mínima pras minhas desculpas - Sammy, pode pegar a ambrósia para ele?


– Se ao menos tivéssemos! - resmunga ela - Cortei meu joelho hoje de manhã treinando e quase pari pela perna e não pude fazer nada - ela revirou os olhos. Suspirei.


– Vou ir ao Olimpo buscar mais. - falei. - Volto o mais rápido que puder...


E então me teleportei para o Olimpo, deixando ali uma Samantha perplexa e um Gus assustado.


Droga, ela de novo não... Claro que a sorte nunca estava ao meu favor.


– LUISA! - exclamou uma loira de olhos cinzentos vindo em minha direção. Atena. Tinha que ser...


– Oi mãe. - falei. Não queria que ela me segurasse com suas conversas.


– Pensou no que eu te disse da última vez que nos encontramos? - perguntou ela, séria. Suspirei. Não queria falar sobre aquilo. Pra mim não era sequer uma opção, mas Atena com certeza tentaria me obrigar.


*Flashback on*


Eu estava dormindo tranquilamente quando Atena apareceu em meu sonho (ou devo dizer pesadelo?).


– Luisa, preciso que você volte para Atlântida. - disse ela. - Eu e seu pai precisamos de você por lá.


– Eu não posso ir, mãe. Agora eu tenho minha vida aqui, com meus irmãos, amigos... E o Connor. - falei.


– Um SEMIDEUS, Luisa? UM SEMIDEUS? - gritou ela. - Você não tem jeito mesmo... Milênios. Milênios. Dezenas de deuses à sua disposição... E você resolve ficar com um semideus?


– Eu o amo. - falei, irritada. - Eu não vou deixar uma pessoa apenas porque você quer, mamãe.


Sim, você vai. - disse ela. - Eu já lhe prometi a um deus, filho de Ares e Afrodite. Um grande guerreiro. Será muito melhor para você do que um reles semideus.


– Ele não é um reles semideus. Ele é meu namorado, e é a pessoa que eu amo. - eu já estava quase gritando.


Ela fez um gesto de “não-ligo-para-o-que-você-está-dizendo-porque-você-é-uma-pirralha-insolente-de-mais-de-mil-anos”.


– Vou ir agora. Pense no que eu te falei. - disse Atena, e então eu acordei.


*Flashback off*


– Pensei, e a resposta é não. - falei, irritada. - Agora, se me dá licença, eu preciso ir. Só vim para cá pegar um pouco de ambrósia.


Deixei Atena me olhando frustrada, como se eu a tivesse decepcionado por algum motivo, e fui em direção à cozinha. Pedi às ninfas que me dessem ambrósia e néctar, o que elas me ofereceram de bom grado. Agradeci e saí de lá, me teleportando de volta para o nosso acampamento.


Cheguei no nosso acampamento e entreguei a ambrósia e o néctar para Samantha, e logo saí, precisava tomar um ar depois de apenas lembrar do que Atena tinha me dito. Sentei em um tronco de árvore caída que devia ter se quebrado com o vento, e fiquei olhando o horizonte. Senti então que alguém se sentou ao meu lado. Connor. Sorri para ele e ele sorriu de volta.


– Está tudo bem? - perguntou ele.


– Não muito - soltei um longo suspiro e apoiei minha cabeça em seu ombro.


– O que houve, pequena? - perguntou ele, passando as mãos pelo meu cabelo.


– Fui ao Olimpo agora pouco e... - comecei, mas ele me interrompeu.


– Deixe-me adivinhar... - ele acaricia seu queixo com a barba por fazer e finge estar muito concentrado - Encontrou Atena não foi?


– Sim... - falei, meio triste. – Como adivinhou?


Connor riu em tom irônico e eu revirei os olhos. Ele não presta!


– Que foi idiota? - perguntei meio irritada. Ele depositou um longo beijo em minha testa e balançou a cabeça.


– Nada, nada - riu baixinho e não pude evitar sorrir. Era realmente impossível ficar muito tempo irritada com ele.


– Mas como você sabia do meu encontro com Atena? - perguntei novamente. - Eu não tinha comentado com ninguém sobre isso.


