Salomão acordou em cima do telhado de uma casa, em Veneza. Ele andou sobre as casas, observando as pessoas velejando as ruas, cobertas por um rio. Alguns minutos depois, encontrou uma ponte, que levava até o centro da cidade. Foi até lá, para conhecer melhor a cidade em que estava. Muitos pescadores percorriam o mesmo caminho e se dirigiam à restaurantes ali perto. entregando quilos e mais quilos de peixes frescos. Ele ficou com água na boca, mas não tinha dinheiro. Parecia uma cidade bem rica, talvez um emprego qualquer lhe rendesse uma boa quantia em dinheiro. Ele continuou andando. Viu teatros de rua, feiras de roupas e presentes. Havia até uma loja de souvenir. Várias crianças brincavam na rua. Um homem aparentando ter 50 anos, com as mangas da sua blusa dobradas, carregava um pesado caixote. Salomão aproximou-se dele e ofereceu ajuda. Ele aceitou. Os dois foram juntos até uma oficina perto do mar. Nela, havia muitas peças de madeira de formatos variados.

– Qual o seu nome? - perguntou Salomão.

– Giovanni Auditore. Qual o seu?

– Salomão. O que você faz aqui exatamente?

– Eu trabalho nesta oficina como marceneiro. Eu transformo esta madeira em objetos, móveis e se precisar, de barcos.

– Parece legal.

– É muito.

Salomão se despediu, fazendo gestos como se tivesse trabalhado duro ao carregar aquela caixa.

– Espere...Você quer trabalhar comigo?

– Claro.

– Você mora aqui perto?

– Não. Estou sozinho.

– Venha comigo, vou te mostrar a minha casa.

Eles subiram as escadas da marcenaria e chegaram na casa do Giovanni. Era muito linda e bem decorada.

– Eu mesmo fiz os móveis - disse ele - Acredite: economizei bastante dinheiro.

Eram 2 horas da tarde.

– Ei, Salomão. Vou montar a sua cama. Venha me ajudar.

– Vai levar muito tempo.

– Que nada, eu tenho as peças prontas. Só falta pregá-las.