Um Sopro De Felicidade escrita por Mihara


Capítulo 24
Capitulo 24 - Novo mundo


Notas iniciais do capítulo

desculpe por ter demorado tanto, mas eu tinha tanta coisa pra resolver e ainda estou resolvendo. Tive que pensar um bem bolado para a continuação, e ainda assim não deu pra colocar tudo em um único capitulo. Tentarei portar o próximo em breve, mas tenho certeza de que ninguém mais acredita em mim kkkkk

Boa Leitura



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Capitulo 24

Novo mundo

A chuva vagarosamente passa de uma tempestade para uma brisa forte e depois uma garoa. O céu se abria aos poucos, se isso tivesse acontecido momentos atrás, talvez tivesse amenizado as coisas. Yuko esticou o braço, sentindo as gotas do telhado caírem em sua palma e depois escorrer por seu braço.

Aquele pessoal teria um dia bem difícil.

Ela não precisou olhar para traz para saber da presença de seu último convidado naquele dia, ainda assim, se ela não fosse o que fosse, não saberia que aquele homem estava atrás de si. Ele caminhou até ficar lado a lado com ela, os dois observando o sol sair aos poucos.

_Porque decidiu ajuda-los? – perguntou Yuko, apesar de ela saber a resposta.

_Eu não os ajudei, apenas fiz o que deveria fazer, o resto é por conta deles. Mesmo assim, eu já estou no limite da minha existência, não posso fazer mais que isso.

_O seu pagamento, eu o recebi.

_Fico muito feliz!

Disseram eles ainda olhando para as nuvens. Yuko poderia não se envolver em nada, mas ela sabia de muitas coisas. Ali, na presença dessa pessoa que também foi seu mestre, ela sentia uma nostalgia estranha. Era ele, mas não era ele. Ela também sabia disso.

_Há coisas estranhas nesse mundo que não tem explicação. Não importa quão esquisitas essas coisas sejam, os seres humanos sempre as observam. Sempre foi assim. Mas desde sempre, desde o passado, as pessoas, os seres humanos, os homens, são as criaturas mais estranhas que já existiram. – disse o homem atrás de si – e eu me divirto muito observando esse pessoal.

_Não discordo de você, Eriol Hiiragizawa, ou melhor, mago Clow.

_Eu não uso esse nome a muito tempo.

Ambos ficaram ali, observando o sol aparecer aos poucos, quase como se dissesse que ficaria tudo bem. Era muito otimismo pensar desse jeito, imaginou Yuko.

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Eles logo sentiram a mudança na temperatura do ar quando chegaram no novo mundo. Era totalmente diferente de sua terra natal. Todos caíram um em cima do outro, pois estavam em vielas curvas e apertadas. Syairan olhou ao redor, era totalmente diferente do que já havia visto, talvez em filmes e livros pudesse encontrar uma realidade assim, mas pessoalmente?

Eles estavam numa espécie de colina. As casas eram pequenas e coloridas, uma do lado da outra, formando becos e vielas pequenas e claustrofóbicas. Em uma casa ou outra havia um lampião apagado ou uma janela com luzes acesas, mas era muito estranho pois não se ouvia som algum, como se tudo estivesse deserto. A visão seria bonita de estivesse de dia e com um tempo bom, mas parecia que tudo estava morto e monocromático, a luz da lua não alcançava todos os pontos das vielas e jogava sombras negras que pareciam mais que estavam vivas e sorrindo para eles.

Em algumas das casas, Syaoran jurava ter visto alguém espiando pela janela, mas logo em seguida a cortina se fechou.

A rua continuava subindo, para o topo, parecia que eles tinham caído na era antiga, pois não havia postes de telefone ou prédios, somente casas pequenas e grandes arvores, carroças vazias e um gato ou cachorro de rua.

_Vamos – disse Syaoran – se continuarmos subindo talvez...

_Espere Syaoran – falou Yeilan – não vamos chegar a lugar algum agora. Não da pra se ver muita coisa.