– Meu amor, sempre que você vai ao Olimpo e volta com essa cara... É um eterno clichê - ele deu de ombros - É como eu e meu velho. É complicado.


– Mas duvido que você adivinhe o assunto da nossa conversa... - falei, novamente cabisbaixa. Ele torceu a boca.


– Difícil...


– Realmente não é nada agradável... - eu disse. Olhei naqueles olhos azuis profundos... Eu o amava tanto. Atena não poderia me obrigar a deixá-lo, poderia? Não, ela não poderia. Nem mesmo Zeus, Hades e Poseidon juntos poderiam nos separar. Pode parecer piegas, mas não tenho outras palavras para descrever nossa relação a não ser indestrutível. Encolhi os ombros.


Connor me olhou nos olhos. Parecia que tinha entendido o que era.


– Ela não pode... - falou ele. - Ela não vai te obrigar a isso. - e então me abraçou forte. - Estou do seu lado e vou te proteger. Nem que eu tenha que lutar contra todos os deuses por causa disso.


– Não duvido de que você tenha de fazer isso... - sorri angustiada – Meu futuro-provável-marido deve ser um babaca narcisista, machista e completamente inculto - vi pelo canto dos olhos Connor cerrar os punhos.


– É um filho de Afrodite? - confirmei com um aceno de cabeça - Sempre odiei esses babacas!


Segurei meu rosto com as mãos quando lágrimas começaram a rolar pelas minhas bochechas. Connor me abraçou novamente.


– Hey, não chore... Vamos resolver isso juntos.


Retribui o abraço.


– Eu te amo tanto - solucei afundando minha cabeça em seu ombro. - Eu também te amo, minha pequena. - disse ele, beijando o topo da minha cabeça.


Ficamos assim até escurecer, e então fomos para a nossa barraca.


POV Amy


– Amélia Clair Gilbert, eu simplesmente não posso deixar de dormir com meu namorado só para dividir a barraca com você – Luisa franziu a testa irritada – Sei que é uma fase difícil e tal, mas sinceramente acho que não será um sacrifício tão terrível ter de dividir a barraca com ele...


– Mas Luisa...! – protestei – Você não entende, eu...


– Amy vocês precisam se acostumar a ser namorado e namorada novamente – ela sorri para mim. Está tentando nos juntar. De novo!


– Mas e se eu não quiser isso? – perguntei.


– O Solace me contou do modo como vocês estavam se agarrando na sacada da casa da avó da Sammy – ela disse em meio a risos irritantes.


– Bom saber que posso contar com você! – gritei bem alto para que Travis me ouvisse e entendesse. Eu ainda não estava preparada para dividir a barraca com ele.


POV Travis


Ela pode ter perdido a memória, mas parece que tudo de mais odioso nela havia permanecido. Amy continua de lua. Brincando com meus – oh deuses, essas meninas estão me transformando em um Nicholas Sparks viado – sentimentos.


Ela fez questão de berrar para o acampamento inteiro que não queria que dividíssemos o mesmo espaço. Eu estava fervendo de raiva.


Se ela queria dificultar, por mim tudo bem.


O que custava dizer para mim, quando só estivéssemos eu e ela que ela não me queria lá?


Entrei em nossa cabana e quando dei por mim, estava socando o travesseiro como um louco.


Antes de sabermos direito o que era uma missão, Amy já havia comprado as barracas. Mesmo não tendo nenhuma confirmação que isso iria acontecer...


Eu me lembro do dia. Eu e Connor fomos juntos. Amy pulava de um lado para outro, comparando preços e espaçamento. Como a Amy que eu amava com um amor inexplicável - e platônico, depende do ângulo- e não como essa estranha que me beijava um dia e no dia seguinte, praticamente me ignorava.


Ouço o zíper se abrindo e viro-me para a entrada da barraca.


– Eaí? – Amy murmura assim que põe a cabeça pra dentro. Ela está mau-humorada por causa desse lance de onde dormir.


– Hum – respondo e me deito.


– Já vai dormir?


– Hum – fecho os olhos.


– Ta.


– Ta.


E então durmo.


POV Amy.


Olho para os lados. Não me lembro de ter dormido aqui, mas... Conheço esse lugar...


Espere!


O papel de parede com as flores mais odiáveis do mundo, o cobertor de pelos que me faziam morrer de alergia, as estantes com os livros mofados e... e... meu antigo urso Thomas. Sei exatamente onde estou.


Ponho os pés no chão e abro a boca horrorizada. Não acredito que voltei pra cá. Preciso sair daqui. Eu preciso...


Levanto em um sobressalto e sinto as lágrimas gélidas molhando meu rosto. Começo a correr.


Os soluços estão me sufocando. Estou aterrorizada. Parece que a cada passo que dou, a cozinha se distancia mais.


Finalmente chego até a cozinha e então eu os vejo. Meu pior pesadelo, meu bicho papão.


Ele corre os dedos por seu vestido vermelho e seu cabelo tingido. Eles se beijam como se o mundo fosse acabar. Não posso permitir isso, não dessa vez.


– Pai! – grito soluçando nervosamente – Como pôde?


Mas ele não me ouve, ou pelo menos, se ouve, ele ignora.


Ele para de beijar a loira e então olha para algo atrás de mim. Parece surpreso.


Eu me viro, e lá está ela.


– Palas, não é o que está pensando! – ele grita para a mulher atrás de mim.


Atena está trajando um roupão de seda e seus cabelos loiros caem majestosos sobre seus ombros, contornando seu rosto fino e destacando seus belos olhos cinzentos. Ela o fuzila com os olhos e a raiva toma conta de sua voz.


– Eu sabia! Como eu, a Deusa da sabedoria, pude me apaixonar por um mortal idiota de novo? – ela grita para meu pai – Caso seu pequeno cérebro não tenha processado ainda, está tudo acabado entre nós!


Acordo com o rosto molhado pelas lágrimas. Meu coração está disparado e não consigo respirar direito. Foi só um pesadelo. Uma droga de pesadelo!


Abro o zíper de meu saco de dormir e me sento no tecido maleável da barraca. Afundo o rosto nas mãos e deixo que o choro me domine. Á princípio, seguro os soluços, mas depois de um tempo, é impossível controlá-los. Começo a chorar, soluçar e fungar como uma porca.


– Amy? – Travis murmura com a voz afetada pelo sono e os olhos semicerrados – O que houve?


– Só... Só um sonho ruim – limpo meu rosto com as costas das mãos.


Ele se senta ao meu lado.


– Quer falar sobre isso? – ele pergunta esfregando os olhos.


– Não, agora não – respondo.


Levando a cabeça e nossos olhares se cruzam.


Ele põe uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha e puxa meu queixo. Travis abaixa a cabeça e nossos lábios se encontram. Nos beijamos com um certo desespero, eu me prendo aos seus lábios e me afogo nas lágrimas que ainda escorrem.


– Eu te amo – sussurro ofegante – Não sei direito quem é você... Mas eu te amo.


– Esperei tanto por essas três palavras – ele revira os olhos e continuamos a nos beijar.


Travis tira sua camiseta, revelando seu peito nu. Eu o acaricio e nossas bocas voltam a se tocar. Tiro com dificuldade meus jeans e seus dedos percorrem minhas costas causando arrepios até que chegam ao fecho do sutiã.


Começo a ficar ofegante outra vez.


– Espere - digo com a respiração falha - Eu sou virgem.


Ele aperta os olhos, tentando ver se estou mentindo. Não estou.


– Bem, então... Meus parabéns? - ele ri.


– Uau, achei que você iria dizer que também era - arregalei os olhos.


– Ah, por favor, olhe para esse rostinho lindo e repita isso - disse ele sarcasticamente e brinca com a alça de minha blusa.


Nos deitamos no chão da barraca e naquele momento, eu me senti como fogos de artifício.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não revisei, mas postei u.u
Ér... ér....
TÁ BOM ENTÃO, BEIJOOOO, TCHAU!
~Margo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "You Found Me" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.