_É verdade, não sabemos onde Sakura-chan pode estar. – disse Fay – e esse lugar é desconhecido para nos. Talvez, pela manha, encontremos alguém que possa nos ajudar.

_Eu não acho que há muitas pessoas simpáticas por aqui – resmungou Kurogane.

Syaoran mantinha uma cara feia, estava tão perto de Sakura e não podia fazer nada. Sabia que eles tinham razão, mas seus impulsos estavam incontroláveis, ele não conseguia pensar com a cabeça agora.

_Lembre-se – disse Fay, segurando seu ombro – não é alguém qualquer que vamos enfrentar, ele deve saber que iremos atrás dele, então temos que ter muita cautela.

Syaoran assentiu.

_Bom, eu queria mesmo era ter um bom pedaço de custela de porco com guisado, e quem sabe um sake para acompanhar – disse Kurogane.

_Nisso eu concordo com você – comentou Yeilan – mas sake? Por acaso você é japonês?

_Ora, não sabia?

Syaoran pensou em olhar nas vielas próximas para ver se poderiam encontrar alguma pista ou um lugar para descansarem, mas realmente não tinha muita coisa. O lugar mais confortável que achou foi uma pilha de feno úmida em uma carroça. Ele encostou a cabeça no feno e logo começou a cair no sono, não havia percebi como estava cansada, sua mente estava sobrecarregada de preocupação com Sakura. As vozes de seus amigos foram ficando para trás, ele fechou os olhos e adormeceu.

O dia amanheceu e Syaoran descobriu que estava certo, o lugar ficava muito bonito a luz do sol, com as casinhas coloridas e tudo mais, ele acordou com a voz de Fay, sacudindo seu ombro esquerdo.

_Syaoran, acorde! - disse ele sorrindo – diga bom dia para nossos amigos!

Ele se espantou ao se ver cercado de homens com lanças e facões , todos apontados para eles. Atordoado, conseguiu ver Kurogane e Yeilan com os braços erguidos em sinal de rendição.

Eles foram arrastados rua a cima, era para onde Syaoran queria explorar na noite anterior. As casas aos poucos iam ficando para traz, apenas vegetação colina a cima. Um grande castelo apareceu não muito depois, pela estrutura, poderiam afirmar que era bem antigo, de que era poderia ser? As portas se abriram e eles foram recebidos por mais homens com armas, muito bem receptivos com a mira na cabeça de cada um do grupo, prontos para cortar-lhes a garganta. Todos foram jogados no calabouço do castelo, era até engraçado, quem imaginaria que existisse um calabouço na era atual?

Era como nos livros e nos filmes, parecia que estavam dentro de um. Escadarias longas, cheio de teias de aranha, com portas de dobradiças velhas e enferrujadas. Ratos uma hora ou outra cruzando as portas, de sela em sela.

O grupo estranho com um jovem, dois homens briguentos e uma mulher alto foi colocado nas selas, cada um em um aposento especial cheio de ratos e aranhas. Syaoran foi jogado para dentro de sua sela enterrando a cara no chão, o ambiente era muito escuro e a única luz fraca que entrava pela abertura com grades da porta era a que vinha das tochas no corredor.

Será que Sakura estaria num lugar como esse? Como ela estaria se sentindo? E porque os prenderam em selas, se tivessem os matado seria muito mais fácil se livrar do problema.

_De todas as celas, porque tinha que ser justo ao lado da sua? – gritou kurogane do lado de fora.

_Que maldade kuropion – disse Fay.

_Não me chame assim – gritou ele – mas e então, qual é o plano? A gente arromba a porta e corre para o ataque?

Disse Kurogane sentando-se no chão, involuntariamente sua mão pousou sobre a cintura, na qual deveria estar a espada. Ele nunca andava sem ela, se tornara um reflexo automático, mas desta vez ela não estava ali, o que o incomodava muito. Era como se tivesse uma coceira em sua cintura, e só pararia de coçar quando a espada estivesse ali. Ele cortaria o pescoço daquele que a tinha tomado.

_Bom, eu não sei. Estamos falando de uma pessoa muito poderosa, ela já deve saber quais são nossos próximos passos. – Yeilan respirou fundo – mas acho que não temos muita escolha. As selas estão banhadas com uma barreira magica, não sera tao fácil soltá-las.

_Quem sabe a gente possa cavar até abrir um buraco no chão e sair pelo outro lado. - comentou Fay – Kuropion tem braços fortes para isso.

_Eu juro que quando sair daqui farei o favor para eles e cortarei sua cabeça.

Enquanto a discussão prosseguia, Syaoran olhava para os cantos da sela, se era uma barreira magica, provavelmente teriam que usar a força bruta, e o ponto mais fraco seria as dobradiças de aço da porta. Ele não sabia quanto tempo tinha passado até analisar a concentração de magia que tinha na porta, talvez metade do dia? Era difícil quando não se podia usar magia, então ele escutou passos vindo dos longos corredores, todos ficaram em silencio e sentaram-se em algum canto, Syaoran sentou-se com a cabeça entre os joelhos, não muito depois ele escutou a porta destrancando.

_Eu tenho que dizer, eu esperava algo mais direto vindo de vocês!

Syaoran olhou o garoto de cabelos pretos e óculos redondos a sua frente, não era ele. Não era Fey Wang, muito jovem e magricelo – apesar de nunca ter visto Fey Wang.

_Quem é você?

_Eu sou um servente de Fey Wang, meu nome é Watanuki Kimihiro. Ele me enviou para te mandar um recado.

_Onde está a Sakura?

_Ela não cabe mais a você, não importa mais. Seus assuntos com ela estão encerrados, isto também inclui seu casamento.

Syaoran, num movimento rápido, atravessou a sela num pulo e agarrou a gola do homem a sua frente.

_Onde está Sakura? – o homem não tremeu com a ameaça, nem mesmo piscou. Syaoran não tinha notado os dois guardas que estavam atrás, prontos pra atacar, mas Watanuki levantou a mão, impedindo-os de avançar.

_Você nunca mais à vera. Ela agora pertence a Fey Wang. Ele deu uma chance para vocês irem embora e esquecerem todos esse assunto, caso contrário, vocês serão mortos.

_Eu não vou desistir tao fácil assim – Watanuki segurou o pulso de Syaoran e girou seu corpo, torcendo o braço do garoto como se fosse de borracha e o prensou na parede.

_É melhor você esquecer, para o seu bem - Watanuki o largou e ele caiu no chão, segurando o braço.– ele te deu uma chance, seria um desperdicio matar aquele que possui um poder tao grande de Clow, a magia dele morreria com você. Ele quer seu olho direito, ele não te serve mais, não é? Esta cego, então, em troca de seu olho, ele te da a liberdade.

Ele saiu da sela e trancou a porta novamente, olhando pela abertura disse.

_Irei comunicar sua escolha para Fey Wang, voltarei mais tarde para saber a resposta, pense até lá.

Deitado no chão Syaoran ficou até com vontade de rir, estaria louco se não tivesse, e pensar que a pouco tempo ele e Sakura estavam juntos, rindo e se abraçando, mas agora ele estava mofando numa cela escura e cheia de ratos. Não iria desistir tão fácil assim. O que será que Fay e Kurogane estavam fazendo? Ele olhou pela abertura da porta para verificar se não se aproximava ninguém, eles poderiam escapar quando anoitecesse.


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Notas finais do capítulo

Bom, esse foi o capitulo, espero que não tenha ficado muito longo e nem muito curto. Vou fazer o máximo possível para postar o próximo capitulo. Quero escrever dois ou três capítulos de uma só vez, assim o tempo pra postar não demoraria tanto.

Obrigada por terem lido.



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